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Acre

Penitenciária Villa Busch na Bolívia ofende o direito a vida humana em cárcere privado

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Autoridades do município de Brasiléia e Epitaciolândia comprovam de perto o estado desumano vivido pelos brasileiros presos na Bolívia

WILIANDRO DERZE
Fotos: Alexandre Lima
Prefeito, vereadores e secretarios foram ver de perto a realidade do presídio de Villa Bush, onde aconteceu a rebelião e morte de um braisileiro - Foto: Alexandre Lima

Prefeito, vereadores e secretarios foram ver de perto a realidade do presídio de Villa Bush, onde aconteceu a rebelião e morte de um braisileiro – Foto: Alexandre Lima

Os prisioneiros brasileiros na Penitenciária Vila Busch em Cobija na Bolívia foram visitados pelo prefeito de Brasiléia, Everaldo Gomes e de Epitaciolândia, André Hassem nessa quarta-feira, 20. Os prefeitos que administram os municípios acrianos que faz fronteira com a Bolívia verificaram de perto a situação desumana que se encontram os detentos naquele presídio. E tiveram a certeza que o local afronta todos os parâmetros de direitos humanos e dignidade da vida.

Dos quatro presidiários brasileiros feridos na rebelião que ocorreu na semana de carnaval, um acabou morto e dois receberam alta do hospital de Cobija e voltaram ao presídio, mas continuam sofrendo com febre, tonturas e desmaios devido os ferimentos. Os detentos brasileiros no país vizinho foram agredidos pelos presos bolivianos com golpes de faca, barra de ferro e fios.

Prefeitos viram de perto que detentos estão sem qualquer condições de receber atendimento médico básico, pois estão sem ambulatório - Foto: Alexandre Lima

Prefeitos viram de perto que detentos estão sem qualquer condições de receber atendimento médico básico, pois estão sem ambulatório – Foto: Alexandre Lima

O presidiário que ainda se encontra internado está correndo risco de morte e uma junta médica de Cobija pediu a realização de exames específicos, que só são realizados na cidade de Cochabamba. Mas o detento e familiares não querem a transferência com receio do preso não voltar para a cidade de Cobija e ficar longe da família.

A comitiva formada pelos dois prefeitos e vereadores de Brasileia recebeu autorização do Juiz boliviano Diego Bandir Joca Saucedo e foram até o presídio Villa Busch conversar principalmente com os presos vitimas de agressões.

Ao chegar ao presídio às autoridades brasileiras dos dois municípios acrianos ficaram estarrecidas com o ambiente desumano e sem nenhuma condição de higiene, para o convívio de pessoas. Ainda mais, que depois da rebelião os 13 presos brasileiros são obrigados a permanecer em somente uma cela.

O presídio conhecido como Penitenciária Modelo Villa Busch disponibiliza um médico para atender os detentos, mas as condições oferecidas na sala de atendimento de saúde apresentam várias goteiras, maca encharcada d’água, aparelhos enferrujados, além da falta de medicamentos.

Consultório odontológico está sem condições de atendimento - Foto: Alexandre Lima

Consultório odontológico está sem condições de atendimento – Foto: Alexandre Lima

Para se ter uma ideia da falta de higiene e manutenção dos ambientes no presídio, na sala de atendimento odontológico nada funciona e os matérias estão servindo de acumulo de poeira e água que cai do teto quase todo perfurado.

As demais repartições e instalações da Penitenciária mostraram os danos causados pela rebelião, com camas, forros e objetos queimados. As péssimas acomodações dos presos não param, na cela que ficam os brasileiros um colchão e vários cordões mostra como todos convivem de forma amontoada.

Ao serem convidados para verificar as instalações e condições do presídio, os prefeitos e vereadores que formavam a comitiva de apoio aos presos brasileiros e seus familiares identificaram o estado de abandono e descaso com a vida humana no Presídio Modelo Villa Busch.

Dormitório e resturante dos policiais também estão sem condições de uso - Foto: Alexandre Lima

Dormitório e restaurante dos policiais também estão sem condições de uso – Foto: Alexandre Lima

Os polícias bolivianos responsáveis pela segurança dos presos disseram que não a verba para melhorar a estrutura do presídio e pedem a contra partida do Consulado Brasileiro para melhorar as condições dos presos.

Durante a visita ao presídio as autoridades puderam conversar com os presos brasileiros que contaram o tratamento que recebem dos bolivianos. E aproveitando a oportunidade os detentos pediram que as autoridades brasileiras tomassem providencias, e lembraram que os presos bolivianos no Brasil são tratos com dignidade e não sofrem extorsão nem são agredidos cruelmente como os brasileiros na Bolívia.

Os prefeitos Everaldo Gomes e André Hassem falaram primeiro com os detentos que estão feridos e disseram que cuidarão de viabilizar e acompanhar os atendimentos de saúde para que os mesmo sejam bem atendidos.

“Precisamos verificar as condições para garantir a saúde e a integridade física desses brasileiros e se for necessário vamos viabilizar os medicamentos e tratamentos mesmo que seja pago”, destacou o prefeito André Hassem.

