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Brasil

Desemprego fecha 2022 em 9,3%, o menor nível desde 2015, diz IBGE

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Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS)

No fim do ano passado, 8,6 milhões de brasileiros não trabalhavam; em 2021, índice de desocupação era 13,2% no mesmo período

A taxa de desemprego fechou o ano de 2022 em 9,3%. É o menor valor desde 2015. Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na manhã desta terça-feira (28).

No último trimestre do ano passado, de outubro a dezembro, 7,9% da população do país estava procurando emprego. O número indica um recuo de 0,8 p.p. (pontos percentuais) em relação aos três meses anteriores, entre julho e setembro, quando o índice de desocupação registrado pelo instituto foi de 8,3%.

Em 30 de setembro, havia 9 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho, contra 8,6 milhões de brasileiros desempregados no fim de dezembro de 2022.

A retração, crescente ao longo do ano, mostra que o nível de emprego se recuperou do tombo causado pela pandemia, que teve início em março de 2020. Naquele ano, o indicador foi a 14,2%.

“O ano de 2021 foi de transição, saindo do pior momento da série histórica, sob o impacto da pandemia e do isolamento ocorrido em 2020. Já 2022 marca a consolidação do processo de recuperação”, afirma Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Em relação a 2021, o contingente médio anual da população ocupada cresceu 7,4%. Isso representa incremento de 6,7 milhões de pessoas no mercado. No total, são 98 milhões de brasileiros em postos de trabalho.

“Em dois anos, a desocupação do mercado de trabalho recuou 4,5 p.p.”, calcula Beringuy. Apesar da reabilitação frente aos últimos anos, a taxa de desocupação ainda se encontra 2,4 p.p. acima do menor nível da série, em 2014, de 6,9%.

Falta de carteira bate recorde

O número de trabalhadores sem registro na carteira de trabalho bateu o recorde da série histórica e alcançou 14,9%. De 2021 para 2022, o indicador passou de 11,2 milhões para 12,9 milhões de pessoas.

Esse movimento ocorre apesar do nível de emprego com CLT também ter subido no ano passado. O índice avançou 9,2% e chegou a 35,9 milhões de pessoas.

“Nos últimos dois anos, é possível visualizar um crescimento tanto do emprego com carteira quanto do emprego sem carteira. Porém, é nítido que o ritmo de crescimento é maior entre os sem carteira assinada”, explica Adriana Beringuy.

Além disso, a taxa de informalidade foi de 38,8% entre a população ocupada, o equivalente a 38,6 milhões de trabalhores informais. No trimestre de julho a setembro, a taxa havia sido de 39,4% e, no mesmo trimestre de 2021, de 40,7%.

Desalentados e subutilização

No ano passado, os desalentados somavam 4 milhões. Trata-se, no geral, das pessoas que deixaram de procurarar emprego por não acreditar que conseguiriam.

Já a taxa de subutilização, que calcula o percentual de desocupados, subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, e a força de trabalho potencial, ficou em 18,5%.

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Brasil

Zema se lança à Presidência e diz que vai combater ‘lulismo’ e ‘perseguições’ de Moraes

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Governador fez críticas à gestão petista e ao judiciário, e ressaltou aspectos de seu período durante a gestão

Governador lançou sua candidatura neste sábado
Novo/ Divulgação

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), lançou neste sábado, 16, sua pré-candidatura à Presidência da República em 2026, durante o Encontro Nacional do partido Novo na Zona Sul de São Paulo. Em discurso, o governador fez críticas à gestão petista e ao judiciário, e ressaltou aspectos de seu período durante a gestão à frente do Executivo mineiro.

“Vamos chegar a Brasília para varrer o PT do mapa”, afirmou o governador, e disse que o “lulismo está destruindo o Brasil, precisamos virar essa página”. Zema ainda fez coro aos bolsonaristas mirando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e dizendo querer acabar com o que chamou de “abusos e perseguição” do magistrado.

Zema endureceu o discurso para marcar posição como o candidato presidencial mais à direita para o próximo ano e pretende intensificar viagens pelo País nos próximos meses. Apesar de lançar sua pré-candidatura à presidência da República, ele assumiu que “ajustes” poderiam ser feitos no decorrer da campanha pelos partido políticos. Questionado se abriria mão da liderança na chapa para ocupar uma candidatura de vice-presidente, Zema afirmou que dependerá de conversas com outras siglas.

“Então eu vejo, com naturalidade, essas mudanças na política. Vai depender muito das conversas entre os partidos. Os candidatos, muitas vezes, são considerados e outras vezes não. Mas o nosso projeto é permanecermos candidatos”, disse. Zema ainda elogiou seu possível adversário, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos). “O Tarcísio é competente, lido muito bem com ele. Conversamos regularmente. Admiro o trabalho dele. Ele tem uma aprovação excepcional em São Paulo. E nós temos propostas em comum”.

