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Novo protocolo no DF agiliza início de tratamento contra o câncer
Fila única do programa “O Câncer não espera. O GDF também não” corta tempo de espera de 80 para 30 dias beneficiando milhares de pessoas

Todos os meses, cerca de 400 novos casos de câncer são diagnosticados no Distrito Federal. Para essas famílias, o tempo é um fator decisivo entre o tratamento eficaz e o agravamento da doença. Para enfrentar esse desafio, trazendo mais esperança a esses pacientes, o programa “O Câncer não espera. O GDF também não”, lançado em julho pelo governo do Distrito Federal, está reorganizando toda a jornada do paciente oncológico na rede pública.
A mudança mais significativa do programa foi a redução do tempo médio de espera para iniciar o tratamento, que caiu de 80 para cerca de 30 dias – uma diminuição de 63%.
Desde o lançamento, mais de 2.600 pessoas foram atendidas e mais de 1.800 já iniciaram quimioterapia, radioterapia ou cirurgia, ampliando as chances de cura e melhorando a qualidade de vida de quem enfrenta a doença.
O câncer é uma doença que não espera e o quanto antes se inicia o tratamento, maior a chance de cura. O desafio, segundo aponta a Oncologia do Hospital de Base, era dar celeridade a esses casos, mas agora foi possível reorganizar o fluxo e oferecer atendimento integrado.
O programa visa ainda a ampliar a assistência oncológica atuando em vários pontos de fluxo e de linha do cuidado do paciente.
De acordo com a Secretaria de Saúde, a expansão traz mais acesso às primeiras consultas, aos exames de estadiamento e laboratoriais, para que o inicio do tratamento oncológico seja o quanto antes.
“Estamos revisando fluxos, linhas de cuidado, num processo de aprendizado para que o programa se torne efetivo, perene, duradouro e muito eficaz para a população do Distrito Federal”, garante. “Quanto mais precoce for o tratamento, maior a chance de cura.”
Porta de entrada: as UBSs
A principal mudança é a adoção de uma fila única para pacientes oncológicos, que deve garantir mais de 1,3 mil novos tratamentos oncológicos até outubro em todo o DF.
O novo protocolo começa na Unidade Básica de Saúde (UBS), onde o paciente é atendido por médicos da família. A partir da suspeita clínica, o caso é inserido no sistema de regulação e direcionado para triagem com especialista em oncologia no Hospital de Base ou em outra unidade da rede. Esse fluxo único evita que pacientes fiquem perdidos em filas paralelas.
As UBSs são o coração do atendimento primário no DF. São 181 unidades, distribuídas em sete regiões de saúde, com equipes compostas por profissionais treinados para identificar casos suspeitos de câncer e garantir que o paciente seja inserido rapidamente no sistema de regulação.
Além disso, o GDF ampliou a capacidade de atendimento por meio do credenciamento de clínicas e hospitais particulares que oferecem tratamento gratuito custeado pelo SUS.
O investimento de mais de R$ 14 milhões ajuda a dar vazão aos casos e garante que nenhum paciente fique sem assistência por falta de vagas na rede pública.
Relato que inspira esperança
Nilzete Ferreira Lima, 54 anos, moradora de Ceilândia, sabe o peso da espera. “Foi muito triste, algo inesperado. Mas, quando fui chamada para a triagem no Hospital de Base, senti esperança de vida. Fui muito bem atendida e o encaminhamento para quimioterapia foi rápido. Eu orei muito por isso”, conta.
Casos como o de Nilzete ilustram o impacto real do programa. Ao todo, mais de 180 pacientes foram convocados apenas na última força-tarefa, passando por análise de exames, diagnóstico e direcionamento imediato para tratamento.
Atenção integral e apoio multidisciplinar
O programa não se limita à primeira consulta. Ele oferece acompanhamento multiprofissional, incluindo psicólogos, fonoaudiólogos e nutricionistas, além de exames de imagem e laboratoriais.
Os pacientes também recebem um cartão de identificação que garante prioridade em casos de emergência nos pronto-socorros do DF.
Como acessar o Programa “O Câncer não espera. O GDF também não”
Procure sua UBS de referência
Use a ferramenta Busca Saúde UBS no portal InfoSaúde-DF e informe seu CEP para descobrir onde deve ser atendido.
Faça o primeiro atendimento
Na UBS, você será avaliado por um médico da família, que solicitará os exames iniciais e, se houver suspeita de câncer, registrará seu caso no sistema de regulação.
Triagem com especialista
Você será chamado para consulta de triagem no Hospital de Base ou em unidade credenciada para confirmar o diagnóstico.
Início rápido do tratamento
Confirmada a doença, seu tratamento (quimioterapia, radioterapia ou cirurgia) começa em até 30 dias.
Acompanhamento contínuo
Após o tratamento, o acompanhamento segue na UBS, garantindo atenção integral à sua saúde.
As UBSs funcionam de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e são a porta de entrada para quem precisa iniciar investigação de suspeita de câncer.
Em caso de dúvidas, o paciente pode entrar em contato com a Ouvidoria da Secretaria de Saúde do DF pelo telefone 162.
Mais informações estão disponíveis no portal www.saude.df.gov.br/oncologia e nas redes sociais do GDF e da Secretaria de Saúde.
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Maioria dos trabalhadores de Rio Branco vive sob forte pressão financeira, aponta pesquisa
Os dados revelam uma realidade complexa. Enquanto a maior parte dos lares (25,5%) tem três moradores, seguidos por 24% com duas pessoas e 20,5% com quatro, uma fatia significativa de 17% abriga cinco ou mais indivíduos

