fbpx
Conecte-se conosco

Brasil

Projeções mostram dólar de volta à casa dos R$ 5 em 2024

Publicado

em

Maioria dos bancos e corretoras consultados pela Folha antecipa leve desvalorização do real com diferencial de juros entre Brasil e EUA

Boa parte do mercado financeiro está apostando em uma leve desvalorização do real ante o dólar em 2024, segundo projeções de bancos e corretoras.

Do total de 18 casas de análise consultadas pela Folha, 12 enxergam o dólar de volta à casa dos R$ 5, e apenas três estimam uma valorização do real na comparação com o seu atual patamar — que hoje ronda os R$ 4,85.

O Focus, boletim do Banco Central que reúne expectativa de analistas, também projeta dólar a R$ 5 em 2024.

Em relatório, o Santander diz que, apesar da solidez das contas externas, o banco enxerga pouco espaço para uma apreciação da moeda brasileira. Olhando para o exterior, a instituição financeira chama atenção para as perspectivas de manutenção de juros em níveis restritivos em economias como a dos Estados Unidos.

No cenário interno, por outro lado, o Santander cita riscos fiscais e a sinalização de que a taxa básica de juros, Selic, seguirá em queda. Essa combinação de queda de juros aqui e alta nos EUA, ou seja, diminuição da diferença entre as taxas dos dois países, leva a uma diminuição no fluxo de capital estrangeiro no Brasil —já que compensa menos para os investidores de curto prazo tomar o risco aqui. Com isso, o dólar se aprecia.

“Assim, apesar de ter havido alguma melhora no curto prazo (…) mantemos nossa visão de uma moeda [brasileira] mais desvalorizada à frente, com projeção de R$ 5,25 por dólar para o final de 2024”, dizem analistas do banco.

Também no exterior, o Santander cita como limitadora da valorização da moeda brasileira a “acomodação nos preços das commodities”. Como o Brasil é forte na exportação de matérias-primas, a alta de preços beneficia as companhias exportadoras com margens maiores e atrai capital estrangeiro para o país. Quando os preços caem, contudo, essas companhias têm um desempenho mais fraco, o que as tornam menos atraentes para o investidor de fora.

O lento crescimento da China, maior parceiro comercial do Brasil, também é citado pelo banco como um componente que limita a valorização do real frente ao dólar.

Analistas do BTG Pactual dizem que o cenário fiscal doméstico é relevante para o câmbio, especialmente se houver mudança de meta de resultado primário, mas colocam essa questão em segundo plano. Para o banco, a dinâmica do câmbio nos próximos meses dependerá, principalmente, de fatores externos.

Em relatório, a instituição financeira, que projeta o dólar a R$ 5,00 ao final de 2024, destaca a importância da política monetária nos EUA, tanto para uma apreciação quanto para uma depreciação do real frente ao dólar.

“Vale destacar que, mesmo com os juros domésticos mais baixos e a redução esperada nos preços das commodities no próximo ano, nossos modelos apontam para uma taxa de câmbio mais apreciada em 2024 (abaixo de R$ 5,00 por dólar) caso os juros dos títulos do Tesouro americano de dez anos se acomodem em um patamar entre 4,00% e 4,25%”.

Atualmente, os títulos de dez anos dos EUA estão perto dos 4,00%.

No ambiente doméstico, além da questão fiscal, o BTG cita o “expressivo superávit comercial”, com a balança comercial brasileira batendo recorde neste ano, registrando saldo positivo acumulado até aqui de mais de R$ 90 bilhões.

Esse fator tem resultado em maior entrada de dólares no país, diz o banco, contribui e continuará contribuindo para a moeda doméstica “performar bem na comparação com a de seus pares”.

Folha Mercado

Receba no seu email o que de mais importante acontece na economia; aberta para não assinantes.

O banco Inter também vê “riscos desbalanceados” para o câmbio em 2024. Segundo relatório da instituição financeira, “o fiscal pode voltar a trazer mau humor entre os investidores, particularmente se o governo se mostrar incapaz de controlar o crescimento dos gastos”.

Por outro lado, o Inter diz que o fim do ciclo de alta na política monetária dos EUA “ajuda a limitar a pressão via diferencial de juros”.

“Além disso, esperamos que a balança comercial continue em patamar robusto em 2024, mantendo o fluxo positivo. Dado esse cenário, esperamos que a taxa de câmbio encerre 2024 cotada próximo a R$ 5,00, com um viés de baixa”, diz o banco.

