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Mulheres da Reserva Extrativista Chico Mendes do município de Brasiléia participam de oficinas de fortalecimento da produção da borracha

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Por Leila Ferreira

“Lugar de mulher é na cozinha e pra cuidar de casa!”. Nunca foi e nunca será, as mulheres em geral desenvolvem um papel importante na vida familiar e quando se trata de produtora rural, o trabalho é ainda mais árduo, além de cuidar de casa e da família, a mulher desenvolve em suas propriedades, diversas atividades produtivas.

A dona Maria das Graças mora no seringal Amapá há mais de 40 anos, hoje é aposentada e destacou a importância do trabalho da mulher na produção de borracha. “Desde que me casei que sempre cortei seringa junto com meu esposo, cuidando de casa e da família. A borracha já teve um preço muito baixo mas hoje graça a Deus, a cooperativa e a VEJA, que paga na hora, nossos filhos podem cortar e vender por um preço mais justo. As mulheres sempre cortaram seringa, colheram e ajudaram fazer a borracha. É uma produção que junta toda a família”, destacou Maria das Graças.

A SOS Amazônia em parceria com a COOPAEB e a COOPERACRE, acompanhados pelo Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Brasiléia realizaram nos seringais Nova Olinda, Amapá e Humaitá oficinas de capacitação com o tema: “Mulheres da Borracha, Borracha Sustentável e Produção familiar”. Mais de 60 mulheres estiveram reunidas discutindo e compartilhando experiências sobre a produção da borracha e as práticas agroextrativista. Importante destacar que a produção da borracha desses seringais são vendidas na cooperativa, pago a vista o valor de R$13,50 (Treze reais e cinquenta centavos) e posteriormente entregue à empresa VEJA que produz sapatos ecologicamente corretos a partir da borracha de seringueiras nativas extraída na Amazônia, algodão agroecológico vindo da agricultura familiar do Nordeste, couro de gado criados em campos nativo do Pampa no Sul do Brasil e garrafas pets recicladas que são recolhidas do meio ambiente.

Um dos objetivos dos encontros entre mulheres foi para fortalecer a importância do modo de vida extrativista dessas famílias evidenciando, compartilhando e discutindo sobre a importância e valorização da participação da família nesse processo de produção da borracha, que acontece desde a decisão em corta seringa, limpeza das estradas de seringa, corte e colheita do látex, produção da borracha e a comercialização nas cooperativas. A capacitação é financiada pela empresa VEJA/Vert que produz calçados masculinos, femininos e infantis, a partir de produção sustentável de matéria prima toda do Brasil, onde a borracha produzida na Amazônia estão presentes nos solados e palmilhas de todos os modelos dos sapatos.

A empresa VEJA vem melhorando o preço da borracha desde 2004, além do preço pago a vista, as cooperativas e movimentos sociais, lutaram por um subsídio federal que hoje paga 3,32 reais e o subsídio estadual de 2,30 e em alguns municípios tem a subversão municipal, como é o caso do município de Assis Brasil que paga 1,40 por quilo de borracha.

Hoje o contrato da cooperativa COOPAEB com a VEJA é de 80 toneladas/ano, o que pode aumentar a partir de 2023.

Francisca Bezerra Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais também acompanhou as oficinas e destacou a importância da mulher no processo produtivo. “Agradeço o convite da COOPERACRE e da SOS Amazônia para participar das oficinas voltadas para as mulheres, que tem um papel fundamental na produção e isso ajuda as mulheres a terem conhecimentos dos seus direitos na produção e na hora de receber um benefício que precisam estarem inseridas no sistema produtivo”, finalizou.

O Presidente da Cooperativa Agroextrativista de Assis Brasil, Epitaciolândia e Brasiléia – COOPAEB, José Rodrigues de Araújo conhecido como De Araújo, esteve presente nas capacitações e falou da importância da participação das mulheres neste processo. “A COOPERACRE e a COOPAEB, vêm participando desse processo de organização da capacitação por saber a importância da participação familiar nesse processo onde participa o marido, a mulher e os filhos. A cooperativa luta por um preço cada vez mais justo onde chegue nas famílias extrativistas e com isso, as famílias melhoram a renda e ainda ajudam em uma produção sustentável com menos desmatamento. Esse é nosso papal como instituição, buscar sempre um preço mais justo para os produtos extrativistas”.

Gabriela Antonia da SOS Amazônia, responsável por executar e mediar as oficinas relata que com essas três oficinas, totalizam cinco das seis previstas para ser executada nos territórios onde a COOPAEB atua. Em junho de 2022 foram realizadas as duas primeiras oficinas, uma no município de Assis Brasil na comunidade Divisão e a segunda no município de Brasiléia na comunidade Tabatinga, somando a participação de mais de 50 mulheres. E agora foram realizadas mais três oficinas, somando a participação por volta de 70 mulheres. Gabriela relata que esse projeto tem como meta ser realizada nas cinco regionais do estado do Acre, onde atuam onze cooperativas locais que entregam borracha por meio de contratos para COOPERACRE, que por sua vez entrega para a empresa VEJA/VERT. Ela pontua que o projeto é pioneiro e de grande relevância para a vida das famílias extrativistas e sobre todo para as mulheres pertencentes a essas famílias. Com compartilhamento de informações é possível transformação e despertar o auto empoderamento das mulheres.

