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Criminoso procurado por roubo e estupro é preso após confronto com a Polícia Civil no bairro Boa União, em Rio Branco
L.R.A. foi encaminhado sob custódia para receber atendimento médico e, posteriormente, será transferido para a Delegacia de Plácido de Castro, onde ficará à disposição da Justiça

L.R.A. já havia sido preso em 2021 após roubar e estuprar uma dentista. Condenado pelo crime, ele cumpriu parte da pena em regime fechado e posteriormente progrediu para o regime semiaberto, utilizando uma tornozeleira eletrônica
Na última terça-feira, 24, a Polícia Civil do Acre, por meio da Delegacia de Combate a Roubos e Extorsões (DCORE), realizou uma operação que resultou na prisão de L.R.A., de 23 anos, criminoso com uma longa ficha criminal, incluindo roubo e estupro. Durante o cumprimento de dois mandados de prisão, L.R.A. foi alvejado após apontar uma arma de fogo para um policial civil durante uma abordagem na rua Fares Fegali, no bairro Boa União.
O criminoso estava foragido e havia fugido da equipe da DCORE por três vezes anteriormente. Ele utilizava uma motocicleta modelo Biz, de cor cinza e placa NZX-6402, que já havia sido identificada em assaltos recentes. As vítimas, todas mulheres, eram abordadas em ruas desertas, onde o criminoso aproveitava a vulnerabilidade das mesmas.
Segundo os investigadores da Delegacia de Investigação Criminal (DEIC), L.R.A. já havia sido preso em 2021 após roubar e estuprar uma dentista. Condenado pelo crime, ele cumpriu parte da pena em regime fechado e posteriormente progrediu para o regime semiaberto, utilizando uma tornozeleira eletrônica. No entanto, em 2024, ele voltou a cometer crimes, todos contra mulheres, e em locais ermos.
“Após ser identificado em seis ocorrências de roubo e reconhecido pelas vítimas, a polícia representou pela prisão de L.R.A., obtendo dois mandados. Em uma das ações, a roupa e a motocicleta usadas em um dos assaltos foram apreendidas, reforçando as provas contra ele. No entanto, o criminoso conseguiu fugir e cortou a tornozeleira eletrônica”, explicou o delegado titular da DCORE, Leonardo Santa Bárbara.

Motocicleta usada em diversos assaltos contra mulheres foi apreendida durante a operação que resultou na prisão do criminoso. Foto: cedida.
A autoridade policial ressalta que na operação realizada na terça-feira, os policiais localizaram L.R.A. novamente, desta vez utilizando outra moto, também envolvida em crimes. Durante a abordagem, ele simulou estar armado e que iria sacar uma arma, foi quando acelerou a motocicleta em direção aos agentes. Diante do risco iminente, um dos policiais reagiu e disparou dois tiros, que atingiram o criminoso na perna esquerda e na região da tíbia e fíbula, ferindo-o sem gravidade.
L.R.A. foi encaminhado sob custódia para receber atendimento médico e, posteriormente, será transferido para a Delegacia de Plácido de Castro, onde ficará à disposição da Justiça. A moto utilizada nos roubos foi apreendida pela polícia.
Com a prisão de L.R.A., a Polícia Civil acredita ter retirado de circulação um dos criminosos mais perigosos envolvidos em roubos e violência contra mulheres na capital acreana. As investigações continuam para apurar a participação de outros possíveis envolvidos e garantir a justiça para as vítimas.
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Condenado a 12 anos por estupro de enteada é preso em Guajará-Mirim (RO) após tentativa de fuga para Bolívia
Genival L. V., 49 anos, foi capturado pela Polícia Civil; crime ocorreu em Humaitá (AM) em 2014. Acusado havia escapado de perseguição popular em Porto Velho

O acusado recentemente foi perseguido por populares em Porto Velho, mas não foi alcançado. Foto: captada
A Polícia Civil prendeu Genival L. V., 49 anos, condenado a 12 anos de prisão por estuprar a enteada em Humaitá (AM) em 2014. O criminoso foi capturado nesta sexta-feira, dia 5, em Guajará-Mirim, cidade fronteiriça com a Bolívia, onde provavelmente tentava buscar refúgio internacional para escapar da Justiça brasileira.
Genival havia sido alvo de uma perseguição de populares em Porto Velho na semana passada, mas conseguiu evadir-se antes da chegada das autoridades. A prisão foi realizada por agentes da Delegacia de Guajará-Mirim, que atuaram com base em informações sobre seu paradeiro.
O condenado aguarda agora a transferência para o sistema prisional do Amazonas, onde cumprirá a pena pelo crime de estupro. O caso reforça a cooperação interestadual no combate à impunidade de crimes violentos. A Polícia Civil não descarta a possibilidade de novos desdobramentos investigativos.
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Justiça do Acre condena 11 pessoas por morte de indígena forçado a cavar a própria cova em Feijó
Vítima foi sequestrada, torturada e assassinada em crime que chocou o estado; sentenças somam mais de 100 anos de prisão. Caso ocorreu em 2021 e envolveu acusações de racismo e ocultação de corpo

