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Milhões de doses da vacina da AstraZeneca na América Latina encalham por falta de recipientes

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Interior do laboratório mexicano Liomont, onde é envasada a vacina da AstraZeneca para a América Latina, em 22 de fevereiro.- / AFP

A América Latina dispõe de dezenas de milhões de vacinas da AstraZenecaguardadas em armazéns. Um laboratório argentino está fabricando 18 milhões de doses por mês. Mas por enquanto não podem ser usadas por falta de insumos básicos, como filtros, bolsas estéreis, ampolas ou excipientes biológicos no laboratório mexicano encarregado de terminar o produto.

A vacina latino-americana contra a covid-19, produzida em uma fábrica portenha pertencente ao empresário argentino Hugo Sigman e financiada pela fundação do magnata mexicano Carlos Slim, está sofrendo atrasos por um problema mundial de desabastecimento. Sigman considera que será preciso esperar até abril.

O gigante farmacêutico AstraZeneca abriu mão há quase um ano de obter lucros com sua vacina enquanto a pandemia durar, e, através da Fundação Bill Gates, buscou filantropos que assumissem os altos custos da produção. Na América Latina, encontrou Carlos Slim, um dos homens mais ricos do mundo. Slim aceitou, com a condição de que a vacina fosse fabricada no próprio subcontinente. A AstraZeneca decidiu que a fabricação do princípio ativo ficaria a cargo da mAbxience, uma moderna instalação argentina pertencente ao grupo Insud, pertencente ao casal formado pela bioquímica Silvia Gold e o médico Hugo Sigman. O produto básico seria enviado depois ao laboratório mexicano Liomont, que se ocuparia da conclusão e envasamento, para que a AstraZeneca fizesse a distribuição.

Mas o plano esbarrou no desabastecimento planetário em produtos tão elementares como soluções salinas, vidrinhos e seringas. A Schott, maior fabricante mundial de ampolas, avisou já em junho de que não teria como atender aos pedidos de centenas de milhões de frascos. No mês seguinte, Pascal Soriot, diretor-executivo da AstraZeneca, admitiu que o problema não era “fabricar a vacina em si, e sim encher as ampolas”, porque não havia suficientes delas no mercado.

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O laboratório mAbxience iniciou a fabricação no prazo previsto e em 20 de janeiro e 2 de fevereiro exportou para o México duas cargas equivalentes a seis milhões de vacinas cada uma. Neste momento, a mAbxience produz a um ritmo de 18 milhões de doses por mês, e em abril alcançará os 25 milhões de doses mensais. Esse material permanece parado nos laboratórios mexicanos da Liomont e na Argentina, à espera da normalização do abastecimento de ampolas.

Um porta-voz da Liomont informou que os suprimentos necessários já estavam “garantidos” e que o envasamento começaria “em breve”. “Os primeiros lotes serão envasados na próxima semana”, disse Martha Delgado, subsecretária de Assuntos Multilaterais do México. Entretanto, as doses envasadas deverão esperar entre três e quatro semanas para que as autoridades regulatórias comprovem sua estabilidade, esterilidade e dosificação. “Esses prazos não podem ser reduzidos, porque se trata de processos biológicos”, explicou a funcionária. “Uma vez verificados os primeiros lotes, a liberação dos seguintes será mais rápida”, acrescentou.

Para paliar o atraso, a AstraZeneca ofereceu exportar para a Argentina e México parte da produção de sua fábrica na Índia. Segundo Hugo Sigman, 580.000 doses já chegaram desta procedência, e em março outras 580.000 desembarcarão. Também encontrou outra solução temporária: como a vacina da AstraZeneca ainda não foi autorizada nos Estados Unidos (isso está previsto para abril), a fábrica norte-americana da multinacional, sem problemas de desabastecimento, se encarregará de fazer por algumas semanas a tarefa da Liomont. “Já enviamos o equivalente de 6,4 milhões de doses da Argentina para os Estados Unidos, e na semana que vem sairão outras 6,4 milhões”, disse Sigman.

Trata-se de uma situação frustrante. A Liomont, cuja fábrica é uma das maiores da América Latina (1,6 milhão de metros quadrados), teve que encarar um processo de adaptação em suas instalações para contar com a tecnologia necessária e se preparar para uma produção maciça. “A Liomont tem laboratórios excelentes e fez tudo o que tinha que fazer, mas esbarrou em um problema planetário, sofrido também na Europa: há muita demanda por insumos e pouca oferta”, comenta Hugo Sigman.

centenas de vacinas em desenvolvimento ou já no mercado, e uma corrida contra o relógio para imunizar os 7,5 bilhões de habitantes do planeta. Mas a indústria mundial não produz mais de 20 bilhões de ampolas por ano, destinadas à produção farmacêutica corriqueira. A irrupção das vacinas provocou uma situação próxima ao colapso. “Ninguém podia estar preparado para isto, serão necessários vários meses até que o fornecimento se normalize”, disse Sigman.

