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Comissão de Saúde debate problemas na estrutura do Into e na regulação de consultas na Fundhacre

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Na manhã desta quinta-feira (31) a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), se reuniu para discutir problemas relacionados à saúde pública. O deputado Adailton Cruz (PSB) foi quem presidiu a reunião, que se concentrou em duas questões: a situação da estrutura do Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into), e as dificuldades na regulação de vagas para atendimento médico na Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre).

Um dos principais tópicos em pauta foi a análise da situação do serviço de regulação estadual e municipal para consultas, com foco em especialidades como neurologia pediátrica e clínica, endocrinologia e oftalmologia. Durante a reunião, foi evidenciada a lacuna entre a alta demanda por essas especialidades e a aparente subutilização das vagas de atendimento, conforme relatado por médicos.

Adailton Cruz pontuou que a neuropediatria emergiu como um ponto de grande preocupação, pois possui uma demanda notavelmente alta. Ele relatou que, ao questionar médicos, soube da ausência de pacientes para serem atendidos por dia, apesar de muitos não conseguirem agendar uma consulta.

“Surpreendentemente, os médicos informaram que, embora haja disponibilidade de vagas, estas frequentemente ficam vazias. A situação é considerada alarmante, uma vez que os pacientes parecem não conseguir agendar consultas, apesar das vagas abertas. Isso nos fez levantar dúvidas sobre o funcionamento eficaz da regulação”, pontuou.

Sobre a não ocupação de vagas de atendimento médico, a direção da Fundhacre relatou que, embora não tenham sido recebidos documentos formais sobre o tema, houve conhecimento informal das vagas não preenchidas. Foi destacada então a necessidade de identificar os municípios que possuem altas taxas de faltas em consultas agendadas, buscando responsabilizar os gestores em relação a esse problema.

Outra questão abordada durante a reunião foi sobre a estrutura do Into. A incapacidade do sistema de ventilação e climatização, que foi concebido com base em uma premissa ecológica para regiões de temperatura amena, foi ressaltada, especialmente dado o clima quente do Acre. Problemas estruturais, incluindo questões elétricas, também foram apontados, prejudicando tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde que atuam no local e precisam conviver num ambiente de alta temperatura.

Durante a reunião, a gerente geral do Into, Dra. Helen Freitas, esclareceu que o projeto inicial de climatização foi resgatado durante a pandemia após anos de inatividade. Ela mencionou a substituição do sistema de turbina por aparelhos de ar-condicionado, buscando melhorar as condições de ventilação. A necessidade de resolver questões estruturais urgentes no Into foi enfatizada, com a diretora relatando conversas recentes com o secretário de Saúde para agilizar as medidas necessárias.

“Temos buscado fazer o possível, no entanto, surgiram obstáculos burocráticos relacionados à instalação de ar-condicionado, uma vez que o Ministério da Saúde exige a aderência ao projeto original de arquitetura”, disse Helen.

O representante do secretário de saúde, José Ayache, comprometeu-se a explorar soluções paliativas enquanto busca formas de aliviar a rede elétrica para suportar mais aparelhos elétricos.

“Vejo pessoas falando de inércia, temos prioridades, tudo é, mas por exemplo, tivemos que resolver um problema em Marechal Thaumaturgo, pois as pessoas estavam sendo atendidas numa balsa. Sobre a instalação do ar-condicionado, eu instalaria hoje, mas temos barreiras burocráticas. Pedi aos engenheiros que contatassem o Ministério da Saúde, que exige a execução do projeto original de arquitetura, algo que sabemos que não vai funcionar, mas se fizermos contrário a eles, caímos no problema de improbidade administrativa”, disse o gestor.

Ayache seguiu informando que vai ao Into hoje para saber se há uma forma de a rede elétrica suportar mais aparelhos elétricos ligados no momento. “Não podemos fazer algo e correr o risco de termos um curto circuito. Se tiver uma solução, nós a encontraremos com toda certeza. Se houver 1% de chance de resolver, será resolvido”.

Ao final da reunião, o deputado Adailton Cruz pontuou que ficou claro que há vacâncias nas consultas, especialmente naquelas mais procuradas. Contudo, foi verificado que está ocorrendo uma falha de comunicação entre a equipe de regulação e os pacientes.

“As pessoas não estão comparecendo, pois não estão sendo informadas sobre o dia correto das consultas. Nós teremos uma conversa com a equipe de regulação do município para saber como está essa questão e trabalhar a informatização desse sistema na Fundhacre. A ideia é instalar um sistema de gestão de prontuários e consultas, para que haja de fato um controle. Ainda não tem data para instalação desse dispositivo, mas nós cobraremos essa melhoria para as próximas agendas”, concluiu Adailton.

