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Guerra pode ocorrer a qualquer momento, diz ditador da Coreia do Norte

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Em encontro partidário, Kim Jong-un critica EUA e Coreia do Sul; Pyongyang promete construção de três novos satélites espiões e de drones militares e aumento de arsenal nuclear em 2024

A Coreia do Norte prometeu lançar três novos satélites espiões, construir drones militares e aumentar seu arsenal nuclear em 2024, e o ditador Kim Jong-undisse que a política dos Estados Unidos está tornando a guerra inevitável, informou a mídia estatal neste domingo (31).

Kim criticou Washington em longas declarações que encerraram cinco dias de reuniões do partido governante. O encontro estabeleceu metas econômicas, militares e de política externa para 2024.

“Devido às ações imprudentes dos inimigos para nos invadir, é um fato consumado que uma guerra pode eclodir a qualquer momento na península coreana”, disse ele, segundo a agência de notícias estatal KCNA. Kim ordenou que o Exército se preparasse para “pacificar todo o território da Coreia do Sul“, inclusive com bombas nucleares, se necessário, em resposta a qualquer ataque. O discurso ocorre às portas de um ano que verá eleições decisivas tanto na Coreia do Sul quanto nos Estados Unidos.

Na quinta (28), Kim pediu agilidade ao seu partido, exigindo que os preparativos da guerra fossem acelerados em diferentes setores como o de armas nucleares e defesa civil, segundo a KCNA.

Especialistas preveem que a Coreia do Norte manterá uma campanha de pressão militar para obter vantagem nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em novembro, que poderiam ver o retorno do ex-presidente Donald Trump, que negociou tanto ameaças quanto diplomacia histórica com Kim. “Pyongyang pode estar esperando as eleições presidenciais dos Estados Unidos para ver o que suas provocações podem obter com a próxima gestão”, disse Leif-Eric Easley, professor de estudos internacionais na Universidade Ewha Womans em Seul.

O governo de Joe Biden diz estar aberto a negociações, mas impôs novas sanções à Coreia do Norte, que continuou com mais testes de mísseis proibidos pelas Nações Unidas. O ministério da Defesa de Seul condenou os planos de Pyongyang de prosseguir com suas ambições nucleares. “Se a Coreia do Norte tentar usar armas nucleares contra nós, retaliaremos de forma avassaladora, utilizando a dissuasão fortalecida da aliança com os EUA, e o regime de Kim Jong-un enfrentará seu fim”, disse a pasta em um comunicado.

O Ministério da Unificação de Seul disse em um comunicado que “novas provocações são sempre possíveis para destacar a presença da Coreia do Norte antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos”. “(A Coreia do Norte) pode manter sua postura linha-dura contra os Estados Unidos e buscar oportunidades para reverter a situação ao mesmo tempo.” Washington também aumentou os exercícios militares com submarinos e porta-aviões, perto da península coreana. Kim disse que o retorno de tais armas transformou a Coreia do Sul em uma “base militar avançada e arsenal nuclear” dos EUA.

“Se observarmos de perto as ações militares de confronto das forças inimigas, a palavra ‘guerra’ se tornou uma realidade palpável e não um conceito abstrato”, declarou o ditador. Kim disse que não tem escolha a não ser avançar com suas ambições nucleares e estabelecer relações mais profundas com outros países que se opõem aos americanos. Os principais aliados de Pyongyang na região são China e Rússia.

Os sul-coreanos farão uma eleição legislativa em abril que pode impactar a agenda doméstica e externa do presidente conservador Yoon Suk Yeol, que manteve uma postura belicista em relação ao regime norte-coreano. “As relações Norte-Sul não são mais uma relação de parentesco ou homogênea, mas se tornaram completamente uma relação entre dois países hostis, dois beligerantes em guerra”, disse Kim, chamando o Sul de um Estado colonizado completamente dependente de Washington para defesa nacional e segurança.

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Tanto o partido governista de Yoon quanto a oposição instaram a Coreia do Norte a retornar ao diálogo para negociações de paz. “Se a Coreia do Norte repetir atos hostis, responderemos com força usando todos os meios e métodos. Se o regime de Kim Jong-un julgar mal a situação e tomar uma decisão errada, a República da Coreia definitivamente a corrigirá com base em seu poder avassalador”, disse o governista Partido do Poder Popular em nota

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MPF pede intervenção urgente diante de crise humanitária em território indígena no Pará

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Falta de água potável e paralisação do transporte agrícola ameaçam a sobrevivência de 31 comunidades Awaeté Parakanã

O Ministério Público Federal (MPF) acionou a Justiça Federal para que adote medidas imediatas diante da crise humanitária que afeta o povo Awaeté Parakanã, na Terra Indígena Parakanã, localizada entre os municípios de Novo Repartimento e Itupiranga, no sudeste do Pará.

Segundo o órgão, os indígenas enfrentam falhas graves no fornecimento de água potável e a suspensão do transporte para escoamento da produção agrícola, problemas que colocam em risco a saúde e a subsistência das comunidades.

