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Mesários acreanos vencem barreiras para garantir o voto de eleitores

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Para o TRE do Acre, que conta com o apoio das Forças Armadas, a eleição somente acaba quando todos os colaboradores retornam em segurança para suas casas

Assessoria

Um dos principais desafios do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC) é garantir que todo eleitor – até mesmo aqueles que moram em locais longínquos ou de difícil acesso – possa exercer seu direito constitucional de escolher seus representantes políticos. Para que isso aconteça, o órgão conta com a colaboração de importantes agentes, entre eles, os mesários.

Nas Eleições Municipais de 2020, os mesários, mais uma vez, foram os principais responsáveis pelo êxito do pleito, pois desempenharam sua função com patriotismo, zelo e sem medo de enfrentar algumas barreiras geográficas. Esse foi o caso da mesária Marlândia da Silva Teixeira, que, para conseguir chegar à comunidade indígena onde atuou, teve de sair do município de Tarauacá (AC), onde mora, quatro dias antes do primeiro turno, realizado no dia 15 de novembro.

Marlândia conta que ela e o presidente da seção em que trabalhou foram transportados primeiramente de avião até o município de Jordão e, depois, de helicóptero até a comunidade de Seringal Novo Porto, às margens do Rio Muru, onde há duas seções e 348 eleitores. Ambas as aeronaves responsáveis pelo deslocamento da equipe eram da Força Aérea Brasileira (FAB).

“É muito emocionante chegar nessas comunidades tão distantes, onde você vê que as pessoas fazem questão de exercer o seu papel como cidadão. Por isso, para mim, trabalhar como mesária é muito gratificante. Se não fossemos até lá, muitos não poderiam decidir o futuro do nosso país, pois não teriam como chegar até a cidade no dia da eleição”, destaca a mesária, emocionada.

Ela conta que essa foi a 10ª vez que trabalhou como mesária nas eleições e que, em cada uma delas, teve uma experiência diferente. “Dessa vez, ficamos quatro dias na cidade de Jordão esperando o helicóptero da FAB, que precisou ficar indo e vindo das comunidades para levar outras equipes e materiais. Sem contar a chuva, que acabou atrapalhando o deslocamento. Por esses motivos, só conseguimos pegar a aeronave no domingo bem cedo. Chegamos lá perto das 7h20, e já tinham eleitores esperando para votar”, lembra.

Marlândia destaca que já passou por diversas dificuldades nas comunidades de difícil acesso, tanto para chegar quanto no local. “Já fui de barco, cujo trajeto durou muitos dias. A gente come mal, dorme mal, ‘bicho ferra a gente’, mas, no final, sempre compensa”, diz, ao agradecer o trabalho da FAB, pois, segundo ela, o deslocamento via barco levaria cerca de uma semana.

Especificamente sobre as Eleições de 2020, ela diz que “foi uma adrenalina muito grande”. “Todo mundo estava muito nervoso, pois estávamos com medo de não dar tempo de chegar, mas no final tudo deu certo”, relata, afirmando que, apesar dos obstáculos, no que depender dela, continuará sempre sendo mesária.

No pleito do ano passado, o TRE do Acre contou com a colaboração de 6.788 mesários, sendo 4.107 (60,5%) mulheres e 2.681 (39,50%) homens.

FAB

A Força Aérea brasileira não leva somente os mesários até as distantes comunidades de votação no estado do Acre. Ela também é responsável pelo transporte das urnas, de materiais diversos e dos agentes de segurança. O território do Acre, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem 164.123,96 km² e conta com 22 municípios, muitos deles de difícil acesso. Atualmente, são mais de 561 mil os eleitores acreanos aptos a votar.

Ao todo, o estado possui 2.261 seções eleitorais e 687 locais de votação, sendo 85 de difícil acesso, como aldeias e comunidades. São considerados locais de difícil acesso aqueles que não possuem estradas que os liguem a um município, ficando dependentes de vias aéreas ou fluviais.

Nas Eleições 2020, ao se reportar à tripulação da aeronave, o vice-presidente e corregedor do TRE do Acre, desembargador Luis Camolez, em nome da Justiça Eleitoral no estado, destacou a “valorosa contribuição” das Forças Armadas – especialmente por meio da FAB – para a plena execução dos trabalhos durante o pleito, principalmente na região Amazônica.

“A eleição só acaba quando todos os mesários, valorosos brasileiros, retornam em segurança às suas casas, pois são eles os primeiros que chegam e os últimos que saem de cada local de votação, sem se importarem com o difícil acesso”, disse o magistrado na ocasião. Ele recepcionou pessoalmente, após o primeiro turno do pleito, a tripulação do helicóptero Black Hawk, da FAB, que, com segurança, transportou “os abnegados mesários” em seus deslocamentos para os locais mais longínquos do interior acreano.