Também participaram da reunião os deputados: Tanízio Sá (MDB), Gene Diniz (Republicanos), Antonia Sales (MDB) e o deputado federal Eduardo Veloso (União Brasil).

Texto: Andressa Oliveira

Fotos: Jardy Lopes

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PM de folga impede assalto e prende dois homens após família ser feita refém em Cruzeiro do Sul

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Suspeitos foram baleados e detidos após invadir residência no bairro 25 de Agosto; quatro criminosos participaram da ação.

Dois homens foram presos na noite desta quinta-feira (4) após invadirem uma residência e fazerem uma família refém durante um assalto no bairro 25 de Agosto, em Cruzeiro do Sul. A ação foi interrompida por um policial militar que estava de folga, que reagiu ao ser abordado por um dos suspeitos armados. Um dos detidos, identificado como Cauã, foi baleado na perna, e o outro, Jarlisson, sofreu um ferimento no supercílio. Ambos receberam atendimento médico e foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil.

Segundo relatos das vítimas, quatro assaltantes armados com pistolas entraram na casa e fizeram a família — incluindo uma criança — refém. Eles procuravam ouro e joias, por saberem que a moradora comercializava esses itens. Durante a ação, as vítimas foram algemadas, e a mulher chegou a ser enforcada para revelar onde supostamente guardava o ouro. Sem encontrar os objetos desejados, o grupo fugiu levando relógios, pulseiras, celulares e cerca de R$ 2 mil em dinheiro.

Durante as buscas, a Polícia Militar foi informada de que um colega havia contido dois suspeitos nas proximidades. O PM relatou que estava em frente à própria residência quando viu três indivíduos correndo. Ao perceber que um deles portava uma pistola e apontava em sua direção, reagiu e efetuou um disparo que atingiu Cauã.

Com a dupla, os policiais apreenderam sete relógios, uma pulseira, um perfume, dinheiro, dois celulares e uma pistola Taurus modelo .838, com 13 munições intactas. As vítimas reconheceram os dois como participantes do roubo.

Os outros envolvidos na ação criminosa ainda não foram localizados.

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Justiça do Acre funciona em regime de plantão nesta segunda (8)

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Foto: TJAC/assessoria

O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) informa que não haverá expediente nas unidades jurisdicionais e administrativas na próxima segunda-feira, 8 de dezembro, em virtude do feriado do Dia da Justiça.

A data é comemorada desde 1940, mas sua primeira celebração oficial ocorreu somente dez anos mais tarde, por iniciativa da Associação dos Magistrados Brasileiros. A Lei 1.408, de 1951, criou o Dia da Justiça como feriado forense em todo o território nacional.

O atendimento das demandas emergenciais, no âmbito do primeiro e segundo graus de jurisdição, ocorrerá em regime de plantão, conforme escala definida. A relação de magistradas, magistrados, servidoras e servidores plantonistas pode ser consultada na aba Plantão Judiciário do portal do TJAC ou diretamente pelo link: https://www.tjac.jus.br/spj/.

Os prazos processuais que tenham início ou término durante o feriado serão automaticamente prorrogados para o primeiro dia útil subsequente, garantindo segurança e continuidade à tramitação processual.

 

Fonte: Ascom/TJAC

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Acusado de homicídio em disputa entre facções volta a júri popular nesta quinta em Rio Branco

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Raimundo Fernandes Silva, que havia sido condenado a mais de 21 anos de prisão em 2022, passa por novo julgamento após anulação da sentença pelo TJAC.

Raimundo Fernandes Silva, acusado de homicídio qualificado, voltou a sentar no banco dos réus na manhã desta quinta-feira (5), na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco. Ele é apontado como o autor do assassinato de Alessandro da Silva Santos, ocorrido em 2018. A sessão teve início às 8h30, no Fórum Criminal, e o resultado do julgamento deve ser conhecido no início da tarde.

O réu chegou a ser condenado em fevereiro de 2022 a 21 anos, 10 meses e 15 dias de prisão, em regime fechado. No entanto, a defesa recorreu ao Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), alegando que testemunhas consideradas essenciais não haviam sido ouvidas, o que poderia alterar o entendimento dos jurados.

A Câmara Criminal acolheu o recurso e anulou a sentença, determinando um novo julgamento.

Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu na noite de 8 de agosto de 2018, em meio a uma disputa entre facções criminosas. Alessandro da Silva Santos foi surpreendido quando chegava em casa, no bairro Tancredo Neves, por um homem armado com uma espingarda de grosso calibre e executado com vários disparos.

Raimundo Fernandes Silva foi indiciado pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e não compareceu à sessão do júri realizada em 2022, quando acabou condenado pela primeira vez.

Fonte: PCAC

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