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Será que certos tipos sanguíneos nos tornam mais vulneráveis à Covid-19?

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Estudo sugere que pessoas com sangue tipo A podem ter um risco maior de contrair Covid-19 e desenvolver sintomas graves

É improvável que os tipos sanguíneos tenham durado tanto tempo por acaso. De acordo com a geneticista francesa, eles devem dar algum tipo de vantagem evolutiva.

Katie Hunt, da CNN

A maioria dos seres humanos se enquadra em um destes quatro grupos sanguíneos: A, B, AB ou O. Normalmente, seu tipo sanguíneo faz pouquíssima diferença em sua vida diária, exceto se você precisar de uma transfusão de sangue.

No entanto, pessoas com tipo A podem ter um risco maior de contrair a Covid-19 e desenvolver sintomas graves, como sugeriu um estudo recente, enquanto as pessoas com sangue tipo O têm um risco menor. Os resultados desse estudo acompanham evidências de pesquisas anteriores de que certos grupos sanguíneos são mais vulneráveis a outras doenças, entre elas o câncer.

No entanto, ainda há poucas informações sobre o motivo de termos tipos sanguíneos e a finalidade deles. Pouco se sabe também sobre os vínculos que eles têm com vírus e doenças. Desvendar o papel dos tipos sanguíneos poderia ajudaria os cientistas a entender melhor o risco de doenças para pessoas nesses diferentes grupos.

“Acho fascinante a história evolutiva, mesmo que eu não tenha a resposta de por que temos tipos sanguíneos diferentes”, disse Laure Ségurel, geneticista e pesquisadora do Museu Nacional de História Natural da França.

Por que eles importam?

Os tipos sanguíneos foram descobertos em 1901 pelo imunologista e patologista austríaco Karl Landsteiner, que mais tarde ganhou um Prêmio Nobel de Medicina por seu trabalho. Como outras características genéticas, o tipo sanguíneo é herdado dos pais.

Antes da descoberta de grupos sanguíneos, uma transfusão de sangue (procedimento hoje comum para salvar vidas) era um processo de alto risco. Pioneiro da medicina, o médico James Blundell, que trabalhou em Londres no início de 1800, fez transfusões de sangue em dez de seus pacientes. Apenas metade sobreviveu.

Ele não sabia, entre outras coisas, que os humanos só deveriam obter sangue de outros seres humanos.
Eis a razão: seu grupo sanguíneo ABO é identificado por anticorpos (parte do sistema de defesa natural do corpo) e antígenos (uma combinação de açúcares e proteínas que revestem a superfície dos glóbulos vermelhos).

Os anticorpos reconhecem qualquer antígeno estranho e dizem ao sistema imunológico para destruí-lo. É por isso que dar sangue a alguém do grupo errado pode ser fatal.

Por exemplo, se uma pessoa tem sangue tipo A+ e um médico injeta acidentalmente tipo B, os anticorpos rejeitaram e trabalharam para destruir o sangue estranho. Como resultado, o sangue coagula, interrompendo a circulação e causando sangramentos e dificuldades respiratórias – o resultado provável é a morte. Mas se receber sangue tipo A ou O, tudo bem.

O tipo sanguíneo também é determinado pelo status Rh, uma proteína hereditária encontrada na superfície dos glóbulos vermelhos. Se a pessoa tiver, é positivo. Se não fizer, é negativo.

A maioria das pessoas é Rh positivo, e elas podem receber sangue de correspondências negativas ou positivas. Mas as pessoas com sangue Rh negativo normalmente só devem receber glóbulos vermelhos Rh negativos (porque seus próprios anticorpos podem reagir com os glóbulos doadores incompatíveis).
Com isso, há oito possíveis tipos sanguíneos primários, embora existam alguns mais raros.

Quebra-cabeça evolucionário

Não são apenas os humanos que têm tipos sanguíneos — pelo menos 17 tipos diferentes de primatas também têm, incluindo chimpanzés e gorilas. Os biólogos evolucionistas descobriram que os tipos sanguíneos são muito antigos, tendo surgido há 20 milhões de anos.

“Muitas espécies de primatas também têm as diferenças de ser A, B e AB”, contou Ségurel. “É bastante intrigante que as diferenças tenham sido encontradas ou mantidas em tantas espécies diferentes, seja num hominídeo ou num platirrino (primatas do continente americano).”

É improvável que os tipos sanguíneos tenham durado tanto tempo por acaso. De acordo com a geneticista francesa, eles devem dar algum tipo de vantagem evolutiva.

O gene do tipo sanguíneo ABO não influencia apenas o sangue – ele também é ativo em uma variedade maior de tecidos e órgãos, incluindo os sistemas digestivo ou respiratório. Isso pode ser importante quando o corpo enfrenta infecções com diferentes tipos sanguíneos, oferecendo proteção para diferentes patógenos e doenças.