A presidente da Corte Eleitoral acreana, desembargadora Denise Bonfim, única mulher a comandar uma eleição na Justiça Eleitoral este ano, também ressalta o papel relevante das Forças Armadas durante o pleito no que diz respeito à segurança do processo eleitoral, “cujo objetivo é garantir o livre exercício do voto”.

“Um dos principais pilares para o êxito das Eleições 2020, no âmbito do estado do Acre, tem nome e endereço: o mesário, que, mesmo em tempo de crise sanitária ora vivida pela humanidade, além das dificuldades inerentes à região, não mediu esforços para desempenhar sua função com competência, eficácia, e, principalmente, amor à pátria. Por toda essa bravura, o sentimento é de gratidão”, completa a desembargadora.

Este texto faz parte da série “Nós somos a Justiça Eleitoral”, que vai mostrar a todos os brasileiros quem são as pessoas que trabalham diariamente para oferecer o melhor serviço ao eleitor. A série será publicada durante todos os dias de fevereiro, mês em que se comemora o aniversário de 89 anos de criação da Justiça Eleitoral

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Fortaleza desiste do Brasileiro A1 e Adesg pode entrar no A3 em 2026

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Foto Jhon Silva: Adesg pode “ganhar” uma vaga no Brasileiro

A diretoria do Fortaleza anunciou na segunda, 29, o encerramento das atividades do futebol feminino no clube para a temporada de 2026. A equipe cearense tinha uma vaga garantida na Série A1, mas com a desistência o Vitória, da Bahia, 5º colocado no Brasileiro A2, garante o acesso para a próxima temporada.

Adesg pode ser beneficiada

A descontinuidade do trabalho do Fortaleza gera mudanças nas três séries do Brasileiro. O acesso do Vitória abre uma vaga na Série A2 para o 5ª colocado da A3, o Pérolas Negras. Como o Pérolas Negras subiu, o 8º colocado da A3 em tese ganha uma vaga direta. Este clube seria o Operário, do Mato Grosso do Sul, mas a equipe foi desativada e não jogou o Campeonato Estadual, passando a vaga para o Galvez. As Imperatrizes conquistam o título Estadual e por isso a vaga pode ser do vice-campeão acreano, a Adesg.

Suspenso por dois anos

Com a desistência, o Fortaleza será suspenso das competições oficiais por dois anos. Uma possível volta em 2029 será na Série A3.

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Santa Cruz vence o Rio Branco em jogo de preparação para o Estadual

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Foto Sueli Rodrigues: Santa Cruz e Rio Branco fizeram um amistoso bem disputado

O Santa Cruz venceu o Rio Branco por 1 a 0 nesta terça, 30, no Tonicão, em um jogo preparatório para a disputa do Campeonato Estadual. O volante João Marcos marcou o gol da partida ainda no primeiro tempo.

Santa Cruz mais estruturado

Com os trabalhos iniciados no começo de dezembro, o Santa Cruz mostrou um time mais estruturado taticamente. A equipe marca forte e tenta chegar no ataque trocando passes.

“Estamos aumentando o nível competitivo e físico dos atletas. Ficamos felizes com o desempenho, mas nunca satisfeito porque sabemos das dificuldades do Estadual e precisamos seguir o trabalho”, declarou o técnico do Santa Cruz, Sandro Resende.

Precisa de jogadores

Mesmo com o pouco tempo de treinamento, o Rio Branco apresentou um padrão tático bem definido com as características do técnico Ulisses Torres. Contudo, a equipe precisa de jogadores para reforçar e ter chance de lutar por uma vaga na semifinal.

“É o começo do trabalho. Precisamos evoluir muito ainda, mas estamos conscientes da missão e vamos tentar montar um time forte dentro das tradições do Rio Branco”, comentou Ulisses Torres.

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Galvez e Vasco empatam em jogo amistoso visando o Estadual

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Foto Sueli Rodrigues: Galvez e Vasco intensificam a preparação para o Acreano e a Copa do Brasil

Galvez e Vasco empataram por 1 a 1 nesta quarta, 31, em um duelo amistoso como parte da preparação, das duas equipes, para a disputa do Campeonato Estadual. Juan Patrocínio marcou o gol do Imperador e Alê empatou para o Vasco.

Treinamento importante

O técnico Maurício Carneiro elogiou o desempenho do Galvez e espera um time forte na estreia do Estadual. O primeiro compromisso do Imperador será contra o São Francisco no dia 13 de janeiro, na Arena da Floresta.

“O Vasco joga de uma maneira diferente e por isso o treinamento foi satisfatório. Colocamos todos os atletas em campo e a ideia era movimentar o grupo. Ainda temos peças importantes para chegar”, disse Maurício Carneiro.

Equipe reserva

O Vasco atuou no amistoso com uma equipe reserva. A intenção do treinador Erick Rodrigues foi avaliar alguns atletas.

“O trabalho foi importante sob vários aspectos e, agora, é seguir tentando melhorar a equipe em todos os sentidos”, afirmou o comandante vascaíno.

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