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Nove pacientes de cidades do interior do Acre são transferidos para hospitais de Rio Branco

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Na última sexta-feira (19) três pacientes que estavam internados no Into-AC foram transferidos para um hospital em Manaus, no Amazonas.

Nove pacientes de cidades do interior do Acre são transferidos para hospitais de Rio Branco — Foto: Reprodução

Por Andryo Amaral

Nove pacientes com necessidade de atendimento hospitalar foram transferidos, nessa terça-feira (23), de cidades no interior do Acre para hospitais da capital, Rio Branco. Desses, sete estão com Covid-19, sendo que dois foram transferidos já intubados.

A transferência é feita pelo transporte aeromédico até o Aeroporto Internacional de Rio Branco, onde o paciente é recebido e levado pelas equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

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Os pacientes transferidos são das cidades de Brasileia, Feijó, Santa Rosa do Purus e Tarauacá. Em Santa Rosa do Purus, com apenas um cilindro de oxigênio reserva, quatro pacientes tiveram que ser encaminhados para a capital. Todos com idades acima de 50 anos.

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A primeira a ser transferida da cidade, que é uma das mais isoladas do Acre, foi uma mulher de 52 anos. Ela estava com 75% da saturação e usando 15 litros de oxigênio, mas não foi intubada. Depois, outras duas mulheres e um homem de Santa Rosa do Purus foram levados para a capital.

Recém-nascidos foram transferidos de Brasileia para Rio Branco em helicóptero — Foto: Arquivo/Samu

Além do resgate de pacientes com a Covid-19, as equipes do Samu também fazem a transferência de pessoas que estão com outros problemas de saúde.

Foi o caso de dois bebês recém-nascidos em Brasileia que foram levados de helicóptero para Rio Branco, um com infecção generalizada e outro prematuro, com necessidade de ser colocado em incubadora.

O médico Pedro Pascoal, que acompanhou algumas dessas transferências, informou que, em relação aos pacientes com Covid, a medida é preventiva. Segundo ele, as unidades de saúde no interior do estado não possuem estrutura adequada para atender essas pessoas.

“A gente está fazendo das tripas coração para tentar acolher todos. Estamos com projeto de ampliação de leitos, com programação de nos próximos dias estar efetivando, inicialmente, pelo menos, seis leitos de UTI no Alto Acre, tentando expandir para 10 num segundo momento e colocar capacidade máxima, que são 20 leitos de UTI. De uma certa maneira, a gente sabe que os interiores não têm estrutura, os colegas médicos e equipes de saúde se esforçam para estabilizar o paciente, da maneira como eles podem, e a resolutividade acaba sendo na capital”, afirmou.

Pascoal informou ainda que o maior problema do estado hoje é com relação à recursos humanos, muito além de equipamentos. Porque, segundo ele, os trabalhadores de saúde estão trabalhando no limite.

“Nós estamos conseguindo ampliar leitos de enfermaria, com certa dificuldade nos de UTI, mas nosso maior problema hoje não é equipamento e sim RH, todo mundo exausto, equipe de saúde no limite, não acabou a primeira onda e já começou a segunda.”

Alerta sobre falta de oxigênio

Esta semana, o Ministério Público Federal alertou sobre a possibilidade de faltar oxigênio em pequenos municípios acreanos. Após esse ofício, o Ministério da Saúde informou que iria aumentar o fornecimento do produto para o estado, com fluxo diário a partir de segunda-feira (22).

“O fluxo deverá ser iniciado já em 22 de março de 2021, sem previsão de ser interrompido. Imaginando a possibilidade de futuros aumentos de fluxo ou mesmo de necessidade de interrupção do fluxo, já está planejado e pronto para ser ativado um transporte adicional que pode chegar a até 10.000 m3/dia”, informou em resposta ao ofício.

Pandemia e colapso no Acre

O Acre registra 66.290 casos de Covid-19 e 1.201 mortes em decorrência da doença até essa terça (23), segundo boletim da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre). Na tentativa de reduzir o casos da doença no estado, o governo iniciou no dia 13 de março a adoção de medidas mais restritivas com o fechamento das atividades consideradas não essenciais no estado.

De acordo com o boletim de assistência, 20 pacientes aguardam na fila por um leito de UTI e outros dois por leito de enfermaria. Na última sexta-feira (19) três pacientes que estavam internados no Into-AC foram transferidos para um hospital em Manaus, no Amazonas.

O Pronto Socorro de Rio Branco e o Into-AC, onde funciona o maior hospital de campanha do estado, voltaram a registrar lotação máxima dos leitos de UTI. Foram oito dias seguidos com 100% de ocupação, na segunda-feira (22) a taxa foi para 90%, mas nesta terça eles voltaram a não ter mais nenhum leito vago.

O Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, que recebeu pacientes graves de Rio Branco registrou nessa terça ocupação de 73,1%. No estado, 377 pacientes estão internados. O estado está em contaminação comunitária desde o dia 9 de abril, com uma taxa de incidência de e 7.411,1 casos para cada 100 mil habitantes.

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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões

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Por Dell Pinheiro

As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.

O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.

Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.

Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.

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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco

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Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.

A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.

Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.

Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.

Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.

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PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos

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Por Wanglézio Braga

O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.

Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.

O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.

O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.

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