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Acre

Dos mais de 450 homicídios registrados no AC em 2017, apenas 57 inquéritos foram encaminhados à Justiça

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Secretário diz que delegacia de homicídios tem papel de investigar, mas demanda tem sido grande. Juiz diz que número de inquérito é ‘insignificante’.

Leandro Gross, relatou ainda sobre o perfil das vítimas apontadas nos processos julgados. Segundo ele, estão na faixa de 31 aos 35 anos e a maioria dos acusados tem em média idade entre 18 e 30 anos (Foto: TJ)

O juiz Leandro Gross, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco, afirmou que o número de inquéritos de homicídios que chegam até a Justiça são insignificante levando em consideração o alto índice de casos registrados no estado em 2017.

No ano passado foram noticiados mais de 450 casos de homicídios e chegaram até a Justiça somente 57 inquéritos.

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O secretário adjunto de Polícia Civil, Josemar Portes, explica que a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) tem o papel de investigar homicídios, mas a demanda tem sido muito grande.

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O Ministério Público do Acre apresentou pouco mais de 100 denúncias nas duas varas criminais do Fórum de Justiça de Rio Branco. Para o juiz, esse número ainda é muito pequeno levando em consideração a quantidade de homicídios registrados no ano passado.

“Quando você avalia hoje o quantitativo, o diário de homicídios que está acontecendo e como foi noticiado recentemente numa reportagem pelo promotor de justiça Rodrigo Curti, que atua aqui na Vara do Júri, que noticiou mais de 400 homicídios, nós recepcionarmos apenas 57 inquéritos é visivelmente um número muito insignificante para o estado atual”, disse o magistrado.

Gross afirmou que as delegacias especializadas em homicídios não estão enviando a quantidade ideal de processos ao sistema judiciário e isso vem atrapalhando o andamento.

Mais de 400 homicídios, nós recepcionarmos apenas 57 inquéritos é visivelmente um número muito insignificante para o estado atual, relatou Gross (Foto: reprodução)

“Qual é a justificativa da DHPP, por que que esses inquéritos não estão chegando e por que não se conclui esses inquéritos para que o Ministério Público possa ofertar uma denúncia e nós aqui instruirmos e julgarmos? Uma vez a pessoa praticando uma tentativa de homicídio e não tendo uma apuração rápida pela delegacia de homicídio e proteção a pessoa, essa pessoa vai se sentir impune, ela vai se sentir à vontade para praticar outros delitos”, afirmou o juiz.

Por conta dos atrasos no encaminhamento de inquéritos ao MP-AC, segundo o magistrado, teve mês que não havia processo para ser julgado na Vara Criminal.

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“É importante registrar que no mês de novembro nós realizamos o mês nacional do júri, teve alguns dias que eu não tinha pauta, não tinha processo para instruir”, disse Gross.

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O secretário adjunto de Polícia Civil disse que a delegacia de homicídios tem trabalhado para tentar acabar com a demanda. Portes reconhece que é preciso fazer ajustes.

“Nós implantamos a delegacia de homicídios equipando com a nossa elite, digamos assim, e estamos aí tentando dar cabo dessa demanda que se apresenta. Está longe do ideal, sim. Estamos trabalhando para melhorá-lo e vamos melhorá-lo com alguns incrementos, seja de insumo, seja de pessoal com o trabalho sempre valoroso da nossa delegacia de homicídios”, afirmou Portes.

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O juiz falou ainda sobre o perfil das vítimas apontadas nos processos julgados. Segundo ele, estão na faixa de 31 aos 35 anos e a maioria dos acusados tem em média idade entre 18 e 30 anos.

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“Elas vêm numa mesma proporção de comportamento dos seus agressores. São pessoas que iniciaram, passaram pelo sistema socioeducativo, são pessoas envolvidas com crimes também, envolvidas com sustâncias entorpecentes, então o perfil é muito semelhante ao que se tem de jovens que estão matando e jovens morrendo”, concluiu Gross.

