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Em reunião de governadores, Cameli defende compra conjunta de vacina entre estados amazônicos
O avanço da pandemia do novo coronavírus mobilizou 12 governadores de todas as regiões do país a escrever, nesta quinta-feira, 4, uma carta ao presidente da República, Jair Bolsonaro. No documento, que contém a assinatura de Gladson Cameli, o principal apelo dos gestores é a compra imediata de mais vacinas para ampliar a cobertura vacinal da população.
Os governadores sugeriram ao governo federal recorrer a entidades estrangeiras e organismos internacionais para conseguir, de maneira mais rápida, grandes quantidades do imunizante. No sexto país mais populoso do mundo, menos de 4% dos brasileiros estão vacinados.

Gladson Cameli e mais 11 governadores enviaram carta ao presidente Jair Bolsonaro solicitando a compra de mais vacinas para conter avanço do coronavírus. Foto: Marcos Vicentti/Secom
A carta informa ainda que, apesar de todos os investimentos realizados pelos governos estaduais desde o início da pandemia referentes à abertura de milhares novos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) específicos para o tratamento da doença, aquisição de equipamentos e contratação de mais profissionais de saúde, a capacidade de atendimento na rede pública hospitalar está muito próxima do limite.
Diante do crescente do número de pessoas infectadas e óbitos em decorrência da Covid-19, os gestores explicaram que a melhor forma de conter a proliferação do vírus é por meio da vacinação. A carta cita o exemplo exitoso de países que estão bem adiantados na aplicação do imunizantes e também pediu mais empenho da União na negociação e aquisição das doses.
“Por isso, pedimos ao governo federal, especialmente por meio dos Ministérios da Saúde e das Relações Exteriores, esforço ainda maior para obter, em curto prazo, número consideravelmente superior de doses. Caso seja possível, sugerimos também o requerimento de apoio e intermediação da Organização Mundial da Saúde”, aponta um trecho do documento.

Outro argumento utilizado pelos governadores para acelerar a compra de mais vacinas diz respeito a variantes do coronavírus. No Brasil, uma nova cepa, identificada primeiramente no Amazonas, já está circulando em vários estados. A mutação é altamente contagiosa e mais resistente a anticorpos.
Para Gladson Cameli, o difícil momento que o mundo atravessa pede a união de todos. Defensor da vida e sempre otimista, o gestor acreano agradeceu o apoio recebido pelo governo federal e acredita que o apelo feito pelos governadores ao presidente Jair Bolsonaro será analisado com prioridade.
“Doze governadores se uniram pedindo mais vacinas para proteger a população dos seus estados. Eu confio muito que esse vírus será vencido com todos dando as mãos em prol de um só objetivo, que é salvar vidas. Tenho certeza que o presidente Bolsonaro e sua equipe, que tanto já ajudaram o Acre, nos dará uma resposta positiva o quanto antes para o nosso pedido”, declarou.
Confira, na íntegra, o conteúdo do documento:
CARTA AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Os Governadores dos Estados abaixo assinados solicitam ao Presidente da República Federativa do Brasil imediata adoção das providências necessárias a fim de viabilizar a obtenção – junto a entidades estrangeiras e organismos internacionais – de novas doses de imunizantes contra a Covid-19, de modo a auxiliar no controle do aumento exponencial dos casos de infecção e do número de óbitos pelo coronavírus, conforme observado nos últimos dias em todo o território nacional.
Os Entes Federados têm envidado todos os seus esforços, mas estão no limite de suas forças e possibilidades. Nos últimos meses, instalaram milhares de novas vagas em Unidades de Terapia Intensiva, contrataram profissionais de saúde de diversas áreas e viabilizaram a compra de equipamentos, além de investirem em medidas como o distanciamento social e a orientação da população por meio de estratégias claras de comunicação. Esse conjunto de ações, ainda que indispensável, demonstra estar próximo do exaurimento. Ninguém discorda de que, nas próximas semanas, talvez meses, a pandemia seguirá ceifando vidas, ameaçando, desafiando e entristecendo todos nós.
Nesse contexto, a vacinação em massa, com a maior brevidade possível, é a alternativa que se afigura como a mais recomendável, e, provavelmente, a única capaz de deter a pandemia, permitindo que o Brasil, seus Estados e Municípios, aos poucos, possa retornar à normalidade, com as devidas medidas sanitárias e econômicas.