Detentos brasileiros estão amontoados num quarto. Feridos estão expostos a infecções por falta de higiene no local - Foto: Alexandre Lima

Detentos brasileiros estão amontoados e algemados num quarto. Feridos estão expostos a infecções por falta de higiene no local – Foto: Alexandre Lima

O prefeito Everaldo Gomes disse que a intenção dos dois prefeitos em querer visitar os presos é mostrar que pode haver um dialogo entre as autoridades dos dois países. “No campo do dialogo podemos garantir que os detentos recebam os atendimentos de saúde e que sejam acompanhados no tratamento dos ferimentos. Vamos tentar também viabilizar remédios essenciais para atender os presos”, relatou Everaldo.

Depois que os prefeitos falaram foi à vez de ouvirem os detentos explicar que a advogada do Consulado brasileiro, quase nada faz para ajuda-los a se defender perante as leis bolivianas. E destacaram que gastaram muito dinheiro com advogados e muitos nem julgados foram.

Flagrante de crianças filhos de detentos que moram dentro do presídio ao voltar da aula - Foto: Alexandre Lima

Flagrante de crianças filhos de detentos que moram dentro do presídio voltando da aula – Foto: Alexandre Lima

Depois de conhecer as instalações do presídio, as autoridades municipais querem denunciar a agressão aos direitos e a vida humana dos brasileiros. “A iniciativa de denunciar nacionalmente e se possível internacionalmente a ONU, agora tem fundamento, por que verificamos de perto a situação desumana que se encontra os brasileiros no presídio boliviano”, disse Everaldo.

O prefeito André Hassem finalizou dizendo que as ações para garantir a integridade dos brasileiros preso naquele país, serão iniciadas pelos prefeitos e espera que as demais autoridades brasileiras tomem conhecimento do que vem ocorrendo na Bolívia. “Pedimos que o Ministério das Relações Exteriores providenciasse as conversas necessárias para garantir a segurança dos brasileiros naquele país”, frisou.

Consulado nada faz para ajudar brasileiros

A visita aos detentos no presídio de Cobija deixou claro que as verbas enviadas aos Consulados Brasileiros que poderiam ser dirigidas para garantir o mínimo de assistência aos brasileiros não estão chegando aos seus destinos. A prova disso, é que os advogados do Consulado Brasileiro vêm fazendo pouco caso na defesa dos presidiários, segundo informou os presos brasileiros e a policia boliviana.

Diante dessa situação os prefeitos também farão denuncias a respeito da ausência do Consulado Brasileiro na resolução de casos como o que ocorreu na rebelião, onde presos ficaram sem a assistência necessária para serem amparados.

De acordo com as autoridades municipais a questão deve ser tratada no nível de Ministérios das Relações Exteriores e Itamaraty.

No decorrer da semana os prefeitos farão contatos com os Senadores e integrantes da Comissão de Direitos Humanos em Brasília.

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Acre

Acre registra outro caso de dengue hemorrágica; bancária está na UTI do PS

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Em 2024, os municípios acreanos contabilizaram quase sete mil casos positivos, mas a investigação de casos suspeitos fechou em 16 mil

Parentes fazem uma campanha nas redes sociais pedindo doação de sangue do tipo A+ para garantir o restabelecimento da sua saúde. Foto: ilustrativa 

Com A Tribuna

A capital acreana registra mais um novo caso de dengue hemorrágica, mas a vítima desta vez é a bancária Luciana Suelen Silva, que luta pela vida num leito da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Pronto -Socorro de Rio Branco. 

Parentes fazem uma campanha nas redes sociais pedindo doação de sangue do tipo A+ para garantir o restabelecimento da sua saúde. Dois sorotipos que têm sido diagnosticados nos municípios acreanos: DEN1 ou DEN2.

O pequeno cruzeirense Felipe Mota de 9 anos de idade, morreu no fim do mês de dezembro do ano passado no Hospital do Juruá, depois de ser medicado numa unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município e liberado para continuar o tratamento em casa.

A criança foi atendida pelo pediatra Rondiney Brito, no Pronto – Socorro (PS) da unidade hospitalar, a vítima chegou a ser internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas não resistiu a enfermidade e faleceu no mesmo dia.

O pequeno cruzeirense Felipe Mota de 9 anos de idade, morreu no fim do mês de dezembro do ano passado no Hospital do Juruá, depois de ser medicado. Foto: ilustrativa

Somente nas primeiras semanas deste ano, o estado registrou mais de quatro mil casos de dengue, enquanto no ano passado contabilizou 4.658 casos com sorologia positiva, 221 casos de chikungunya e 49 de zica vírus.

Em 2024, os municípios acreanos contabilizaram quase sete mil casos positivos, mas a investigação de casos suspeitos fechou em 16 mil, o que corresponde por mais de 50% dos casos notificados no ano anterior que beirou 31.440 casos.

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Covid: qual cidade do Acre tem maior incidência de casos e qual o perfil das vítimas fatais?

