Cotidiano
“Se não ficarmos em casa, corremos sérios riscos”, alerta secretária-adjunta de Saúde
Trabalho de prevenção e de contenção do avanço do coronavírus dependerá, nos próximos dias, da consciência das pessoas de que não se deve brincar com a situação
“As pessoas precisam ficar em casa. Elas não podem achar que o coronavírus não é perigoso. É preciso encarar a situação com seriedade pois, do contrário, o vírus se espalhará, e já não terá sentido nem mais fazer os testes”.
O recado é duro, mas lúcido e necessário. Vem da médica e secretária-adjunta de Saúde do Acre, Paula Mariano, sobre a falta de cuidados que muitos acreanos estão tendo neste momento, não respeitando o pedido de ficarem em quarentena em casa.
Nesta sexta-feira, 20, mesmo com os inúmeros apelos nas redes sociais e nos veículos de comunicação oficiais, de que a situação é muito séria, aglomerações de pessoas nas lotéricas, nos comércios e nas agências bancárias eram observadas como nos dias normais de semana.
O maior risco, segundo aponta a secretária-adjunta, é que o vírus se propague por meio comunitário ou sustentado, as duas palavras utilizadas para definir a situação em que a pessoa se contaminou e não sabe de quem. Se isso acontecer, é provável que cada vez mais pessoas adoeçam, comprometendo a realização de testes, e possivelmente lotando as unidades de terapia intensiva das unidades hospitalares.
“Se isso acontecer, as coisas vão ficar mais difíceis porque até o momento estamos sabendo por onde ele está se propagando. E qual é a melhor forma de se ajudar, de nos ajudar e proteger a sua própria família? Ficando em casa, no isolamento social”, afirma Paula Mariano.
Segundo a gestora, outro procedimento errado é estar um na casa do outro. “Também é errado ficar pessoas misturadas com as outras. É cada um na sua casa. E isso não depende do secretário, do governador ou de quem quer que seja. Só depende de você”, pontua a secretária.
A Sesacre, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), informou que um advogado de 29 anos é o segundo caso no Acre de contágio por coronavírus com transmissão local, quando a pessoa não tem histórico de viagens, mas foi infectada por outra que contraiu a Covid-19 fora do estado.
Ele foi também a segunda pessoa infectada, em âmbito local, por uma paciente que já estava incluída nos três primeiros casos de Covid-19 no Acre, cujo primeiro boletim havia sido divulgado na terça-feira, 17.
O Acre registra três novos casos da doença entre esta quinta, 19, e sexta-feira, 20.
Uma arquiteta de 26 anos, que veio de São Paulo e contraiu a doença na capital paulista, e um homem de 81 anos, presidente de uma cooperativa extrativista que esteve na Itália, são os outros dois casos.
O levantamento oficial do DVS aponta que até o momento foram recebidas no Laboratório de Infectologia Charles Mérieux, em Rio Branco, pelo menos 137 amostras, das quais 120 deram resultado negativo e 10 estão sendo aguardadas para o resultado.
Pessoas estão sendo comunicadas de seus testes
Outro fator fundamental são as orientações que estão sendo feitas pela Vigilância Epidemiológica Municipal. O trabalho deles consiste, sobretudo, em anunciar para cada uma das pessoas testadas se seus exames deram positivo ou negativo, orientando sobre como se prevenir.
“No início, as pessoas ficavam preocupadas quando não eram informadas se estavam, ou não, doentes. Sanamos esse problema com o serviço de Vigilância da Prefeitura de Rio Branco, que vem sendo um dos nossos grandes parceiros”.
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Casos de Covid-19 aumentam nas regiões Norte e Nordeste
A atualização destaca haver tendência de aumento dos casos de SRAG por covid-19 em nove estados, todos nas regiões Norte ou Nordeste: Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia, Tocantins, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe
Pelo menos 287 pessoas morreram por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causada por Covid-19 apenas neste mês de janeiro, no Brasil. O total de casos graves com diagnóstico confirmado da doença se aproxima de 900. Os dados são do Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e se referem às notificações feitas ao Ministério da Saúde até o dia 25 de janeiro.
O termo síndrome respiratória aguda grave se refere ao agravamento de sintomas gripais com o comprometimento da função pulmonar. A maioria dos casos acontece após uma infecção viral. Por enquanto, quase 52% dos casos registrado este ano, com resultado positivo para algum vírus, foram provocados por Covid-19. Mas o coronavírus causou 78,7% das infecções que levaram a óbito.
Os dados dessa última atualização reforçam um alerta que já têm sido feito há algumas semanas sobre o aumento das infecções pelo coronavírus. O boletim, inclusive, considera a possibilidade de que uma nova variante mais transmissível possa estar se espalhando.
A atualização destaca haver tendência de aumento dos casos de SRAG por covid-19 em nove estados, todos nas regiões Norte ou Nordeste: Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia, Tocantins, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. A incidência de casos graves é maior entre as crianças pequenas e os idosos, e a mortalidade ocorre majoritariamente em idosos. Mas o levantamento alerta que no Amazonas e em Rondônia tem sido observado um aumento de SRAG também entre jovens e adultos.
De acordo com a pesquisadora Tatiana Portela, as recomendações de praxe permanecem: “Em caso de sintomas gripais, o ideal é ficar em casa em isolamento, evitando transmitir esse vírus para outras pessoas, mas, se não for possível fazer esse isolamento, o recomendado é sair de casa utilizando uma boa máscara. E claro, é muito importante que todas as pessoas estejam em dia com a vacinação contra a covid-19.”
O esquema atual de vacinação no Sistema Único de Saúde (SUS) preconiza duas ou três doses (a depender do imunizante) para todas as crianças de 6 meses a menos de 5 anos. Além disso, idosos e pessoas imunocomprometidas devem receber uma nova dose a cada seis meses. Já as grávidas devem receber uma dose durante a gestação, e as pessoas que fazem parte de algum grupo vulnerável, como indígenas e quilombolas e pessoas com deficiência ou comorbidade, devem tomar um reforço anual.
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Polícia faz duas apreensões de drogas e prende cinco pessoas em Tarauacá
Os três homens foram presos na ação, eles foram levados para a delegacia juntamente com todo o material apreendido, para os devidos procedimentos legais
Duas apreensões de drogas foram realizadas pela Polícia Militar nesta quinta-feira, 30, em Tarauacá e cinco pessoas foram presos, sendo quatro por tráfico. Uma indígena foi detida ao ser flagrado comprando droga.
A primeira apreensão aconteceu na rua Lauriete Borges, bairro Triângulo, quando a PM percebeu uma movimentação estranha em um estabelecimento comercial. Um homem que estava no local demonstrou nervosismo ao notar a presença policial e tentou se esconder nos fundos, onde foi flagrado escondendo entorpecentes.
No total, três homens foram presos na ação e admitiram estar envolvidos na venda de drogas há cerca de um ano na região. Eles foram levados para a delegacia juntamente com todo o material apreendido, para os devidos procedimentos legais.
Já na rua Benjamin Constant, a Polícia Militar, por meio do Serviço de Inteligência, prendeu em flagrante Rafael Vasconcelos de Melo, por tráfico de pedra de crack e oxidado. Segundo a PM, ele já tem diversas passagens por furtos, roubos e tráfico. Uma indígena que estaria comprando drogas do traficante também foi presa.
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