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Preço da carne deve aumentar após Acre ser reconhecido internacionalmente zona livre de aftosa
O segundo motivo é que existe uma demanda crescente por proteína animal na China e em outros países asiáticos

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Nos últimos dias, o governo e setor produtivo ligado à pecuária comemoram o reconhecimento internacional do Acre como zona livre de aftosa. No entanto, o reconhecimento, obtido junto a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), pode aumentar o preço da carne ao consumidor final. É o que explica o economista da Universidade Federal do Acre (Ufac), Rubicleis da Silva.
O economista, que tem pós-doutorado pela Fundação Getúlio Vargas, revela que além de abrir novos mercados para a comercialização da Acre, o selo de zona livre da aftosa impede que o preço da carne seja reduzido. “A chance do preço da carne baixar no Acre por conta do reconhecimento da área livre de aftosa sem vacinação é zero”, afirma.
Para ele, a tendência é que o preço fique ainda mais elevado e explica os motivos. “O que vai acontecer com o preço da carne em Rio Branco é que inexoravelmente ele vai aumentar. Dois motivos explicam isso. O primeiro motivo é que vamos ter novos mercados para vender nossa carne e nesses mercados o poder aquisitivo é maior do que o do acreano, o que significa que estão dispostos a pagar mais pela carne. O segundo motivo é que existe uma demanda crescente por proteína animal na China e em outros países asiáticos. Essa demanda vai ser exercida e como nossa oferta é pequena diante da grande demanda internacional faz com que o preço aumente”, diz o economista.
Rubicleis coloca ainda a desvalorização do real frente ao dólar como mais um motivo. “A taxa de câmbio está extremamente desvalorizada com um dólar valendo cinco reais. Não há como a carne diminuir. É uma péssima notícia para o consumidor e uma boa notícia para quem produz proteína animal”, explica.
O economista projeta ainda que a alta do preço da carne provoque aumento nos preços também das outras proteínas animais como o frango, o ovo e a carne suína. “Vamos ter aumento, sim. Em função do aumento na carne de boi, vai se ter uma demanda ainda maior pelo frango, ovos e porco. Como não vai ser possível atender a este aumento na demanda no pequeno e médio prazo naturalmente o preço dessas outras proteínas vão subir”, esclarece.
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MP do Amazonas aciona três PMs por esquema de “funcionários fantasmas” em Boca do Acre
Prejuízo aos cofres públicos chega a quase R$ 2 milhões; ex-comandante da 5ª CIPM é acusado de falsificar escalas e operar “rachadinha”.

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) ingressou, nesta quarta-feira (3), com uma ação civil pública por improbidade administrativa contra três policiais militares — entre eles um ex-comandante da 5ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) — suspeitos de integrar um esquema de “funcionários fantasmas” no município de Boca do Acre. O prejuízo estimado aos cofres públicos é de R$ 1.968.379,57, valor referente a pagamentos indevidos entre 2018 e 2024.
A ação, assinada pelo promotor de Justiça Marcos Patrick Sena Leite, é um desdobramento da Operação Joeira, deflagrada em novembro pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). As investigações revelam que dois dos policiais recebiam salários normalmente enquanto residiam em Manaus e exerciam atividades particulares, embora estivessem oficialmente lotados em Boca do Acre.
Para sustentar a fraude, o então comandante da 5ª CIPM teria falsificado escalas de serviço, registrando a presença dos subordinados no quartel. Em acordo de colaboração premiada, os próprios policiais admitiram que eram “fantasmas” e que participavam de um esquema de “rachadinha” envolvendo o superior hierárquico.
“O caso revela um esquema estruturado que drenou quase R$ 2 milhões do erário, exigindo resposta firme e responsabilização”, declarou o promotor.
Na ação, o MPAM solicita o ressarcimento integral do dano, indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 500 mil, indisponibilidade de bens, afastamento cautelar, perda dos cargos e suspensão dos direitos políticos dos investigados.
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Perícia médica federal realiza mutirão com mais de 18 mil vagas neste fim de semana
Ação acontece em 92 agências da Previdência; Acre terá 230 atendimentos e Amazonas, 280. INSS informa que cerca de 13 mil agendamentos já foram feitos.
A perícia médica federal realiza, neste fim de semana — sábado (6) e domingo (7) —, um mutirão de atendimentos em 92 agências da Previdência Social em todo o país, oferecendo 18.868 vagas para segurados que aguardam avaliação pericial.
No Amazonas, estarão disponíveis 280 vagas. No Acre, o mutirão contará com 230 atendimentos, sendo 80 em Cruzeiro do Sul e 150 em Rio Branco.
Segundo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), aproximadamente 13 mil atendimentos já foram agendados, restando cerca de seis mil vagas abertas.
Os serviços serão realizados presencialmente e também por teleatendimento, por meio da Perícia Conectada — modalidade criada para ampliar o acesso em regiões com déficit de profissionais.
Segurados interessados podem agendar pelo telefone 135, disponível de segunda a sábado, das 7h às 22h, ou pelo aplicativo e site Meu INSS.
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Homem monitorado por tornozeleira é preso após tentar agredir a filha em Cruzeiro do Sul
Agressor buscava dinheiro para comprar drogas e invadiu a casa armado com uma faca; vítima se defendeu com vassoura e acionou a Polícia Militar.
Um homem identificado como Antônio Carlos, monitorado pela Justiça do Acre por meio de tornozeleira eletrônica, foi preso na tarde de quinta-feira (4) em Cruzeiro do Sul após tentar agredir a própria filha em busca de dinheiro para comprar drogas. O caso ocorreu no bairro Remanso.
Segundo a Polícia Militar, a jovem acionou a guarnição informando que o pai havia invadido a residência e se tornado agressivo depois de exigir dinheiro para consumir entorpecentes. Armado com uma faca, ele teria tentado atingi-la.
Para se defender, a vítima golpeou o agressor na cabeça com uma vassoura, causando uma lesão leve. Antônio Carlos, que cumpre pena no regime semiaberto, foi localizado pelos policiais ainda usando a tornozeleira eletrônica.
O homem foi levado inicialmente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para receber cuidados médicos e, em seguida, encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Cruzeiro do Sul, onde permaneceu detido.

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