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Acre

Hospital Santa Juliana e Estado devem pagar R$ 150 mil para mãe que esperou 14 horas para dar a luz

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Juízo da 1ª Vara de Fazenda Pública assinala que paciente esperou 14h para realização do parto; criança nasceu com paralisia cerebral, e veio a óbito com apenas seis anos de idade.

O Juízo da 1ª Vara de Fazenda Pública da Comarca de Rio Branco acolheu em parte os pedidos formulados no Processo n° 0017907-40.2007.8.01.0001, para condenar solidariamente os réus Estado do Acre e Hospital Santa Juliana a indenizar a mãe S.S.M. a título de dano moral, no valor de R$ 50 mil, e por danos materiais, no valor de R$ 2.364,90.

A paciente esperou 14h para realização do parto e a criança nasceu com paralisia cerebral, vindo a óbito aos seis anos de idade. Ao filho falecido G.J.S.M., foi arbitrada a reparação pelos danos morais em R$ 100 mil e pensionamento mensal pelo seu tempo de vida, no valor de um salário mínimo, que deve ser executado pela mãe.

A decisão, publicada na edição n° 5.884 do Diário da Justiça Eletrônico (fl. 42 e 43) desta segunda-feira (22), foi assinada pelo juiz de Direito Anastácio Menezes, titular da unidade judiciária, que avaliou a violência obstétrica. “Claro está o dano causado ao particular, provocado pela omissão quanto ao atendimento adequado durante o trabalho de parto, estando presentes os requisitos da responsabilidade civil”.

Entenda o caso

Segundo a inicial, a parturiente esperou por muitas horas a fim de que fosse viabilizado um “parto normal”. De acordo com os autos, tal demora somada à renitência na realização do parto cesariano culminou no nascimento de uma criança com graves lesões cerebrais.

O réu Hospital Santa Juliana alegou que “o tempo recomendado para o nascimento do bebê após iniciar-se o processo de expulsão deve ser o menor possível, a fim de que não tenha a mãe tanto sofrimento e que não traga ao bebê o mesmo. No entanto, esse tempo, compreendido entre o início da expulsão até o completo nascimento do bebê, irá depender em sua totalidade das atitudes da mãe. Se a mãe colaborar, fizer força e os movimentos recomendados por quem lhe assiste no parto, o bebê nascerá rapidamente, no entanto, se a mãe não colaborar, deixar de fazer força e as manobras recomendadas, seu parto sem dúvida poderá complicar-se, trazendo sequelas principalmente ao bebê”.

Decisão

Inicialmente, o juiz de Direito assinalou que a responsabilidade civil objetiva em face do Estado, conforme estabelece o art. 37, § 6º, da Constituição Federal de 1988, é aplicada quando os procedimentos foram feitos em hospital público, sob o sistema público de saúde, respondendo o Ente estadual, independente de culpa, pelos danos, comprovados, que seus agentes tenham causado.

A criança apresentou paralisia cerebral grave e sequela de encefalopatia isquêmica com crises convulsivas de difícil controle. “Os exames pré-natais apontavam para um feto perfeito em sem qualquer tipo de problemas. Os exames acostados pela parte autora demonstravam perfeitas condições da gravidez e do feto. Portanto, a autora, enquanto carregava no ventre seu filho, possuía a esperança de uma vida feliz e saudável com a criança”.

Conforme prontuário médico, a autora teve rompimento da bolsa uterina às 5h e às 7h20 foi admitida na unidade, sendo que o parto ocorreu após 14 horas de espera, sem intervenção médica de qualquer natureza. As referidas sequelas acompanharam a criança de seu nascimento até o óbito que ocorreu em 2013, quando estava prestes a completar sete anos de idade.

No entendimento do titular da unidade judiciária, a alegação apresentada pela unidade hospitalar é desrespeitosa. “A equipe médica deveria adotar os procedimentos necessários ao nascimento saudável da criança. (…) A tese da mãe não colaborativa não encontra respaldo nas provas dos autos. Parece claro que, no caso em questão, os autores foram vítimas da chamada violência obstétrica”.

Desta forma, o Juízo enumerou que a violência obstétrica está em imputar culpa à mãe sobre as sequelas e mazelas que atingiram o infante. “Acusar a própria mãe de ser a culpada pelas graves lesões ocasionadas ao filho durante o trabalho de parto não deixa de ser uma dessas graves formas de violência. Fica cristalino que a aplicação da termologia ‘violência obstétrica’ pode facilmente designar a longa espera em trabalho de parto, com prolongamento do sofrimento e da dor, culminando ainda com o apontamento da culpa à mãe pelas doenças decorrentes da falta de oxigenação do feto durante o parto”.

Os exames neonatais comprovam que o feto era completamente saudável. “A síndrome de West nada mais é do que um conjunto de fatores adversos que incluem espasmos infantis, arritmia e retardo mental, tem como causas mais comuns a esclerose tuberosa e a anóxia neonatal. Isso quer dizer que a síndrome de West, claramente não era preexistente, porém foi adquirida pela criança durante o péssimo trabalho de parto dispensado à mãe”.

