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Polícia Militar intensifica ações de segurança em escolas do Vale do Juruá
Policiamento Escolar do 6° BPM realiza visitas ostensivas e orienta alunos com medidas preventivas contra crimes no entorno das instituições de ensino

A ação faz parte da estratégia de policiamento comunitário, que prioriza a proximidade entre a PM e a população. Foto: cedida
O 6° Batalhão da Polícia Militar (6° BPM), por meio do Policiamento Comunitário e da Patrulha Escolar, está desenvolvendo uma série de ações preventivas nas escolas do Vale do Juruá. A iniciativa tem como objetivo inibir ações criminosas no entorno das instituições de ensino, garantindo maior segurança para alunos, professores e funcionários.
Além do policiamento ostensivo, os militares estão interagindo diretamente com os estudantes, oferecendo orientações sobre medidas de segurança e prevenção. As visitas regulares incluem conversas educativas, dicas para identificar situações de risco e a importância da colaboração de todos na manutenção de um ambiente escolar seguro.

Além do policiamento ostensivo, os militares estão interagindo diretamente com os estudantes, oferecendo orientações sobre medidas de segurança e prevenção. Foto: cedida
“Estamos trabalhando de forma integrada com a comunidade escolar para fortalecer a sensação de segurança e coibir qualquer tipo de ação delituosa”, destacou um representante do 6° BPM. A ação faz parte da estratégia de policiamento comunitário, que prioriza a proximidade entre a PM e a população como forma de prevenir crimes e construir relações de confiança.
A iniciativa tem sido bem recebida por diretores, professores e pais, que destacam a importância da presença policial para garantir um ambiente mais protegido e tranquilo para o desenvolvimento educacional dos alunos. O 6° BPM informou que as visitas continuarão de forma sistemática em todas as escolas da região.

As visitas regulares incluem conversas educativas, dicas para identificar situações de risco e a importância da colaboração de todos na manutenção de um ambiente escolar seguro. Foto: cedida
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Rio Juruá abaixo da cota de alerta: Famílias retornam para casa após período em abrigos de Cruzeiro do Sul
No total, 151 pessoas que estavam acomodadas nas escolas retornam às suas residências, marcando o fim de um período provisório e o início de um novo capítulo

Ao retornar para suas residências cada família recebeu um kit limpeza contendo, pano de chão, sabão em pó, rodo, água sanitária, balde para que possa realizar a limpeza da casa. Foto: assessoria
Com Juruá Online
Nesta segunda-feira, 31, o nível do rio Juruá marca 11,24 metros, permitindo que as 32 famílias que estavam abrigadas em escolas retornem para suas residências. A decisão foi tomada após um monitoramento da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, que garantiu que a segurança das famílias estava assegurada.
José Lima, representante da Defesa Civil, detalhou que o retorno ocorreu em conformidade com os protocolos estabelecidos, permitindo a desocupação dos quatro abrigos disponíveis. “Como já anunciamos anteriormente, o retorno só ocorreria quando o nível do rio estivesse abaixo da cota de alerta. Com a medição atual, podemos garantir que é seguro para os moradores voltarem para suas casas”, explicou.
O processo de retorno começou pela escola Madre Adelgundes Becker, seguida pelas instituições Corazita, Thaumaturgo de Azevedo e Marcelino Champagnat. Durante a desocupação, como parte do apoio às famílias, cada uma delas está recebendo um kit contendo itens de limpeza e donativos, facilitando assim a transição de volta ao lar.

O Coordenador da Defesa Civil de Cruzeiro do Sul, José Lima, afirmou que o retorno começou a ser feito após vistoria nas residências. Foto: assessoria
“Estamos felizes em permitir que essas famílias retornem ao conforto de suas casas, especialmente agora que a perspectiva de chuvas significativas não é mais uma preocupação”, destacou José.
No total, 151 pessoas que estavam acomodadas nas escolas retornam às suas residências, marcando o fim de um período provisório e o início de um novo capítulo, com a expectativa de que a situação do rio permaneça estável. A desocupação dos abrigos também abre caminho para o retorno das aulas nas escolas, que estavam temporariamente suspensas.
A comunidade respira aliviada, com a certeza de que, após monitoramento rigoroso, a segurança prevalece, permitindo que a vida cotidiana seja restabelecida na região.