Reconhecemos que, neste grave momento, há no mundo uma extraordinária procura por vacinas, junto a diferentes fornecedores. Acompanhamos o anúncio de novas aquisições pelo Ministério da Saúde, mas também percebemos que é preciso agilizar mecanismos de compra, explorar e concretizar todos os meios de aquisição disponíveis, para vacinar, no menor espaço de tempo possível, a maior quantidade de brasileiros. Se não tivermos pressa, o futuro não nos julgará com benevolência.
Por isso, pedimos ao Governo Federal, especialmente por meio dos Ministérios da Saúde e das Relações Exteriores, esforço ainda maior para obter, em curto prazo, número consideravelmente superior de doses. Caso seja possível, sugerimos também o requerimento de apoio e intermediação da Organização Mundial da Saúde.
Neste momento, há novas, reais e importantes justificativas para que o Brasil obtenha, com celeridade, novas remessas de imunizantes, a principal delas é a chegada e a rápida disseminação, já no estágio de transmissão comunitária, da nova variante P1, que tem se revelado ainda mais letal, prejudicando os esforços para proteger a vida de nossas cidadãs e cidadãos, bem como de suas famílias.
O mundo acompanha com preocupação o rápido avanço do contágio por essa variante no Brasil, o que torna o bloqueio da disseminação desse tipo de vírus matéria de interesse de diversas nações, inclusive porque outras variantes podem dela advir. O percentual de vacinas aplicado no Brasil, a despeito do empenho de Governadores, Prefeitos e profissionais da saúde em todo o País, ainda é muito baixo e, no ritmo atual, infelizmente, atravessaremos o ano lamentando a irreparável perda de vidas, além da baixa expectativa de imunizar efetivamente todos os grupos prioritário.
Os exemplos cada vez mais bem-sucedidos de países que estão contendo a pandemia por meio da vacinação, combinada com outras práticas de prevenção e higiene, não remete a outro caminho que não seja o esforço político e diplomático de todos – liderado no plano das relações internacionais pelo Governo brasileiro – a fim de garantir, desde logo, novos carregamentos de vacinas.
Esses imunizantes são hoje para o Brasil e para os brasileiros muito mais do que uma alternativa ou medicamento: representam a própria esperança da população e, nesse sentido, nenhum governante pode correr o risco de não esgotar todas as possibilidades ou de procrastinar ações e procedimentos. Cada minuto, cada hora e cada dia são preciosos e decisivos, e constituem a triste diferença entre viver ou morrer.
Por fim, os Governadores que subscrevem este documento estão, como sempre estiveram, à disposição para colaborar para a consecução das medidas propostas, e confiam que o Governo Federal pode acelerar os procedimentos necessários – utilizando a importância geopolítica, histórica e econômica do Brasil – à obtenção de novos aportes de imunizantes para a população brasileira.
Brasília, 4 de março de 2021.
GLADSON CAMELI
Governador do Estado do Acre
WALDEZ GOÉS
Governador do Estado do Amapá
CAMILO SANTANA
Governador do Estado do Ceará
RENATO CASAGRANDE
Governador do Estado do Espírito Santo
FLÁVIO DINO
Governador do Estado do Maranhão
MAURO MENDES
Governador do Estado de Mato Grosso
HELDER BARBALHO
Governador do Estado do Pará
JOÃO AZÊVEDO
Governador do Estado da Paraíba
PAULO CÂMARA
Governador do Estado de Pernambuco
WELLINGTON DIAS
Governador do Estado do Piauí
EDUARDO LEITE
Governador do Estado do Rio Grande do Sul
BELIVALDO CHAGAS
Governador do Estado de Sergipe
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PREFEITURA MUNICIPAL DE BRASILEIA – AVISO DE LICITAÇÃO
ESTADO DO ACRE
PREFEITURA MUNICIPAL DE BRASILEIA
COMISSÃO DE CONTRATAÇÃO
AVISO DE LICITAÇÃO
CONCORRÊNCIA ELETRÔNICA N° 004/2025 – COMPRAS.GOV 90004/2025
OBJETO: Contratação de Empresa Especializada para Pavimentação de Vias Urbanas no Município de Brasiléia – Acre, em atendimento Convênio 943577/2023 pactuado com o Ministério das Cidades, em conformidade com o Projeto Básico, Plantas de Execução, Planilha Orçamentária, Cronograma Físico Financeiro e seus Anexos.
