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Prefeitura de Rio Branco inicia operação emergencial para enfrentar estiagem severa

Com nível do Rio Acre entre os mais baixos da década, plano emergencial prevê abastecimento com caminhões-pipa em comunidades urbanas e rurais
A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Defesa Civil Municipal e com o apoio da Secretaria Municipal de Agropecuária, colocou em prática o Plano de Exaurimento Hídrico diante da severa estiagem que afeta a capital acreana. Nesta semana, equipes técnicas realizam vistorias em comunidades tradicionalmente atendidas com abastecimento emergencial, a fim de avaliar as necessidades e organizar a logística da operação.

“A situação atual é mais crítica do que em 2023, quando o rio atingiu 1,25 metros”, destacou Falcão. (Foto: Secom)
De acordo com o tenente-coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil Municipal, após a finalização das visitas técnicas e a formalização do contrato com a empresa responsável pelo transporte, será iniciada oficialmente a Operação Estiagem, prevista para a próxima segunda-feira (7).
“Neste início de julho, o Rio Acre registra uma cota de apenas 2 metros, a terceira pior dos últimos 11 anos. Apenas os anos de 2016 e 2024 registraram níveis mais baixos. Ainda assim, a situação atual é mais crítica que a de 2023, quando o rio chegou a 1,25 metro”, alertou Falcão.
A operação emergencial vai atender centenas de famílias das zonas urbana e rural de Rio Branco, incluindo comunidades localizadas nas regiões do Quixadá, Transacreana, além dos municípios de Bujari e Porto Acre. Caminhões-pipa serão mobilizados para o transporte de milhões de litros de água potável destinados ao consumo humano e uso doméstico.

Falcão ressaltou que o trimestre julho, agosto e setembro é o mais seco do ano e que os efeitos já são visíveis, com a redução do lençol freático, ressecamento de poços e represas e agravamento das condições ambientais e sanitárias.
Além do abastecimento emergencial, a Defesa Civil também acompanha diariamente dados de temperatura, umidade do ar e focos de queimadas, intensificando medidas para mitigar os impactos da estiagem.
“Estamos lidando com um cenário extremo. O Rio Acre está em nível crítico, o que compromete o abastecimento de comunidades mais distantes. Nosso foco agora é garantir água potável para quem mais precisa”, reforçou o coordenador.
A prefeitura afirma que continuará atuando com agilidade e planejamento para minimizar os efeitos da seca e assegurar o acesso à água em toda a capital.
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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões
Por Dell Pinheiro
As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.
O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.
Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.
Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.
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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco
Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.
A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.
Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.
Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.
Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.
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PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos
Por Wanglézio Braga
O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.
Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.
O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.
O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.


















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