“Os números apresentados são fruto de um trabalho estratégico, baseado em inteligência, integração entre instituições e comprometimento das equipes que atuam diariamente nas fronteiras. Em 2025, conseguimos causar um impacto direto nas organizações criminosas, retirando drogas, armas e produtos ilegais de circulação. Para 2026, nossa expectativa é ampliar ainda mais as operações, investir em tecnologia e fortalecer as ações preventivas, garantindo mais segurança à população acreana”, disse.
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Kátia Rejane e membros da administração superior do MPAC são empossados

Em sessão solene do Colégio de Procuradores do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), nesta sexta-feira (31), a procuradora-geral de Justiça, Kátia Rejane de Araújo Rodrigues, foi empossada como chefe do órgão ministerial para o biênio2020-2022. A solenidade ocorreu no auditório do Centro Universitário Uninorte.
Com a presença do governador do estado, Gladson Cameli, autoridades e chefes dos Três Poderes, entidades e conselhos de classe, membros de outros MPs estaduais, membros do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), além de familiares e amigos, Kátia Rejane prestou compromisso regimental e assinou termo de posse, acompanhada do coral e orquestra do Conservatório Musical do Juruá.

Empossada, ela reconduziu ao cargo de corregedor-geral o procurador Celso Jerônimo de Souza, eleito por unanimidade no Colégio de Procuradores, no final do ano passado. O órgão é encarregado da orientação, acompanhamento e fiscalização das atividades funcionais, e da conduta dos promotores e procuradores de Justiça.
Também tomaram posse os procuradores Danilo Lovisaro do Nascimento, Álvaro Luiz Araújo Pereira e João Marques Pires como membros do Conselho Superior do MPAC. Eles foram eleitos também em 2019, em votação aberta. Composto por cinco membros, o conselho é responsável pela observância dos princípios institucionais e decide matérias como movimentação na carreira e julgamento de processo disciplinar.
No fim do ano passado, Kátia Rejane, em pleito eleitoral com a participação de oito candidatos, encabeçou a lista tríplice, tendo recebido quase 70% dos votos de procuradores e promotores de Justiça. Logo depois, o governador do estado, Gladson Cameli, nomeou-a ao cargo de chefe da instituição para mais um mandato de dois anos.

Combate ao crime organizado
Em seu discurso, a procuradora-geral fez um balanço de sua primeira gestão à frente do MP acreano e falou dos desafios diante do cenário social e econômico. Defendendo transformações necessárias para os novos tempos e dizendo ser seu desejo deixar um legado, ela destacou o trabalho de combate ao crime organizado, que, entre 2018 e 2019, resultou em 14 operações policiais, 712 denunciados e 409 mandados de prisão.
Com a ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), mais de 1.700 pessoas identificadas como integrantes de facções criminosas foram responsabilizadas criminalmente. Segundo ela, o propósito agora é intensificar a cooperação interinstitucional e a interação entre as promotorias de investigação.
Combate à corrupção
Para a procuradora-geral, o monitoramento da aplicação dos recursos públicos é uma preocupação do MP acreano. Por isso em sua gestão foi implantado o Grupo de Atuação Especial de Combate à Corrupção (Gaecc), além da estruturação física e de pessoal da 1ª Promotoria de Justiça Especializada de Defesa do Patrimônio Público.
Por meio do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), em articulação com instituições do estado, em 2019, através de acordo extrajudicial, foram recuperados aproximadamente R$ 7 milhões em tributos sonegados ao fisco estadual.

Para o novo biênio, ela anunciou que o MP acreano já prepara uma atuação mais efetiva no controle da gestão pública, orientando a implantação e fiscalizando o aperfeiçoamento dos portais da transparência das prefeituras em todo o estado.
Atuação resolutiva
Uma das marcas de sua gestão, Kátia Rejane defendeu a atuação resolutiva do MP, dando à instituição um perfil mais social e de proximidade com os anseios populares. Essa agenda ministerial, proposta pelo CNMP, segundo a procuradora-geral,possui impactos significativos para o futuro do MP brasileiro e todo o Sistema de Justiça.
A culminância disso se deu com a institucionalização e estruturação física, em novembro de 2019, do Núcleo Permanente de Incentivo à Autocomposição (Napaz). Na nova gestão, o objetivo é expandir esse tipo de atuação para o interior e avançar nas audiências públicas temáticas, a fim de debater amplamente assuntos de interesse social.

