Brasil
Construtoras envolvidas na Lava Jato pedem crédito em viagem de Lula à Angola
Por: O Antagonista
Empresas investigadas aproveitaram a presença do petista em território angolano para pedir a reabertura de financiamentos no país
Em sua visita oficial a Angola, Lula prometeu que o Brasil vai voltar a investir na África. Reportagem do Estadão mostra que dezoito empresas, entre as quais algumas investigadas e condenadas pela Lava Jato, aproveitaram a presença do petista em Luanda para pedir a reabertura dos financiamentos no país. O valor, de acordo com o jornal, pode chegar a US$ 100 milhões.
Um grupo de executivos da Novonor (antiga Odebrecht), da Andrade Gutierrez e da Queiroz Galvão reuniram-se com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no hotel Intercontinental, o mais luxuoso da capital angolana.
Segundo a reportagem, Haddad orientou que os empresários manifestem seus interesses por meio de uma carta à sociedade, ao Executivo e ao Congresso.
Como mostrou a Crusoé, o discurso de Lula em Luanda não caiu muito bem entre alguns angolanos, para os quais o presidente tem alguma responsabilidade pela atual situação no país.
Durante os dois primeiros mandatos do petista, apoiando-se na influência de Lula, a Odebrecht fechou diversos acordos para construir obras no país. A corrupção na Angola, obviamente, não beneficiou a população.
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Brasil
Governo Lula vai acionar Corte Internacional de Justiça contra Israel por genocídio
O Brasil deve se somar a outros países que já intervieram no processo: Colômbia, Líbia, México, Palestina, Espanha, Turquia, Chile, Maldivas, Bolívia, Irlanda, Cuba e Belize. A Nicarágua retirou seu pedido em abril

Ministro Mauro Vieira revelou que Brasil vai acionar Israel por genocídio em Gaza. Foto: Lula Marques/ABr
BRASÍLIA – O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o governo Luiz Inácio Lula da Silva decidiu ingressar como parte na ação que acusa Israel de promover genocídio na guerra na Faixa de Gaza. O processo corre na Corte Internacional de Justiça (CIJ), por iniciativa da África do Sul.
A informação foi dada pelo chanceler brasileiro em entrevista à rede de TV Al Jazeera. O conteúdo foi gravado durante a Cúpula do Brics e veiculado neste domingo, dia 13, pela emissora árabe sediada em Doha, no Catar.
Mauro Vieira foi questionado sobre a razão pela qual o Brasil não havia ainda apoiado formalmente o processo na CIJ, apesar das reiteradas acusações de Lula sobre o genocídio, limpeza étnica e crimes cometidos pelas Forças de Defesa de Israel, na guerra contra o grupo terrorista Hamas.
“Nós vamos (apoiar). Estamos trabalhando nisso. Vocês terão essa boa notícia muito em breve”, afirmou Vieira. “Fizemos um grande esforço pela mediação, mas os últimos acontecimentos dessa guerra nos fizeram tomar a decisão de nos juntar à África do Sul na CIJ”.
O governo sul-africano entrou com representação contra o Estado de Israel na CIJ ainda em 2023. À época, o Brasil manifestou apenas apoio verbal e diplomático, por meio de notas e declarações oficiais.
Lula decidira apoiar politicamente o processo movido contra Israel pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça. Os sul-africanos acusam governo e militares israelenses de “genocídio” intencional.
O endosso de Lula ocorreu a pedido da Autoridade Nacional Palestina, e provocou críticas internas e reação negativa da comunidade judaica e de Tel Aviv.
Agora, o governo dá um passo além do ponto de vista político e toma partido contra Israel em um processo no tribunal. “Não podemos permanecer indiferentes ao genocídio praticado por Israel em Gaza”, diz Lula.
Crise diplomática
A decisão ainda depende de formalização, mas tende a aprofundar a crise diplomática entre os países, que beira o rompimento de laços.
Em gestos de repúdio ao governo Binyamin Netanyahu, o Palácio do Planalto tem defendido reduzir ao mínimo as relações políticas, comerciais e a cooperação na área de defesa com Israel. Mas é pressionado por alas do PT e aliados de esquerda a ir além e romper completamente qualquer laço com o país.
Até agora o governo diz que isso não poderia ocorrer para preservar os interesses do País e de brasileiros com dupla nacionalidade em Israel, além do peso das relações comerciais e cooperação tecnológica, e os laços históricos na fundação do Estado israelense e da comunidade judaica no Brasil.
Desde 2024, o presidente Lula passou a ser considerado por Tel-Aviv como persona non grata, por declarações que compararam a ação militar israelense em Gaza ao holocausto judeu na Alemanha nazista. O governo Netanyahu protestou chamando o então embaixador Frederico Meyer para uma exposição pública. Lula mandou retirar seu representante de Tel-Aviv, por considerar o ato uma humilhação.
Também por decisão política, o governo Lula se recusou a conceder o aval diplomático (agrément) para que Israel substitua seu embaixador em Brasília – o atual, Daniel Zonshine, deve se aposentar em breve e foi convocado algumas vezes ao Itamaraty para ouvir cobranças e reclamações da chancelaria.
O Palácio do Planalto também interferiu politicamente e barrou a conclusão da compra de blindados de origem israelense para as Forças Armadas.
A Corte Internacional de Justiça, que faz parte do sistema ONU como tribunal superior para disputas entre países, já emitiu uma ordem judicial na causa movida pela África do Sul. A corte determinou que Israel evitasse a prática de atos que pudessem ser considerados genocídio, como danos físicos ou mentais graves aos palestinos, prevenisse e punisse a incitação ao genocídio.
Os juízes também ordenaram que serviços básicos e urgentes, bem como assistência humanitária, fossem prestados aos palestinos em Gaza. Mas o governo israelense é acusado de desrespeitar a liminar.
O Brasil deve se somar a outros países que já intervieram no processo: Colômbia, Líbia, México, Palestina, Espanha, Turquia, Chile, Maldivas, Bolívia, Irlanda, Cuba e Belize. A Nicarágua retirou seu pedido em abril.
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Brasil
Donald Trump diz que deve conversar com o presidente Lula, ‘mas não agora’
O governo brasileiro também deve recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC)

