Acre
No Acre: Conheça história do brasileense de coração Felício Correia “Minha Avó nasceu em uma senzala, sofreu muito”
Aos 81 anos, o ex-seringueiro Felício Correia da Silva ainda lembra da alegria que sentiu ao aprender a ler. Seu Felício conta que leu suas primeiras palavras somente aos 48 anos

A avó de Felício nasceu em uma senzala e sua mãe nunca teve oportunidade de pegar em dinheiro, as senzalas eram os alojamentos que aprisionavam os escravos no Brasil. Foto: cedida
Com Dimas Gugel
A história de vida do acreano Felício Correia, natural da região do Yaco, mas que adotou Brasiléia para viver e constituir família, sempre foi carregada de muitas lutas e desafios, foi assim desde o inicio. Filho e neto de Africano, sofreu muitos preconceitos por onde passou.
A avó de Felício nasceu em uma senzala e sua mãe nunca teve oportunidade de pegar em dinheiro, as senzalas eram os alojamentos que aprisionavam os escravos no Brasil durante o período colonial.
Tais construções não tinham um padrão, podendo ter múltiplas formas. Em geral, eram construídas em taipa. Algumas tinham cômodos separando escravos, enquanto outras eram em forma de galpão.
“Por bastante tempo não tinha “nome” era sempre o “negrinho” da turma, porém existe sim, pessoas que pensam de outra forma em relação tudo isso, tive apoio de vários amigos e de minha amada esposa, que mesmo de cor branca, passou por cima de muitas coisas e segue comigo até hoje” disse Felício
“Nunca falei sobre isso publicamente, mas, irei falar, a família da minha esposa que na época tinha um governador de estado, fez de tudo para tirar ela de mim, levaram ela e eu pensei que não iria ver mais, percebi que existia alí um desejo grande de tirar ela de mim, Porém, Deus trouxe minha amada de volta e seguiremos até o fim, se Deus quiser” Externou

Felício relata que teve um dia em que foi muita pressão e pensou em desistir, a perseguição na época, despertou mais interesse em crescer, foi quando o escopo foi a educação. Foto: cedida
Com lágrimas nos olhos, Felício relata que teve um dia em que foi muita pressão e pensou em desistir, a perseguição na época, despertou mais interesse em crescer, foi quando o escopo foi a educação.
“Apesar de tudo que aconteceu na minha vida, agradeço o apoio de centenas de amigos e não guardo mágoas de ninguém” disse
A história na educação
Aos 81 anos, o ex-seringueiro Felício Correia da Silva ainda lembra da alegria que sentiu ao aprender a ler. Seu Felício conta que leu suas primeiras palavras somente aos 48 anos, a demora para iniciar os estudos foi causada pelas dificuldades de acesso à educação nos seringais São Francisco e Petrópolis Rio Iaco, onde passou a maior parte de sua vida.
Apenas aos 67 anos, Silva conseguiu realizar o seu maior sonho e se formou em pedagogia na Universidade Federal do Acre (Ufac).
“Eu era seringueiro, acordava cedo e ia para a mata. Não tinha oportunidade de vida, vivia isolado. Quando tinha uns 10 anos até comecei a estudar em uma escolinha do seringal, precisei sair, mas o incentivo ficou. Nos anos 70, o seringal onde eu morava foi vendido. Sem ter o que fazer fui morar no município de Brasileia, só então tive a oportunidade de estudar. Eu sempre tive esse sonho, mas nunca foi fácil para mim. Quando cheguei na cidade, as dificuldades só aumentaram. Trabalhei como gari para poder me sustentar, na mesma época comecei a estudar e não parei mais”, Disse Felício

