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PASSADO E PRESENTE: Produtores lutam para retomar produção de borracha na Amazônia
A produção de borracha no Brasil foca principalmente no látex natural e na borracha sintética. A borracha ainda é utilizada em diversos setores, como na indústria automotiva, construção civil e na fabricação de pneus.

Pesquisas e inovações tecnológicas buscam melhorar a produção de borracha natural, tornando-a mais sustentável e competitiva no mercado global.
Com Felipe Corona/Rondoniaovivo
A história da borracha no Brasil é uma mistura de sucesso e desafios. De ser o maior produtor mundial deste material crucial para diversas indústrias, o país viu sua posição enfraquecida por conta da pirataria e do declínio na produção.
Era de glória e declínio
No final do século XIX e início do XX, a borracha era um dos principais produtos de exportação do Brasil. A extração da borracha natural das seringueiras na Amazônia impulsionou a economia nacional e levou à formação de cidades como Belém e Manaus. No entanto, essa prosperidade foi efêmera.
Em 1876, sementes de seringueira foram contrabandeadas para a Ásia, onde países como Malásia e Indonésia rapidamente desenvolveram plantações, dominando o mercado global de borracha. O Brasil perdeu sua posição de liderança e testemunhou um declínio drástico na produção.
Fordlândia
Em 1927, Henry Ford, fundador da Ford Motor Company, tentou reverter essa situação ao estabelecer a cidade de Fordlândia no coração da Amazônia. Seu objetivo era criar uma plantação de borracha em grande escala para abastecer suas fábricas de automóveis.
No entanto, o projeto falhou monumentalmente devido à resistência dos trabalhadores às rígidas condições impostas por Ford, à exploração dos seringueiros e às péssimas condições de vida na região, resultando em revoltas e no abandono da iniciativa.
Legado
Atualmente, a produção de borracha no Brasil foca principalmente no látex natural e na borracha sintética. A borracha ainda é utilizada em diversos setores, como na indústria automotiva, construção civil e na fabricação de pneus.
Algumas regiões da Amazônia, como Acre e Rondônia, mantêm comunidades extrativistas que ainda utilizam o látex como fonte de renda complementar.
A história da borracha também é marcada pela luta de figuras importantes como Chico Mendes, sindicalista e ativista ambiental, que defendeu os direitos dos seringueiros e a preservação da Amazônia.
Seu assassinato em 1988, em decorrência de suas atividades ambientais, provocou comoção internacional e se tornou um símbolo da luta por justiça social e ambiental.
Futuro
Embora o Brasil não detenha mais o título de maior produtor mundial, a borracha natural ainda desempenha um papel crucial na economia do país e na vida de milhares de pessoas. Pesquisas e inovações tecnológicas buscam melhorar a produção de borracha natural, tornando-a mais sustentável e competitiva no mercado global.
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Governo dos EUA manda suspender vistos de Moraes, familiares e aliados do STF
Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, justifica que o ministro do STF criou um “complexo de perseguição e censura” contra Bolsonaro
Por Metrópoles
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou nas redes sociais, nesta sexta-feira (18/7), que mandou suspender os vistos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, aliados da Corte e familiares próximos de todos eles.
“A caça às bruxas política do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, contra Jair Bolsonaro criou um complexo de perseguição e censura tão abrangente que não apenas viola direitos básicos dos brasileiros, mas também se estende além das fronteiras do Brasil, atingindo os americanos. Portanto, ordenei a revogação dos vistos de Moraes e seus aliados na corte, bem como de seus familiares próximos, com efeito imediato”, afirmou Rubio.
O secretário destaca que a decisão decorre da determinação do ministro Alexandre de Moraes que impôs ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de acessar as redes sociais.
“Trump deixou claro que seu governo responsabilizará estrangeiros responsáveis pela censura de expressão protegida nos Estados Unidos”, disse Rúbio.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta sexta, para confirmar a decisão de Moraes. O placar está em 4 a 0 pela determinação do relator. São cinco ministros na Turma.
Moraes acusado
- Moraes tem sido acusado de promover censura por meio de ordens judiciais. Segundo parlamentares dos EUA, as ordens do ministro atingem empresas localizadas nos EUA e cidadãos que estão no país.
- Tudo começou após o ministro do STF suspender o X no Brasil, em 2024, depois de a rede social descumprir determinações judiciais em solo brasileiro.
- O ministro brasileiro chegou a ser alvo de ação judicial apresentada pela plataforma Rumble, em parceria com uma empresa de Trump. Elas pediam que não fossem obrigadas a cumprir ordens de Moraes.
- No dia 21 de maio, Rubio disse que existia “grande possibilidade” de Moraes ser alvo de sanções norte-americanas, com base na Lei Global Magnitsky.
- Desde que Moraes bloqueou a Rumble, a rede, junto a Truth Social (de Donald Trump), entrou com processo contra o ministro no tribunal da Flórida, onde está tramitando.
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Polícia Civil cumpre mandado de prisão contra mulher por envolvimento com organização criminosa em Tarauacá