O Prefeito de Cruzeiro de Sul Zequinha Lima, enfatizou que a prefeitura garantiu toda a estrutura de apoio para as famílias, incluindo serviços de saúde. Fotos: assessoria
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Crime de stalking: no Acre, homem é condenado por perseguir ex-namorada, que precisou mudar de cidade
Vítima relatou que homem a seguia, mandava mensagens e fazia ligações. Em sentença reformada, suspeito foi condenado a nove meses de reclusão, em regime aberto, e pagamento de 15 dias-multa

Conforme o TJ, a vítima relatou ter sido perseguida por cerca de um mês. Ela relatou que o homem a seguia, mandava mensagens e fazia ligações. Foto: cedida
Um homem foi condenado a nove meses de reclusão, em regime inicial aberto, por perseguir a ex-namorada, que precisou até mudar de cidade para escapar das investidas do suspeito. A decisão é da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC).
O crime de perseguição, conhecido também como “stalking”, tem pena de seis meses a dois anos de prisão, mas pode chegar a 3 anos com agravantes, como crimes contra mulheres. Existe também a previsão de multa contra o infrator.
De acordo com o TJ, a sentença reformou um veredito anterior, e considerou que o crime ocorreu em contexto de violência doméstica e familiar. O suspeito também foi condenado a pagar 15 dias-multa.
“O crime cometido pelo réu é conhecido pelo nome em inglês, stalking, quando a privacidade da vítima é invadida, com uso de táticas de perseguição. Segundo a decisão o ato foi feito em contexto de violência doméstica e familiar. Por isso, ele deverá cumprir noves meses de reclusão, em regime inicial aberto, e pagar 15 dias multa”, informou o tribunal.
Conforme o TJ, a vítima relatou ter sido perseguida por cerca de um mês. Ela relatou que o homem a seguia, mandava mensagens e fazia ligações. Ela bloqueou o número dele, pediu medidas protetivas, e também se mudou para escapar das investidas.
“[…] pode-se concluir que o réu, não se contentando com o fim do relacionamento, passou de forma reiterada, a perseguir a vítima, efetuando ligações, mandando mensagens e postando fotos com a filha da vítima em redes sociais, com o intuito de mandar indiretas para ela”, considerou o desembargador Francisco Djalma.

Stalking: entenda o que é esse crime, saiba identificar e veja como denunciar
Stalking: como identificar e o que fazer quando se é vítima de perseguição
Centenas de mensagens ou ligações de uma mesma pessoa. Comentários invasivos em redes sociais. Perfis falsos que acompanham a sua rotina, a de seus familiares ou amigos. Notar que uma pessoa está sempre no mesmo local e horário que você.
Esses são apenas alguns sinais de uma série de situações que podem indicar que alguém é vítima de stalking (ou “perseguição”, na tradução do inglês).
O stalking não é novidade, mas as redes sociais facilitaram e amplificaram o alcance dos criminosos. A prática virou crime somente em 2021, quando foi incluída ao Código Penal.
Mesmo que a perseguição seja uma prática já bastante antiga, pode ser difícil reconhecer que você ou algum conhecido é vítima de stalking para fazer a denúncia do criminoso, cessando a violência.
Confira, nesta reportagem, quais os principais sinais de alerta e o que fazer quando se é vítima de stalking
Como identificar?
Segundo a advogada Gisele Truzzi, especialista em crimes digitais, a principal característica desse crime é a repetição: “a perseguição reiterada é o primeiro sinal de alerta”, explica.
Ela explica que o stalking consiste em uma série de comportamentos que, acontecendo de forma repetitiva, tolhem qualquer forma de liberdade da vítima — de não se sentir confortável em publicar conteúdo nas redes sociais até ter medo de andar na rua.
As formas em que o assédio pode ocorrer são variadas. No entanto, cabe destacar:
- muitas mensagens de uma mesma pessoa em diversas oportunidades, mesmo sinalizando que não quer ter aquele contato;
- muitas ligações seguidas;
- comentários, principalmente com teor negativo, em publicações feitas em redes sociais;
- o stalker pode criar perfis falsos em redes sociais para acompanhar o que você posta caso seja bloqueado;
- familiares e/ou amigos começam a ser seguidos pelo stalker ou pelos mesmos perfis falsos;
- a vítima percebe que alguém está sempre nos mesmos locais e horários que você;
- a vítima recebe comentários que mostram que aquela pessoa te viu ou sabe sobre a sua rotina, como dizer exatamente a roupa que você estava usando ou uma foto de algo seu ou de um lugar em que você esteve.
Outras situações semelhantes podem indicar o stalking, mas o principal ponto é que elas sempre vão ocorrer repetidamente, em vários dias, em um mesmo horário ou em diferentes momentos.
Além disso, Gisele destaca que o stalking geralmente está associado a outros crimes, como ameaça, extorsão ou violência psicológica — todas situações que amedrontam a vítima e podem cercear sua liberdade.