“Foi o que eu fiz em 2018. Foi o que eu fiz em 2022 em Minas Gerais. Agora tudo na política às vezes muda. Tem fatos não previsíveis. Tem situações que ninguém consegue imaginar. Mas hoje a proposta, e eu me sinto muito confortável, é ser pré-candidato à presidência pelo Partido Novo.” Para Zema, o cenário desenhado é a direita lançar vários candidatos e, no segundo turno, se unirem.

Críticas ao Bolsa Família

Ao ser questionado sobre como enfrentaria o desafio de conquistar votos do eleitorado no Nordeste, o governador reconheceu a dificuldade, particularmente, da direita, e aproveitou para tecer críticas ao Bolsa Família. “O brasileiro está vendo, depois de 20 anos ou mais, que ficar recebendo eternamente o Bolsa Família não melhora a vida dele. É uma perpetuação de uma vida precária, sem dignidade, sem futuro. Eu acredito em emprego. No dia que o Nordeste acordar para isso, e já está acordando, nós vamos ver essa mudança”, afirmou.

“Nós temos de criar um mecanismo de desmame para o Bolsa Família (…). É preferível pagar o Bolsa Família mais três, quatro anos para quem está trabalhando do que ficar pagando trinta, como nós estamos fazendo, para quem fica só fazendo bico”, afirmou o governador mineiro, criticando a falta de qualificação de empregos informais. “Ele fica só carregando ali massa de cimento saco de cimento, ou então lavando carro na rua. Isso, daqui dez anos, não significa qualificação. Mas um emprego com carteira assinada numa empresa bem estruturada”, defendeu Zema.

Estiveram presentes no evento o presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, os deputados federais Marcelo Van Hattem, Adriana Ventura, Ricardo Salles, o senador Eduardo Girão, e o vice-governador Mateus Simões.

Governador defende saída do Brasil do BRICS

Durante o discurso, Zema criticou o presidente Lula afirmando que o “Lulismo está afundando o Brasil” e que o País está “crescendo à base de anabolizantes”. O governador ainda defendeu a saída do País do Brics. Para o chefe do Executivo mineiro, a união entre as nações “não faz nenhum sentido geográfico”, uma vez que os países que integram o grupo não são latino-americanos. “O Brics é uma colcha de retalhos, um frankenstein”, criticou. Zema defendeu que o País se aproxime de “países democráticos ocidentais que têm uma raiz cultural comum” com o Brasil.

“Não quer dizer que nós vamos deixar de fazer comércio com todos esses países. É possível assinar acordos bilaterais com Índia, China e Rússia e estarmos aqui fortalecendo uma união regional que faz todo o sentido. Estarmos mais próximos da Europa, dos países da América do Norte, faz muito mais sentido cultural, sentido em termos de democracia e também sentido em termos geográficos”, concluiu.

Zema disputa espaço entre candidatos da direita

O movimento ocorre no momento em que governadores vêm se organizando em torno de uma frente política articulada para ocupar o espaço deixado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que segue inelegível e em prisão domiciliar. Zema se junta a outros nomes, entre eles Ronaldo Caiado (União-GO), já oficialmente pré-candidato, Ratinho Júnior (PSD-PR), Eduardo Leite (PSD-RS) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), cotados nos bastidores.

Na semana passada, eles participaram de um encontro para discutir estratégias conjuntas e já têm novo jantar marcado pelo presidente do União Brasil, Antonio de Rueda, na próxima terça-feira, 19. Diferentemente de outros rivais nessa corrida, sua candidatura não aguarda o aval de Bolsonaro. O governador chegou a se reunir com o ex-presidente no mês passado apenas para comunicá-lo sobre a decisão.

Apesar do passo dado neste sábado, a pré-campanha de Zema terá limitações. O Novo enfrentará dificuldade orçamentária e, por não ter superado a cláusula de barreira, não terá acesso ao horário eleitoral gratuito em rádio e TV, a menos que faça coligações. Ainda assim, dirigentes do partido avaliam que o mineiro é o melhor posicionado comparado aos outros governadores já que Tarcísio ainda aguarda uma definição de Bolsonaro, Caiado enfrenta divergências dentro do União Brasil, que ainda compõe o governo Lula, enquanto Ratinho Jr. e Eduardo Leite disputam espaço dentro do PSD.

Perguntas e respostas

Quem é Romeu Zema e qual é sua recente decisão política?

