Cotidiano
Mulher tem osso de galinha removido do esôfago por endoscopia em Cruzeiro do Sul
Paciente engoliu acidentalmente o objeto no sábado (6) e passou por dor intensa; procedimento evitou cirurgia aberta e ela recebeu alta no mesmo dia

Uma mulher passou por momentos de risco em Cruzeiro do Sul, depois de engolir acidentalmente um osso de galinha, que ficou alojado em seu esôfago. Foto: captada
Uma mulher passou por um susto no último sábado (6), em Cruzeiro do Sul, após engolir acidentalmente um osso de galinha, que ficou alojado em seu esôfago. O objeto causou dor intensa e dificuldade para engolir, exigindo atendimento de urgência.
O procedimento de remoção foi realizado pela equipe da Endoscopia Vale do Juruá, coordenada pelo Dr. Marlon Holanda, na manhã de domingo (7). A paciente foi submetida a uma endoscopia digestiva alta após jejum total, medida necessária para evitar riscos de vômito e broncoaspiração durante a intervenção.
A remoção foi bem-sucedida e não houve necessidade de cirurgia aberta. A paciente recebeu alta hospitalar no mesmo dia, com orientações médicas para recuperação. Casos como esse reforçam a importância do atendimento especializado rápido para evitar complicações mais graves, como perfurações ou infecções.

A paciente foi submetida a uma endoscopia digestiva alta após jejum total, medida necessária para evitar riscos de vômito e broncoaspiração durante a intervenção. Foto: captada
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PIB per capita do Acre chega a R$ 31,6 mil em 2023, acima de Pará e de estados do NE, mas abaixo da média do Norte
Dados do IBGE mostram que economia acreana avança, mas ainda fica distante de vizinhos como Rondônia, Amazonas e Roraima; especialistas apontam dependência do setor público e baixa industrialização

O resultado posiciona o estado acima de parte da região Norte e próximo da média regional, mas ainda distante dos desempenhos mais elevados do país. Foto: art
O PIB per capita do Acre atingiu R$ 31,6 mil em 2023, de acordo com dados do Sistema de Contas Regionais do IBGE divulgados nesta semana. O valor coloca o estado acima do Pará (R$ 31,3 mil) e de parte do Nordeste, mas ainda abaixo da média da região Norte, que foi de R$ 36 mil.
Em comparação com os vizinhos, o desempenho acreano fica atrás de Rondônia (R$ 48,3 mil), Tocantins (R$ 42,5 mil), Amazonas (R$ 41 mil), Roraima (R$ 39,4 mil) e Amapá (R$ 38,1 mil). O resultado reflete uma evolução gradual da economia local, mas ainda limitada por uma estrutura produtiva concentrada no setor público, serviços e atividades extrativistas, com reduzida presença industrial.
Segundo economistas consultados, o crescimento do PIB per capita é positivo, mas mostra que o estado continua dependente de setores de menor valor agregado e com menor capacidade de geração de renda e emprego em comparação com líderes regionais. A superação desse cenário exigiria maior diversificação produtiva, investimentos em infraestrutura e atração de indústrias com maior impacto na economia.
Comparativo regional
- Rondônia: R$ 48,3 mil
- Tocantins: R$ 42,5 mil
- Amazonas: R$ 41 mil
- Roraima: R$ 39,4 mil
- Amapá: R$ 38,1 mil
- Acre: R$ 31,6 mil
- Pará: R$ 31,3 mil
Contexto nacional
- Média Brasil: R$ 53,8 mil (crescimento de 8,56% em 2023)
- Distrito Federal: R$ 129,7 mil (maior do país)
- Sudeste: R$ 69 mil (influenciado por SP e RJ)
- Centro-Oeste: Mato Grosso com R$ 74,6 mil
- Nordeste: Maranhão com R$ 22 mil (menor)
Análise econômica
- Estrutura produtiva: Concentrada em setor público, serviços e extrativismo
- Desafio: Menor presença industrial comparada a líderes regionais
- Recomendações: Diversificação produtiva, atração de investimentos e fortalecimento de infraestrutura
Os números refletem a histórica dependência do Acre de atividades tradicionais e do setor público, com menor capacidade de geração de valor agregado em comparação a estados mais industrializados. Apesar de avanços graduais, o estado precisa superar limitações estruturais para reduzir a distância econômica em relação às regiões mais desenvolvidas do país.