Data da Abertura: 03 de junho de 2025, às 09h30min (horário de Brasília).
O Edital e seus anexos encontram-se a disposição dos interessados para consulta a partir do dia 25/04/2025 nos seguintes endereços eletrônicos: https://externo.tceac.tc.br/portaldaslicitacoes/menu/, https://www.gov.br/compras/pt-br e https://www.brasileia.ac.gov.br/.
Brasiléia/AC, 24 de abril de 2025.
Thaísa Batista Monteiro Pontes
Agente de Contratação
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VÍDEO: Estudante entra em luta corporal com assaltante durante tentativa de roubo em Rio Branco
Câmeras de segurança registraram o momento em que jovem de uniforme escolar reage a abordagem de criminoso no bairro Castelo Branco; Polícia Civil investiga o caso.
Na manhã desta quinta-feira (24), uma estudante foi alvo de um assalto no bairro Castelo Branco, em Rio Branco, e acabou entrando em luta corporal com o criminoso. A ação foi flagrada por uma câmera de segurança instalada em uma residência na rua Álvaro Alves.
As imagens mostram o momento em que o suspeito, que pilotava uma motocicleta, aborda a jovem — vestida com uniforme escolar — e simula estar armado ao colocar a mão na cintura. Em seguida, ele tenta tomar o celular da estudante, que reage e entra em confronto com o assaltante.
Apesar da resistência da vítima, o criminoso consegue tomar o aparelho e foge pela rua Afrânio Peixoto. A jovem, que é menor de idade, não sofreu ferimentos visíveis e permaneceu no local após o ataque.
A Polícia Civil foi acionada e deve conduzir as investigações. A expectativa é que outras câmeras de segurança da região auxiliem na identificação do autor do crime.
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Prefeito Jerry Correia participa de reunião em Brasília para buscar solução definitiva sobre os resíduos sólidos no Acre
Representando a Prefeitura de Assis Brasil, o prefeito Jerry Correia esteve em Brasília nesta quarta-feira (23), participando de uma reunião estratégica no Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), que tratou da busca por uma solução definitiva para os lixões a céu aberto no Acre.
A reunião foi articulada pelo senador Alan Rick e conduzida pelo ministro Waldez Góes. Também participaram o deputado federal Roberto Duarte, a deputada federal Antônia Lúcia, além de técnicos do MIDR e prefeitos dos 22 municípios acreanos.
O foco do encontro foi a apresentação de uma proposta de estruturação de um modelo de gestão regional integrada dos resíduos sólidos, com apoio técnico e financeiro do Governo Federal, sem custos para os municípios.
“O tempo para os municípios do Acre tem se esgotado no que diz respeito ao fim dos lixões a céu aberto. Estamos sendo multados, nosso CPF como gestores está em jogo, e precisamos urgentemente de uma solução viável”, destacou o prefeito Jerry Correia durante a reunião.
Inspirado em um modelo já implantado com sucesso no Amapá, o projeto prevê a construção de aterros sanitários, estações de transbordo e outras estruturas essenciais, financiadas com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Regional Sustentável (FDIRS). Toda a modelagem técnica será bancada pelo Governo Federal, incluindo estudos e estruturação da parceria público-privada.
O ministro Waldez Góes ressaltou que a Amazônia é uma das regiões mais afetadas pela má gestão de resíduos sólidos e que o Acre está entre os estados prioritários para esse tipo de apoio.
“É uma questão de saúde pública e ambiental. Estamos propondo um contrato com o consórcio dos municípios, onde o Governo Federal garante a modelagem técnica. Depois disso, cabe aos prefeitos decidirem pela adesão ao projeto”, explicou o ministro.
Apesar do avanço, o projeto depende da assinatura do contrato por parte da Prefeitura de Rio Branco, que atualmente preside o consórcio intermunicipal. Jerry Correia defendeu o diálogo com a capital, mas reforçou a necessidade de alternativas para que os demais municípios não fiquem de fora.
“A capital já tem sua situação resolvida, com aterro sanitário dentro dos padrões. Mas os demais municípios, como Assis Brasil, não. Precisamos avançar, e se Rio Branco decidir não aderir, temos que respeitar, mas buscar uma alternativa que não nos deixe parados”, concluiu.
A Prefeitura de Assis Brasil segue firme no compromisso com a saúde pública, o meio ambiente e o futuro sustentável da cidade.
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