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Do total de mortes, 4 foram registradas no município de Rio Branco, 2 em Feijó, 2 em Tarauacá, 1 em Assis Brasil, 3 em Cruzeiro do Sul, 1 em Marechal Thaumaturgo, 1 em Xapuri e 1 em Capixaba

Já chega a 15 o número de pessoas que morreram de Covid-19 no Acre até a 5ª semana epidemiológica de 2025. Foto: internet 

O número de casos de Covid-19 já chegou a 2.767 nas cinco primeiras semanas epidemiológicas de 2025, de acordo com o último boletim divulgado nesta sexta-feira (7) pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).

“Em 2025, até a SE 05, a incidência da Covid-19 encontra-se em 309,3 casos a cada 100.000 habitantes, sendo o maior índice observado no município de Acrelândia”, destaca o documento.

Neste ano, a maioria dos casos confirmados está na faixa etária de 40 a 49 anos para ambos os sexos, com maior proporção no sexo feminino (62,4%).

A maior parte dos casos positivos é de pessoas pardas (68,6%), seguidas por amarelas (13,0%), brancas (11,3%), pretas (2,2%) e indígenas (0,4%).

Óbitos

Já chega a 15 o número de pessoas que morreram de Covid-19 no Acre até a 5ª semana epidemiológica de 2025.

Até a semana epidemiológica 4 (de 19 a 25 de janeiro), 12 pessoas haviam morrido em decorrência da doença.

Do total de mortes, 4 foram registradas no município de Rio Branco, 2 em Feijó, 2 em Tarauacá, 1 em Assis Brasil, 3 em Cruzeiro do Sul, 1 em Marechal Thaumaturgo, 1 em Xapuri e 1 em Capixaba.

O gestor explicou que os pacientes apresentavam comorbidades e, devido à ausência de uma vacinação adequada, evoluíram para quadros mais graves da doença. Foto: internet

Em entrevista concedida na semana passada, o secretário Pedro Pascoal destacou a importância da vacinação como principal arma contra o vírus e esclareceu que as vítimas fatais não haviam completado o esquema vacinal.

Ele ressaltou que as mortes não ocorreram diretamente por causa da Covid-19, mas em consequência de complicações associadas.

“É fundamental reforçar o quanto a vacina tem nos ajudado a salvar vidas ao longo desses anos. As vítimas não estavam com o esquema vacinal completo e não morreram de Covid-19, mas com Covid-19”, afirmou o secretário.

O gestor explicou que os pacientes apresentavam comorbidades e, devido à ausência de uma vacinação adequada, evoluíram para quadros mais graves da doença.

“São pacientes que já tinham comorbidades e, por não estarem com o esquema vacinal completo, acabaram desenvolvendo a forma mais severa da doença”, concluiu.

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Cobija celebra 119 anos com homenagens, desfile, atos floral e protocolares na entrada do Governo Autônomo neste domingo

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Localizada na região amazônica da Bolívia, a cidade desempenha um papel fundamental na economia regional, sendo um ponto estratégico de conexão comercial com o Brasil e outros territórios da Amazônia

Ao longo dos anos, Cobija tem investido em infraestrutura e desenvolvimento social, consolidando-se como um centro urbano de grande relevância na Amazonia boliviana. Foto: cedida

Cobija, a capital do departamento de Pando, comemoro neste domingo, 9 de fevereiro, seu 119º aniversário de fundação. Para marcar a data histórica, diversas instituições locais prestaram homenagens à cidade com uma oferta floral na entrada do Governo Autônomo Municipal de Cobija.

Fundada em 1906 pelo coronel Enrique Fernández com o nome original de Puerto Bahía, a cidade tem experimentado um crescimento expressivo ao longo das décadas. Inicialmente habitada por cerca de 1.500 pessoas, Cobija hoje abriga uma população que ultrapassa os 85 mil residentes.

Localizada na região amazônica da Bolívia, a cidade desempenha um papel fundamental na economia regional, sendo um ponto estratégico de conexão comercial com o Brasil e outros territórios da Amazônia. Ao longo dos anos, Cobija tem investido em infraestrutura e desenvolvimento social, consolidando-se como um centro urbano de grande relevância na Amazonia boliviana.

As comemorações incluem, além das homenagens protocolares, diversas atividades culturais e sociais destinadas a enaltecer a identidade e a história da cidade. Autoridades locais destacaram a importância do desenvolvimento sustentável e do fortalecimento da economia local para garantir um futuro próspero para Cobija e seus habitantes.

No âmbito das comemorações do aniversário da cidade, foram realizadas diversas atividades culturais e recreativas que visam destacar a identidade e a riqueza cultural de Cobija.

A capital do departamento de Pando, se enche de cores e celebrações para marcar seu aniversário. A oferta floral na fachada do Governo Autônomo Municipal de Cobija foi apenas o primeiro dos muitos atos programados para homenagear a cidade.

Para marcar a data histórica, diversas instituições locais prestaram homenagens à cidade com uma oferta floral na entrada do Governo Autônomo Municipal de Cobija. Foto: cedida 

Ao longo da semana, diversas ações serão realizadas em alusão à data, envolvendo a população em momentos de cultura, lazer e história. As festividades destacam a importância de Cobija e reforçam o sentimento de pertencimento dos moradores à capital pandina.

Veja vídeo TV Unitel e TV SPC Canal 15:

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