Seu Felício lembra da alegria que sentiu ao aprender a ler, leu suas primeiras palavras somente aos 48 ano. Apenas aos 67 anos, Silva conseguiu realizar o seu maior sonho e se formou em pedagogia na (Ufac). Foto: cedida
“Aquele um ano que estudei naquela escolinha no seringal foi o que despertou em mim o desejo pelos estudos. A universidade foi como um sonho, um momento que eu já não esperava mais que acontecesse por causa da minha idade avançada. Meu sonho era estudar, eu sempre dizia para minha mãe “não vou ficar velho cortando seringa, a educação foi o caminho que encontrei na minha vida”, Finalizou
“A maior liberdade de um homem está na mente”
Nesta quarta-feira (20), o Dia Nacional de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra está sendo celebrado pela primeira vez como feriado nacional. Até 2023 a data era celebrado em apenas seis estados e pouco mais de 1.200 cidades, e passou a ser comemorado em todo o país após a sanção da Lei n° 14.759, em dezembro de 2023, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A data de 20 de novembro é um reconhecimento à história de resistência do Quilombo dos Palmares, formado na Serra da Barriga, na então Capitania de Pernambuco, hoje estado de Alagoas, por volta de 1580.
Palmares foi o maior refúgio de negros da América Latina, chegando a reunir 20 mil pessoas, a maioria delas escravizados que fugiram dos engenhos da Bahia e de Pernambuco.
Em 1694, o quilombo foi destruído e, em 20 de novembro do ano seguinte, seu líder, Zumbi dos Palmares, foi assassinado, daí a relevância simbólica da data para a população afrodescendente.
Em todo o país também acontecem atividades relacionadas ao Dia Nacional de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra. O Ministério da Igualdade Racial, em parceria com os ministérios dos Direitos Humanos e Cidadania e da Cultura, lançou o hotsite e o mapa da igualdade racial, onde é possível verificar a programação de diversas ações e eventos agendados por todo o Brasil nesta data.
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Acre
PGE publica diretrizes para concessão de auxílio financeiro a procuradores e servidores

Foto: Procuradoria-Geral do Estado do Acre
A Procuradoria-Geral do Estado do Acre (PGE) publicou, nesta sexta-feira, 5, duas portarias que estabelecem as diretrizes para concessão de bolsas de auxílio financeiro e ressarcimento destinados à participação de procuradores e servidores em eventos de capacitação no exercício de 2026. As medidas constam nas portarias PGE nº 816/2025 e PGE nº 817/2025, ambas assinadas pela procuradora-geral do Estado, Janete Melo d’Albuquerque Lima de Melo.
Bolsa para Procuradores – Portaria PGE nº 816/2025
A Portaria nº 816 estabelece o valor máximo do auxílio financeiro para participação dos procuradores no 52º Congresso Nacional dos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, que será realizado de 9 a 12 de novembro de 2026, em Curitiba (PR), promovido pela ANAPE. O valor fixado é de R$ 10 mil, destinado a custear inscrição, transporte, hospedagem e alimentação, conforme prevê a Resolução PRES/CPGE nº 10/2010.
Segundo o documento, todos os procedimentos referentes à seleção e concessão do auxílio serão regulamentados pelo Centro de Estudos Jurídicos da PGE, seguindo os critérios previstos na normativa interna da instituição. O pagamento será feito pelo Fundo Orçamentário Especial da Procuradoria, conforme legislação vigente.
Bolsa para Servidores – Portaria PGE nº 817/2025
A Portaria nº 817 define as regras para concessão de auxílio financeiro voltado aos servidores do quadro de apoio da PGE que participarem de cursos, seminários e eventos de qualificação profissional ao longo de 2026. O valor máximo para essas bolsas será de R$ 2.500 por servidor, cobrindo inscrição, deslocamento, hospedagem e alimentação.
A concessão obedecerá critérios de proporcionalidade conforme o número de servidores em cada órgão interno:
órgãos com até 5 servidores: 1 bolsa disponível;
órgãos com 6 a 10 servidores: 2 bolsas;
órgãos com mais de 10 servidores: 3 bolsas.
Os eventos deverão ter relação direta com as atribuições exercidas pelos servidores em suas unidades de lotação. A seleção será preferencialmente feita por edital, considerando a disponibilidade financeira do Fundo Orçamentário Especial e o número de interessados.
Planejamento e transparência
As duas portarias se baseiam no Programa Anual de Capacitação 2026 da PGE, já aprovado e previsto no Plano Plurianual 2024–2027, além da proposta orçamentária do Estado para o próximo ano. Os documentos destacam ainda a política de valorização profissional e a necessidade de promover gestão por competências e capacitação contínua.

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Acre
Acre tem sexta-feira de tempo instável e risco de chuvas fortes em todas as regiões do estado
Previsão indica clima abafado, alta umidade e precipitações pontuais, algumas intensas, de leste a oeste do Acre; temperaturas variam entre 22°C e 32°C.

Foto: Sérgio Vale


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