O Itaú, que tinha expectativa de R$ 5,25 para o câmbio no fim de 2024, alterou na quinta-feira (21) sua projeção para R$ 4,90. O banco justificou a mudança argumentando que enxerga o Federal Reserve, banco central americano, baixando juros mais cedo no ano que vem.

“Além disso, o prêmio de risco doméstico em nível baixo e o bom desempenho da balança comercial oferecem suporte para a moeda”, acrescenta o banco.

O mais pessimista de todos para o câmbio, o C6 Bank revisou sua projeção para o dólar de R$ 6 para R$ 5,50 recentemente, também argumentando que a expectativa de uma queda antecipada de juros pelo Fed deve melhorar as perspectivas para a moeda brasileira no próximo ano.

Recentemente, a autoridade monetária dos EUA passou a adotar um discurso menos duro em relação aos juros, levando muitos analistas a apostarem em um corte da taxa básica do país após o primeiro trimestre de 2024, algo que estava fora do horizonte dos especialistas há alguns meses.

Comentários

Continue lendo

Brasil

Cidadãos bolivianos enfrentam filas intermináveis por combustível, mas acabam frustrados com falta de abastecimento

Publicado

em

Após semana de espera, dezenas de pessoas aguardavam no posto da Avenida 9 de Fevereiro, mas produto acabou antes de atender a todos; crise de combustível se agrava no departamento de Pando

Desde as 5h da manhã desta terça-feira (20), dezenas de cidadãos bolivianos formaram longas filas em um posto de combustível localizado na Avenida 9 de Fevereiro, próximo ao Hospital Roberto Galindo Terán, na esperança de conseguir abastecer seus veículos. No entanto, após semana de espera, muitos tiveram que ir embora sem combustível, já que o produto se esgotou antes de atender a todos.

A situação causou revolta entre os usuários, que enfrentam há semanas a escassez de combustível no departamento de Pando. Com a interrupção da venda, dezenas ficaram sem conseguir abastecer, agravando ainda mais a crise que afeta a mobilidade e o abastecimento na região.

Autoridades ainda não se pronunciaram sobre quando o fornecimento será normalizado, deixando a população em alerta para novos desabastecimentos.

Mais de 300 profissionais aguardaram horas em filas, mas gasolina acabou antes do abastecimento; categoria cobra medidas urgentes para evitar prejuízos no trabalho. Foto: captada 

Frustrados com a escassez de gasolina, mototaxistas foram até a Agência Nacional de Hidrocarbonetos (ANH) em Pando/Cobija nesta terça-feira (20) para protestar e exigir soluções imediatas. O problema afetou principalmente os postos Tisty e Tajibos, onde mais de 300 profissionais ficaram horas na fila, mas não conseguiram abastecer devido ao esgotamento do combustível.

De acordo com os manifestantes, a falta de gasolina prejudica diretamente seu sustento, já que dependem do abastecimento para trabalhar. Eles cobram das autoridades medidas urgentes para normalizar o fornecimento e evitar mais prejuízos ao setor, que já enfrenta dificuldades há semanas.

A ANH ainda não se pronunciou sobre as demandas, enquanto a população de Pando segue enfrentando incertezas sobre o abastecimento de combustível na região.

Veja vídeos com TU Pando:

Comentários

Continue lendo

Brasil

MPAC obtém condenação por desvio de salário de servidor em Bujari; ex-presidente da Câmara e cúmplice terão que ressarcir R$ 50 mil

Publicado

em

Justiça condena ex-gestor e intermediário por peculato em esquema que extorquia servidor público

Os repasses ocorreram entre abril de 2015 e dezembro de 2016, totalizando R$ 16.800,00. Além disso, foi desviado o valor de R$ 3.116,67 referente à rescisão trabalhista do servidor. Foto: cedida 

Em decisão que reforça o combate à corrupção municipal, o Ministério Público do Acre (MPAC) obteve condenação contra o ex-presidente da Câmara de Bujari, Adaildo dos Santos Oliveira, e o intermediário Renato Silva de Almeida pelo crime de peculato.

A sentença da Vara Única da Comarca detalha um esquema que durou 20 meses (2015-2016), onde um servidor comissionado era obrigado a devolver parte de seu salário para manter o emprego.

A sentença, proferida pela Vara Única da Comarca de Bujari, reconheceu que ambos se associaram para desviar parte dos vencimentos de um servidor comissionado, que era obrigado a repassar mensalmente a quantia de R$ 800,00 a Renato Silva de Almeida para manter o emprego, com ciência e anuência de Adaildo dos Santos Oliveira.