Romeu Zema é o governador de Minas Gerais e anunciou sua pré-candidatura à Presidência da República em 2026 durante um evento do partido Novo em São Paulo.

Quais foram as críticas feitas por Zema durante seu discurso?

Zema criticou a gestão do PT e o judiciário, especialmente o ministro Alexandre de Moraes, mencionando abusos e perseguições. Ele afirmou que o “lulismo está destruindo o Brasil” e que é necessário “virar essa página”.

Como Zema se posiciona em relação à sua candidatura e possíveis alianças?

Ele se posicionou como um candidato à direita e mencionou que ajustes na candidatura podem ocorrer dependendo das conversas com outros partidos. Zema afirmou que seu projeto é permanecer como candidato, mas está aberto a negociações.

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Aeroporto de Belém, sede da COP30, registra alagamento neste domingo

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Passageiros filmaram água caindo do teto e tomando conta de parte do chão do espaço. Concessionária atribui problema a obras

O Aeroporto Internacional de Belém teve parte da área de embarque alagada na sexta-feira (15/8). Passageiros que utilizavam a plataforma filmaram a água caindo do teto e tomando conta do chão do espaço. A concessionária do aeroporto, a Norte da Amazônia Airports (NOA), atribuiu o problema a obras de modernização da estrutura.

O alagamento foi alvo de críticas no X. “O povo da COP chegará de avião, ou a bordo da Arca de Noé?”, questionou um perfil da plataforma.

Por meio de nota enviada ao Metrópoles, a NOA disse lamentar o ocorrido e explicou que as obras de melhoria na estrutura incluem intervenções no telhado.

“Foram registrados pontos de infiltração no final da tarde desta sexta-feira (15), quando a região enfrentou alto volume de chuvas em poucas horas”, diz trecho da nota.

A NOA acrescentou ainda que os investimentos no terminal de passageiros aplicados são da ordem de R$ 450 milhões e que estavam previstas no contrato de concessão, mas foram antecipadas.

Belém foi escolhida a sede a Conferência das Partes (COP30) a ser realizada em novembro deste ano. A cidade tem sido alvo de críticas por causa dos preços exorbitantes das hospedagens.

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Anatel já bloqueou 1 bilhão de ligações de telemarkting abusivo

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Desafio atual é combater spoofing e garantir que o número exibido na tela do celular seja, de fato, o número real de origem da ligação

Por Metrópoles

Sabe aquelas ligações insistentes de telemarketing que você recebe dezenas de vezes ao dia, sempre do mesmo número, a ponto de querer desligar o celular de vez? Esse é um problema que, embora alvo de medidas da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), continua afetando milhões de brasileiros.

Nos últimos dois anos, a Anatel determinou às empresas de telefonia o bloqueio de mais de 1 bilhão de números suspeitos de realizar chamadas abusivas. O Brasil tem mais de 200 milhoes de celulares, o que torna o número de bloqueios irrisório.

Segundo técnicos da agência, os responsáveis por essas chamadas — muitas vezes fraudadores — estão sempre um passo à frente das operadoras e dos órgãos reguladores. A mais nova ameaça tem nome: spoofing.

Esse golpe utiliza tecnologia para mascarar o número real de quem efetua a chamada, fazendo com que no visor do celular apareça o próprio número do usuário ou até mesmo o número do banco. A prática, que explora vulnerabilidades nas redes de telecomunicações, tem dificultado a identificação e o bloqueio eficaz desses contatos.

“Essa insistência nas ligações abusivas já ocorre há pelo menos dois anos. Foram mais de 1 bilhão de chamadas bloqueadas apenas nesse período. Implementamos uma série de obrigações para que as operadoras identifiquem usuários que ultrapassam o limite de chamadas permitidas, mas é um processo em constante evolução”, afirmou Nilo Pasquali, Superintendente de Planejamento e Regulamentação da Anatel, ao Contexto Metrópoles. Com Neila Guimarães e Andreza Matais, o programa é ao vivo, de segunda à sexta, das 12h às 14 h.

A Anatel está em fase de desenvolvimento de um sistema de identificação de chamadas com o objetivo de combater o spoofing e garantir que o número exibido na tela do celular seja, de fato, o número real de origem da ligação.

“O spoofing é um problema global. Estamos trabalhando na implementação de uma tecnologia que impeça a falsificação do número de origem. Isso deve reduzir significativamente a efetividade desses golpes”, conclui Pasquali.

O Congresso tem inúmeros projetos para proteger os consumidores das ligações insistentes, mas nenhum deles avançou para votação em plenário.

Enquanto isso, especialistas recomendam que os usuários evitem atender chamadas de números desconhecidos e utilizem aplicativos de bloqueio de chamadas para reduzir os transtornos.

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