Acre
Junta Comercial celebra avanços em 2024, com foco na modernização e crescimento do setor empresarial no Acre
o Acre sediou, pela primeira vez, o Encontro Nacional de Presidentes das Juntas Comerciais do Brasil. Realizado em Rio Branco com o apoio do governo estadual, o evento reuniu líderes de todo o país para discutir estratégias de fortalecimento do ambiente de negócios

Sala do Empreendedor reúne, em Rio Branco, serviços do Estado e Município, para facilitar atendimento a empreendedores. Foto: Aleksandro Soares/Saneacre
O ano de 2024 foi marcado por importantes conquistas para a Junta Comercial do Acre (Juceac), que se destacou por implementar medidas inovadoras e consolidar sua posição como um dos principais motores do desenvolvimento empresarial no estado. Em uma combinação de modernização tecnológica, eventos de destaque e parcerias estratégicas, a instituição mostrou como pode facilitar a vida dos empreendedores e fortalecer o ambiente de negócios no estado.
Com o objetivo de reduzir a burocracia e simplificar os processos para empresários, a Juceac compôs uma sala dedicada ao atendimento ao empreendedor. A iniciativa centralizou serviços essenciais, como abertura e regularização de empresas, proporcionando agilidade nos trâmites administrativos. O projeto garantiu a redução de custos e a economia de tempo para os cidadãos que integram o setor comercial.
Com mais de 33 mil empresas ativas no estado, o setor de comércio representa o percentual de 50,7%, seguido do setor de serviços com 42,2% e as indústrias acreanas representam 6,9%.

Reunião ordinária do subcomitê gestor da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim). Foto: Marcos Vicentti/Secom
A informatização dos serviços também significou um avanço importante para a Juceac, que investiu em tecnologia para permitir que empresários pudessem acessar uma ampla gama de serviços de maneira remota. A digitalização contribuiu para o aumento da eficiência nos processos, reduzindo filas e acelerando o tempo de resposta. A melhoria foi fundamental para que o Acre alcançasse o terceiro melhor tempo no Ranking Nacional do Mapa de Empresas, uma das principais métricas de desburocratização no Brasil.
“Nos últimos três anos, observamos um avanço significativo no ambiente de negócios no Acre. A simplificação dos processos de abertura e registro de empresas, com maior agilidade e transparência nos trâmites burocráticos, é um dos principais pilares para o incentivo e crescimento de negócios”, ressaltou a presidente da Juceac, Nayara Honorato.

Encontro Nacional de Presidentes das Juntas Comerciais do Brasil reuniu líderes das 27 unidades do país para debater modernização e simplificação do registro empresarial. Foto: Diego Gurgel/Secom
Em maio, o Acre sediou, pela primeira vez, o Encontro Nacional de Presidentes das Juntas Comerciais do Brasil. Realizado em Rio Branco com o apoio do governo estadual, o evento reuniu líderes de todo o país para discutir estratégias de fortalecimento do ambiente de negócios e compartilhamento de boas práticas. O sucesso do encontro consolidou o estado como importante polo de diálogo sobre desenvolvimento empresarial.
Outro destaque de 2024 foi a eleição da presidente da Juceac como secretária-geral da Federação Nacional das Juntas Comerciais. O feito representa um marco para o Acre, reforçando a relevância da instituição no cenário nacional. A nova posição também promete impulsionar projetos colaborativos entre as juntas comerciais do país.

Nayara Honorato: “Promover o fomento da economia e a desburocratização”. Foto: cedida
Os avanços administrativos e tecnológicos refletiram diretamente no setor comercial. O varejo acreano registrou um crescimento de 3,5% no acumulado de 12 meses e 7,1% nos últimos seis meses, números que indicam um ambiente de negócios mais favorável e atraente para novos empreendedores.
O Acre conquistou o 3º lugar no Ranking Nacional do Mapa de Empresas, que avalia o tempo necessário para a abertura de novos empreendimentos. Essa posição de destaque comprova o esforço contínuo da Juceac em implementar soluções rápidas e eficazes.
A Juceac também promoveu debates com instituições parceiras para fomentar um ambiente de negócios mais integrado. As discussões envolveram desde a criação de incentivos para micro e pequenas empresas até a facilitação de acesso ao crédito, reforçando o compromisso da Junta com o desenvolvimento do estado.
Para 2025, a Juceac mantém o compromisso de continuar avançando. As metas incluem ampliar ainda mais a informatização dos serviços, atrair investimentos para o Acre e consolidar o estado como referência nacional em eficiência e inovação no setor empresarial.
A história da Juceac em 2024 é um exemplo claro de como gestão eficiente, inovação e parcerias estratégicas podem transformar desafios em oportunidades e contribuir para um futuro promissor para os empreendedores acreanos.