Compromisso
Enfatizando a missão constitucional do MP,Kátia Rejane se comprometeu em zelar pela independência do Ministério Público acreano e utilizar seu cargo para servir à população acreana e defender os interesses da sociedade. Para os desafios que virão pela frente, ela falou em esperança e dedicação às responsabilidades do cargo.
“É uma honra conduzir o Ministério Público do Estado do Acre por mais dois anos, e o farei sem recuar de meus encargos, pois, assim como o fiz nesses 34 anos de serviço público, entre os quais 24 foram dedicados ao Ministério Público, seguirei doando-me com a máxima presteza para que não caiam em desalento os direitos da sociedade, já que deles somos guardiões”, disse a procuradora-geral de Justiça.
Perfil
Natural de Rio Branco, Kátia Rejane de Araújo Rodrigues é formada em agronomia e direito pela Universidade Federal do Acre (Ufac). Ingressou na carreira do Ministério Público em 1996, atuando na comarca de Xapuri. Foi também promotora da Infância e Juventude, tendo atuação de destaque na defesa dos direitos de crianças e adolescentes. Em 2010 foi promovida a procuradora de Justiça e assumiu o cargo de procuradora-geral adjunta para Assuntos Administrativos e Institucionais. Em 2014, foi eleita pelo Colégio de Procuradores de Justiça para o cargo de corregedora-geral, tendo sido reconduzida, dois anos depois, para mais um mandato. Em 2018, tomou posse como procuradora-geral de Justiça, e se tornou a terceira mulher eleita para o cargo.
O que disseram
“Afirmo que a experiência acumulada no primeiro mandato acabou por ensinar que o exercício das funções de corregedor não se resume à orientação para se prestigiar um trabalho ou fiscalizar a regularidade do serviço, eficiência, pontualidade e cumprimento dos deveres impostos pelo exercício do cargo, mas se afigura nossa atarefa de fortalecer e alimentar o vínculo com a comunidade, na qual estamos inseridos e que nos confiou a missão de tutelar os seus interesses mais caros, o que só tem a nos legitimar.”
Celso Jerônimo, corregedor-geral do MPAC
“Doutora Kátia, mãe, procuradora, sempre muito atenciosa, sempre dando sua opinião, de sua forma. Quero dizer que criamos um respeito mútuo, um respeito carinhoso, porque vi em seu semblante sua vontade, sua determinação. Porque muitas vezes lhe perguntei, não é fácil, as nossas obrigações às vezes se tornam até mais pesadas.”
Gladson Cameli, governador do estado
Por Jaidesson Peres - Agência de Notícias do MPAC
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Polícia Civil realiza operação na fronteira. Homem questiona uso de tornozeleira a magistrado e recebe voz de prisão
Operação em Brasiléia e Epitaciolândia prendeu ao menos quatro pessoas com pendências judiciais
A Polícia Civil dos municípios de Brasiléia e Epitaciolândia realizou, ao longo do dia, uma operação para cumprir mandados de prisão e de busca contra pessoas que estavam em débito com a Justiça. A ação resultou na prisão de pelo menos quatro indivíduos na região de fronteira.
Entre os casos que chamaram a atenção das autoridades está o de um homem que foi preso por determinação judicial após procurar um magistrado sua residência para “tirar satisfação” sobre a utilização de tornozeleira eletrônica.
Segundo apurado, o indivíduo era considerado foragido da Justiça de outro estado e acabou sendo detido em razão da ousadia e da situação irregular em que se encontrava.
Além desse caso, as demais prisões ocorreram por descumprimento de determinações judiciais, incluindo falta de pagamento de pensão alimentícia, descumprimento de medidas protetivas e violação do equipamento de monitoramento eletrônico.
Após as prisões, todos os detidos foram encaminhados para a realização de exames de corpo de delito e, em seguida, conduzidos ao presídio estadual na capital. Os presos permanecem à disposição da Justiça, que irá analisar individualmente a situação de cada um.
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Projeto Todos Contra o Aedes aegypti apresenta resultados no Acre com foco em educação e prevenção
O projeto Todos Contra o Aedes aegypti encerra 2025 no Acre com resultados expressivos na formação de estudantes e professores e na mobilização de comunidades para o combate às arboviroses. Desenvolvida pelo Instituto Sapien, a iniciativa atuou em escolas públicas urbanas de 10 municípios do estado, usando a educação como principal ferramenta de prevenção contra doenças como dengue, zika e chikungunya, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
Ao longo da execução, o projeto promoveu ações educativas, formações presenciais e atividades de mobilização social, fortalecendo o papel da escola na disseminação de informações e na mudança de hábitos que ajudam a reduzir focos do mosquito.
Com uma proposta pedagógica alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a iniciativa atendeu escolas municipais e estaduais, beneficiado alunos com idades de 3 e 4 anos, do Ensino Fundamental I, estimulando o conhecimento, a cidadania e a responsabilidade social no enfrentamento às arboviroses.
Educação como base da prevenção
A educação foi o eixo central do projeto. Nas escolas, os alunos aprenderam, de forma prática e acessível, como ocorre a transmissão das doenças e quais atitudes ajudam a prevenir a proliferação do mosquito. As atividades incluíram leitura de materiais informativos, exibição de vídeos educativos, rodas de conversa, identificação de possíveis focos do Aedes aegypti e produção de materiais de conscientização.
Para a professora Thaynara Barbosa da Silva, da Escola Nair Sombra, em Capixaba, o projeto contribuiu diretamente para o trabalho em sala de aula. “Aprendemos muito com o que o Aedes aegypti vai transmitir. Então, para nós passarmos para a nossa clientela, que é o alunado, é de grande importância. Temos que conscientizá-los para a doença não transmitir mais”, disse.
Formação de professores e impacto nas famílias
A formação continuada dos professores foi outro ponto forte da iniciativa. As capacitações ampliaram o repertório pedagógico dos educadores e reforçaram a integração entre educação e saúde pública. O conteúdo trabalhado nas escolas também chegou às famílias, por meio das crianças, fortalecendo o efeito multiplicador do projeto.
Em Xapuri, a professora Luiza, assessora dos Anos Iniciais, destacou esse alcance. “Esse projeto é muito importante para a nossa cidade, principalmente para as escolas, que as crianças levam esse assunto para casa, e aí os pais se envolvem. Dá muito certo. É muito importante esse projeto”, afirmou.
Mobilização comunitária nos municípios
As ações do projeto ocorreram em Rio Branco, Senador Guiomard, Sena Madureira, Xapuri, Capixaba, Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Tarauacá e Feijó. Uma ação que incluiu cidades de todas as regiões do Acre. Além das atividades pedagógicas, o projeto realizou lançamentos públicos, formações presenciais e ações de mobilização comunitária, ampliando o envolvimento da população no combate ao mosquito.
Para a professora Adriana Soares Castro, gestora da Escola Manoel Gonzaga, em Senador Guiomard, o trabalho coletivo é um dos principais diferenciais da iniciativa. “Para a educação, um projeto como esse é inovador, porque vai trazer muito conhecimento para os nossos alunos. Isso é uma das ações prioritárias, porque não é só uma pessoa contra, é uma comunidade contra esse problema grave”, declarou.
Ao concluir a etapa de 2025 no Acre, o projeto Todos Contra o Aedes aegypti apresenta uma prestação de contas que evidencia resultados concretos, integração entre as áreas de saúde e educação e fortalecimento do protagonismo comunitário. A iniciativa é realizada pelo Instituto Sapien em parceria com o Ministério da Saúde, com apoio da Secretaria de Saúde do Estado do Acre (Sesacre), da Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Acre (SEE) e do Governo do Acre, reforçando a atuação conjunta do poder público e da sociedade no enfrentamento às arboviroses e na promoção da saúde coletiva.
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Gefron apresenta balanço das apreensões realizadas durante 2025
O Grupo Especial de Operações em Fronteiras (Gefron) apresentou, nesta quarta-feira, 16, o balanço das ações desenvolvidas no período de 1º de janeiro a 15 de dezembro de 2025. Os números refletem a intensificação do trabalho de combate aos crimes transfronteiriços, especialmente tráfico de drogas, descaminho e crimes contra o patrimônio, nas regiões de fronteira do estado do Acre.
Ao longo de 2025, o grupo registrou 157 ocorrências no total, sendo 33 relacionadas ao tráfico de drogas e 54 ocorrências de descaminho. As ações resultaram na apreensão de 341.029 maços de cigarros, 52 veículos apreendidos ou recuperados, além de 798,80 kg de entorpecentes retirados de circulação.