Por ElPaís

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Governador Gladson Camelí e vice Mailza realizam reunião de alinhamento para enfrentar impacto das chuvas e reforçar Plano de Contingência

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Com o objetivo de intensificar as ações de prevenção e resposta aos impactos das chuvas dos últimos dias, o governador Gladson Camelí e a vice-governadora Mailza Assis presidiram, nesta sexta-feira, 26, uma reunião de alinhamento do Gabinete de Crise, na Secretaria de Estado da Casa Civil. O encontro reuniu órgãos estaduais e instituições diretamente ou indiretamente envolvidas na agenda ambiental e na gestão de riscos, para tratar do aumento das chuvas e da execução do Plano de Contingência do Estado do Acre.

A reunião foi coordenada pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Comdec), com participação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), além da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC), Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), Polícia Militar do Acre (PMAC), Departamento de Estradas de Rodagem e Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre), Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi), Secretaria de Educação e Cultura (SEE), Secretaria de Comunicação (Secom), Secretaria de Agricultura (Seagri), Serviço de Água e Esgoto do Acre (Saneacre) e Secretaria de Governo (Segov).

Governo do Acre reuniu pastas comprometidas com o plano de contigência para antecipar ações emergenciais. Foto: José Caminha/Secom

Durante a abertura, o governador Gladson Camelí destacou a importância da antecipação das ações. “Essa reunião é de extrema importância pois demonstra a antecipação de nossas ações. Peço para todos do governo do Acre que não percamos tempo, vamos fazer nosso dever sem medir esforços. Agradeço a presença de todos e vamos fazer de tudo para proteger nossa população”, afirmou.

Governador do Acre pediu dedicação total do corpo estatal na antecipação de ações e proteção das famílias em vulnerabilidade. Foto: José Caminha/Secom

A vice-governadora Mailza Assis, que também responde pela SEASDH, levantou a importância do plano de contingência estadual. O documento estabelece estratégias, ações e rotinas de enfrentamento a partir dos cenários de risco e das vulnerabilidades já identificadas. “Pelo volume de chuva dos últimos dias, estamos unidos com toda a estrutura do governo e organizados para dar uma resposta rápida à população. O momento requer atenção de todos”, ressaltou.

“A assistência social tem um papel fundamental, com insumos e acompanhamento constante das necessidades que possam surgir”, evidenciou Mailza. Foto: Ingrid Kelly/Secom

O coordenador estadual da Defesa Civil, Cel. Carlos Batista, explicou que o plano é essencial para garantir agilidade no atendimento às famílias atingidas e no apoio aos municípios. “Já estamos atendendo várias localidades com o apoio do Corpo de Bombeiros. Em Rio Branco, 13 pessoas já foram deslocadas pela prefeitura. O Estado possui um plano estruturado para apoiar cada município, que tem a responsabilidade legal pelo acolhimento da população”, afirmou.

Coronel Batista apresentou dados já coletados pela Defesa Civil para sustentar as ações iniciais. Foto: Ingrid Kelly/Secom

Segundo ele, o planejamento prevê orçamento e ações integradas de todas as secretarias envolvidas. “Há previsão de chuvas acima da média para os próximos três meses. Esperamos que não se confirme, mas estamos preparados”, completou.

Dados apresentados durante a reunião apontam que, nas últimas 24 horas, o volume de chuvas provocou uma elevação rápida no nível do Rio Acre, que chegou a 11,49 metros na tarde desta sexta-feira, segundo a última leitura da Defesa Civil Estadual.

Em Rio Branco, o Rio Acre subiu quase quatro metros em apenas 24 horas, mobilizando equipes de socorro para atendimento imediato às famílias afetadas por enxurradas e alagamentos, especialmente em áreas próximas aos igarapés da capital, que também estão sendo monitorados. A Defesa Civil acompanha de forma permanente toda a bacia do Rio Acre, incluindo os municípios de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Rio Branco e a área rural de Capixaba.

Outras regiões também inspiram atenção. A bacia do Rio Tarauacá registrou índices pluviométricos acima da média, mantendo as equipes locais em estado de alerta. Em números atualizados, Rio Branco registrou 160 milímetros de chuva, com o nível do Rio Acre alcançando 11,83 metros, sendo 14 metros a cota de transbordamento. Em Brasileia e Epitaciolândia, foram registrados 237 milímetros nas últimas 48 horas, e em Assis Brasil, 94 milímetros.