No Acre, analistas apontam que ampliar a diversificação produtiva, atrair novos investimentos e fortalecer a infraestrutura são fatores essenciais para elevar o nível de renda e reduzir as desigualdades em relação às regiões mais industrializadas do país.
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82% das famílias acreanas seguem endividadas, aponta Fecomércio-AC
Pesquisa mostra estabilidade entre setembro e novembro de 2025; altas taxas de juros são apontadas como principal fator de manutenção do endividamento

Redução no número de famílias com contas em atraso sinaliza cautela dos consumidores. Foto: ilustrativa
O percentual de famílias acreanas endividadas se manteve em 82% entre setembro e novembro de 2025, segundo dados regionais analisados pela Fecomércio-AC. Apesar da estabilidade geral, houve redução significativa em indicadores específicos: 41.963 lares declararam ter dívidas em atraso (queda de 4,08%) e 13.779 famílias relataram não ter condições de pagar suas contas (redução de 4,57%) – ambos os menores índices desde maio.
Perfil do endividamento
- Maior impacto: Famílias com renda de até 10 salários mínimos (35,4% das entrevistadas)
- Tendência: Redução para 41.963 lares (menor índice desde março/2025)
Fatores explicativos
- Taxas de juros: SELIC elevada impacta capacidade de pagamento
- Comportamento: Famílias evitam novas dívidas e buscam regularizar existentes
- Perspectiva: 13º salário deve reduzir endividamento nos próximos meses
Análise institucional
“Essa continuidade reflete o momento econômico atual, as altas taxas de juros” – Egídio Garó, assessor da Fecomércio-AC
A estabilidade no endividamento reflete o cenário econômico nacional de juros elevados, enquanto as reduções nos indicadores de inadimplência sugerem maior cautela dos consumidores acreanos. A expectativa é que o 13º salheiro traga alívio às famílias no final do ano.
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Ação oferta Implanon para mulheres indígenas em Rio Branco; método evita gravidez por até 3 anos
Método atende mulheres indígenas em contexto urbano, com testes rápidos, rodas de conversa e orientação sobre planejamento familiar

Anticoncepcional hormonal conhecido como Implanon é oferecido em Rio Branco. Foto: Reprodução
Por Jhenyfer de Souza e Aline Pontes
Mulheres indígenas de 14 a 49 anos que vivem em contexto urbano em Rio Branco já podem ter acesso ao Implanon, um implante contraceptivo oferecido pela rede pública, capaz de prevenir a gravidez por até três anos.
A ação integra o atendimento voltado a públicos específicos, como adolescentes, mulheres em situação de rua, privadas de liberdade e indígenas. As interessadas no método devem procurar a unidade de saúde mais próxima para serem cadastradas na fila de regulação.
Além disso, o objetivo, segundo a organização, é reduzir barreiras culturais e institucionais e garantir um espaço de escuta, diálogo e acesso a métodos contraceptivos disponíveis na rede pública.
O atendimento inclui acolhimento, avaliação, rodas de conversa sobre planejamento familiar e testagem rápida para HIV, sífilis e gravidez.
O método é considerado eficaz, seguro e de baixa manutenção, e tem sido buscado por mulheres que desejam adiar a maternidade ou garantir maior autonomia reprodutiva.
Entre as participantes, Nawashahu Yawanawá relatou que decidiu aderir ao método pela dificuldade histórica de acesso aos serviços e pela preocupação com o futuro da filha.
”Fiz a minha laqueadura há seis anos atrás porque a dificuldade é muito grande. Hoje, o problema tem sido garantir estudo, educação e acesso à saúde. Por isso, não quero que minha filha engravide agora e essa ação é muito boa”, contou.
A chefe da Divisão da População Indígena da Saúde, Ângela Oliveira, reforçou que o atendimento está sendo ampliado e orientou que todas as mulheres interessadas procurem as unidades básicas.
Representando organizações de mulheres indígenas do Acre, Xipu Shanenawa afirmou que a iniciativa tem como foco garantir autonomia, e não controlar a reprodução das mulheres.
“Me perguntaram se era um controle por parte das mulheres indígenas. Eu não acho um controle, mas uma decisão delas mesmas, de fazer parte desse momento e de ter outros objetivos a serem alcançados. É uma decisão delas, e a gente respeita”, completou.
Como funciona
O Implanon é uma pequena haste flexível inserida sob a pele do braço, em um procedimento simples realizado em consultório médico com anestesia local.
Ele libera continuamente o hormônio etonogestrel, um derivado da progesterona, que impede a ovulação e, consequentemente, a gestação.
Com duração de até três anos, o dispositivo é considerado o método mais eficaz de proteção contra a gravidez disponível no mercado. A taxa de falha é de 0,05%, menor que a da vasectomia (entre 0,1% e 0,15%) e do DIU hormonal (0,2% a 0,8%) .
Regras e contraindicações
Apesar da eficácia, o Implanon não deve ser utilizado por mulheres com histórico de câncer de mama, doença hepática grave, sangramento vaginal sem diagnóstico ou alergia ao etonogestrel.
Entre os possíveis efeitos adversos estão dor, inchaço ou hematoma no local da aplicação; em casos raros, pode ocorrer infecção, geralmente associada a falhas técnicas no procedimento.

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