A principal preocupação é o acesso à água. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) havia se comprometido há mais de oito anos a perfurar poços artesianos para compensar impactos das obras das BR-230 e BR-422, mas o projeto nunca saiu do papel. Com isso, os indígenas recorrem a poços rasos, que secam durante a estiagem, e acabam consumindo água de igarapés e rios sem tratamento, situação que já teria provocado aumento de doenças e mortes de crianças por diarreia.

Outro ponto crítico é a interrupção do transporte da produção agrícola. O acordo que garantia caminhões e motoristas expirou em maio de 2025 e não foi renovado. Sem acesso aos mercados regionais, os Parakanã amargam grandes prejuízos. Uma única aldeia chega a perder até R$ 6 mil por dia apenas com a venda de açaí. Em 102 dias de paralisação, as 31 comunidades já acumulam perdas estimadas em R$ 18,9 milhões.

Na ação, o MPF solicita à Justiça medidas emergenciais, como a distribuição de água por caminhões-pipa, construção de cisternas e caixas d’água até a perfuração dos poços artesianos, retomada imediata do transporte agrícola com caminhões e motoristas, além da condenação da União e do Dnit ao pagamento dos prejuízos calculados e multa diária de R$ 6 mil por aldeia em caso de descumprimento.

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Juiz anula processo do caso Senkata e aponta julgamento de responsabilidades contra Jeanine Añez

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Decisão reconhece que ex-presidente da Bolívia não deve responder em processo ordinário pelas mortes em protestos de 2019; medidas contra outros acusados também foram anuladas.

O juiz David Kasa anulou nesta segunda-feira (24) os trabalhos do caso Senkata e determinou que o processo seja encaminhado à Procuradoria-Geral do Estado, com o objetivo de abrir um julgamento de responsabilidades contra a ex-presidente boliviana.

A decisão foi tomada após a defesa da ex-mandatária alegar incompetência da justiça comum, sustentando que, por se tratar de uma ex-chefe de Estado, o caso deveria ser apreciado em instância especial.

O caso Senkata apura a morte de ao menos dez pessoas durante os protestos violentos de 19 de novembro de 2019, após a renúncia de Evo Morales e a posse transitória de Añez. O juiz também anulou as medidas cautelares impostas aos outros acusados.

Jeanine Añez já cumpre pena de 10 anos de prisão pelo processo conhecido como “Golpe de Estado II”, mas ainda responde a outros processos pendentes na justiça boliviana.

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Líder opositora venezuelana celebra libertação de ex-presidente boliviana Jeanine Áñez como “ato de justiça”

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Maria Corina Machado defende que prisão de Jeanine Áñez e outros opositores foi política e expressa solidariedade entre lutas democráticas na América Latina

Com a decisão, todos os envolvidos recuperam a liberdade, embora o processo possa continuar por outras vias legais. Foto: captada 

A ex-presidente da Bolívia Jeanine Áñez e outros acusados no Caso Senkata recuperaram a liberdade nesta terça-feira (26) após decisão judicial que declarou a incompetência da justiça ordinária para processá-los. O tribunal aceitou o pedido de habeas corpus da defesa e encaminhou o caso ao Ministério Público para que avance com um eventual julgamento de responsabilidades por vias alternativas.

O caso refere-se aos confrontos de 2019 em Senkata, região de El Alto, onde ocorreram mortes durante a crise política que levou Áñez à presidência. A defesa sempre alegou perseguição política nas acusações. Em declaração emocionada, a ex-presidente afirmou: “Este dia será lembrado pela história e um passo foi dado em direção a uma Bolívia mais justa e mais livre. Que viva a Bolívia!”. A decisão marca um novo capítulo no conturbado cenário jurídico-político boliviano, embora o processo possa seguir por outras instâncias.

Maria Corina Machado, classificou como um ato de justiça a libertação de Jeanine Añez, e garantiu que a sua prisão foi uma demonstração de perseguição política. Foto: captada 

A líder opositora venezuelana Maria Corina Machado classificou como “ato de justiça” a libertação da ex-presidente boliviana Jeanine Áñez e dos também opositores Luis Fernando Camacho e Marco Antonio Pumari. Em declarações públicas e nas redes sociais, Corina Machado afirmou que os três “nunca deveriam ter sido presos” e destacou que a detenção foi uma demonstração de “perseguição política”.

Em texto emocionado, Corina Machado escreveu: “O testemunho que nos foi dado durante sua injusta prisão, a firmeza de suas convicções, sua resistência e amor pela Bolívia nos reafirmam em nossa luta”. A líder opositora, que enfrenta própria batalha política na Venezuela, expressou ainda solidariedade transnacional: “Recebam a força, o respeito e o carinho dos venezuelanos que assumimos a luta pela democracia da Bolívia como nossa”.

O pronunciamento ocorre após a decisão judicial boliviana que libertou Áñez e outros acusados no Caso Senkata, com o argumento de incompetência da justiça ordinária para processá-los. O caso segue agora para análise do Ministério Público boliviano.

O juiz responsável encaminhou o caso ao Ministério Público para que avance com um eventual julgamento de responsabilidades. Foto: captada 

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