Para 36,5% da população, a renda obtida pelo núcleo doméstico é declarada insuficiente para cobrir as necessidades básicas. Foto: captada
Ascom Fecomércio/AC
A combinação de baixa renda, avanço da informalidade e alto nível de endividamento está empurrando a maior parte dos trabalhadores de Rio Branco para um cenário de forte restrição orçamentária. A conclusão é da pesquisa do Instituto DataControl, encomendada pela Fecomércio/AC e divulgada nesta quinta-feira, 4.
Segundo o estudo, realizado com 200 pessoas economicamente ativas no final de novembro de 2025, 61,5% sobrevivem com até R$ 1.518 por mês, enquanto 51,5% possuem dívidas parceladas, das quais metade compromete mais de 20% da renda familiar. O aperto é tão grande que 27,5% recorrem a “bicos” para completar o orçamento, 16,5% buscam empréstimos e 10% deixam de pagar alguma conta considerada menos essencial. Apenas 41% conseguem poupar qualquer valor ao final do mês.
O levantamento mostra que 83,3% exercem alguma atividade remunerada, mas nem sempre em condições estáveis. Apenas 35,5% têm vínculo formal. Outros 17% trabalham sem contrato, sendo 11,5% realizando bicos e 5,5% atuando como empresários. Há ainda 12,5% de aposentados. Esse cenário de precariedade se reflete no fato de que 38% dos entrevistados não declaram um emprego fixo.
A taxa de desemprego atinge 16,7% da população e revela profunda desmotivação. 44,4% dos desempregados não procuram mais uma vaga, enquanto 31,9% buscam trabalho há mais de dois anos e 17,4% sequer lembram desde quando estão sem emprego. O estudo também aponta que 19,5% trocaram de emprego no último ano, reforçando o cenário de instabilidade.
Para o assessor da Fecomércio-AC, Egídio Garó, os dados reforçam uma tendência já percebida no setor produtivo. “Estamos diante de um mercado de trabalho que emprega, mas ainda não garante estabilidade financeira para grande parte das famílias. A renda é baixa, o endividamento é alto e a margem para poupar é mínima”, afirmou.
Os dados revelam uma realidade complexa. Enquanto a maior parte dos lares (25,5%) tem três moradores, seguidos por 24% com duas pessoas e 20,5% com quatro, uma fatia significativa de 17% abriga cinco ou mais indivíduos, o que intensifica a demanda por recursos. Contudo, essa carga muitas vezes não é distribuída de forma proporcional. Em 44,4% das famílias, o sustento recai sobre os ombros de uma única pessoa, e em 39,5%, apenas dois membros arcam com todas as despesas.
É neste cenário que a percepção de insuficiência se cristaliza. Para 36,5% da população, a renda obtida pelo núcleo doméstico é declarada insuficiente para cobrir as necessidades básicas. “Isso evidencia um descompasso estrutural entre o tamanho das responsabilidades e a capacidade financeira disponível para suportá-las”, detalhou o assessor da Fecomércio-AC, Egídio Garó.
A gestão das dívidas e a capacidade de planejamento financeiro revelam um cenário de constante tensão. O estudo aponta que 33,3% gastaram mais com compromissos, enquanto 37,5% mantiveram o nível de desembolso. Para mais da metade (54%) dos entrevistados, as parcelas mensais já representam uma dificuldade clara para o equilíbrio das contas. Ainda que a maioria (57,5%) declare realizar algum tipo de planejamento de gastos, a prática não é suficiente para evitar os apertos.
Quando o orçamento estoura, uma esmagadora maioria de 77,5% depende da negociação de prazos de até 30 dias para se reerguer, e 9,5% necessitam de mais de 45 dias, indicando uma fragilidade significativa na capacidade de absorção de choques.
A pesquisa também detalhou o perfil do mercado de trabalho de Rio Branco. 53% dos trabalhadores são mulheres, e 61,5% estão na faixa etária economicamente mais ativa, entre 16 e 44 anos. Em termos de formação, 37% concluíram o ensino médio, enquanto 16% possuem diploma de nível superior. A estrutura ocupacional é liderada pelo setor de serviços (21,5%), seguido pelo comércio (19%) e pelo setor público (16,5%).
A mobilidade urbana também pesa no bolso e no tempo dos trabalhadores. 29,5% consideram grande a distância entre casa e trabalho, enquanto 27,5% usam transporte coletivo, 18,5% a moto e 15% o carro próprio.
Egídio Garó explicou que os números são um alerta claro para a necessidade de mais oportunidades de emprego formal e de melhor remuneração em Rio Branco.
“A alta proporção de pessoas com a renda comprometida e sentindo a insuficiência de seus ganhos demonstra que a recuperação econômica precisa chegar com mais força ao bolso do trabalhador”, concluiu.
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Nota pública sobre atendimentos da Secretaria de Agricultura, Cageacre e Emater
A medida é temporária e visa garantir a continuidade dos serviços públicos enquanto são realizados ajustes administrativos e estruturais nas sedes dos órgãos

