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Paciente do Acre transferida para hospital de Manaus com Covid-19 morre após 13 dias internada

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Maria de Nazaré Martins da Silva, de 74 anos, morreu nessa quinta-feira (1) de Covid-19 — Foto: Arquivo pessoal

Por Iryá Rodrigues

A idosa Maria de Nazaré Martins da Silva, de 74 anos, não resistiu ao novo coronavírus e morreu nessa quinta-feira (1º), na UTI do Hospital Delphina Rinaldi Abdel Aziz, em Manaus.

A vítima estava no grupo dos três primeiros pacientes que foram transferidos do Acre para Manaus, no último dia 19, em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), para tratar da doença. Outras três pessoas também foram transferidas no último dia 29 para Manaus, após a Saúde do Acre entrar em colapso.

Maria foi transferida já intubada e foi direto para um leito de UTI no Amazonas. Antes, ela ficou cerca de sete dias internada no Instituto de Traumatologia e Ortopedia do Acre (Into-AC), hospital de campanha de Rio Branco, e precisava de tratamento intensivo.

A sobrinha da idosa, a enfermeira Geane Silva de Souza contou que o corpo da tia chega ao Acre nesta sexta-feira (2) por volta das 9h. A idosa deixa dois filhos, o marido e dois netos.

Luta contra a Covid

Geane lembrou que a tia começou a apresentar sintomas da doença no dia 7 de março e que chegou a ir ao hospital, fez o exame, que deu positivo para a Covid-19, mas foi para casa, onde ficou se tratando. Cerca de quatro dias depois, a idosa reclamou de fraqueza e foi levada novamente ao Into, onde já ficou internada. Ela chegou a ficar com 75% do pulmão comprometido.

Desde então, a família passou a ter informações sobre ela uma vez por dia e ela travou uma verdadeira batalha contra a doença. Ao serem informados sobre a possibilidade de transferência para outro estado, por não haver vaga de UTI no Acre, Geane contou que a família ficou apreensiva, por conta da distância, mas que era a chance de ver a tia livre da doença.

“Ficamos muito apreensivos porque não podia ir acompanhante, ainda me prontifiquei para ir, mas por ser UTI não permitia. Me informaram que quando ela fosse para enfermaria, aí eles providenciariam para um familiar ficar acompanhando”, diz.

Ela relata que no Acre a tia já estava sendo submetida à hemodiálise. “Desde quando ela entrou no Into foi bem assistida. Lá, ela estava fazendo hemodiálise, porque a doença já tinha causado um problema renal e em decorrência disso, acabou ficando com anemia. Fizeram duas transfusões sanguíneas e depois iam fazer traqueostomia, mas não foi possível, porque ela teve a parada cardíaca. Ainda tentaram reanimar por 25 minutos, mas não deu. Mas ela vai em paz”, acredita.

Para a sobrinha, Maria deixa lições de amor, afeto e caridade. “Ela era muito religiosa, gostava muito de ir para igreja, era muito ativa, apesar de ter essa idade, ela fazia tudo em casa. Toda terça e quinta ela ia ao mercado com meu primo, fazia de tudo. Era uma pessoa maravilhosa, Deus sabe o que faz, era uma tia muito caridosa, meiga, para ela não tinha tempo ruim. Vai deixar muita saudade.”

Seis paciente do Acre já foram transferidos para Manaus — Foto: Diego Gurgel/Secom

Saúde em colapso

Março foi o mês com mais mortes pela Covid-19 no Acre. Foram 264 mortes pela Covid-19 neste mês, superando a marca de junho de 2020, que registrou 217 mortes.

Nessa quinta-feira (1º), o Acre confirmou mais sete mortes pela Covid-19 e outros 331 casos de infecção pelo novo coronavírus. Com isso, o total de óbitos subiu para 1.269 e o de infectados para 69.988. Os hospitais seguem com a capacidade máxima no estado e 11 pessoas aguardam na fila à espera de um leito de UTI. O estado tem 371 pessoas internadas, das quais 293 com teste positivo para a Covid-19.

Dos 106 leitos de UTI nos hospitais da rede SUS disponibilizados no estado, 106 estão ocupados. A taxa de ocupação total subiu para 100%. Os leitos de UTI estão concentrados na capital, com 85 vagas, e Cruzeiro do Sul, com 26.

Além das transferências para Manaus, o governo também transferiu pacientes de Rio Branco para o Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul. Ao todo, quatro foram transferidos e uma paciente morreu horas depois de chegar no hospital do interior do estado.

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Chuva aumenta e Defesa Civil alerta para riscos na captação de água e navegação no Rio Acre

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O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando. Foto: captada 

Suene Almeida

Apesar de Rio Branco não registrar volumes extremos de chuva nos últimos dias, a Defesa Civil Municipal tem monitorado de perto o comportamento do Rio Acre e suas consequências para a capital. Em entrevista nesta sexta-feira (5), o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, detalhou a situação, chamou atenção para riscos menos aparentes e reforçou que o momento exige cautela.

Segundo Falcão, até a manhã de hoje o acumulado de chuva dentro do perímetro urbano estava em cerca de 18 milímetros. No entanto, o volume que atinge a cidade desde o início da tarde tende a alterar esse cenário.  “Daqui a pouco, quando a gente finalizar essa chuva aqui, vamos perceber que o que choveu hoje equivale praticamente à semana inteira”, explicou.

