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Policiais Penais concluem Curso Operacional Integrado feminino com treinamento tático e operacional
Nove Policiais Penais participaram do primeiro Curso Operacional Integrado (COI) composto exclusivamente de mulheres, promovido pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). O curso tem como objetivo uniformizar as práticas operacionais de todas as forças que compõem o Sistema Integrado de Segurança Pública (SISP). Na última quinta e sexta-feira, 20 e 21, as policiais passaram por um treinamento tático e de tiros no estande de tiros do BOPE e neste sábado, 22, passaram por um treinamento de sobrevivência policial no Centro Integrado de Ensino e Pesquisa em Segurança e Justiça (Cieps).

Policiais penais fazem treinamento de tiro durante primeiro COI feminino. Foto: Zayra Amorim/Iapen.
A diretora do Presídio Feminino de Rio Branco, e policial penal, Dalvani Azevedo, falou da importância do curso para as policiais penais. “Estamos adquirindo conhecimento e isso para o nosso trabalho tem uma relevância muito grande, é uma possibilidade de se preparar, de se capacitar e estar aqui junto com outras companheiras do sistema de segurança pública e compartilhar desses conhecimentos, enriquece a nossa profissão”, disse.

Dalvani Azevedo, diretora do Presídio Feminino de Rio Branco (usando chapéu e óculos à direita). Foto: Zayra Amorim/Iapen.
A Polícia Penal conta com policiais femininas que buscam se capacitar tanto quanto os policiais masculinos, já que ambos enfrentam adversidades e situações iguais e que precisam desse preparo. Percebendo essa necessidade, a policial penal Willianete Silva, que faz parte do sistema penitenciário desde 2008, explica que aproveita todas as vezes que tem a oportunidade de participar de práticas, cursos e treinamentos. “No decorrer desse tempo eu sempre procurei estar me capacitando, todos os cursos que foram disponibilizados no sistema eu procurei fazer e me capacitar. Como uma policial e mulher é de suma importância esse curso na área feminina. É bom que as mulheres policiais estejam capacitadas, porque assim como os homens, a gente também se depara com diversas situações. Eu fico muito feliz em estar fazendo parte desse primeiro curso”, destacou.

Policial Penal Willianete Silva, durante o curso. Foto: Zayra Amorim/Iapen.
O curso é ministrado para mulheres das Polícias Penal, Militar, Civil e Bombeiro Militar, totalizando 40 alunas. Segundo o presidente do Iapen, o delegado de Polícia Civil Marcos Frank Silva, o COI feminino, demonstra a importância da atuação das mulheres nas forças de segurança. “Tivemos êxito na capacitação das policiais e das bombeiras, que tiveram aí uma semana de bastante aprendizado, e viemos de alguma forma ressaltar e reafirmar o espaço que a mulher ocupa dentro da segurança pública”, frisou o presidente do Iapen.

Policial Penal, Leandro Santos, atuou como instrutor no primeiro COI feminino. Foto: Zayra Amorim/Iapen.
Além da integração das alunas, os instrutores também são de diferentes instituições da segurança pública. Entre eles, o Policial Penal Leandro Santos, que ressaltou a importância de compartilhar esse conhecimento entre as forças de segurança. “Esse é um curso integrado, onde participam agentes de todas as forças que compõem o SISP. Então, eu, como policial penal, me sinto muito feliz por fazer parte desse projeto, que vem dando certo. Essa integração é importante porque nivela o conhecimento das forças de segurança para um possível trabalho integrado de ações contra a criminalidade”, pontuou o instrutor.

Policiais e Bombeiras concluíram primeiro COI exclusivamente feminino. Foto: Antonio Moura/Iapen.
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Acre reduz homicídios em 15,5%, mas jovens negros seguem como principais vítimas da violência
Anuário do MPAC mostra que 80% das 169 vítimas em 2024 eram negras; faixa de 20 a 24 anos concentra 18% dos casos e homens representam 92% do total

Os números mais recentes mostram que a violência no estado continua atingindo, principalmente, a juventude. Entre 15 e 29 anos. Foto: captada
O Ministério Público do Acre divulgou nesta sexta-feira (14) a 9ª edição do Anuário de Indicadores de Violência, revelando uma redução de 15,5% nos crimes violentos letais intencionais em 2024, mas mantendo o alerta sobre o perfil das vítimas: jovens negros continuam sendo as principais vítimas da violência no estado. Das 169 vítimas registradas no ano, 80% eram pessoas negras (soma de pardos e pretos), com destaque para a faixa etária de 20 a 24 anos, que responde por 18% das ocorrências.
O relatório do MPAC reforça a necessidade de políticas públicas focalizadas para proteger a população negra, que representa a grande maioria das vítimas. Homens continuam sendo a esmagadora maioria dos casos (92%), enquanto as mulheres representam 8% do total. O documento destaca a urgência de ações direcionadas à luz do Estatuto da Igualdade Racial, apontando que a vulnerabilidade de jovens negros permanece como um desafio estrutural no estado.
Perfil das vítimas em 2024
Gênero: 92% homens, 8% mulheres
Raça/cor:
-
Pardos: 71%
-
Pretos: 8%
-
Indígenas: 5%
-
Brancos: 4%
-
Não identificados: 12%
Faixa etária mais vulnerável: 20-24 anos (18% dos casos)