Os repasses ocorreram entre abril de 2015 e dezembro de 2016, totalizando R$ 16.800,00. Além disso, foi desviado o valor de R$ 3.116,67 referente à rescisão trabalhista do servidor, sacado mediante cheque assinado por Adaildo e entregue a Renato.

Principais pontos da condenação:
Penas:
  • Adaildo (ex-presidente): 4 anos e 5 meses (regime semiaberto)

  • Renato (intermediário): 3 anos e 4 meses (regime semiaberto)

Ambos foram ainda condenados ao pagamento de R$ 30.486,99 e R$ 19.916,67, respectivamente, a título de ressarcimento ao erário, valores que correspondem à soma dos montantes desviados. Esses valores deverão ser atualizados monetariamente desde a data dos fatos e acrescidos de juros moratórios a partir do trânsito em julgado da sentença condenatória.

Provas:
  • Extorsão comprovada de R$ 800/mês do servidor

  • Desvio adicional de R$ 3.116,67 da rescisão trabalhista

  • Cheque assinado pelo ex-gestor vinculado ao crime

“Esta condenação manda um recado claro: não toleraremos a vampirização do serviço público”, declarou o MPAC, destacando que o caso exemplifica a “corrupção de pequeno porte” que prejudica municípios. A defesa pode recorrer, mas a decisão já se torna paradigma no combate a ilícitos contra a administração pública no Acre.

O caso revela mecanismos de pressão contra servidores comissionados e acende o debate sobre a necessidade de maior proteção aos trabalhadores públicos contra assédio financeiro por parte de gestores. A decisão é de primeira instância e ainda cabe recurso.

Comentários

Continue lendo

Brasil

Inscrições para segunda etapa do Revalida 2025 começam em 9 de junho

Publicado

em

O processo de revalidação de diplomas médicos estrangeiros verifica a aquisição de conhecimentos, habilidades e competências necessários ao exercício profissional

Nos dois dias de provas, os participantes deverão percorrer um conjunto de dez estações, onde serão apresentados situações-problema e casos para os profissionais formados no exterior realizarem tarefas específicas.

O período de inscrições para a segunda etapa do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) de 2025 será de 9 a 13 de junho.

O prazo foi definido pelo edital divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), nesta segunda-feira (19).

A segunda etapa do Revalida é composta pelas provas de habilidades clínicas.

Inscrições

Para participar, é necessária a aprovação na primeira etapa do exame, que contempla as provas objetiva e discursiva. Este ano, a primeira etapa do exame foi no dia 23 de março, com a participação de 93,63% dos 17.778 inscritos.

Os aprovados nas primeiras fases das duas edições do Revalida em 2024, mas que foram reprovados na segunda etapa, também podem participar do exame para tentar a aprovação.

No momento da inscrição, por meio do Sistema Revalida, o candidato deverá escolher a cidade onde fará a prova e poderá, se necessário, solicitar atendimento especializado e tratamento pelo nome social.

As cidades de aplicação da segunda etapa do Revalida 2025/1, bem como a quantidade de vagas disponíveis, serão informadas ao participante no Sistema Revalida, no ato da inscrição.

Provas

As provas de habilidades clínicas serão aplicadas pelo Inep em 19 e 20 de julho.

O processo de revalidação de diplomas médicos estrangeiros verifica a aquisição de conhecimentos, habilidades e competências necessários ao exercício profissional, conforme os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), em nível equivalente ao exigido nas Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em medicina no Brasil.

Nos dois dias de provas, os participantes deverão percorrer um conjunto de dez estações, onde serão apresentados situações-problema e casos para os profissionais formados no exterior realizarem tarefas específicas.

A avaliação abrange as cinco grandes áreas de exercício profissional: clínica médica; cirurgia geral; pediatria; ginecologia e obstetrícia; medicina da família e comunidade (saúde coletiva).

Diploma

O Revalida avalia profissionais brasileiros e estrangeiros formados em medicina fora do Brasil que querem exercer a profissão em território nacional. O objetivo do exame é garantir a qualidade do atendimento médico prestado no país.

Composto por duas etapas, a teórica e a de habilidades clínicas, o exame subsidia o processo de revalidação do diploma de graduação em medicina expedido no exterior.

As referências são os atendimentos no contexto de atenção primária, ambulatorial, hospitalar, de urgência, de emergência e comunitária, com base na Diretriz Curricular Nacional do Curso de Medicina, nas normativas associadas e na legislação profissional.

Em caso de aprovação na segunda etapa do Revalida 2025/1, o participante deverá apresentar à universidade parceira revalidadora do diploma a documentação exigida pela instituição de ensino superior.

Comentários

Continue lendo