Extra
Richarlison faz golaço de voleio e Brasil vence Sérvia por 2 a 0 na estreia

Richarlison faz golaço de voleio na partida entre Brasil e Sérvia pela Copa do Mundo do Qatar
Imagem: Alex Livesey – Danehouse/Getty Images
Foram mais de quatro anos de espera, mais de 2,1 milhões de minutos, mas que passaram voando comparados com a tensão dos primeiros 62 minutos do Brasilna Copa do Mundo do Qatar. O nervosismo tomava conta do país do futebol quando Richarlison liberou o grito de gol e abriu caminho para a vitória sobre a Sérvia por 2 a 0, hoje (24), no estádio Lusail.
A seleção brasileira teve o controle da partida desde o início, mas não conseguia furar o bloqueio sérvio. Raphinha teve a melhor chance do primeiro tempo, mas bateu fraco. Alex Sandro acertou a trave já na segunda etapa, mas foi então que Richarlison entrou em ação.
O camisa 9 da seleção brasileira aproveitou jogada de Neymar, chute de Vini Jr e rebatida do goleiro Vanja para provar toda sua presença de área e abrir o placar. Depois, Vini Jr recebeu pela esquerda e serviu o Pombo, que viu a bola subir no domínio e não teve dúvidas: virou um voleio espetacular para ampliar e fechar a conta para o Brasil.
Com o resultado, o Brasil lidera o Grupo G por ter um saldo de gols maior do que a Suiça, que venceu hoje mais cedo a seleção de Camarões por 1 a 0. O time de Tite volta a campo na segunda-feira (28), às 13h (de Brasília), para enfrentar justamente os suíços.

Imagem: Justin Setterfield/Getty Images
Primeiro tempo duríssimo
Enquanto o Brasil confirmou a escalação ofensiva com apenas um volante, a Sérvia foi para o jogo com somente um atacante. O técnico Tite preparou formas de furar a retranca do rival, mas os primeiros 46 minutos foram de poucas oportunidades criadas.
Logo nos primeiros minutos, a Sérvia deixou claro sua estratégia: marcar, marcar, marcar e talvez armar algum contra-ataque. Aos 5′, o zagueiro Pavlovic levou amarelo. Na sequência, Neymar ficou sem camisa ao ser agarrado por Lukic. O primeiro susto para os europeus só ocorreu no minuto 12, quando Neymar tentou gol olímpico e obrigou o goleiro Vanja Milinkovic-Savic a fazer a defesa.
Com Vini Jr bastante acionado pela esquerda e Raphinha ajudando muito na marcação pela direita, o Brasil começou o jogo melhor e dando trabalho para a Sérvia. A equipe manteve a posse de bola em quase todo o tempo no campo de ataque, mas não conseguiu levar perigo o suficiente para arrancar o “uh” da torcida.
O melhor lance do primeiro tempo foi um quase gol olímpico de Neymar. Raphinha teve chance cara a cara, mas finalizou fraco. A Sérvia conseguiu conter o ímpeto brasileiro depois dos 20 minutos, mas estava claramente mais preocupada em não levar gols do que em abrir o placar. Alisson quase não tocou na bola.
Com Neymar muito bem marcado (nove das 12 faltas da Sérvia foram nele), coube a Casemiro e Lucas Paquetá a ajuda na criação. O centroavante Richarlison tocou apenas 12 vezes na bola e ficou encaixotado na marcação.
O Brasil teve 24 finalizações, dez delas na direção do gol, e a Sérvia chegou uma única vez, sem oferecer nenhum perigo para o goleiro Alisson. A partida foi, literalmente, de ataque contra defesa.
Copa do Mundo 2022: imagens de Brasil x Sérvia
Pombo abre a porteira
Com menos de um minuto de jogo, o Brasil quase abriu o placar. Raphinha roubou a bola no campo de ataque, saiu cara a cara com o goleiro e bateu em cima dele. Neymar, do lado e sozinho, ficou desesperado por não receber o passe.