Ele reforça que, embora o índice acumulado não pareça alto dentro de Rio Branco, o quadro regional é mais preocupante. “Mesmo não tendo chovido muito na cidade, nós temos um acumulado na bacia de 250 a 300 milímetros só nesta primeira semana de dezembro, que nem terminou ainda. Ainda é sexta-feira.”

Oscilações do nível do Rio Acre preocupam

O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta, uma queda significativa em poucos dias. Apesar disso, Falcão esclarece que não há risco de enchente neste momento.

O alerta da Defesa Civil, porém, está focado em outro ponto, que é na presença de balseiros, grandes aglomerados de troncos e vegetação que descem com a correnteza e podem causar danos a estruturas e embarcações.

“Existe uma preocupação atual nossa em relação a essa oscilação de nível, que é a formação de balseiros. Esses balseiros colocam em risco a captação de água e a navegação, trazendo grandes possibilidades de acidentes”, afirmou o tenente-coronel.

Ele explica que, mesmo sem perspectiva de transbordamento, o comportamento irregular do rio traz desafios que exigem vigilância constante. “A gente não está preocupado com o transbordamento, que não vai acontecer agora, mas estamos atentos às outras consequências que o nível do rio traz quando ele oscila dessa forma”, destacou.

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando, “Essas primeiras chuvas já mostram que a gente precisa ficar alerta. O momento é de atenção, não de pânico”, concluiu.

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Prefeito de Rio Branco anuncia pagamento do salário e 13º de servidores para o dia 19 de dezembro

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Tião Bocalom afirmou que os depósitos devem injetar cerca de R$ 80 milhões na economia local e destacou que a gestão mantém todos os pagamentos em dia

A confirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada na Praça da Revolução. Segundo o gestor, os dois pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia local. Foto: captada 

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, anunciou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (5) que o salário de dezembro e o 13º salário dos servidores municipais serão depositados no próximo dia 19. Segundo o gestor, os pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia da capital.

Bocalom destacou que a política da administração municipal é a de antecipar parte do 13º apenas mediante solicitação do servidor, prática que, de acordo com ele, é pouco comum.

— A grande maioria dos nossos trabalhadores deixa para receber tudo no final do ano, como foi pensado quando o 13º foi criado — afirmou.

O prefeito explicou ainda que adiantar o pagamento no meio do ano pode reduzir o impacto financeiro do benefício devido aos descontos obrigatórios, o que, em sua visão, “desvirtua” o propósito original da gratificação natalina. Ele também reafirmou o compromisso da gestão com a pontualidade nos pagamentos.

— Nunca atrasamos salários, férias ou qualquer outro direito. Fechamos o ano mais uma vez com tudo em ordem, pagando todos os nossos trabalhadores — completou Bocalom.

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Obra do viaduto Mamedio Bittar em Rio Branco é adiada para março de 2026

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Prefeitura culpa atraso na entrega de insumos vindos de outros estados; estrutura, orçada em R$ 24 milhões, estava prevista para dezembro de 2025

A prefeitura admitiu que não conseguirá entregar a obra ainda este ano e divulgou que a nova previsão é o primeiro trimestre de 2026. Foto: captada 

A Prefeitura de Rio Branco admitiu que não conseguirá entregar ainda este ano a construção do viaduto Mamedio Bittar, na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a gestão municipal adiou a conclusão da obra para março de 2026.

O novo prazo é o terceiro anunciado pela administração: inicialmente, a entrega estava prevista para outubro de 2025, depois foi adiada para dezembro e, agora, para o primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicosnecessários para a estrutura.

— Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores — justificou o município.

De acordo com a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e, após a conclusão do viaduto, ainda serão realizados serviços de acabamento. A prefeitura não informou se o custo inicial de R$ 24 milhões foi alterado.

O viaduto Mamedio Bittar é considerado essencial para desafogar o trânsito em uma das áreas de maior fluxo da capital acreana, especialmente nos horários de pico. A previsão atual é que a obra seja entregue totalmente concluída e dentro dos padrões de qualidade até março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicos necessários para a estrutura. Foto: captada 

Nota da Prefeitura de Rio Branco

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esclarece que o atraso na entrega do Elevado Mamedio Bittar ocorreu em razão de dificuldades no fornecimento dos insumos metálicos utilizados na obra.

O material é fabricado sob medida, de forma milimétrica, e adquirido junto a grandes siderúrgicas do sul do país, como a Usiminas e a Gerdau, que atendem não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Houve, portanto, atrasos na produção e na entrega dessas estruturas, o que impactou diretamente o cronograma da obra.

Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores.

Neste momento, os últimos vãos estão sendo concretados e os serviços de urbanismo já foram iniciados. Após a conclusão da estrutura, ainda serão executados os acabamentos do tabuleiro, passeios, laterais, pintura e toda a urbanização na parte inferior do elevado.

A Prefeitura reforça que não irá inaugurar a obra de forma inacabada. A previsão é de que o Elevado Mamedio Bittar seja entregue totalmente concluído e dentro dos padrões de qualidade no primeiro trimestre de 2026, mais precisamente até o mês de março.

Ainda segundo a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e que, após a conclusão do viaduto, ainda haverá serviços de acabamento. Foto: captada 

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