“O interesse evolutivo em manter esses tipos (sanguíneos) pode não estar relacionado à sua função no sangue, mas provavelmente à sua função nos tecidos respiratórios ou digestivos”, explicou Ségurel. “São os dois lugares que você tem mais contato com vírus e bactérias, aquele pelo qual você inala o ar e o tecido digestivo”, disse ela.

“Agora imagine um coquetel de patógenos. Pode haver um ciclo nos quais o B é vantajoso; em outros, o A. Percorrendo essas diferentes preferências, o patógeno surge numa população com diferentes tipos sanguíneos.”

Embora não se saiba exatamente como, a variação no gene do tipo sanguíneo influencia a suscetibilidade a diferentes doenças. O que se sabe com certeza é que alguns grupos sanguíneos são mais vulneráveis a certas doenças.

O tipo sanguíneo B, por exemplo, foi associado a um risco reduzido de câncer. Por sua vez, o grupo O foi associado a um menor risco de morte por malária grave, mas maior suscetibilidade a infecção por norovírus, um patógeno que ataca no inverno e causa gastroenterite.

E o novo coronavírus?

Uma série de estudos mostrou uma ligação entre o tipo sanguíneo e o novo coronavírus, embora a maioria tenha envolvido um pequeno número de indivíduos e alguns não tenham sido revisados por pares.

Uma equipe de pesquisadores europeus que publicou as descobertas no New England Journal of Medicine em junho descobriu que pessoas com sangue tipo A tinham um risco 45% maior de se infectar do que pessoas com outros tipos sanguíneos.

Já aquelas com sangue tipo O tinham tem um risco 35% menor de serem infectadas em comparação com os outros tipos sanguíneos. Nesse estudo, foram avaliados 1.900 pacientes com o novo coronavírus em estado grave na Espanha e na Itália, comparados com 2.300 pessoas que não estavam doentes.

Um efeito semelhante foi encontrado entre profissionais de saúde de Hong Kong com grupo sanguíneo O observados durante o surto de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), causado por um vírus da família do coronavírus que infectou 8.098 pessoas de novembro de 2002 a julho de 2003.

Há duas hipóteses sobre a ligação entre os grupos sanguíneos e a Covid-19, segundo Jacques Le Pendu, diretor de pesquisa da Inserm, organização francesa de pesquisa médica. Uma é que as pessoas com tipo O são menos propensas a problemas de coagulação, e esta tem sido um dos principais fatores da gravidade da Covid-19.

Para Le Pendu, isso também pode ser explicado pela probabilidade de o vírus conter o antígeno do grupo sanguíneo da pessoa infectada. Os anticorpos produzidos por uma pessoa com tipo sanguíneo O podem neutralizar o vírus quando contraído de alguém com tipo sanguíneo A, num efeito semelhante aos das regras para transfusões de sangue.

“No entanto, esse mecanismo de proteção não funcionaria em todas as situações. Uma pessoa do grupo sanguíneo O pode infectar outra pessoa do grupo O, por exemplo”, explicou Le Pendu, acrescentando que é improvável que qualquer efeito protetor seja grande e que a quantidade de anticorpos seja altamente variável de pessoa para pessoa.

Para o médico Sakthivel Vaiyapuri, indivíduos com tipo A não devem se alarmar, nem pessoas com tipo O, relaxar. Ele é professor associado de Farmacologia Cardiovascular e de Venenos da Universidade de Reading, no Reino Unido.

Em colaboração com a Universidade Thi-Qar, no Iraque, ele está conduzindo um estudo sobre o papel dos tipos sanguíneos, com base em dados de mais de 4 mil pessoas no Iraque que tiveram Covid-19 e 4 mil que não adoeceram. O médico disse que os primeiros resultados sugerem que o tipo O pode ter um efeito protetor, mas que não é definitivo. Além disso, considerando quantas variáveis subjacentes existem, qualquer efeito, protetor ou não, provavelmente será muito pequeno.

A ideia, por exemplo, de que ter sangue tipo O é protetor não corresponde ao padrão de infecção por Covid-19 nos EUA. O sangue tipo O é mais prevalente entre afro-americanos, ainda assim eles tiveram taxas de infecção desproporcionalmente altas.

“Pessoas do grupo O não devem pensar que não vão contrair esta doença. Elas precisam manter distanciamento social, não devem sair por aí, e indivíduos do grupo A não devem temer”, aconselhou.

“Existem muitos fatores implícitos. Pensamos nisso como um vírus respiratório, mas há de fato todo um conjunto de coisas acontecendo que ainda não entendemos”, afirmou.