A seleção brasileira continuou melhor e acertou a trave, com Alex Sandro, no 15º minuto. Aos 18, os sérvios não conseguiram mais resistir. Casemiro acionou Neymar, que cortou os marcadores e a bola sobrou para Vini Jr finalizar. No rebote do goleiro Vanja, Richarlison apareceu para empurrar. O Pombo estava sumido, mas esteve no lugar certo na hora certa. 1 a 0.
A Sérvia fez substituições e buscou a reação, mas abriu os espaços que o Brasil precisava. Aos 27 minutos, Vini Jr cruzou, Richarlison não dominou bem e improvisou: um lindo voleio no canto do goleiro. Um golaço do Pombo que já havia sido ensaiado em um dos treinos na preparação em Turim, na Itália. Foi o fim da “maldição do 9”.
Com o 2 a 0 no placar e as substituições com mais “perninhas rápidas” como Antony e Rodrygo no segundo tempo, o Brasil empilhou chances: Casemiro, Fred, Rodrygo… Todos puderam transformar a vitória em goleada, mas o placar terminou com o 2 a 0, com direito a “olé” no estádio com mais de 88 mil pessoas.
Preocupação com o craque
Aos 34 minutos de jogo, Neymar sentiu um problema no tornozelo direito e precisou ser substituído. O camisa 10, como mostrou as imagens de transmissão da Globo, chorou no banco de reservas enquanto recebia gelo no local.
Neymar saiu de campo andando, mas abatido. Quando sentou no banco, começou a chorar e foi atendido pelo departamento médico.

Neymar chora no banco de reservas com dor no tornozelo direito
Imagem: Reprodução/Globo
Torcida brasileira faz mais barulho, com sérvios tentando reagir
Depois de alguns jogos ficarem marcados pelo clima de biblioteca nesta Copa, a partida entre Brasil e Sérvia teve uma torcida bastante participativa. Com praticamente 70% do estádio, os brasileiros fizeram bem mais barulho e receberam bastante apoio de torcedores estrangeiros. Os sérvios tentaram reagir e gritaram bastante o nome do seu país e só conseguiam fazer mais barulho nas poucas vezes em que a sua seleção cruzava na área.
Raphinha, rei das finalizações no treino, desperdiça chances seguidas
Uma das características que fizeram Raphinha ganhar muito espaço no Brasil foi a qualidade das suas finalizações. Além de ser rápido e driblador, ele impressionou a comissão técnica por sua qualidade na hora de chutar. Não à toa, mesmo em má fase no Barcelona, ele não perdeu espaço na Amarelinha. Hoje, no entanto, ele perdeu as melhores oportunidades brasileiras, sendo duas delas bem cara a cara com o goleiro adversário. O desperdício fez os brasileiros levarem a mão à cabeça.
Novidades na bola parada
De quatro treinos da seleção brasileira em Doha, três foram fechados. Tite e sua comissão técnica usaram a privacidade para ensaiar jogadas de bola parada que já foram usadas contra a Sérvia. Ainda no primeiro tempo, em apenas 30 minutos, foi possível observar novidades em dois momentos: um escanteio cobrado por Raphinha pela direita e uma falta tabelada entre Neymar e Raphinha na esquerda. Nas duas vezes, o Brasil tentou jogadas curtas de combinação para abrir espaço na defesa dos europeus em vez de levantamentos diretos na área.
