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Inteligência artificial que monitora governos da Amazônia Legal é lançada no Acre

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Foco Amazônia: Inteligência artificial que monitora governos da Amazônia Legal é lançada no AC — Foto: Arquivo/BP-AC

Foco Amazônia: Inteligência artificial que monitora governos da Amazônia Legal é lançada no AC — Foto: Arquivo/BP

Por Iryá Rodrigues, g1 AC — Rio Branco

Ações, iniciativas ou a falta delas por parte dos poderes Executivo e Legislativo do Acre entraram no radar da Política por Inteiro, uma iniciativa nacional que desde 2019 monitora os atos do governo federal relacionados ao meio ambiente.

Com apoio da SOS Amazônia, o projeto ‘Foco Amazônia’ lança, nesta terça-feira (5), o monitor de políticas públicas estaduais, na Universidade Federal do Acre, em Rio Branco. O evento é gratuito, aberto ao público e vai debater como as políticas ambientais têm impactado as unidades de conservação do estado.

A ferramenta de análise dos poderes executivo e legislativo dos estados da Amazônia Legal fiscaliza diariamente as ações do poder público estadual relacionadas ao meio ambiente.

Conforme o projeto, com auxílio da inteligência artificial, a equipe de analistas da Política por Inteiro coleta, classifica e avalia todas as matérias legislativas e decretos dos governadores que indicam relação com a agenda ambiental e disponibilizam a organizações socioambientais, pesquisadores e sociedade civil.

A primeira fase do Foco Amazônia abrange quatro dos nove estados brasileiros que integram a Amazônia Legal: Amazonas, Acre e Rondônia, território conhecido como Amacro ou Zona de Desenvolvimento Sustentável (ZDS) Abunã – Madeira, além do poder executivo do Mato Grosso, começando pela capital acreana, Rio Branco.

Informação acessível à sociedade

 

A analista da Política por Inteiro e coordenadora do projeto Foco Amazônia, Taciana Stec, disse que para a escolha dos estados foi feito um ranking de transparência e de possibilidade de acesso aos dados de forma contínua por meio dos portais do governo e Assembleias Legislativas e Diário Oficial.

Ela falou ainda que se trata de uma macrorregião que compartilha características socioambientais, agropecuária, de pressão de desmatamento, e que possui muitas unidades de conservação e terras indígenas. Portanto, se torna imprescindível que as ações voltadas ao meio ambiente sejam disponibilizadas de forma clara e acessível a toda sociedade.

“Nós monitoramos os atos relacionados com a mudança do clima a meio ambiente como um todo, ou seja, licenciamento ambiental, desmatamento, recursos hídricos, gestão de florestas, tudo isso está no radar. A intenção, além de captar os sinais políticos que saem dos projetos e normas, transformar isso em informação rápida para ser consumidas pelas organizações do terceiro setor, mobilização da sociedade como um todo, e para chegar às comunidades tradicionais”, explicou Taciana.

O projeto também busca traçar o panorama da região, para entender as situações que são comuns aos estados e aquelas que são diferentes, além de identificar as políticas públicas que estão sendo propostas pelos gestores ou não.

Acre apresentou em fevereiro deste ano uma área desmatada 50% maior do que a do ano passado — Foto: Arquivo/SOS Amazônia

Acre apresentou em fevereiro deste ano uma área desmatada 50% maior do que a do ano passado — Foto: Arquivo/SOS Amazônia

Desmatamento no Acre

 

Mesmo ainda sendo um dos estados com menor porcentagem de desmatamento dentro da Amazônia Legal, o Acre apresentou em fevereiro deste ano uma área desmatada 50% maior do que a do ano passado neste mesmo período.

Dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) obtidos via Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD) mostram que em fevereiro, o estado desmatou uma área de 3 km². No mesmo mês no ano passado, essa área era de 2 km².

No acumulado de agosto de 2021 a fevereiro de 2022, o estado acreano registrou 429 quilômetros quadrados de desmatamento. Apesar de alto, o número é 8% menor que o registrado entre agosto de 2020 a fevereiro de 2021, que foi de 464 Km² de destruição.

A Amazônia Legal teve 303 quilômetros quadrados de seu território desmatado em fevereiro, o que também representa um aumento de 69% em relação ao mesmo período no ano passado, quando o desmatamento somou 179 km².

O desmatamento no estado acreano representou 1% do total na Amazônia Legal. No ranking dos estados com maior área desmatada, o Mato Grosso lidera a lista com a maior parte do percentual (32%), seguido por Pará (27%), Amazonas (24%) e Rondônia (10%).

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Chuva aumenta e Defesa Civil alerta para riscos na captação de água e navegação no Rio Acre

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O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando. Foto: captada 

Suene Almeida

Apesar de Rio Branco não registrar volumes extremos de chuva nos últimos dias, a Defesa Civil Municipal tem monitorado de perto o comportamento do Rio Acre e suas consequências para a capital. Em entrevista nesta sexta-feira (5), o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, detalhou a situação, chamou atenção para riscos menos aparentes e reforçou que o momento exige cautela.

Segundo Falcão, até a manhã de hoje o acumulado de chuva dentro do perímetro urbano estava em cerca de 18 milímetros. No entanto, o volume que atinge a cidade desde o início da tarde tende a alterar esse cenário.  “Daqui a pouco, quando a gente finalizar essa chuva aqui, vamos perceber que o que choveu hoje equivale praticamente à semana inteira”, explicou.

