Acre
Cresce número de casos de AVC entre jovens: neurologista alerta para riscos e hábitos que estão acelerando o problema
Sedentarismo, estresse, uso de drogas e consumo excessivo de estimulantes estão entre os fatores que impulsionam o aumento dos casos na faixa dos 20 aos 35 anos
O acidente vascular cerebral (AVC), historicamente associado ao envelhecimento, tem alcançado cada vez mais pessoas abaixo dos 40 anos. O professor de Neurologia da Afya Cruzeiro do Sul, Pedro Souza, observa um crescimento expressivo de casos entre jovens de 20 a 35 anos, faixa etária que antes representava um recorte minoritário das estatísticas.
Segundo o especialista, mudanças no comportamento e no estilo de vida têm desempenhado papel central nesse avanço. “Estamos vendo um número significativo de AVC isquêmico em pacientes jovens, e os fatores envolvidos estão diretamente ligados ao modo como estamos vivendo”, afirma o neurologista.
O conjunto de estresse crônico, rotina sedentária e alimentação inadequada tem ampliado o risco de eventos cardiovasculares, inclusive em pessoas sem doenças prévias. “Esses fatores aumentam o risco independentemente da idade. Eles favorecem a formação de placas de gordura nos vasos, que podem comprometer o fluxo sanguíneo cerebral”, explica Dr. Pedro. Embora a aterosclerose seja mais comum em idosos, ele reforça que já se tornou um fator relevante entre adultos jovens.
Uso de drogas e energéticos é um dos principais gatilhos
O neurologista chama atenção para um ponto crítico: o consumo de substâncias psicoativas. “O uso de drogas ilícitas é um fator muito importante. Elas podem provocar vasoespasmo, que reduz abruptamente a circulação sanguínea no cérebro, aumentando o risco de AVC e até de infarto”, alerta.
O excesso de energéticos e estimulantes também tem preocupado especialistas. “O uso abusivo desses produtos aumenta o risco de arritmias, que podem gerar um AVC mesmo em pessoas jovens e aparentemente saudáveis”, acrescenta.
Apesar da gravidade, o reconhecimento dos sinais tende a ser mais rápido entre jovens. “Como muitos não têm outras doenças associadas e não usam medicamentos, a perda súbita de fala, força ou compreensão geralmente chama mais atenção do que em pacientes idosos”, esclarece o médico.
Os sintomas clássicos incluem dificuldade de falar, desorientação, perda de movimento em braços ou pernas e alterações súbitas de compreensão.
Prevenção: pequenas mudanças que evitam grandes riscos
Adotar hábitos saudáveis é a principal arma para reduzir o risco de AVC. Dr. Pedro destaca cinco medidas essenciais:
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Evitar drogas ilícitas e o uso abusivo de energéticos e estimulantes;
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Manter alimentação equilibrada;
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Praticar atividade física regular;
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Buscar avaliação médica periódica, mesmo na ausência de sintomas;
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Evitar automedicação e uso de substâncias sem indicação profissional.
A avaliação recomendada começa com consulta médica e exames laboratoriais básicos. “O painel inicial costuma incluir colesterol, triglicerídeos e glicemia em jejum. Outros exames são definidos conforme o histórico e as necessidades de cada paciente”, explica Dr. Pedro.
Mais informações em http://www.afya.com.br e ir.afya.com.br.
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Cheia do Rio Acre já deixa 34 famílias abrigadas em Rio Branco, aponta boletim da Prefeitura
As fortes chuvas registradas em Rio Branco e a elevação do nível do Rio Acre continuam impactando diretamente a população da capital. De acordo com boletim oficial divulgado às 7h deste domingo (28), o número de famílias abrigadas chegou a 34, totalizando 115 pessoas acolhidas em abrigos oficiais.
Os dados constam no Boletim dos Abrigados, divulgado pela Prefeitura de Rio Branco por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, dentro das ações coordenadas pelas áreas de Produção, Tecnologia, Emprego e Dignidade. O levantamento reflete o aumento da demanda por acolhimento após as chuvas intensas que agravaram o cenário de cheia na capital.
Desde a noite de sexta-feira (27), a cidade enfrenta um período crítico, marcado por alagamentos, transbordamentos de igarapés e avanço das águas do Rio Acre, o que forçou a retirada de famílias de áreas consideradas de risco. Com o transbordamento do rio, a procura por abrigos aumentou, levando o poder público a reforçar a estrutura de acolhimento emergencial.
As equipes da assistência social seguem atuando no atendimento às famílias afetadas, realizando o cadastramento dos abrigados e garantindo suporte básico às pessoas acolhidas. O boletim divulgado na manhã deste domingo consolida os números atualizados até as 7h.
A situação segue sendo monitorada pelos órgãos municipais, que mantêm estado de atenção diante da possibilidade de novos impactos, caso o nível do rio permaneça elevado ou ocorram novas chuvas nas próximas horas.
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VÍDEO: Rio Acre entra em vazante em Brasiléia após atingir pico de 8,80 metros, informa Defesa Civil
O coordenador da Defesa Civil na região de fronteira, major Sandro Cordeiro, informou neste domingo (28) que o nível do Rio Acre em Brasiléia já apresenta processo de vazante, após ter atingido o pico nas últimas horas.
De acordo com o major, a última medição registrada na régua linimétrica aponta que o rio está com 8,50 metros. “Por volta das 23h de ontem, o nível chegou ao ápice de 8,80 metros. Durante a madrugada, já observamos uma vazante de aproximadamente 30 centímetros”, explicou.
Segundo Cordeiro, a redução do nível das águas também já é observada em outras regiões monitoradas. “Tanto na Aldeia dos Patos quanto em Assis Brasil o rio também entrou em processo de vazante”, destacou.
Apesar do cenário mais favorável, a Defesa Civil segue em estado de atenção. O coordenador reforçou que o monitoramento continua sendo feito de forma permanente por meio da sala de situação. “Seguiremos atentos e, caso haja qualquer alteração no nível do rio, voltaremos a divulgar novos boletins oficiais”, concluiu.
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Prefeitura divulga boletim com 34 famílias abrigadas e 115 pessoas em situação de abrigo

O nível do Rio Acre chegou a 14,86 metros na medição realizada às 5h21 deste domingo, 28, conforme boletim divulgado pela Defesa Civil Municipal de Rio Branco nas primeiras horas do dia. O patamar permanece acima da cota de transbordamento, que é de 14,00 metros, mantendo o risco de alagamentos em diversos pontos da capital.
Diante do avanço das águas, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH) divulgou o boletim atualizado sobre a situação dos abrigos. Até o momento, 34 famílias foram acolhidas pelo município, totalizando 115 pessoas em situação de abrigo
Ainda segundo a Defesa Civil, nas últimas 24 horas foram registrados 7 milímetros de chuva em Rio Branco, fator que contribui para a continuidade da elevação do nível do manancial.






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