A maior parte das vítimas continua sendo formada por homens: 92% do total, contra 8% de mulheres. Foto: captada
Evolução recente
- 2024: 169 CVLIs
- 2023: 200 CVLIs
- 2022: 20-24 anos também foi faixa mais atingida (18%)
Os números reforçam a necessidade de políticas públicas focalizadas na juventude negra, conforme determina o Estatuto da Igualdade Racial. A redução geral é positiva, mas mantém-se o desafio de enfrentar as desigualdades raciais e etárias na violência letal.

Para o MPAC, o cenário reforça um alerta antigo: a necessidade de ações mais direcionadas para diminuir a vulnerabilidade da população negra. Foto: ilustrativa
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PRF apreende quase 8 kg de folha de coca em caminhão de transportadora em Cruzeiro do Sul
Produto de origem boliviana foi encontrado durante fiscalização na BR-364; motorista disse desconhecer carga irregular

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu, nesta sexta-feira (14), em Cruzeiro do Sul, 7,7 quilos de folhas de coca transportadas irregularmente em um caminhão de uma empresa de logística. As folhas estavam distribuídas em 14 sacolas dentro de uma caixa de papelão, cuja embalagem indicava origem boliviana.
O veículo havia partido de Rio Branco e pernoitado no município de Tarauacá antes de seguir viagem. Questionado, o motorista declarou não saber da existência da mercadoria ilícita entre a carga.
A apreensão ocorreu durante patrulhamento de rotina na BR-364, quando a equipe da PRF abordou o caminhão e identificou a ausência de notas fiscais para parte das mercadorias. O veículo foi então conduzido à Receita Federal para conferência detalhada.
Na triagem, os agentes encontraram as sacolas contendo as folhas de coca. Após os procedimentos administrativos, o motorista e o caminhão foram liberados, enquanto o material apreendido foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Cruzeiro do Sul para investigação.
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Polícia Militar prende dupla de criminosos e apreende granada, armas e drogas no Taquari

A Polícia Militar do Acre (PMAC) prendeu dois homens e apreendeu uma granada de uso restrito, armas de fogo, munições, drogas e um colete balístico durante uma ação de uma guarnição do 2º Batalhão, na tarde desta sexta 14, no bairro Taquari, em Rio Branco. A ocorrência aconteceu em uma região marcada pela disputa territorial entre facções e usada como esconderijo de criminosos.
A equipe fazia patrulhamento em uma área isolada conhecida pela presença de uma facção criminosa local, quando observou um homem com volume evidente na cintura, compatível com arma de fogo. Ao notar a aproximação policial, ele se rendeu de imediato. O comandante da guarnição reconheceu o suspeito, já preso meses antes com arma de fogo e motocicleta roubada no Recanto dos Buritis.
Os militares avançaram no terreno e encontraram um segundo suspeito, que também se deitou no chão ao ver a equipe. Logo na entrada da residência usada pela dupla, havia uma espingarda calibre 36 carregada e uma caixa com sete cartuchos intactos. Com o primeiro detido, os policiais retiraram da cintura uma arma calibre 22, também municiada.
As buscas seguiram dentro do imóvel e revelaram mais material ilícito. No quarto, a equipe encontrou um colete balístico adulterado e quatro latas de tinta spray vermelha, cor usualmente usada por um grupo criminoso para pichar sinais de domínio.
Questionado, o homem admitiu que havia uma granada escondida na parte superior do quarto. Os policiais localizaram o artefato, uma granada de acionamento manual, com pino, de uso restrito, com alto potencial lesivo. Do lado de fora, dentro de uma palheira, foram encontrados 12 invólucros de skank e 12 invólucros de crack, prontos para venda, armazenados dentro de um pote vazio.
Os dois foram conduzidos à Delegacia de Flagrantes (Defla), junto ao material apreendido. Na unidade, consultas aos sistemas confirmaram que o segundo criminoso já possui registros por homicídio qualificado, roubo, tentativa de roubo, disparo de arma de fogo e furto. O outro, monitorado eletronicamente desde maio, cumpre pena por incêndio, crimes previstos na Lei de Armas, roubo majorado e receptação, além de responder a diversos boletins de ocorrência, totalizando condenação superior a 19 anos.










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