Chegou a 16 o número de pessoas presas pela morte do indígena José Ribamar Kaxinawá, de 32 anos, achado morto em janeiro deste ano na zona rural de Feijó, em junho de 2022. Foto: captada
Onze pessoas foram condenadas pela Justiça acreana pelo assassinato do indígena Ribamar, morto em janeiro de 2022 após ser sequestrado, torturado e obrigado a cavar a própria cova por integrantes do Comando Vermelho. As penas – que somam mais de 150 anos de prisão – incluem condenações por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, tortura e associação criminosa.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Acre, o crime ocorreu após o indígena, que transitava entre a aldeia e a cidade, ter acolhido em sua casa três parentes de Manoel Urbano supostamente ligados ao PCC. Membros do Comando Vermelho local descobriram o fato e, em retaliação, sequestraram Ribamar no dia 7 de janeiro de 2022.
O promotor Carlos Pescador, que atuou no caso, detalhou a crueldade do crime:
“Ele foi levado para uma área rural, onde foi torturado e forçado a cavar sua própria cova. Seu corpo só foi encontrado semanas depois, graças a delações.”
O MPAC denunciou os 11 acusados por homicídio qualificado, corrupção de menores e participação em organização criminosa. Parte deles foi absolvida do homicídio por não estar presente na execução final, mas todos foram condenados pelos crimes de organização criminosa e corrupção de menores.
“Alguns só participaram levando a vítima de um ponto a outro, por isso não foram condenados pelo homicídio. Mas todos foram responsabilizados por integrar a facção e por corromper adolescentes, porque essa foi uma conduta coletiva”, afirmou Pescador.
Dos 11 acusados, 10 compareceram ao julgamento. Apenas uma ré, a única mulher, foi condenada em regime semiaberto; os demais receberam penas em regime fechado .
Um episódio paralelo ocorreu nos dias de julgamento. Isaquéu Sousa Oliveira, um dos acusados considerados peça central no crime, não compareceu e foi morto em Feijó enquanto o júri ocorria em Rio Branco.
“Isaquéu era apontado como responsável principal. Ele começou a falar com pessoas do PCC em Envira, no Amazonas. Quando foram obrigá-lo a assumir sozinho o crime, ele se negou. Acabaram pegando o celular dele, descobriram essas conversas e o executaram da mesma forma que mataram o indígena: em uma cova rasa, com um degolado. Isso aconteceu durante o julgamento, entre os dias 1º e 2”, relatou o promotor.
O MPAC destacou que o caso evidencia o poder crescente das organizações criminosas em áreas indígenas e cidades do interior do Acre.
“Esse é um crime que levanta muitas questões sobre a entrada das facções nas aldeias. Quem está em Rio Branco talvez não tenha a dimensão, mas em municípios como Feijó, Tarauacá, Manoel Urbano e Santa Rosa o impacto é grande. É um desafio para o nosso estado lidar com essa realidade”, concluiu Carlos Pescador.
O caso expõe a violência entre facções mesmo em regiões remotas da Amazônia e a vulnerabilidade de indígenas frente ao avanço do crime organizado. As penas variam de 12 a 28 anos de prisão, com os principais executores recebendo as condenações mais severas.

Dos 11 acusados, 10 compareceram ao julgamento. Apenas uma ré, a única mulher, foi condenada em regime semiaberto; os demais receberam penas em regime fechado. Foto: captada
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VÍDEO: Foragido de Rondônia é preso em Rio Branco por investigadores da DHPP
Lucas Rodrigues da Silva, acusado de tentativa de homicídio, também é investigado por envolvimento com facção criminosa no Acre
Investigadores da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prenderam, na manhã desta quinta-feira (4), Lucas Rodrigues da Silva, na região da Cadeia Velha, em Rio Branco.
O acusado tinha prisão preventiva decretada pela Justiça da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Porto Velho (RO), onde responde por tentativa de homicídio. Segundo as investigações, a vítima foi rendida, torturada e esfaqueada por criminosos.
Em Rio Branco, Lucas também é investigado por outros crimes e por suposta ligação com uma organização criminosa atuante na capital. Ele foi encaminhado à delegacia e segue à disposição da Justiça.
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