Números refletem a intensificação do trabalho de combate aos crimes transfronteiriços. Foto: Dhárcules Pinheiro/Secom
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre, José Américo Gaia, destacou que os resultados positivos estão diretamente ligados aos investimentos realizados pelo governo do Acre na área da segurança pública.

Secretário de Segurança afirma que os resultados positivos estão diretamente ligados aos investimentos realizados pelo governo do Acre na Segurança Pública. Foto: Dhárcules Pinheiro/Secom
“Esses resultados expressivos do Gefron são reflexo dos investimentos contínuos feitos pelo governo do Acre em estrutura, equipamentos, capacitação e valorização dos profissionais da Segurança Pública. O fortalecimento das forças de segurança tem sido prioridade, e os números mostram que estamos no caminho certo para combater o crime e proteger nossas fronteiras”, destacou
O balanço também aponta a apreensão de 10 armas de fogo e a realização de 96 conduções e prisões, fortalecendo o enfrentamento direto às organizações criminosas. No período, o grupo executou 231 operações, alcançando um valor estimado em R$ 14.167.863,00 de apreensões de ilícitos.

Balanço também aponta a apreensão de 10 armas de fogo e a realização de 96 conduções e prisões. Foto: Dhárcules Pinheiro/Secom
De acordo com o coordenador do Gefron, Assis dos Santos, os resultados demonstram a eficiência do trabalho integrado das forças de segurança.

Para o coordenador do Gefron os resultados demonstram a eficiência do trabalho integrado das forças de segurança. Foto: Dhárcules Pinheiro/Secom























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