Trump disse que deve falar com Lula, mas não neste momento. Imagem: Reprodução/Redes sociais
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (11) que pretende conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre e medida que taxou em 50% as exportações brasileiras. Contudo, Trump afirmou que a conversa não ocorrerá agora.
Durante visita aos afetados pelas enchentes no estado norte-americano do Texas, Trump foi perguntado se pretende conversar com Lula.
“Talvez, em algum momento, eu possa falar com ele [Lula], mas não agora”, respondeu.
Trump também voltou a defender o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Ele é um homem honesto, que ama o seu povo e é um negociador muito forte”, completou.
Na quarta-feira (9), Trump enviou uma carta ao presidente Lula e anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras ao país norte-americano. As tarifas passam a valer a partir do dia 1º de agosto.
No documento, Trump justifica a medida citando o ex-presidente Bolsonaro, que é réu no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado. Ele também destacou ordens do STF emitidas contra apoiadores do ex-presidente brasileiro que mantêm residência nos Estados Unidos.
Em reação ao tarifaço, Lula declarou que o Brasil é um país soberano com instituições independentes e que não aceitará ser tutelado por ninguém. O governo brasileiro também deve recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC).
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Bebê de 1 mês morre por asfixia após mãe adormecer durante amamentação em Manaus
Mãe suspeita de refluxo ou sufocamento acidental durante o sono; caso é investigado pela polícia

A Polícia Militar informou que a mãe da criança, Cassiane Rocaio, 24 anos, relatou que amamentou a filha durante a madrugada e acabou adormecendo. Foto: WhatsApp/Reprodução
MANAUS – Uma tragédia aconteceu no bairro São Geraldo, na zona centro-sul de Manaus, na madrugada desta segunda-feira (14). Aila Mirela Rocaio, uma bebê de apenas 1 mês e 13 dias, morreu vítima de asfixia. De acordo com a Polícia Militar, a mãe da criança, Cassiane Rocaio, 24 anos, relatou que amamentou a filha e acabou adormecendo.
Cassiane suspeita que a criança possa ter tido refluxo ou que ela, sem querer, tenha rolado sobre a bebê enquanto dormia. A proprietária da quitinete onde a família morava contou à polícia que encontrou a mãe desesperada e chorando. Ao ser questionada, Cassiane confirmou que a filha havia morrido.
A perícia constatou que a morte foi causada por asfixia. O corpo da recém-nascida foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para os procedimentos cabíveis. O caso segue sob investigação das autoridades.
Recomendações de segurança:
Especialistas alertam para os riscos de sufocamento acidental durante o sono com bebês. A orientação é que recém-nascidos durmam em berços separados, com colchão firme e sem objetos soltos, para evitar tragédias como essa.
A polícia aguarda mais detalhes do laudo pericial para concluir as investigações.
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