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e da Companhia de Armazéns Gerais e Entrepostos do Acre (Cageacre), informa que as instituições listadas abaixo estarão com atendimentos presenciais nos seguintes locais:
- Emater – pontos de atendimento na Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), localizada no Hotel Pinheiro – Rua Rui Barbosa, 450, Centro – Rio Branco – AC;
- Cageacre – Rua Estado do Acre, número 16, no Bairro da Base; pontos de atendimento no Mercado dos Colonos, localizado na Rua Estado do Acre, número 16, no bairro da Base, Centro – Rio Branco – AC;
- Seagri – ponto de atendimento no novo prédio da Secretaria de Educação, situado na Avenida Nações Unidas, 1955, em frente ao 7º Batalhão de Engenharia de Construção (7º BEC), nas salas 501 e 502.
A medida é temporária e visa garantir a continuidade dos serviços públicos enquanto são realizados ajustes administrativos e estruturais nas sedes dos órgãos. O governo do Estado agradece a compreensão de todos e reforça o compromisso com a eficiência e a qualidade no atendimento à população.
Rynaldo Lúcio dos Santos
Presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
Pádua Cunha
Presidente da Companhia de Armazéns Gerais e Entrepostos do Acre
José Luís Tchê
Secretário de Estado de Agricultura
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Governo do Acre celebra conquista de servidor público em premiação nacional de fotojornalismo
Para o governo do Acre, o prêmio reafirma a importância do investimento público na qualificação das equipes de comunicação