A decisão explicou, por fim, que a autora provou haver desembolsado a quantia de R$ 2.364,90 com consultas e tratamentos, o que foi determinado como reembolso na decisão.​

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Acre

Com provas no Acre, inscrições do concurso da Susep encerram hoje

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As inscrições para o concurso público da Superintendência de Seguros Privados (Susep) encerram nesta segunda-feira, 10, às 18h (horário de Brasília). Os interessados devem se inscrever pelo site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), organizador do certame.

O concurso oferece 75 vagas imediatas para o cargo de Analista Técnico, com exigência de nível superior e remuneração inicial de R$ 18.033,52. As oportunidades estão distribuídas entre as áreas de Contabilidade Pública, Direito, Políticas Públicas e Desenho Institucional, Supervisão e Regulação de Mercados, Tecnologia da Informação e Ciência de Dados.

A taxa de inscrição é de R$ 150, com possibilidade de isenção para candidatos doadores de medula óssea ou inscritos no CadÚnico. As provas objetivas e discursivas estão previstas para o dia 8 de junho de 2025 e serão aplicadas em todas as capitais, incluindo Rio Branco, no Acre.

Os aprovados serão lotados nas unidades da Susep em Brasília (DF) ou São Paulo (SP), conforme a necessidade do órgão. O prazo de validade do concurso é de dois anos, podendo ser prorrogado uma única vez por igual período.

Para mais informações e acesso ao edital completo, os candidatos devem consultar o site oficial da Susep ou do Cebraspe.

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Acre

Rio Juruá alcança 13,30 metros em Cruzeiro do Sul

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Em Cruzeiro do Sul, o rio Juruá está com 13,30 metros nesta segunda-feira, 10, e ainda não há famílias desabrigadas pelas águas. A Escola Municipal Marcelino Champagnat, no bairro João Alves, está pronta para o caso de necessidade de abrigar pessoas. As equipes da Defesa Civil Municipal e do Corpo de Bombeiros, barcos e carros estão prontos para atuar nas ações de socorro e retirada das famílias. O nível de transbordamento do manancial é de 13 metros.

Bairros afetados:

01 – Saboeiro

02 – Cruzeirinho Novo

03 – Manoel Terças

04 – São Salvador

05 – Boca do Môa

06 – Lágoa

07 – Beira Rio/Centro

08 – Várzea

09 – Remanso

10 – Olivença

11 – Miritizal

Comunidades rurais afetadas:

01 – Florianópolis

02 – Laguinho

03 – Praia da Amizade

Equipes do governo do Estado e prefeitura de Cruzeiro do Sul monitoram o manancial em vistorias pelo rio e na Sala de Situação, no quartel do Corpo dê Bombeiros. O prefeito Zequinha Lima, fez vistoria no rio neste domingo,9, enfatiza o estado de prontidão.
“Toda a nossa estrutura municipal está de prontidão neste momento para atuar no socorro às famílias e para que o impacto da enchente seja minimizado”, concluiu o prefeito Zequinha Lima.

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Acre

Previsão indica mais chuvas e Rio Acre deve subir ainda mais nos próximos dias

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Foto: Sérgio Vale

O Rio Acre ultrapassou a cota de transbordamento e, na manhã desta segunda-feira (10), atingiu 14,09 metros. Segundo a Defesa Civil de Rio Branco, a previsão é que o nível das águas continue a subir nos próximos dias, com previsão de nova intensificação a partir do dia 17 de março.

O coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, coronel Cláudio Falcão, reforçou que a preocupação maior é a continuidade das chuvas em regiões acima da capital. “Tínhamos a previsão de que essa semana diminuísse a quantidade de chuva na região do Alto Acre, mas acima de Rio Branco, essa redução não está indicada. Aqui na capital, as chuvas devem continuar, e a partir do dia 17, o rio deve aumentar bastante novamente”, explicou Falcão.

Diante do cenário, as equipes da Defesa Civil e da Prefeitura já atuam na remoção de famílias que vivem em áreas afetadas. Segundo Falcão, 30 pessoas já estão abrigadas em uma escola no bairro 15, sendo indígenas que moravam na região do bairro da Base. Além disso, 15 famílias já solicitaram remoção e outras podem precisar sair de casa nos próximos dias.

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, destacou que a gestão municipal está preparada para lidar com a situação, contando com o apoio do governo estadual e de órgãos como o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil estadual.

“Já enfrentamos quatro alagações e sabemos que o sofrimento da população é grande. Estamos trabalhando para minimizar os impactos, mas a solução definitiva virá quando conseguirmos retirar as famílias que vivem entre os 14 e 15 metros do nível do rio”, afirmou o prefeito.

Para acolher os desalojados, a prefeitura acelerou a construção de abrigos no Parque de Exposições Wildy Viana, que, em um primeiro momento, devem receber até 30 famílias.

 

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