Às vezes, a pesquisa sobre tipos sanguíneos ocorre entre diferentes disciplinas acadêmicas, mas uma melhor compreensão de por que há grupos sanguíneos diferentes, e a relação entre anticorpos do tipo sanguíneo e o risco de doença provavelmente ajudará a desenvolver vacinas e a projetar novos medicamentos, inclusive para a Covid-19.

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Deracre recebeu mais de R$ 1 bilhão em investimentos entre 2019 e 2025, afirma Sula Ximenes

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Durante a entrevista, Sula Ximenes fez um balanço das principais obras realizadas pelo Estado por meio do Deracre, como a reestruturação da Avenida Antônio da Rocha Viana, a ligação do Novo Horizonte à BR-364 e a entrada do município de Plácido de Castro

Sula Ximenes também comentou sobre parcerias com o governo federal, como o porto de Cruzeiro do Sul, que será construído pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e posteriormente repassado ao Estado. Foto: captada 

Por Mirlany Silva

A presidente do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), Sula Ximenes, afirmou que, apesar dos avanços alcançados pelo governo do Estado nos últimos anos, ainda há muito a ser feito na área de infraestrutura, mesmo com investimentos que já ultrapassam R$ 1 bilhão em recursos próprios aplicados no órgão entre 2019 e 2025. A declaração foi dada durante entrevista ao programa Gazeta Entrevista, da TV Gazeta, nesta segunda-feira, 15.

Segundo Sula, o Deracre atuou em todas as frentes possíveis, mas reconheceu que as ações realizadas ainda não foram suficientes para atender completamente às demandas do estado. “Sempre penso que a gente poderia fazer mais. Fizemos bastante, o governo do Estado trabalhou em todas as frentes, mas, infelizmente, ainda não foi suficiente. Precisamos trabalhar muito mais”, destacou. Ela ressaltou, no entanto, que tem a “consciência tranquila” de que tudo o que esteve ao alcance do Deracre foi executado.

A gestora explicou que o órgão passará por um período de reorganização, incluindo manutenção de máquinas e recesso dos trabalhadores, com foco no planejamento das ações para o verão de 2026. Mesmo assim, garantiu que haverá equipes de plantão na região da AC-90, especialmente nos ramais, para prestar socorro, retirar pontos críticos e dar apoio às comunidades.

Durante a entrevista, Sula Ximenes também fez um balanço das principais obras realizadas pelo Estado por meio do Deracre, como a reestruturação da Avenida Antônio da Rocha Viana, na capital acreana, a ligação do Novo Horizonte à BR-364 e a entrada do município de Plácido de Castro. Ela destacou ainda a primeira fase da AC-405, em Cruzeiro do Sul — cuja segunda etapa deve ser inaugurada em 2026 — e a pavimentação da AC-445, que liga Bujari a Porto Acre. Dos 28 quilômetros da via, 10 foram executados com recursos de emenda parlamentar e o restante com recursos próprios do Estado.

Ainda há muito a ser feito na área de infraestrutura, com investimentos ultrapassam R$ 1 bilhão em recursos próprios aplicados entre 2019 e 2025. A declaração foi dada na Gazeta Entrevista. Foto: captada 

De acordo com a presidente, entre 2019 e 2025, o governo do Acre investiu mais de R$ 1 bilhão no Deracre, com recursos próprios aplicados em equipamentos, asfaltamento e pessoal. “Neste mês, fechamos o balanço e, de 2019 a 2025, o governo do Estado do Acre injetou no Deracre mais de R$ 1 bilhão em recursos próprios. Ao longo desses seis anos, o investimento foi destinado a equipamentos, asfaltamento e pessoal”, afirmou.

Outro destaque foi a duplicação e reestruturação da AC-405, em Cruzeiro do Sul, além do anúncio da Sexta Ponte, na capital, que, segundo Sula, já é uma realidade. A obra foi licitada e conta com recursos do Banco Fonplata, por meio de operação de crédito do governo do Estado.

Na área de transporte aéreo, a presidente informou que, somente em 2025, foram realizados cerca de 10 mil voos em municípios de difícil acesso. Feijó lidera o ranking de operações aéreas. Atualmente, oito aeródromos são mantidos pelo governo do Estado, todos sob responsabilidade do Deracre. Em Santa Rosa do Purus, a pista está sendo totalmente reestruturada em concreto, enquanto municípios como Porto Walter e Marechal Thaumaturgo contam com pistas com balizamento noturno. Em Marechal Thaumaturgo, o Deracre também executa uma passarela que ligará a cidade ao aeródromo, facilitando o deslocamento da população em períodos de estiagem dos rios.