Veja como e quando denunciar o ‘stalking’, crime de perseguição — Foto: Daniel Ivanaskas/G1
O que fazer?
De acordo com a advogada, é essencial ter provas da perseguição para conseguir, durante o processo, demonstrar que a história da vítima é verídica.
Para isso, o método mais comum é, justamente, a captura de tela daquilo que é recebido de forma online. Porém, Gisele ressalta que os prints, embora válidos, podem ser questionados em juízo e, em casos assim, passam por perícia para comprovar sua autenticidade.
A advogada explica que há outros dois meios de reforçar essas provas, de forma que não sejam contestadas. A primeira delas — e mais segura — é realizar uma ata notarial, que é um processo em que um tabelião certificado escreve, em um documento, aquilo que ele está vendo, o que pode ser feito com essas provas.
Gisele comenta que o tabelião é uma pessoa de fé pública e, por isso, com uma certificação de que ele está vendo uma mensagem do stalker, por exemplo, não pode haver contestações durante o processo. No entanto, essa é uma opção mais cara e pode ser considerada para casos mais graves, como ameaças.
A alternativa a isso, para a advogada, seria a própria vítima produzir um relatório digital do conteúdo produzido ou enviado pelo stalker em uma plataforma que utilize tecnologia blockchain. Há alguns sites que oferecem esse serviço por um preço menor e, como o registro é feito e comprovado por uma plataforma terceirizada e imparcial, tem mais valor judicial do que um print por si só.
Além do registro das provas, Gisele também destaca que é importante buscar um advogado, preferencialmente focado em crimes digitais, para que medidas complementares sejam tomadas.
Cada vítima terá uma trajetória processual própria, tomando as medidas judiciais mais adequadas para cada situação, mas cabe destacar que o processo pode seguir dois caminhos principais:
- cível;
- criminal.
No processo cível, a vítima pode entrar com uma ação de obrigação de fazer, explica Gisele. Nessa ação, é possível pedir à Justiça que o stalker seja proibido de tentar qualquer tipo de contato com a vítima, inclusive com a criação de perfis falsos nas redes sociais.
Se, após a determinação judicial, o criminoso voltar a fazer contato, seja de forma física ou virtual, ele estará sujeito a uma punição legal, a ser decidida pelo juiz.
Também é possível, com um processo cível, entrar com um pedido de indenização por danos morais por todos os prejuízos sofridos pela vítima.
Em ambos os casos, será necessário comprovar a perseguição e, por isso, a importância do registro das provas.
Já no processo criminal, a ação judicial busca punir o criminoso, com uma pena que pode variar de seis meses a dois anos de reclusão e multa.
Dessa forma, é necessário ir até uma delegacia – preferencialmente a Delegacia de Crimes Digitais ou a Delegacia da Mulher, em casos em que o crime ocorre por alguém com quem a vítima teve envolvimento amoroso – e abrir um boletim de ocorrência para que seja instaurado um inquérito policial.
Durante o inquérito a vítima deverá apresentar todas as provas e poderá ser chamada para prestar depoimento em diferentes ocasiões. Com a conclusão da investigação e, caso a polícia indicie o stalker, o processo segue os meios legais e é encaminhado à Justiça para ser julgado.
Além do julgamento – que pode terminar com diferentes penas a depender do caso -, em situações em que a vítima é mulher e o crime está ligado a relacionamentos amorosos, é possível solicitar uma medida protetiva de urgência para que o criminoso não se aproxime e não tente contato. Para isso, basta solicitar a medida à delegacia ou ao Ministério Público.
Em todos os casos, Gisele ressalta que, para pessoas que não tenham condições financeiras de contratar um advogado, é possível recorrer à Defensoria Pública ou a organizações que prestem auxílio jurídico de graça ou por valores acessíveis.
Como agir se o stalker é desconhecido?
O stalking também pode partir de algum anônimo e, nestes casos, parte do processo é diferente, com o objetivo de descobrir a identidade. É necessário:
- registrar todas as provas, assim como nos casos em que o stalker é conhecido;
- com a ajuda de um advogado, entrar com um processo cível contra a plataforma pela qual o stalker assedia a vítima, para obter a quebra de IP;
- com os dados de IP, entrar com um processo cível contra a provedora de internet daquele IP, que fornecerá todos os dados pessoais necessários;
- com todas as informações em mãos, iniciar o processo contra o stalker, seja na esfera cível ou criminal.
Também é possível conseguir a quebra de IP e dados pessoais por meio de um inquérito policial, ao levar o caso até a delegacia, mas o processo pode ser um pouco mais longo.
A Defensoria Pública e organizações também podem ajudar pessoas sem condição financeira para arcar com os custos dos processos nessas situações.
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Pai é preso suspeito de estuprar filhas e tratar uma delas como esposa

Momento em que o pai das vítimas foi preso (Foto: Divulgação/PC-AM)
Um homem de 53 anos foi preso em Pauini (a 923 quilômetros de Manaus) suspeito de estupro de vulnerável contra as duas filhas. O suspeito foi preso na Comunidade São Sebastião, zona rural do município.
O delegado Gustavo Kallil disse que a filha mais velha, de 19 anos, denunciou o pai por abusos sexuais que ocorreram desde que ela tinha 13 anos. “Ela fugiu de casa para Acrelândia, no Estado do Acre, onde registrou um Boletim de Ocorrência (BO). Em depoimento, ela relatou que o pai a teria tratado como esposa após o falecimento da mãe. Temendo que ele fizesse o mesmo com a irmã de 15 anos, decidiu romper o silêncio e fazer a denúncia”, relatou Kallil.
Conforme o delegado, após a irmã mais velha fugir o homem também começou a abusar sexualmente da filha caçula. Ela confessor os abusos em depoimento.
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