FICHA TÉCNICA:
BRASIL 2 x 0 SÉRVIA
Data: 24 de novembro de 2022
Local: Estádio Lusail, em Doha (Qatar)
Horário: 16h (de Brasília)
Árbitro: Alireza Faghani (Irã)
Assistentes: Mohammadreza Mansouri e Mohammadreza Abolfazli (Irã)
VAR: Abdulla Al-Marri (Qatar)
Público: 88.013
Cartões amarelos: Pavlovic, Lukic e Gudelj (Sérvia)
Gols: Richarlison (BRA), aos 16 e 27 minutos do 2º tempo
BRASIL: Alisson, Danilo, Thiago Silva, Marquinhos e Alex Sandro; Casemiro e Lucas Paquetá (Fred); Raphinha (Martinelli), Neymar (Antony), Vini Jr (Rodrygo) e Richarlison (Gabriel Jesus). Técnico: Tite
SÉRVIA: Vanja Milinkovic-Savic; Milenkovic, Veljkovic e Pavlovic; Zivkovic (Radonjic), Gudelj (Ilic), Lukic (Lazovic) e Mladenovic (Vlahovic); Tadic, Sergej Milinkovic-Savic e Mitrovic (Maksimovic). Técnico: Dragan Stojkovic
Comentários
Extra
Orçamento 2026: Congresso Nacional aprova R$ 6,5 tri em despesas
Texto prevê salário mínimo em R$ 1.621, reserva R$ 5 bilhões para o fundo eleitoral e fixa meta de superávit primário
O Congresso Nacional aprovou, nesta sexta-feira (19), o Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2026 (PLN 15/2025). O texto, de relatoria do deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), segue agora para sanção presidencial. A proposta estima um orçamento total de R$ 6,5 trilhões, sendo R$ 1,8 trilhão referente ao refinanciamento da dívida pública federal.
Desconsiderando esse valor, o orçamento efetivo soma R$ 4,7 trilhões, sendo R$ 3,27 trilhões provenientes de receitas correntes e R$ 1,23 bilhões de receitas de capital. Do total, R$ 197,9 bilhões poderão ser aplicados em investimentos e R$ 4,5 trilhões nos orçamentos fiscal e da seguridade social.
Para 2026, a meta fiscal estabelecida é de um superávit primário de R$ 34,3 bilhões, mas será considerada cumprida caso o resultado seja de déficit zero.
O texto também prevê uma despesa extra de cerca de R$ 5 bilhões com o fundo eleitoral. Já o salário mínimo foi confirmado em R$ 1.621, valor R$ 10 inferior ao previsto na proposta original enviada pelo governo.
Principais despesas do Orçamento de 2026
Sem considerar o orçamento das estatais, as principais despesas do Orçamento de 2026 são:
- Pessoal e encargos sociais: R$ 489,5 bilhões
- Juros e encargos da dívida: R$ 643,9 bilhões
- Outras despesas correntes: R$ 2,6 trilhões
- Investimentos: R$ 79,7 bilhões
- Inversões financeiras: R$ 229,1 bilhões
- Amortização da dívida: R$ 2,2 trilhões
- Reserva de contingência: R$ 36,5 bilhões
As despesas com pessoal terão aumento de R$ 11,4 bilhões em 2026, em comparação com 2025. Desse total, R$ 7,1 bilhões referem-se a reajustes remuneratórios e concessão de vantagens, enquanto R$ 4,3 bilhões destinam-se ao provimento de 47.871 cargos, funções e gratificações.
Emendas parlamentares
O relatório do Orçamento de 2026 prevê cerca de R$ 61 bilhões em emendas parlamentares. Desse total, aproximadamente R$ 37,8 bilhões correspondem a emendas impositivas, de execução obrigatória. As emendas individuais, apresentadas por deputados e senadores, somam R$ 26,6 bilhões, enquanto as emendas de bancada estadual totalizam R$ 11,2 bilhões. Já as emendas de comissão, que não têm execução obrigatória, somam R$ 12,1 bilhões.
Além disso, o parecer reserva outros R$ 11,1 bilhões em parcelas adicionais, destinadas a despesas discricionárias e a projetos selecionados no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Com a redistribuição dos recursos em relação ao projeto original, alguns ministérios tiveram reforço orçamentário. O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, por exemplo, passou de R$ 6,1 bilhões na proposta original para R$ 12,7 bilhões. Já o Ministério da Previdência Social sofreu uma redução de R$ 6 bilhões.
