Brasil
Encontro do Violão Brasileiro começa hoje no Rio
Projeto leva música também a Brasília, São Paulo e Belo Horizonte

Por Alana Gandra
O Teatro II, do Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro (CCBB RJ) recebe, a partir de hoje (24), a primeira edição do Encontro do Violão Brasileiro. Idealizado e apresentado por Thiago Delegado, violonista, compositor, arranjador e pesquisador, com curadoria e coordenação geral de Renata Chamilet, o projeto visa exaltar o violão brasileiro que, segundo Delegado, fez escola em todo o mundo.

Para a Agência Brasil, Delegado destacou que “o Brasil é uma escola do violão mundial do jeito de tocar brasileiro, das influências que vêm lá detrás com Garoto, Raphael Rabelo, Dilermando Reis e João Pernambuco, aquela turma toda que fez o violão brasileiro ser o que ele é hoje”.
Para ele, a ideia do encontro é fazer uma grande reverência a esse jeito de tocar que o Brasil exporta. O Encontro do Violão Brasileiro fez sua estreia em Belo Horizonte, em junho deste ano e, depois do Rio de Janeiro, onde permanecerá em todas as quartas-feiras, às 19h30, até 14 de setembro, seguirá para Brasília e, depois, para São Paulo, onde será apresentado também em unidades do CCBB.
Múltiplas gerações
A promoção reunirá nas quatro capitais 25 nomes de destaque do violão nacional. No Rio de Janeiro, Thiago Delegado será o anfitrião dos quatro shows programados, nos quais tocará com sete violonistas de peso: Juarez Moreira, Hélio Delmiro, Nelson Faria, Márcia Taborda, Marco Pereira, Alexandre Gismonti e Luís Leite. Ele apresentará também, ao lado de Luís Filipe de Lima, uma masterclass sobre Vivências do violão de Sete Cordas na música brasileira, nesta quarta-feira, às 16h. A entrada é gratuita, com inscrições pela plataforma Eventim.
“A gente convidou violonistas da velha geração, da geração intermediária e da nova geração. Chamamos violonistas mulheres, inserindo-as no contexto do violão solo no Brasil, ainda pouco explorado, mas que já teve violonistas como Rosinha de Valença, que é um grande expoente na história do violão brasileiro. São artistas que continuam a escrever a história do violão” opinou.
Acrescentou que, ao longo dos shows, os violonistas tocarão peças de seu repertório. A ideia é não repetir convidados, ou seja, a pessoa que toca em uma capital não toca em outra praça, fazendo um intercâmbio de cidades. “A gente está fazendo esses intercâmbios para que um violonista possa encontrar os amigos em outra capital”, emendou.
Programação
Hoje, vão se apresentar, no CCBB do Rio, o mineiro Juarez Moreira e o carioca Hélio Delmiro. No dia 31, será a vez do também mineiro Nelson Faria. No dia 7 de setembro, estarão reunidos o paulistano Marco Pereira e o carioca Alexandre Gismonti e, no dia 14, os cariocas Luís Leite e Márcia Taborda.
No dia 11 de setembro, no CCBB Brasília, o 1º Encontro do Violão Brasileiro apresentará todos os shows em um único dia. No palco estarão Toninho Horta, Paulão Sete Cordas Duo, Daniel Santiago, Ulisses Rocha e Juçara Dantas. Já na capital paulista, as apresentações serão nas duas últimas quintas-feiras de outubro e nas duas primeiras quintas-feiras de novembro. Em São Paulo, se apresentarão Lula Galvão, no dia 20 de outubro; Gilvan de Oliveira, no dia 27; Rogério Caetano e Elodie Bouny (3 de novembro) e João Camarero e Ana Clara Guerra (10 de novembro).
A curadora Renata Chamilet disse que o grande desafio em montar essa programação foi ter a visão geral do projeto, que é quase um festival que passará por quatro cidades. “Outro ponto desafiador foi a proposta de o artista se apresentar em um show solo. Isso reduziu bem as opções. De toda forma, sabemos que o Encontro do Violão Brasileiro não se esgota em uma única edição. E a cada ano, o desejo é que a diversidade esteja cada vez mais presente”, sintetizou Renata.
Edição: Kleber Sampaio
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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