Governo do Acre atua com ações precisas para antecipar o que deve ser feito por cada instituição. Foto: Ingrid Kelly/Secom

O governo do Acre permanece em alerta total e em contato direto com as coordenadorias municipais para atender populações que vivem em áreas de risco. “Estamos executando um Plano de Contingência construído com anos de experiência, válido para todo o Estado. Nenhum município consegue enfrentar sozinho esse momento. O Estado está pronto para apoiar as prefeituras e garantir que a população receba o atendimento necessário”, reforçou Batista.

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Governo do Acre convoca candidatos do concurso da Educação e destaca agendamento online da Junta Médica em Rio Branco

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Foto: Arquivo/Secom

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Administração (Sead) e da Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE), publicou nesta sexta-feira, 26, em edição extra do Diário Oficial do Estado, o edital de convocação de candidatos aprovados no concurso público da Educação para as próximas etapas do certame, que consistem na inspeção médica, entrega de documentos e posse.

A convocação integra o cronograma oficial e reforça o compromisso da gestão com o fortalecimento da rede de ensino pública, garantindo a chegada de novos profissionais às escolas e ampliando a capacidade de atendimento da Educação em todo o Acre.

Na convocação realizada, os chamados são para o cargo de Professor P2, nas áreas de Língua Portuguesa, Matemática, Língua Inglesa e Língua Espanhola.

Certo, mas o que o convocado deve fazer agora?

Após ver o nome entre os convocados, o candidato deve seguir as orientações previstas no edital e organizar as etapas com antecedência:

  1. Confirme os dados e siga orientações do edital
    Verifique atentamente o cargo, a localidade e as instruções específicas da sua convocação.
  2. Providencie os exames médicos
    Os exames e avaliações exigidos devem estar dentro do prazo de validade previsto no edital. É fundamental iniciar essa etapa o quanto antes para evitar imprevistos, especialmente no período de fim de ano e início de janeiro.
  3. Faça a inspeção na Junta Médica (com agendamento online em Rio Branco)
    A principal novidade desta etapa é o novo formato de agendamento online para atendimento da Junta Médica em Rio Branco, trazendo mais organização e previsibilidade ao fluxo de atendimento. O agendamento é feito por links, divididos por período:
    Clique aqui para agendamento para os dias 29 e 30 de dezembro;
    Clique aqui para agendamento para os dias de 5 a 16 de janeiro.
    Após agendar, o candidato deve comparecer à Junta Médica no local e data selecionados, com toda a documentação e os laudos/exames exigidos.
    Em Cruzeiro do Sul o atendimento permanece no formato habitual, nos dias 7 e 8 de janeiro, das 8h às 12h, na sede da Junta Médica no município, na Rua Félix Gaspar, n° 3806, Centro. Por isso, também é importante garantir que os exames estejam prontos dentro do prazo, para evitar contratempos.
  4. Entregue a documentação dentro do prazo
    A entrega de documentos deve ser feita dentro do período estabelecido no edital, em Rio Branco (sede da SEE) ou nos núcleos de Representação da Educação para atendimento nos municípios. Além dos documentos pessoais e declarações exigidas, é indispensável apresentar o atestado emitido pela Junta Médica após a inspeção.

Sobre a posse dos convocados na atual convocação

A posse ocorrerá em data, horário e local a serem divulgados posteriormente, conforme a conclusão das etapas de inspeção médica e conferência documental. O governo do Acre reforça a importância de acompanhar os canais oficiais e o Diário Oficial do Estado para não perder prazos e orientações.

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Justiça mantém prisão de suspeitos pela morte de Moisés Alencastro em Rio Branco

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Ambos passaram por audiência de custódia nesta sexta/Foto: Reprodução

Antônio de Sousa Morais e Nataniel Oliveira de Lima foram encaminhados ao presídio Francisco de Oliveira Conde após audiência de custódia

A Justiça do Acre manteve a prisão dos dois suspeitos de envolvimento no assassinato do colunista social Moisés Alencastro, ocorrido em Rio Branco. A decisão foi tomada após audiência de custódia realizada na manhã desta sexta-feira (26), na Vara Estadual das Garantias da Comarca de Rio Branco.

A audiência foi conduzida pelo juiz Caique Cirano Di Paula, que decidiu manter a prisão com base no parecer do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC).

Os suspeitos Antônio de Sousa Morais, de 22 anos, apontado como autor do crime, e Nataniel Oliveira de Lima, de 23 anos, considerado o segundo envolvido, haviam sido presos ainda nesta quinta-feira (25) — Antônio no período da manhã e Nataniel à noite.

Após a decisão judicial, ambos foram encaminhados ao Complexo Prisional de Rio Branco, Francisco de Oliveira Conde (FOC), onde permanecem à disposição da Justiça enquanto as investigações seguem em andamento.

O caso continua sendo apurado pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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