Cotidiano
Para evitar mais casos de Covid-19, prefeito de Cruzeiro do Sul quer multar em mais de R$ 100 quem sair de casa sem máscara
Medida provisória deve ser enviada para Câmara de Vereadores na próxima segunda-feira (4). Cruzeiro do Sul tem oito casos confirmados de Codid-19.

Para evitar mais casos de Covid-19, prefeito do AC quer multar em mais de R$ 100 quem sair de casa sem máscara — Foto: Reprodução Facebok
Por Iryá Rodrigues
A prefeitura de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, divulgou uma medida provisória que regulamenta a obrigatoriedade das máscaras de proteção como prevenção ao novo coronavírus e estabelece multa para quem descumprir a medida.
O documento deve ser encaminhado para votação na Câmara de Vereadores do município na próxima segunda-feira (4).
Em Cruzeiro do Sul, embora a prefeitura afirme ter oito casos de Covid-19, o boletim da Secretaria de Saúde (Sesacre), dessa quinta-feira (30), oficializou apenas cinco. Os três casos que não constam no boletim foram confirmados pelo prefeito da cidade, Ilderlei Cordeiro.
O documento obriga o uso de máscaras em todos os ambientes da cidade, inclusive no interior dos comércios essenciais.
Quem for pego sem máscara em qualquer via pública ou estabelecimento comercial deve ser multado no valor de R$ 104,65. O texto prevê ainda que o valor deve ser majorado gradativamente em:
- 20% na primeira reincidência;
- 30% na segunda reincidência;
- 50% nos demais casos.
O não pagamento da multa ensejará em negativação do CPF do contribuinte.
Ainda de acordo com a MP, o servidor público municipal que for pego sem usar máscara quando estiver no exercício da função deve receber advertência administrativa. Em caso de reincidência, deve ser aberto um processo administrativo.
Restrições de funcionamento
O documento traz algumas mudanças ao decreto publicado pela prefeitura no último dia 15 de abril com relação ao horário de funcionamento do comércio, sendo aumentado em 2h. Além disso, prevê multa para os estabelecimentos que descumprirem as medidas.
Os supermercados e mercados de bairros vão poder funcionar desde que instalem placa de acrílico no caixa e com o funcionamento intercalado dos caixas.
Além disso, devem disponibilizar aos clientes pias com sabão líquido e papel toalha no lado externo do estabelecimento. O documento determina que esses locais devem funcionar das 7h às 20h.
As praças de alimentação, restaurantes e lanchonetes dos supermercados e mercados podem funcionar apenas com sistema de delivery, sem mesas e cadeiras. O horário para o funcionamento também é das 7h às 20h.
Restaurantes, lanchonetes e similares só vão poder funcionar com o serviço entrega. Já os postos de gasolina vão poder oferecer apenas o serviço de abastecimento, no horário das 6h às 20h. Os açougues vão poder somente das abrir das 5h às 15h.
O decreto prevê que todos os mercados públicos municipais só vão poder funcionar de forma intercalada, com os horários das 5h às 15h.
Os estabelecimentos comerciais com funcionamento liberado, devem fornecer aos funcionários equipamentos de proteção individual (EPIs) e álcool em gel.
As feiras livres de frutas e verduras vão precisar obedecer a distância de quatro metros entre as barracas. O funcionamento é permitido das 7h às 18h. O Mercado Municipal Joãozinho Melo está com atividades suspensas por 14 dias.
O documento autoriza o funcionamento de farmácias, clinicas médicas, laboratórios clínicos, hospitais e demais estabelecimentos da saúde. Porém, o atendimento deve ser limitado de forma a não causar aglomerações.
Fechamento de balneários
A prefeitura proibiu a utilização dos balneários públicos e particulares, das praças de alimentação, locais para a prática de atividades físicas. Além do bloqueio com cavalete na Av. Mâncio Lima e Aeroporto Velho, utilizado para caminhadas e práticas esportivas, por um período de 14 dias.
Os bancos e lotéricas são obrigados a organizarem as filas, respeitando o distanciamento e medidas de prevenção para evitar aglomerações. O decreto determina ainda que seja disponibilizado álcool em gel para os clientes.
É obrigatório que todos que entrarem na cidade por via terrestre passem pela barreira sanitária para preenchimento de formulário.
No caso de falecimento por Covid-19 ou suspeita, a prefeitura proibiu o velório. Segundo o decreto, o protocolo vai seguir a regulamentação da Vigilância Epidemiológica disponível para as funerárias.
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Chuva aumenta e Defesa Civil alerta para riscos na captação de água e navegação no Rio Acre
O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando. Foto: captada
Suene Almeida
Apesar de Rio Branco não registrar volumes extremos de chuva nos últimos dias, a Defesa Civil Municipal tem monitorado de perto o comportamento do Rio Acre e suas consequências para a capital. Em entrevista nesta sexta-feira (5), o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, detalhou a situação, chamou atenção para riscos menos aparentes e reforçou que o momento exige cautela.
Segundo Falcão, até a manhã de hoje o acumulado de chuva dentro do perímetro urbano estava em cerca de 18 milímetros. No entanto, o volume que atinge a cidade desde o início da tarde tende a alterar esse cenário. “Daqui a pouco, quando a gente finalizar essa chuva aqui, vamos perceber que o que choveu hoje equivale praticamente à semana inteira”, explicou.
Ele reforça que, embora o índice acumulado não pareça alto dentro de Rio Branco, o quadro regional é mais preocupante. “Mesmo não tendo chovido muito na cidade, nós temos um acumulado na bacia de 250 a 300 milímetros só nesta primeira semana de dezembro, que nem terminou ainda. Ainda é sexta-feira.”
Oscilações do nível do Rio Acre preocupam
O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta, uma queda significativa em poucos dias. Apesar disso, Falcão esclarece que não há risco de enchente neste momento.
O alerta da Defesa Civil, porém, está focado em outro ponto, que é na presença de balseiros, grandes aglomerados de troncos e vegetação que descem com a correnteza e podem causar danos a estruturas e embarcações.
“Existe uma preocupação atual nossa em relação a essa oscilação de nível, que é a formação de balseiros. Esses balseiros colocam em risco a captação de água e a navegação, trazendo grandes possibilidades de acidentes”, afirmou o tenente-coronel.
Ele explica que, mesmo sem perspectiva de transbordamento, o comportamento irregular do rio traz desafios que exigem vigilância constante. “A gente não está preocupado com o transbordamento, que não vai acontecer agora, mas estamos atentos às outras consequências que o nível do rio traz quando ele oscila dessa forma”, destacou.
Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando, “Essas primeiras chuvas já mostram que a gente precisa ficar alerta. O momento é de atenção, não de pânico”, concluiu.
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Prefeito de Rio Branco anuncia pagamento do salário e 13º de servidores para o dia 19 de dezembro
Tião Bocalom afirmou que os depósitos devem injetar cerca de R$ 80 milhões na economia local e destacou que a gestão mantém todos os pagamentos em dia

A confirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada na Praça da Revolução. Segundo o gestor, os dois pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia local. Foto: captada
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, anunciou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (5) que o salário de dezembro e o 13º salário dos servidores municipais serão depositados no próximo dia 19. Segundo o gestor, os pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia da capital.
Bocalom destacou que a política da administração municipal é a de antecipar parte do 13º apenas mediante solicitação do servidor, prática que, de acordo com ele, é pouco comum.
— A grande maioria dos nossos trabalhadores deixa para receber tudo no final do ano, como foi pensado quando o 13º foi criado — afirmou.
O prefeito explicou ainda que adiantar o pagamento no meio do ano pode reduzir o impacto financeiro do benefício devido aos descontos obrigatórios, o que, em sua visão, “desvirtua” o propósito original da gratificação natalina. Ele também reafirmou o compromisso da gestão com a pontualidade nos pagamentos.
— Nunca atrasamos salários, férias ou qualquer outro direito. Fechamos o ano mais uma vez com tudo em ordem, pagando todos os nossos trabalhadores — completou Bocalom.
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Obra do viaduto Mamedio Bittar em Rio Branco é adiada para março de 2026
Prefeitura culpa atraso na entrega de insumos vindos de outros estados; estrutura, orçada em R$ 24 milhões, estava prevista para dezembro de 2025

A prefeitura admitiu que não conseguirá entregar a obra ainda este ano e divulgou que a nova previsão é o primeiro trimestre de 2026. Foto: captada
A Prefeitura de Rio Branco admitiu que não conseguirá entregar ainda este ano a construção do viaduto Mamedio Bittar, na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a gestão municipal adiou a conclusão da obra para março de 2026.
O novo prazo é o terceiro anunciado pela administração: inicialmente, a entrega estava prevista para outubro de 2025, depois foi adiada para dezembro e, agora, para o primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicosnecessários para a estrutura.
— Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores — justificou o município.
De acordo com a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e, após a conclusão do viaduto, ainda serão realizados serviços de acabamento. A prefeitura não informou se o custo inicial de R$ 24 milhões foi alterado.
O viaduto Mamedio Bittar é considerado essencial para desafogar o trânsito em uma das áreas de maior fluxo da capital acreana, especialmente nos horários de pico. A previsão atual é que a obra seja entregue totalmente concluída e dentro dos padrões de qualidade até março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicos necessários para a estrutura. Foto: captada
Nota da Prefeitura de Rio Branco
A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esclarece que o atraso na entrega do Elevado Mamedio Bittar ocorreu em razão de dificuldades no fornecimento dos insumos metálicos utilizados na obra.
O material é fabricado sob medida, de forma milimétrica, e adquirido junto a grandes siderúrgicas do sul do país, como a Usiminas e a Gerdau, que atendem não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Houve, portanto, atrasos na produção e na entrega dessas estruturas, o que impactou diretamente o cronograma da obra.
Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores.
Neste momento, os últimos vãos estão sendo concretados e os serviços de urbanismo já foram iniciados. Após a conclusão da estrutura, ainda serão executados os acabamentos do tabuleiro, passeios, laterais, pintura e toda a urbanização na parte inferior do elevado.
A Prefeitura reforça que não irá inaugurar a obra de forma inacabada. A previsão é de que o Elevado Mamedio Bittar seja entregue totalmente concluído e dentro dos padrões de qualidade no primeiro trimestre de 2026, mais precisamente até o mês de março.

Ainda segundo a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e que, após a conclusão do viaduto, ainda haverá serviços de acabamento. Foto: captada

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