Sula Ximenes também comentou sobre parcerias com o governo federal, como o porto de Cruzeiro do Sul, que será construído pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e posteriormente repassado ao Estado. Já em Brasiléia e Epitaciolândia, uma emenda do senador Márcio Bittar, no valor de R$ 37 milhões, foi destinada ao Deracre para a construção de uma nova ponte. O projeto já está em andamento, e a expectativa é que, em 2026, seja possível dar a ordem de serviço para o início das obras, com contrapartida do governo estadual.

“Nós já demos a ordem de serviço para a empresa fazer o projeto, iniciar a topografia e demais etapas, e o trabalho já está em andamento. Acreditamos que, ano que vem, possamos — estamos trabalhando para isso, não estou dizendo que é uma certeza — dar a ordem de serviço para o início da construção da ponte em Brasiléia e Epitaciolândia”, declarou Sula. “Nós ainda estamos na fase de elaboração do projeto. Vamos correr com isso para que, ano que vem, a gente consiga aprovar tudo isso”, completou.

Durante a entrevista, Sula Ximenes também fez um balanço das principais obras realizadas pelo Estado por meio do Deracre. Foto: captada 

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Operação da Polícia Civil mira organização criminosa suspeita de homicídio em Manoel Urbano

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O material recolhido será analisado e deverá contribuir para o fortalecimento das investigações, auxiliando na identificação de outros possíveis envolvidos e na elucidação completa do crime

PCAC apreende celulares e efetua prisão durante operação contra organização criminosa em Manoel Urbano. Foto: cedida

Na manhã desta segunda-feira, 15, a Polícia Civil do Acre (PCAC), por meio da Delegacia-Geral de Manoel Urbano, deflagrou uma operação com o objetivo de cumprir mandados de busca e apreensão domiciliar e mandados de prisão contra supostos membros de uma organização criminosa. Os investigados são apontados como envolvidos na morte de um adolescente ocorrida em outubro deste ano no município.

Durante a ação policial, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em dez domicílios, resultando na apreensão de diversos aparelhos telefônicos. O material recolhido será analisado e deverá contribuir para o fortalecimento das investigações, auxiliando na identificação de outros possíveis envolvidos e na elucidação completa do crime. Além disso, foi efetuada uma prisão cautelar contra um dos investigados.

A delegada responsável pelo caso, Rivânia Franklin, destacou a importância da operação para o avanço das investigações e o enfrentamento à criminalidade organizada no município.

“Essa operação é fruto de um trabalho investigativo criterioso e contínuo, que busca não apenas esclarecer a morte desse adolescente, mas também desarticular a atuação de organizações criminosas em Manoel Urbano. A apreensão dos aparelhos celulares será fundamental para a análise de provas e para a responsabilização de todos os envolvidos. A Polícia Civil segue firme no compromisso de dar uma resposta à sociedade e garantir justiça às vítimas e seus familiares”, afirmou a delegada.

As investigações continuam, e novas diligências não estão descartadas. A Polícia Civil do Acre reforça que ações como essa integram o esforço permanente de combate ao crime e de promoção da segurança pública no interior do estado.

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Acreana é vítima de feminicídio a tiros após discussão com marido em Santa Catarina

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Rosicleia Honorato, 38, morreu com tiro no pescoço; marido, que também foi baleado, está preso e investigado pelo crime

Conforme registros policiais, Rosicleia possuía boletins de ocorrência como autora por lesão corporal e dano. Já o suspeito tem passagens por ameaça, dirigir sob efeito de álcool, dano, injúria e difamação. Foto: captada 

A acreana Rosicleia Honorato, de 38 anos, foi assassinada a tiros na tarde do último sábado (13) após uma discussão com o marido, em Araquari, no Norte de Santa Catarina. O caso é investigado como feminicídio.

Segundo a Polícia Militar, o crime ocorreu na Rua Terezinha de Jesus da Silva, no bairro Areias Pequenas. Vizinhos ouviram ao menos dois disparos e acionaram as autoridades. Rosicleia foi encontrada sem vida com um tiro no pescoço.

O marido, de 47 anos, também foi baleado – com ferimentos no tórax – e foi socorrido pelos Bombeiros Voluntários. Ele está hospitalizado sob custódia policial. No local, foi apreendida uma pistola calibre .380.

Testemunhas relataram que Rosicleia sofria violência doméstica há anos e já havia registrado boletins de ocorrência contra o companheiro, conhecido por comportamento agressivo, especialmente quando sob efeito de álcool. O casal tinha histórico de brigas por ciúmes.

O suspeito tem passagens por ameaça, injúria, dano e dirigir embriagado. A polícia investiga a versão dele de que a vítima teria atirado primeiro, hipótese que será apurada na investigação liderada pela Polícia Civil. A área foi isolada para perícia.

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