Suspeita de envolvimento com organização criminosa é presa pela Polícia Civil em Tarauacá. Foto: cedida
A Polícia Civil do Acre, por meio da Delegacia-Geral de Tarauacá, deu cumprimento nesta sexta-feira, 18, a um mandado de prisão expedido pela Vara de Delitos de Organização Criminosa em desfavor de uma mulher identificada pelas iniciais M.J.S.S.
A ordem judicial foi baseada no artigo 2º da Lei nº 12.850/2013, que define e pune a conduta de promover, constituir, financiar ou integrar organização criminosa. A prisão é parte de um esforço contínuo da Polícia Civil no combate às organizações criminosas que atuam no estado.
Após o cumprimento do mandado, a suspeita foi encaminhada para realização do exame de corpo de delito, conforme os procedimentos legais. Em seguida, ela foi recolhida a uma das celas da Delegacia de Tarauacá, onde permanece à disposição da Justiça aguardando a audiência de custódia.
Fonte: PCAC
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Acre registra aumento de mortes violentas em 2025, com 92 casos no primeiro semestre
Dados do MPAC mostram que Rio Branco concentra 57,6% dos homicídios; conflitos entre facções e tráfico são as principais causas, apontando para crise de segurança pública

Cruzeiro do Sul aparece como o segundo município mais violento, com 13 casos (14,13%), seguido por Epitaciolândia e Sena Madureira, com três registros cada (3,26%). Foto: captada
Com dados do MPAC
O Acre registrou 92 mortes violentas intencionais no primeiro semestre de 2025, um aumento de 2,22% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 90 casos. Os dados, divulgados pelo Painel de Acompanhamento do Ministério Público do Acre (MPAC), revelam um cenário preocupante, com a capital Rio Branco respondendo por 57,6% dos homicídios (53 ocorrências).
Perfil da violência no estado:
Cruzeiro do Sul aparece em segundo lugar, com 13 mortes (14,13%), seguido por Epitaciolândia e Sena Madureira, com três casos cada (3,26%).
Sábados são os dias mais violentos (19,57% dos crimes), seguidos por sextas-feiras (15,22%) e domingos/terças (14,13% cada).
Principais motivos: Conflitos entre facções e tráfico (38,04%), motivos torpes e álcool (23,91%), e casos ainda sob investigação (21,74%).
Feminicídios representam 4,35% do total, e ações policiais resultaram em 5,43% das mortes.
Perfil das vítimas:
Homens são a maioria (85 casos), pardos (77 vítimas) e na faixa etária de 30 a 34 anos.
O período noturno é o mais perigoso, com 34 mortes registradas.
Os números reforçam a crise de segurança pública no estado, com o aumento da violência associada ao crime organizado e a falta de políticas eficazes de prevenção. O MPAC alerta para a necessidade de ações integradas entre polícias, Judiciário e políticas sociais para conter a escalada de mortes.

Conflitos entre facções criminosas e o tráfico de drogas são as principais causas das mortes, relacionados a 38,04% dos casos. Foto: captada
Autoridades devem apresentar um plano de enfrentamento à violência, com foco no combate ao tráfico e na proteção a grupos vulneráveis, como mulheres e jovens. Enquanto isso, a população clama por mais segurança e investimentos em inteligência policial.
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