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Famílias podem acolher crianças em situação de risco em Rio Branco; entenda
Segundo Crispim Saraiva Machado Filho, coordenador do Serviço de Acolhimento Familiar (SAF), o programa foi implantado em 2015, mas só teve chamamento público em 2022, após regulamentação por lei municipal

Programa municipal oferece apoio financeiro e assistência técnica para quem quiser participar do acolhimento temporário. Foto: captada
A Prefeitura Municipal de Rio Branco (PMRB) está em busca de novos participantes para o programa Família Acolhedora, que oferece proteção provisória a crianças e adolescentes afastados de seus lares por decisão judicial. Atualmente, dez famílias estão cadastradas, mas outras vinte ainda são necessárias para preencher as 30 vagas disponíveis. A ação é coordenada pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH).
Voltado a menores em situação de vulnerabilidade – como casos de abandono, negligência ou violência, o serviço busca evitar a permanência em abrigos. Em vez disso, os jovens são acolhidos por famílias voluntárias, que recebem capacitação, acompanhamento técnico e auxílio financeiro. O valor mensal é de um salário mínimo por criança acolhida. Em situações específicas, como risco de vida ou necessidade de tratamento médico contínuo, o benefício pode ser ampliado em 50%.
Para participar, é necessário atender a alguns critérios: ter entre 21 e 65 anos, residir há pelo menos dois anos em Rio Branco, não estar inscrito no cadastro de adoção e demonstrar disponibilidade para oferecer cuidado e afeto. O processo inclui entrega de documentos, participação em curso de formação e avaliação psicossocial. Após aprovação, a família recebe guarda provisória e pode acolher o menor por até seis meses.
Segundo Crispim Saraiva Machado Filho, coordenador do Serviço de Acolhimento Familiar (SAF), o programa foi implantado em 2015, mas só teve chamamento público em 2022, após regulamentação por lei municipal. Em 2023, a gestão oficializou o pagamento do subsídio mensal.
Durante o período de acolhimento, as famílias têm prioridade no acesso a serviços públicos e são acompanhadas por profissionais especializados. “Não se trata de adoção. É um gesto de cuidado temporário, que ajuda a criança a retornar à família de origem ou ser encaminhada para adoção, quando não há outra alternativa”, afirma.
O SAF funciona em salas no prédio do RBPrev, ao lado da loja da Vivo, próximo ao canal da Maternidade. No local, há um banner com informações sobre o programa. Interessados podem procurar diretamente a sede do serviço ou entrar em contato pelos telefones (68) 99946-5457 e 99221-6494. Após o cadastro, a equipe realiza visitas domiciliares e encaminha os dados ao Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), que autoriza a guarda provisória.
O programa é considerado uma alternativa mais humana ao acolhimento institucional e busca garantir o direito de toda criança a crescer em ambiente familiar. Para Crispim, que coordena o serviço há sete anos, a experiência é transformadora. “É um trabalho apaixonante. As famílias têm muito a compartilhar e fazem a diferença na vida dessas crianças”, diz.
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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