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No Alto Acre, Saúde do Estado reforça combate à Covid-19 e anuncia leitos de UTI no Hospital Regional
A comitiva de gestores Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) liderada pela secretária adjunta de Assistência à Saúde, Paula Mariano, chegou na manhã desta quinta-feira, 18, à cidade de Brasileia, onde se reuniu com prefeitos e gestores municipais de toda a região para reforçar o combate à pandemia de Covid-19, além de anunciar novos investimentos para o Hospital Regional do Alto Acre, que ganhará as suas primeiras dez vagas de UTI nos próximos dias.

Espaço foi dividido em área de sintomáticos respiratórios e não sintomáticos. Foto: Edilson Junior/Prefeitura de Brasileia
O Hospital Regional do Alto Acre é a referência no tratamento de Covid-19 para todos os casos moderados dos municípios de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri. O espaço foi dividido em área de sintomáticos respiratórios e não sintomáticos, disponibilizando 13 leitos clínicos exclusivos para Covid-19, que estão quase todos ocupados.
Além do anúncio das dez vagas de UTI para a unidade devido ao aumento da demanda, o hospital terá um reforço na usina de oxigênio para ampliar sua produção e ganhará um tomógrafo, que já está encaminhado e será instalado em breve. A Secretaria de Saúde também está se organizando para a contratação de mais profissionais, necessários para a ala de UTI.
O avanço da Covid-19 no Alto Acre segue junto com o aumento dos casos de dengue e o receio pela cheia do Rio Acre, que corta todos os municípios. A secretária Paula Mariano reforçou, no encontro com os gestores municipais, que o governo do Estado está de mãos dadas com todos, mas que a necessidade do cumprimento de decretos e as limitações da Bandeira Vermelha são essenciais.

“Viemos de Assis Brasil, que está numa situação muito delicada e que desestabiliza toda a região, e nos colocamos à disposição; nossa equipe técnica está em um momento de união e seguimos nesse combate. O governador está atento a tudo e é a pessoa que mais quer que superemos isso. Mas não adianta só abrir leitos. Podemos encher o hospital de leitos que, enquanto não houver uma fiscalização e uma educação para a população não correr riscos, a doença vai continuar avançando”, conta a secretária adjunta de Saúde.
Regional em alerta
Mesmo sendo municípios pequenos, o índice da doença segue grande na região. Assis Brasil registra mais mil casos de Covid-19, enquanto Brasileia ultrapassa 1.800, Xapuri mais de 2.500 e Epitaciolândia, mais de mil.

