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Mais de 170 crianças são diagnosticadas com doença mão-pé-boca na capital e Saúde entra em alerta

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Secretaria de Saúde confirma aumento sazonal de infecções entre crianças, mas afirma que situação está sob controle e dentro da média dos últimos anos

A Síndrome Mão-Pé-Boca é causada por enterovírus, como o Coxsackie A16 e o Enterovírus A71. Foto: Ilustrativa

Nos últimos dias, unidades de pronto atendimento (UPAs) e postos de saúde de Rio Branco têm registrado o aumento de casos da Síndrome Mão-Pé-Boca (SMPB), uma infecção viral comum na infância. Diversas crianças deram entrada nas unidades com sintomas típicos da doença, que inclui febre, irritação e pequenas bolhas nas mãos, pés e boca.

De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), o cenário está sendo acompanhado pela equipe de vigilância epidemiológica, mas os números permanecem dentro do esperado para o período. Segundo o secretário Rennan Biths, a doença tem comportamento sazonal, com aumento de casos durante os meses mais chuvosos.

“Até aqui, dentro das nossas unidades, temos o registro de 173 ocorrências de mão-pé-boca. Não há nada que fuja da média dos últimos anos. As unidades estão preparadas para atender essa demanda”, explicou o secretário.

Biths ressaltou ainda que, apesar de a doença ter alta capacidade de contágio, especialmente em creches e escolas, os casos costumam ser leves e raramente representam risco à vida das crianças. “Temos protocolos de atendimento bem definidos, e a rede está pronta para acolher e tratar as crianças que apresentarem sintomas”, completou.

Secretaria de Saúde confirma aumento sazonal de infecções entre crianças, mas afirma que situação está sob controle e dentro da média dos últimos anos. Foto: cedida 

A Síndrome Mão-Pé-Boca é causada por enterovírus, como o Coxsackie A16 e o Enterovírus A71, e é transmitida principalmente por contato com secreções, saliva ou fezes. Os sintomas iniciais incluem febre, mal-estar e dor de garganta, seguidos por pequenas úlceras na boca e manchas ou bolhas nas mãos, pés e nádegas.

Segundo o pediatra Guilherme Augusto Pulici, especialista em Pediatria, Alergia e Imunologia, a doença é autolimitada e melhora em cerca de uma semana, desde que sejam mantidos os cuidados básicos. “É importante manter a hidratação e usar medicamentos indicados pelo pediatra para controlar a febre e a dor. Antibióticos não têm efeito sobre o vírus”, destacou o médico.

Casos graves são raros, mas podem causar desidratação ou atingir o sistema nervoso central, exigindo atendimento hospitalar. Por isso, a Semsa orienta os pais a procurarem a unidade de saúde mais próxima caso a criança apresente os sintomas.

A prevenção depende principalmente da higiene rigorosa das mãos, da limpeza de brinquedos e superfícies e do afastamento temporário de crianças doentes até a melhora clínica.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Academia Americana de Pediatria, essas medidas são as mais eficazes para conter surtos e proteger a saúde coletiva.

Guilherme Augusto Pulici, especialista em Pediatria, Alergia e Imunologia, a doença é autolimitada e melhora em cerca de uma semana/Foto: Cedida

O que é doença mão-pé-boca?

A doença mão-pé-boca é uma infecção viral muito contagiosa, causada principalmente pelo vírus Coxsackie, da família dos enterovírus. Afeta com mais frequência crianças menores de cinco anos, embora adolescentes e adultos também possam ser infectados. Seu nome se deve à presença de lesões na boca, nas mãos e nos pés.

Sintomas

Geralmente, os sintomas são leves, surgem entre três e seis dias após o contágio e incluem:

  • febre (pode chegar a mais de 39ºC)
  • dor de garganta
  • falta de apetite e mal-estar
  • bolhas (vesículas) dolorosas na boca, mãos e pés
  • bolinhas vermelhas na pele (erupção cutânea) que também podem aparecer nas nádegas e genitais
  • em casos raros, pode causar meningite, encefalite ou miocardite (inflamação no cérebro ou coração)
Diagnóstico

O diagnóstico da doença é feito pelo(a) médico(a) pediatra ou pelo(a) clínico(a) geral com base nos sintomas característicos da doença mão-pé-boca e no exame físico do(a) paciente. Na maioria dos casos, exames laboratoriais não são necessários.