Confira o Orçamento 2026 por ministério:
- Agricultura e Pecuária: R$ 12 bilhões
- Saúde: R$ 271,3 bilhões
- Desenvolvimento Agrário: R$ 6,3 bilhões
- Esporte: R$ 2,4 bilhões
- Integração e Desenvolvimento Regional: R$ 12,7 bilhões
- Turismo: R$ 3,2 bilhões
- Cidades: R$ 16,8 bilhões
- Previdência Social: R$ 1,146 trilhões
O presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senador Efraim Filho (União-PB), ressaltou a importância de o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) ter sido aprovado antes do encerramento do ano legislativo, ao contrário do Orçamento de 2025, cuja votação só ocorreu em abril.
Segundo o senador, a aprovação antecipada reforça a previsibilidade e a confiança na condução das contas públicas. “O Congresso hoje faz a sua parte e entrega um orçamento com transparência, rastreabilidade e previsibilidade. Não inibe investimentos, atrai quem quer olhar para o Brasil com um cenário de equilíbrio e evita o aumento da inflação e dos juros”, enfatizou.
Créditos adicionais no Orçamento de 2025
Na mesma sessão conjunta, deputados e senadores aprovaram 19 projetos de abertura de créditos no Orçamento de 2025, que somam quase R$ 30 bilhões. O maior deles (PLN 26/25), no valor de R$ 14,4 bilhões, autoriza pagamentos a diversos ministérios e unidades orçamentárias da União.
Outro destaque é o PLN 6/25, que abre crédito suplementar de R$ 8,8 bilhões, principalmente para a constituição do Fundo de Compensação de Benefícios Fiscais, previsto na reforma tributária. O fundo tem como objetivo compensar perdas de arrecadação dos estados decorrentes da extinção gradual de benefícios fiscais.
A relação completa dos projetos de abertura de crédito pode ser consultada na página da Agência Câmara de Notícias.
Comentários
Extra
InfoGripe: influenza A aumenta casos de SRAG na Região Norte
Boletim da Fiocruz aponta alta das hospitalizações e reforça importância da vacinação
A última edição de 2025 do Boletim InfoGripe, divulgada nesta sexta-feira (19) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revela que a alta incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em estados da Região Norte — como Acre, Amazonas, Pará e Tocantins — tem sido provocada pelo vírus influenza A. Os casos atingem principalmente a população adulta e idosa.
O boletim também registra aumento das hospitalizações por influenza A em alguns estados do Nordeste, como Bahia, Maranhão e Piauí, além de Santa Catarina, na Região Sul. No Espírito Santo, há indícios de retomada do crescimento das internações pela mesma doença.
A pesquisadora do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella, reforça a importância da vacinação contra a influenza, especialmente na Região Norte, onde a campanha de imunização está em fase inicial.
“Agora é o período de vacinação contra a influenza A na Região Norte. Por isso, é fundamental que as pessoas dos grupos de risco dessa região se vacinem o quanto antes, para ficarem protegidas contra casos graves e óbitos causados pelo vírus”, orienta.
Queda geral nos casos de SRAG
No âmbito nacional, o cenário indica sinais de queda na tendência de longo prazo, considerando as últimas seis semanas, e de estabilização ou oscilação na tendência de curto prazo, referente às três semanas mais recentes.
Apesar disso, seis unidades da federação ainda apresentam níveis de incidência de SRAG classificados como alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento no longo prazo: Acre, Amazonas, Pará, Tocantins, Mato Grosso e Distrito Federal.
A mesma situação foi observada em cinco capitais: Rio Branco (AC), Manaus (AM), Belém (PA), Palmas (TO) e Macapá (AP).