O evento reuniu líderes de todo o país para o fortalecimento do ambiente de negócios e compartilhamento de boas práticas. O sucesso do encontro consolidou o estado como importante polo de diálogo sobre desenvolvimento empresarial.
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Tarifaço de Donald Trump atinge 99% das exportações do Acre para os Estados Unidos
O novo pacote de tarifas do presidente norte-americano Donald Trump, em vigor desde a última quarta-feira, 06, atinge em cheio o comércio exterior do Acre. De acordo com levantamento da Folha de S. Paulo com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), entre 99% dos produtos acreanos vendidos aos Estados Unidos passarão a ser sobretaxados em 50%.
A medida eleva em 40 pontos percentuais as tarifas sobre importações brasileiras, atingindo segmentos estratégicos para o Acre, que, apesar de não figurar entre os grandes exportadores nacionais com apenas 5%, mantém pauta concentrada em produtos de baixo valor agregado e não contemplados na lista de 694 isenções da Casa Branca.
O cenário acreano é semelhante ao de outros estados do Norte e Nordeste, como Amapá, Tocantins, Rondônia e Ceará, que terão praticamente todas as suas exportações para o mercado americano afetadas.
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Rio Acre atinge 1,31 m e está a 8 cm de igualar menor nível da história

Foto: Sérgio Vale/arquivo ac24horas
O nível do Rio Acre em Rio Branco atingiu, na manhã desta segunda-feira, 11, a marca de 1,31 metros, conforme boletim da Defesa Civil Municipal. A medição foi realizada às 5h15 e aponta queda em relação aos dias anteriores, mantendo o rio a apenas 8 centímetros de igualar a menor cota já registrada na história da capital acreana: 1,23 metros, em setembro de 2024.
Segundo a Defesa Civil, o monitoramento oficial do manancial na cidade é realizado desde 1971, e o recorde anterior à marca de 2024 havia sido registrado em 2 de outubro de 2022, com 1,25 metros. A ausência de chuvas nas últimas 24 horas e o avanço do período seco agravam a crise hídrica no Acre.
A cota de alerta para o Rio Acre é de 13,50 metros e a de transbordo, 14 metros, níveis muito acima do atual, que reflete um cenário de estiagem severa.
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MPAC abre procedimento para avaliar políticas culturais no Acre e em Rio Branco
Órgão quer verificar efetividade de ações públicas e privadas voltadas à valorização da cultura; secretarias têm 15 dias para enviar informações
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) instaurou, em 4 de agosto de 2025, um procedimento administrativo para avaliar a efetividade das ações públicas e privadas de proteção, valorização e promoção da cultura no estado e na capital Rio Branco.
A medida considera que o exercício dos direitos culturais é um direito humano fundamental, previsto na Constituição Federal, em tratados internacionais e na Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (Lei nº 14.399/2022).
Segundo o MPAC, o patrimônio cultural brasileiro — material e imaterial — representa a identidade e a memória dos diversos grupos formadores da sociedade, incluindo povos indígenas, comunidades tradicionais, ribeirinhos, seringueiros, populações urbanas periféricas e outros coletivos socioculturais. A portaria destaca ainda a importância estratégica da cultura acreana, marcada por influências indígenas, nordestinas, africanas e europeias, preservada em manifestações populares, festivais religiosos, festas juninas e espaços históricos como o Palácio Rio Branco, o Museu da Borracha e o Sítio Histórico Quixadá.
No âmbito do procedimento, o MPAC determinou que as Secretarias Estadual e Municipal de Cultura enviem, em até 15 dias, relatórios e informações sobre ações realizadas nos últimos dois anos, incluindo a existência de Pontos ou Centros de Cultura. No mesmo prazo, a Fundação de Cultura Elias Mansour deve informar o andamento da adesão às leis de fomento, e os Conselhos Estadual e Municipal de Cultura precisam apresentar documentos sobre composição, funcionamento e atas de reuniões no período.
A assessoria jurídica da Promotoria de Justiça Especializada de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania ficará responsável por secretariar o procedimento, que foi publicado no Diário Eletrônico do MPAC. O órgão afirma que a fiscalização e o acompanhamento das políticas culturais são instrumentos essenciais para a cidadania, a diversidade e o desenvolvimento sustentável.
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