Imagem vencedora é de reportagem que retrata coleta de coquinhos caídos das palmeiras, sementes de um ouro vegetal que alimenta sonhos e sustenta famílias: o murumuru. Foto: Pedro Devani/Secom
A Secretaria de Estado de Comunicação, por meio da Agência de Notícias do Acre, conquistou o segundo lugar no Prêmio Ampla de Jornalismo, na categoria Fotojornalismo, com um trabalho assinado pelo fotojornalista Pedro Devani. A imagem premiada ilustra a reportagem “Do murumuru ao mundo: mulheres do Acre moldam a bioeconomia com saber ancestral e cuidado com a floresta”, escrita pela repórter Tácita Muniz.
O reconhecimento reforça a excelência do trabalho desenvolvido por profissionais da comunicação do Estado e evidencia o resultado direto dos investimentos que o governo do Acre vem realizando na capacitação contínua de seus servidores.
Promovido pela Ampla Amazônia, o prêmio reconhece as melhores produções jornalísticas sobre Amazônia, inovação, impacto social e ambiental. A cerimônia oficial foi realizada nesta quarta-feira, 3, em Belém (PA), reunindo grandes nomes da comunicação e do jornalismo da região.
A Ampla Amazônia é uma organização apartidária, representativa de lideranças da Amazônia. Um laboratório de ideias e gerador de debates. Buscando fomentar o empreendedorismo no Pará e na Amazônia, dialogando com o setor público e fortalecendo o setor privado.

Ampla Amazônia é uma organização apartidária, representativa de lideranças da Amazônia. Foto: Marcos Nascimento
Pedro Devani também foi convidado a participar da cerimônia, simbolizando a importância da presença de profissionais que atuam diariamente na produção de conteúdo sobre a Amazônia. “Estou muito feliz”, afirmou Devani. “É um prêmio que destaca a bioeconomia na Amazônia, valorizando uma família de mulheres, que tira seu sustento da coleta diária de murumuru, coquinho. Há um detalhe curioso: a mulher retratada na foto que fiz é paraense e reside em Cruzeiro do Sul há mais de dez anos.”
“Sinto-me honrado por representar a Agência e, mais ainda, por este reconhecimento à fotografia e aos fotógrafos. Neste momento, represento o Acre, sendo o único a ganhar este prêmio de fotografia até agora. Lembro que no ano passado a [jornalista] Tácita [Muniz] se inscreveu e conquistou o terceiro lugar na categoria texto”, concluiu.

Pedro Devani tem mais de três décadas atuando na comunicação pública do estado do Acre. Foto: Marcos Nascimento
Para o governo do Acre, o prêmio reafirma a importância do investimento público na qualificação das equipes de comunicação. “Essa conquista demonstra que investir na formação e no aprimoramento dos nossos servidores gera resultados concretos. Pedro Devani é um exemplo do comprometimento e do talento que temos dentro do Estado”, destacou a secretária de Comunicação, Nayara Lessa.

Para o governo do Acre, o prêmio reafirma a importância do investimento público na qualificação das equipes de comunicação. Foto: José Caminha/Secom
Pedro atua como fotojornalista em diversas coberturas institucionais, registrando o cotidiano acreano com sensibilidade e rigor técnico. Sua vitória, além de celebrar o talento individual, reforça o compromisso do governo em fortalecer o jornalismo público, valorizando profissionais que ajudam a contar a história do Acre e da Amazônia com responsabilidade e profundidade.
A premiação representa mais um marco para o reconhecimento nacional da comunicação pública do Acre, que segue se destacando pela qualidade do conteúdo produzido e pela valorização dos servidores que constroem diariamente essa narrativa.




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