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Samu e Ciopaer: 11 anos de parceria, atuação com histórias de excelência, competência e destreza

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Se pudéssemos usar um termo para explicar o trabalho desenvolvido pelos profissionais que fazem parte da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas do Acre (Ciopaer/AC) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), cooperação seria a palavra mais apropriada. Ações com união em prol de um único objetivo, salvar e proteger vidas. No ano de 2012 foi celebrado um convênio entre a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) e a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) cujo objetivo era a implantação dos serviços de atendimento aeromédico e resgate de pacientes no Acre.

Hárpia 03 chegando com vítima de emergência de Xapuri no Pronto-Socorro de Rio Branco. Foto: Odair Leal/Sesacre

Assim, surgiu a necessidade de ser criada uma nova modalidade de serviço especializado de atendimento pré-hospitalar móvel e de resgate às vítimas de acidentes e demais urgências/emergências. Com a utilização da aeronave do Ciopaer, habilitada na frota do Samu, com posterior encaminhamento à rede assistencial do SUS, começava uma história de excelência, competência e destreza.

Resgate médico de bebê indígena pelas equipes do Samu e Ciopaer. Foto: Odair Leal/Sesacre

Na gestão Gladson Cameli os avanços deste trabalho em conjunto foram notórios. São 197,3 horas de voo em 112 missões de saúde, entre os anos de 2019 a 2022. No ano passado foram realizados oito resgates de indígenas em aldeia. E neste ano já são três missões de saúde, com 3 pacientes indígenas resgatados: uma mulher puérpera, um recém-nascido e uma criança de 7 anos, além de um adolescente de 14 anos, natural de Xapuri que precisou ser resgatado de helicóptero nessa segunda-feira, 13, após levar um tiro de espingarda. O caso ocorreu no Ramal São João do Guarani, a cerca de 47 quilômetros da zona urbana de Xapuri, no interior do Acre.

Helicópteros do Ciopaer, utilizados pelo Estado em resgates aéreos, na pista do Aeroporto de Rio Branco, antes de seguir para novas missões. Foto: Marcos Vicentti/Secom.

O secretário de Saúde, Pedro Pascoal, médico emergencista e especialista em transporte aeromédico,  foi coordenador do Samu entre 2019 e 2022. O gestor pontua que muitos foram os frutos nesse primeiro quadriênio, e essa união das duas instituições ganhará muitos espaços nesses próximos anos, garantindo assistência à população do estado.

“Esse é um trabalho fundamental para a população que se encontra em áreas remotas em situação de emergência e urgência, como por exemplo, a população ribeirinha, aldeias indígenas ou acidentes em BR e municípios que não possuem aeródromos para pousos de aeronaves de asa fixa”, evidenciou o titular da pasta da Saúde do Acre.

Secretário de Saúde Pedro Pascoal em operação de resgate. Foto: Odair Leal/Sesacre

Samu

O Samu comemorou, no final do ano passado, seu 18º aniversário. Os emergencistas são focados em salvar vidas, e as equipes lidam diariamente com ocorrências diversas. Alguns casos são mais simples, outros mais complexos. A adrenalina é constante e o objetivo é garantir o bem-estar do cidadão acreano.

O coordenador do Samu, Eduardo Formiga, exemplifica que essa parceria é imensurável, pois o estado do Acre tem uma geografia particular, com relação às outras regiões do país. O motivo é o difícil acesso e a falta de comunicação em alguns locais isolados.

Transporte terrestre do bebê indígena pelas equipes do Samu e Ciopaer. Foto: Odair Leal/Sesacre

“Sem essa união de esforços não teríamos como levar assistência de emergência a essas comunidades isoladas e de difícil acesso. Exemplo disso é o resgate de gestantes, de crianças, em incêndios, além da situação de logística e clima. Essa parceria tem estado mais alinhada, com resgates mais rápidos e tem tudo para se fortalecer”, ressaltou.

Ciopaer 

O Ciopaer é formado por membros da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil. Uma tripulação bem preparada e sempre disposta pela defesa da sociedade acreana. Com 13 anos de história, atuou em missões de patrulhamento aéreo, resgates e salvamentos. E não se pode deixar de salientar o transporte de vacinas para regiões de difícil acesso, principalmente no período da pandemia de covid-19, o que requer uma logística diferenciada e robusta. Dois helicópteros são usados para resgate de vítimas pelo Ciopaer, modelo AS350 B2, popularmente chamado no meio da aviação de Esquilo.

Helicóptero modelo AS350 B2, popularmente chamado no meio da aviação de Esquilo, Harpia 03. Foto: Odail Leal/Sesacre.

O comandante do Ciopaer, tenente-coronel Samir Freitas, disse que a parceria entre a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), executada pela Ciopaer e a Sesacre, visa trazer qualidade de vida para toda a população do estado, procurando sempre, no planejamento das operações, garantir atendimento às vítimas com segurança.

“O trabalho entre as duas equipes tem sido enaltecido pela população. Seja no inverno ou no verão, procuramos ter toda a segurança com as aeronaves e treinamento dos pilotos para que a missão ocorra de forma segura, nos lugares mais remotos do estado, trazendo sempre bons resultados”, evidenciou.

Caso do resgate de adolescente

Nesta segunda-feira, 13, um adolescente de 14 anos precisou ser resgatado de helicóptero pelas equipes do Ciopaer e Samu, após levar um tiro de espingarda. O acidente aconteceu no Ramal São João do Guarani, cerca de 47 quilômetros da zona urbana do município de Xapuri.

Resgate aéreo de vítima de tiro de espingarda em Xapuri. Foto: Odair Leal/Sesacre

O resgate foi primeiramente realizado pelos bombeiros do 8º Batalhão. Ao chegar no local, a equipe fez os primeiros atendimentos, avaliação e controle de hemorragia da vítima, sendo levado em seguida para o Hospital Epaminondas Jácome, no município de  Xapuri.

Foi solicitado apoio de aeronave para o transporte aéreo até o Pronto-Socorro de Rio Branco, devido à gravidade do ferimento. Conforme as equipes, o adolescente foi estabilizado e levado ao hospital de Rio Branco em estado grave. Atualmente, o paciente está estável, no leito da clínica cirúrgica, e lúcido.

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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões

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Por Dell Pinheiro

As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.

O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.

Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.

Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.

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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco

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Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.

A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.

Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.

Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.

Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.

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PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos

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Por Wanglézio Braga

O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.

Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.

O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.

O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.

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