A coordenadora do Pacto Acre Sem Covid, Karolina Sabino, reforçou que as medidas de cada faixa de bandeira precisam ser cumpridas e a Vigilância Sanitária do Estado segue se reunindo com as vigilâncias municipais, orientando as equipes, dando todo suporte para a realização do trabalho e buscando que seja cumprido tudo que está nos decretos estaduais.
“É um cenário preocupante. Ainda estamos vendo muitas pessoas sem usar máscaras nas ruas, com aglomerações e boa parte do comércio aberto, mesmo com a vigência da Bandeira Vermelha, que restringe muitas atividades”, relata Karolina.
Segundo o levantamento de dados do acompanhamento da pandemia, a região do Alto Acre segue num crescente de casos. Para se ter uma ideia, dos 1.800 casos confirmados em Brasileia, 400 foram registrados apenas em janeiro, enquanto que em fevereiro já foram registrados 250.
Anfitrião do encontro, o vice-prefeito de Brasileia, Carlinhos do Pelado, agradeceu a presença dos gestores estaduais, reforçou o trabalho conjunto no combate à doença e levantou, ainda, pontos como o avanço da dengue e a atuação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
“Nós nos encontramos felizes por estarmos aqui reunidos, mas tristes por saber que o número da Covid-19 em nossa região ainda é alarmante. Mas a equipe da Sesacre nos trouxe os números do estado e informações maravilhosas sobre os leitos de UTI no Hospital Regional. Quase todos os vice-prefeitos da regional estão aqui hoje e sabemos que esse trabalho pelo atendimento em Brasileia tem que ser conjunto”, destacou o vice.
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STF anula provas da Operação Ptolomeu contra Gladson Cameli por maioria de votos
Decisão da Segunda Turma aponta violação ao foro privilegiado e prática de “fishing expedition”; governador fica apto a disputar eleições de 2026
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por quatro votos a um, anular todas as provas produzidas no âmbito da Operação Ptolomeu contra o governador do Acre, Gladson Cameli, e outros 12 réus. O julgamento foi concluído na noite desta sexta-feira (19), em plenário virtual, com encerramento às 21h no horário do Acre e 23h no horário de Brasília.
Votaram pela anulação das provas os ministros Nunes Marques, Dias Toffoli, André Mendonça e Gilmar Mendes, que divergiram do relator, ministro Edson Fachin. Fachin acompanhava o entendimento da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Nancy Andrighi, no sentido de que a investigação conduzida pela Polícia Federal não teria violado o foro por prerrogativa de função do governador.
A defesa de Gladson Cameli sustentou que houve desrespeito ao foro privilegiado e a prática conhecida como “fishing expedition” — investigação genérica e sem objeto definido. Segundo os advogados, a Polícia Federal teria iniciado apurações direcionadas ao governador a partir da interceptação de uma conversa que mencionava o termo “governador”, passando a adotar medidas para contornar a competência do STJ. Entre elas, a solicitação ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) de relatórios envolvendo pessoas físicas e jurídicas ligadas ao chefe do Executivo estadual, como familiares e empresas, sem relação inicial com o objeto da investigação.
Em seu voto, o ministro André Mendonça afirmou que a atuação da autoridade policial foi deliberadamente indevida. Ele destacou que, mesmo com indícios do possível envolvimento do governador, a investigação avançou de forma irregular, com requisições de dados de pessoas do entorno de Gladson Cameli — incluindo esposa e filho menor de idade — antes de qualquer pedido formal de deslocamento de competência para o tribunal competente.
Com a anulação das provas, Gladson Cameli deixa de ter impedimentos judiciais decorrentes da Operação Ptolomeu e passa a estar apto a disputar as eleições de 2026. Nos bastidores políticos, a expectativa é de que o governador mantenha a pré-candidatura ao Senado, posição em que, segundo pesquisas recentes, aparece como favorito.
No entendimento jurídico, a chamada “fishing expedition” é considerada ilegal no Brasil por violar direitos fundamentais, uma vez que se trata de uma investigação ampla e especulativa, sem fato determinado. Provas obtidas por esse meio são passíveis de nulidade por afrontarem os princípios do Estado Democrático de Direito.
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Polícia Civil prende jovem suspeita de latrocínio contra idoso em Xapuri
Crime ocorreu no bairro Braga Sobrinho; autora foi localizada horas após o homicídio e confessou o assassinato
A Polícia Civil do Acre (PCAC), por meio da Delegacia-Geral de Xapuri, prendeu em flagrante, na manhã desta sexta-feira (19), uma jovem de iniciais A.L.M.M., de 18 anos, suspeita de cometer um crime de latrocínio que vitimou o idoso Antônio de Moraes Felesmino, de 67 anos. A vítima era natural de Sena Madureira e residia no bairro Braga Sobrinho, em Xapuri, onde o crime foi registrado.
Os investigadores tomaram conhecimento do homicídio por volta das 9h e deram início imediato às diligências. Após buscas intensas pela cidade, a equipe policial conseguiu identificar e localizar a suspeita ainda na mesma manhã, no bairro da Cageacre, onde foi realizada a prisão em flagrante.
Conforme as investigações, a jovem estava morando há cerca de 15 dias na residência da vítima. Antonio foi morto com vários golpes de arma branca (faca) na região do pescoço enquanto estava sentado, sem qualquer chance de de se defender, morrendo no local antes de receber qualquer socorro.
Após cometer o crime, ela teria subtraído uma quantia em dinheiro do idoso, supostamente para a compra de drogas. Segundo a Polícia Civil, a suspeita é dependente química.
No momento da abordagem, A.L.M.M. negou envolvimento no crime. Entretanto, diante das provas reunidas durante a investigação, acabou confessando o latrocínio, relatando a dinâmica do assassinato, praticado com o uso de uma faca.
Após a prisão, a jovem foi conduzida à Delegacia de Polícia, onde foram realizados os procedimentos legais. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.
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Motoristas da Trans Acreana ameaçam parar e acendem alerta para isolamento no Vale do Juruá

Alguns trecho estão perigosos e coloca em risco os veículos, motoristas e passageiros – Foto: Captura
Por mais que a empresa queira e venha tentando manter as viagens, motoristas da Trans Acreana relatam que a falta de trafegabilidade na BR-364 torna impossível a continuidade do serviço neste período de inverno amazônico, que tem se mostrado mais intenso do que em anos anteriores.
Segundo eles, veículos estão tendo radiadores e para-choques danificados, além de ficarem encavalados nos buracos da estrada. “A roda cai em um buraco e, antes de sair, a dianteira já entra em outro. Dessa forma, não temos como continuar. A empresa tem feito de tudo e não quer deixar os usuários na mão, mas nós estamos exaustos”, relatou um motorista que faz a rota há anos.

Motoristas fazem registro das condições da estrada mostrando a realidade atual das péssimas condições – Foto: captura
O cenário é alarmante. Para se ter uma ideia do caos, um trajeto de aproximadamente 140 quilômetros, entre Manoel Urbano e Feijó, chega a consumir cerca de cinco horas de viagem. Além disso, um ônibus que não conhecia bem a estrada encontra-se entalado em um dos trechos mais críticos da BR-364, evidenciando o grau de deterioração da via.
A possibilidade de paralisação preocupa usuários que dependem do transporte para deslocamentos essenciais, como tratamentos de saúde em Rio Branco, além de viagens de ida e volta aos municípios do Vale do Juruá. O risco de isolamento total é real e imediato.

Motoristas e populares questinam o volume de dinheiro já investidos na estrada que oferece péssimas condições trafegabilidade – Foto: captura
Diante do agravamento da situação, cresce o apelo para que as autoridades adotem providências urgentes. A recuperação da BR-364 é fundamental para garantir o direito de ir e vir e evitar que milhares de acreanos fiquem privados de acesso a serviços básicos e à integração regional.

Um dos ônibus da Trans Acreana ‘acavalou’ em um buraco na estrada rumo a Cruzeiro do Sul – Foto: Cedida







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