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Polícia Civil prende dois suspeitos pela morte do jornalista Moisés Alencastro em Rio Branco

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Primeiro a ser detido foi Antônio de Souza Morais, de 22 anos, estava escondido em uma área de mata na região do Eldorado, nas proximidades do bairro Quixadá.

Crime ocorrido no fim de semana teve repercussão estadual; polícia aponta motivação passional e segue investigando a dinâmica do assassinato

A Polícia Civil do Acre prendeu os dois principais suspeitos envolvidos no assassinato do ativista cultural e jornalista Moisés Alencastro, encontrado morto em seu apartamento na noite da última segunda-feira (22), em Rio Branco. O crime ocorreu no domingo (21), mas só foi descoberto após uma amiga registrar boletim de ocorrência informando o desaparecimento da vítima.

Moisés Alencastro foi encontrado morto na segunda-feira (22) no apartamento onde morava — Foto: Arquivo pessoal

Diante da ausência de contato, amigos foram até o imóvel, arrombaram a porta e encontraram Moisés deitado sobre a cama, já sem vida. A cena apresentava sinais claros de violência, levantando de imediato a suspeita de homicídio.

Durante as diligências iniciais, a Polícia Civil localizou o veículo da vítima abandonado no bairro São Francisco, na parte alta da capital, o que reforçou as investigações e auxiliou na identificação dos envolvidos.

No início da semana, a polícia deteve o primeiro suspeito, na casa de quem foram encontrados objetos pessoais pertencentes à vítima. O nome não foi divulgado para não comprometer o andamento do inquérito.

Na madrugada desta quinta-feira (25), Antônio de Souza Morais, de 22 anos, se entregou à polícia após ter a prisão decretada. Ele estava escondido em uma área de mata entre os bairros Eldorado e Quixadá, conforme denúncias recebidas pelos investigadores. Antônio teria confessado a autoria do crime, mas os detalhes ainda não foram tornados públicos.

Ainda nesta quinta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o segundo suspeito, Nataniel Oliveira de Lima, em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado.

Ainda nesta quinta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o segundo suspeito, Nataniel Oliveira de Lima, em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado. A prisão foi realizada após análise da perícia, que apontava a participação de mais de uma pessoa na dinâmica do crime.

Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação indica que o homicídio pode ter sido motivado por razões passionais. As investigações seguem em andamento para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação individual de cada suspeito.

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Suspeito de homicídio de jornalista Moisés Alencastro se entrega à Polícia Civil após se esconder em área de mata em Rio Branco

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Investigado foi localizado na região do Eldorado e conduzido à Delegacia de Homicídios para interrogatório e audiência de custódia

Antônio de Souza Morais, de 22 anos, principal suspeito de um homicídio ocorrido recentemente em Rio Branco, se entregou à Polícia Civil na madrugada desta quinta-feira, após intensas buscas realizadas pela equipe da Delegacia de Homicídios. O investigado estava escondido em uma área de mata na região do Eldorado, nas proximidades do bairro Quixadá.

Segundo o delegado responsável pelo caso, as diligências começaram ainda na quarta-feira, logo após a expedição do mandado de prisão, e seguiram de forma ininterrupta ao longo do dia e da noite. Durante os trabalhos, a polícia recebeu denúncias de que o suspeito estaria refugiado em uma região de mata, o que orientou as equipes até o local.

Durante a madrugada, Antônio procurou pessoas ligadas à sua família, o que permitiu à polícia chegar à localização exata. Com a aproximação dos agentes, ele decidiu se entregar sem oferecer resistência.

“Diante dessas informações, nós fomos até o local e ele acabou se entregando à equipe da Delegacia de Homicídios. Em seguida, foi conduzido até a nossa sede, onde passou por interrogatório e por todos os procedimentos legais, sendo encaminhado conforme prevê a lei, inclusive para a audiência de custódia”, explicou o delegado.

Questionado sobre a motivação do crime, o delegado informou que o suspeito relatou a dinâmica dos fatos durante o interrogatório, mas que, por estratégia investigativa, os detalhes ainda não serão divulgados. A Polícia Civil também apura a participação de outras pessoas no crime.

De acordo com a autoridade policial, a perícia realizada no local já indicava a possível presença de um segundo envolvido. “No cenário do crime, é possível perceber a dinâmica de uma terceira pessoa. Agora estamos trabalhando na identificação desse outro suspeito para dar continuidade às buscas e efetuar a prisão do coautor”, afirmou.

O caso segue sob investigação da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil do Acre.

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Corpo com mãos amarradas é encontrado boiando no Igarapé São Francisco, em Rio Branco

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Vítima apresentava perfuração no peito e sinais de agressão; Polícia Civil investiga homicídio

O corpo encontrado boiando na manhã desta quinta-feira (25) no Igarapé São Francisco, no bairro Conquista, em Rio Branco, foi identificado como sendo de Weligton Carlos Martins Werklaenhg, de 48 anos.

De acordo com informações repassadas por familiares, Weligton estava desaparecido desde a semana passada, quando foi visto pela última vez.

A perícia inicial realizada no local constatou que a vítima foi atingida por um golpe de faca na região do peito e apresentava indícios de agressões físicas anteriores à morte.

Ainda segundo a família, Weligton morava nas proximidades do Conjunto Manoel Julião.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que apura a motivação e a autoria do crime.

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