Ele reforça que, embora o índice acumulado não pareça alto dentro de Rio Branco, o quadro regional é mais preocupante. “Mesmo não tendo chovido muito na cidade, nós temos um acumulado na bacia de 250 a 300 milímetros só nesta primeira semana de dezembro, que nem terminou ainda. Ainda é sexta-feira.”

Oscilações do nível do Rio Acre preocupam

O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta, uma queda significativa em poucos dias. Apesar disso, Falcão esclarece que não há risco de enchente neste momento.

O alerta da Defesa Civil, porém, está focado em outro ponto, que é na presença de balseiros, grandes aglomerados de troncos e vegetação que descem com a correnteza e podem causar danos a estruturas e embarcações.

“Existe uma preocupação atual nossa em relação a essa oscilação de nível, que é a formação de balseiros. Esses balseiros colocam em risco a captação de água e a navegação, trazendo grandes possibilidades de acidentes”, afirmou o tenente-coronel.

Ele explica que, mesmo sem perspectiva de transbordamento, o comportamento irregular do rio traz desafios que exigem vigilância constante. “A gente não está preocupado com o transbordamento, que não vai acontecer agora, mas estamos atentos às outras consequências que o nível do rio traz quando ele oscila dessa forma”, destacou.

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando, “Essas primeiras chuvas já mostram que a gente precisa ficar alerta. O momento é de atenção, não de pânico”, concluiu.

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Prefeito de Rio Branco anuncia pagamento do salário e 13º de servidores para o dia 19 de dezembro

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Tião Bocalom afirmou que os depósitos devem injetar cerca de R$ 80 milhões na economia local e destacou que a gestão mantém todos os pagamentos em dia

A confirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada na Praça da Revolução. Segundo o gestor, os dois pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia local. Foto: captada 

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, anunciou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (5) que o salário de dezembro e o 13º salário dos servidores municipais serão depositados no próximo dia 19. Segundo o gestor, os pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia da capital.

Bocalom destacou que a política da administração municipal é a de antecipar parte do 13º apenas mediante solicitação do servidor, prática que, de acordo com ele, é pouco comum.

— A grande maioria dos nossos trabalhadores deixa para receber tudo no final do ano, como foi pensado quando o 13º foi criado — afirmou.

O prefeito explicou ainda que adiantar o pagamento no meio do ano pode reduzir o impacto financeiro do benefício devido aos descontos obrigatórios, o que, em sua visão, “desvirtua” o propósito original da gratificação natalina. Ele também reafirmou o compromisso da gestão com a pontualidade nos pagamentos.

— Nunca atrasamos salários, férias ou qualquer outro direito. Fechamos o ano mais uma vez com tudo em ordem, pagando todos os nossos trabalhadores — completou Bocalom.

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Obra do viaduto Mamedio Bittar em Rio Branco é adiada para março de 2026

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Prefeitura culpa atraso na entrega de insumos vindos de outros estados; estrutura, orçada em R$ 24 milhões, estava prevista para dezembro de 2025

A prefeitura admitiu que não conseguirá entregar a obra ainda este ano e divulgou que a nova previsão é o primeiro trimestre de 2026. Foto: captada 

A Prefeitura de Rio Branco admitiu que não conseguirá entregar ainda este ano a construção do viaduto Mamedio Bittar, na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a gestão municipal adiou a conclusão da obra para março de 2026.

O novo prazo é o terceiro anunciado pela administração: inicialmente, a entrega estava prevista para outubro de 2025, depois foi adiada para dezembro e, agora, para o primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicosnecessários para a estrutura.

— Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores — justificou o município.

De acordo com a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e, após a conclusão do viaduto, ainda serão realizados serviços de acabamento. A prefeitura não informou se o custo inicial de R$ 24 milhões foi alterado.

O viaduto Mamedio Bittar é considerado essencial para desafogar o trânsito em uma das áreas de maior fluxo da capital acreana, especialmente nos horários de pico. A previsão atual é que a obra seja entregue totalmente concluída e dentro dos padrões de qualidade até março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicos necessários para a estrutura. Foto: captada 

Nota da Prefeitura de Rio Branco

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esclarece que o atraso na entrega do Elevado Mamedio Bittar ocorreu em razão de dificuldades no fornecimento dos insumos metálicos utilizados na obra.

O material é fabricado sob medida, de forma milimétrica, e adquirido junto a grandes siderúrgicas do sul do país, como a Usiminas e a Gerdau, que atendem não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Houve, portanto, atrasos na produção e na entrega dessas estruturas, o que impactou diretamente o cronograma da obra.

Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores.

Neste momento, os últimos vãos estão sendo concretados e os serviços de urbanismo já foram iniciados. Após a conclusão da estrutura, ainda serão executados os acabamentos do tabuleiro, passeios, laterais, pintura e toda a urbanização na parte inferior do elevado.

A Prefeitura reforça que não irá inaugurar a obra de forma inacabada. A previsão é de que o Elevado Mamedio Bittar seja entregue totalmente concluído e dentro dos padrões de qualidade no primeiro trimestre de 2026, mais precisamente até o mês de março.

Ainda segundo a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e que, após a conclusão do viaduto, ainda haverá serviços de acabamento. Foto: captada 

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