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Acre

Nicolau Júnior destaca papel da Aleac na democracia durante última sessão solene do ano

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O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), deputado Nicolau Júnior (Progressistas), conduziu nesta quinta-feira (18), no auditório do Detran Acre, a última sessão solene de 2025, marcada pela tradicional entrega de Títulos de Cidadão Acreano e Moções de Aplausos. O momento reuniu autoridades, homenageados, servidores e representantes da sociedade civil em uma celebração de reconhecimento e valorização de quem contribui com o desenvolvimento do Estado.

Em seu discurso, Nicolau Júnior destacou a união e o trabalho coletivo como marcas do ano legislativo. O presidente ressaltou que os desafios enfrentados ao longo do período foram superados graças ao empenho conjunto de deputados, deputadas e servidores da Casa. “Cada desafio vencido foi possível graças à união e ao trabalho incansável de todos, que atuaram com obstinação, superando expectativas”, afirmou.

Ao reforçar o papel institucional do Parlamento, Nicolau enfatizou que o Poder Legislativo representa a alma e o espírito da verdadeira democracia, destacando a integração entre os Poderes, as instituições e a população. Segundo ele, a Aleac se consolida como uma Casa aberta, funcionando como um verdadeiro portal de diálogo para atender as necessidades do povo acreano.

O presidente também classificou a solenidade como um reconhecimento público à sociedade civil e política do Estado, transformando o evento em um marco na história do Parlamento acreano e na cultura de um povo que vive e luta por um Acre cada vez melhor. Para Nicolau, a Assembleia cumpre um papel essencial ao fortalecer a conexão entre o Legislativo e os cidadãos que ajudaram a construir o Estado, incluindo aqueles que vieram de outras regiões e adotaram o Acre como sua terra.

Durante o pronunciamento, Nicolau Júnior agradeceu ao governador Gladson Cameli, aos deputados e deputadas, às instituições parceiras e aos servidores do Poder Legislativo, destacando o compromisso coletivo com o fortalecimento das políticas públicas e da democracia.

Encerrando sua fala, o presidente projetou um futuro de ainda mais trabalho e dedicação. Ele afirmou que, em 2026, o entusiasmo será redobrado para garantir melhores serviços à população na esfera do Poder Legislativo Estadual. “Que 2026 seja um ano de grandes realizações no seio desta Casa e para o desenvolvimento do nosso querido Estado do Acre”, concluiu.

Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac

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Acre

Rio Acre sobe quase três metros em 24 horas em Rio Branco após chuvas intensas

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Mesmo com elevação expressiva, nível do rio permanece abaixo das cotas de alerta e transbordo, segundo a Defesa Civil

Foto: Sérgio Vale/ac24horas

O nível do rio Acre em Rio Branco registrou uma elevação de quase três metros nas últimas 24 horas, reflexo direto do grande volume de chuvas que atingiu a capital acreana na quarta-feira (17). As informações foram divulgadas pela Defesa Civil Municipal.

Conforme os boletins oficiais, às 5h da manhã de quarta-feira (17) o rio marcava 6,30 metros. Já no mesmo horário desta quinta-feira (18), o nível chegou a 9,05 metros, o que representa uma elevação aproximada de 2,75 metros em apenas um dia.

Apesar da subida significativa, o rio Acre ainda permanece abaixo da cota de alerta, estabelecida em 13,50 metros, e da cota de transbordo, fixada em 14,00 metros. A Defesa Civil informou que segue monitorando continuamente o comportamento do manancial, principalmente diante da possibilidade de novas chuvas na região.

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Ameaça de desbarrancamento leva Defesa Civil a retirar família de residência

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Foto: Defesa Civil de Rio Branco/divulgação

Uma família precisou ser retirada de uma residência localizada na avenida Dorva Caminho, no bairro Areal, em Rio Branco, na quarta-feira (17), após o registro de ameaça de desbarrancamento durante a forte chuva que atingiu a capital acreana.

De acordo com as informações repassadas, o risco foi identificado em meio às ocorrências provocadas pelo grande volume de chuva que caiu ao longo do dia, elevando a instabilidade do solo em áreas consideradas vulneráveis. Diante da situação, a Defesa Civil Municipal realizou a retirada preventiva dos moradores para evitar possíveis acidentes.

O órgão, no entanto, não informou para onde a família foi levada, nem o número de pessoas que habitavam a residência. Também não há detalhes sobre danos estruturais no imóvel ou se o local seguirá interditado.

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