Tratamento

Não há tratamento com medicações específicas para a condição. Ela costuma desaparecer sozinha entre sete e 10 dias. Porém, certos medicamentos e algumas condutas podem aliviar a dor e o desconforto geral:

  • repouso
  • hidratação com líquidos frios
  • alimentação leve e pastosa (purê, gelatina, sorvete)
  • medicamentos analgésicos e antitérmicos prescritos pelo(a) médico(a)
  • em casos graves, podem ser indicados antivirais

Prevenção

A transmissão ocorre por via fecal-oral, por meio do contato direto com pessoas infectadas, fezes, saliva, outras secreções ou com alimentos e objetos contaminados. Por isso, a prevenção depende de cuidados básicos de higiene:

  • lavar as mãos com água e sabão com frequência e por pelo menos 20s
  • desinfetar superfícies, brinquedos e objetos compartilhados
  • cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir
  • evitar contato com pessoas infectadas
  • afastar crianças doentes da escola até o desaparecimento das vesículas

Mesmo após a recuperação, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas.

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MP do Amazonas aciona três PMs por esquema de “funcionários fantasmas” em Boca do Acre

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Prejuízo aos cofres públicos chega a quase R$ 2 milhões; ex-comandante da 5ª CIPM é acusado de falsificar escalas e operar “rachadinha”.

 

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) ingressou, nesta quarta-feira (3), com uma ação civil pública por improbidade administrativa contra três policiais militares — entre eles um ex-comandante da 5ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) — suspeitos de integrar um esquema de “funcionários fantasmas” no município de Boca do Acre. O prejuízo estimado aos cofres públicos é de R$ 1.968.379,57, valor referente a pagamentos indevidos entre 2018 e 2024.

A ação, assinada pelo promotor de Justiça Marcos Patrick Sena Leite, é um desdobramento da Operação Joeira, deflagrada em novembro pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). As investigações revelam que dois dos policiais recebiam salários normalmente enquanto residiam em Manaus e exerciam atividades particulares, embora estivessem oficialmente lotados em Boca do Acre.

Para sustentar a fraude, o então comandante da 5ª CIPM teria falsificado escalas de serviço, registrando a presença dos subordinados no quartel. Em acordo de colaboração premiada, os próprios policiais admitiram que eram “fantasmas” e que participavam de um esquema de “rachadinha” envolvendo o superior hierárquico.

“O caso revela um esquema estruturado que drenou quase R$ 2 milhões do erário, exigindo resposta firme e responsabilização”, declarou o promotor.

Na ação, o MPAM solicita o ressarcimento integral do dano, indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 500 mil, indisponibilidade de bens, afastamento cautelar, perda dos cargos e suspensão dos direitos políticos dos investigados.

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Perícia médica federal realiza mutirão com mais de 18 mil vagas neste fim de semana

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Ação acontece em 92 agências da Previdência; Acre terá 230 atendimentos e Amazonas, 280. INSS informa que cerca de 13 mil agendamentos já foram feitos.

A perícia médica federal realiza, neste fim de semana — sábado (6) e domingo (7) —, um mutirão de atendimentos em 92 agências da Previdência Social em todo o país, oferecendo 18.868 vagas para segurados que aguardam avaliação pericial.

No Amazonas, estarão disponíveis 280 vagas. No Acre, o mutirão contará com 230 atendimentos, sendo 80 em Cruzeiro do Sul e 150 em Rio Branco.

Segundo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), aproximadamente 13 mil atendimentos já foram agendados, restando cerca de seis mil vagas abertas.

Os serviços serão realizados presencialmente e também por teleatendimento, por meio da Perícia Conectada — modalidade criada para ampliar o acesso em regiões com déficit de profissionais.

Segurados interessados podem agendar pelo telefone 135, disponível de segunda a sábado, das 7h às 22h, ou pelo aplicativo e site Meu INSS.

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Homem monitorado por tornozeleira é preso após tentar agredir a filha em Cruzeiro do Sul

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Agressor buscava dinheiro para comprar drogas e invadiu a casa armado com uma faca; vítima se defendeu com vassoura e acionou a Polícia Militar.

Um homem identificado como Antônio Carlos, monitorado pela Justiça do Acre por meio de tornozeleira eletrônica, foi preso na tarde de quinta-feira (4) em Cruzeiro do Sul após tentar agredir a própria filha em busca de dinheiro para comprar drogas. O caso ocorreu no bairro Remanso.

Segundo a Polícia Militar, a jovem acionou a guarnição informando que o pai havia invadido a residência e se tornado agressivo depois de exigir dinheiro para consumir entorpecentes. Armado com uma faca, ele teria tentado atingi-la.

Para se defender, a vítima golpeou o agressor na cabeça com uma vassoura, causando uma lesão leve. Antônio Carlos, que cumpre pena no regime semiaberto, foi localizado pelos policiais ainda usando a tornozeleira eletrônica.

O homem foi levado inicialmente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para receber cuidados médicos e, em seguida, encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Cruzeiro do Sul, onde permaneceu detido.

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