Prevalência dos vírus entre casos e óbitos
Em 2025, foram notificados 224.721 casos de SRAG no país. Desse total, 117.541 (52,3%) tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 84.004 (37,4%) apresentaram resultado negativo e pelo menos 8.791 (3,9%) ainda aguardam confirmação laboratorial.
Entre os casos positivos, a distribuição dos vírus ao longo do ano foi a seguinte:
- 37,4% – vírus sincicial respiratório (VSR)
- 29,3% – rinovírus
- 23,1% – influenza A
- 8,5% – Covid-19
- 1,2% – influenza B
Em relação aos óbitos, foram registrados 13.234 casos de morte por SRAG em 2025. Desses, 6.687 (50,5%) tiveram confirmação laboratorial para algum vírus respiratório, 5.315 (40,2%) apresentaram resultado negativo e ao menos 210 (1,6%) ainda aguardam análise.
Entre os óbitos confirmados, os principais agentes identificados foram:
- 24,4% – Covid-19
- 14,7% – rinovírus
- 11% – VSR
- 8,2% – influenza A
- 1,8% – influenza B
O levantamento do InfoGripe tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, atualizados até 13 de dezembro, e é referente à Semana Epidemiológica (SE) 50. Confira outros detalhes no link.
VEJA MAIS:
- Chikungunya: dor nas articulações que pode durar meses
- InfoGripe: Influenza A avança em estados do Norte e Nordeste
Comentários
Extra
STF anula provas da Operação Ptolomeu contra Gladson Cameli por maioria de votos
Decisão da Segunda Turma aponta violação ao foro privilegiado e prática de “fishing expedition”; governador fica apto a disputar eleições de 2026
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por quatro votos a um, anular todas as provas produzidas no âmbito da Operação Ptolomeu contra o governador do Acre, Gladson Cameli, e outros 12 réus. O julgamento foi concluído na noite desta sexta-feira (19), em plenário virtual, com encerramento às 21h no horário do Acre e 23h no horário de Brasília.
Votaram pela anulação das provas os ministros Nunes Marques, Dias Toffoli, André Mendonça e Gilmar Mendes, que divergiram do relator, ministro Edson Fachin. Fachin acompanhava o entendimento da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Nancy Andrighi, no sentido de que a investigação conduzida pela Polícia Federal não teria violado o foro por prerrogativa de função do governador.
A defesa de Gladson Cameli sustentou que houve desrespeito ao foro privilegiado e a prática conhecida como “fishing expedition” — investigação genérica e sem objeto definido. Segundo os advogados, a Polícia Federal teria iniciado apurações direcionadas ao governador a partir da interceptação de uma conversa que mencionava o termo “governador”, passando a adotar medidas para contornar a competência do STJ. Entre elas, a solicitação ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) de relatórios envolvendo pessoas físicas e jurídicas ligadas ao chefe do Executivo estadual, como familiares e empresas, sem relação inicial com o objeto da investigação.
Em seu voto, o ministro André Mendonça afirmou que a atuação da autoridade policial foi deliberadamente indevida. Ele destacou que, mesmo com indícios do possível envolvimento do governador, a investigação avançou de forma irregular, com requisições de dados de pessoas do entorno de Gladson Cameli — incluindo esposa e filho menor de idade — antes de qualquer pedido formal de deslocamento de competência para o tribunal competente.
Com a anulação das provas, Gladson Cameli deixa de ter impedimentos judiciais decorrentes da Operação Ptolomeu e passa a estar apto a disputar as eleições de 2026. Nos bastidores políticos, a expectativa é de que o governador mantenha a pré-candidatura ao Senado, posição em que, segundo pesquisas recentes, aparece como favorito.
No entendimento jurídico, a chamada “fishing expedition” é considerada ilegal no Brasil por violar direitos fundamentais, uma vez que se trata de uma investigação ampla e especulativa, sem fato determinado. Provas obtidas por esse meio são passíveis de nulidade por afrontarem os princípios do Estado Democrático de Direito.





Você precisa fazer login para comentar.