Acre
Nº de haitianos que solicitou refúgio no AC cresce 123% em dois anos
Levantamento foi feito pela Polícia Federal em Epitaciolândia (AC).
Número de haitianos que solicitaram refúgio chegou a 14.454.

Levantamento de Solicitações de Refúgio de Haitianos, feito pela Polícia Federal em Epitaciolândia (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
Um levantamento realizado pela Polícia Federal em Epitaciolândia, distante 230 km da capital Rio Branco, mostrou que 14.454 haitianos solicitaram refúgio no Acre, entre janeiro de 2012 e janeiro de 2014, um crescimento de 123,52% nos últimos dois anos. Somente no primeiro mês deste ano, 1.549 imigrantes foram cadastrados, uma média de 50 atendimentos por dia.
Durante o período levantado, os números mostram um aumento nas solicitações no mês de abril 2013, chegando 1.806. “Esse pico de atendimentos foi quando houve uma força-tarefa no ano passado”, explica o delegado Sávio Accioly. Naquele mês, o atendimento foi alto devido à demanda reprimida e os atendimentos chegaram a 200 por dia, acrescenta Accioly.
Da quantidade de atendimentos realizados pela PF nos dois anos que correspondem a pesquisa, 83% é de homens e 17% de mulheres. A maioria (41,83%) corresponde a faixa etária de 31 a 40 anos de idade.
Escolaridade
Um dos pontos que chamam a atenção é que, em relação ao grau de instrução daqueles que foram cadastrados, até o final de 2013, somente 18% possuía segundo grau completo. Já em relação à janeiro de 2014, esse quantitativo subiu para 26,31%.

Haitianos exibem documentos emitidos em cidade do Acre (Foto: Luciano Pontes/Agência de Notícias do Acre)
Dos mais de 14 mil haitianos que solicitaram refúgio no país, mais da metade possui somente o primeiro grau incompleto (51,35%). O delegado da PF explica que o levantamento é feito com base no que os imigrantes declaram. “É o que eles declaram. Normalmente eles vêm sem documentação, o único documento que trazem é o passaporte”, diz.
Em relação às profissões declaradas, 54,87% dos homens trabalham como pedreiros. Das mulheres, 54,65% se declararam como comerciantes.
Situação atual
Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, o abrigo localizado em Brasiléia, município que faz fronteira com Epitaciolândia, aloja em torno de 850 imigrantes, uma vez que a quantidade dos que chegam está reduzindo.
“A quantidade de imigrantes que chegam tem reduzido nos últimos cinco dias. Chegando em torno de 40 por dia. E está tendo também um fluxo maior de saída, já que as empresas estão contratando e o processo de documentação está agilizado”, diz Mourão.
O representante da Secretaria de Direitos Humanos no município, Damião Borges, afirma que a quantidade dos imigrantes que saem da cidade acreana para outros estados varia de 40 a 80 por dia.
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Acre
Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.
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Acre receberá R$ 6,3 milhões para conservação e manutenção de rodovias em 2026

A Secretaria Nacional de Transporte Rodoviário, vinculada ao Ministério dos Transportes, publicou a Portaria nº 939, de 16 de dezembro de 2025, que aprova os Programas de Trabalho apresentados pelos estados e pelo Distrito Federal para aplicação dos recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-Combustíveis) no exercício de 2026. O decreto foi publicado na edição do Diário Oficial da União (DOU).
O ato foi assinado pela secretária nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse, e tem como base a Lei nº 10.336/2001 e a Portaria nº 228/2007, que regulamentam a destinação dos recursos da Cide. A portaria também estabelece que eventuais alterações nos programas deverão seguir rigorosamente as normas previstas na legislação vigente.
No caso do Acre, foi aprovado o Programa de Conservação e Manutenção de Rodovias Estaduais para 2026, conforme processo administrativo nº 50000.029129/2024-53. O plano prevê investimentos voltados à conservação, manutenção e recuperação de importantes trechos da malha rodoviária estadual.
Entre as rodovias contempladas estão a AC-010, no trecho entre Rio Branco e Porto Acre; a AC-040, ligando Rio Branco a Plácido de Castro; a AC-090, no trecho entre Rio Branco e o km 100; além das rodovias AC-475, AC-485, AC-380, AC-445, AC-407 e AC-405, que atendem municípios como Xapuri, Bujari, Rodrigues Alves, Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima.
O valor total destinado ao programa no Acre soma R$ 6.337.978,18, com execução financeira distribuída ao longo dos quatro trimestres de 2026. Os recursos serão aplicados de forma contínua, garantindo a manutenção e recuperação das vias estaduais ao longo de todo o ano.
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Acre
No Acre, casamentos duram cerca de 11 anos, ficando abaixo da média nacional

Os casamentos estão durando menos em todo o Brasil, e o Acre aparece entre os estados com menor tempo médio de duração das uniões, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto, no país, os matrimônios duram, em média, 13,8 anos, no Acre esse período cai para 11,1 anos, ficando abaixo da média nacional e regional.
No ranking dos estados brasileiros, o Acre ocupa uma das posições mais baixas em relação à duração dos casamentos, ficando atrás apenas de unidades da Região Norte e Centro-Oeste, como Rondônia (11 anos) e Roraima (10,2 anos). Os dados fazem parte da Estatística do Registro Civil, divulgada pelo IBGE em dezembro, e se referem às uniões formalizadas em 2024.
Apesar da redução na duração média dos casamentos, o IBGE registrou, em 2024, a primeira queda no número de divórcios desde 2019, com redução de 2,8% em relação ao ano anterior.


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