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Com escudos no portão e até na geladeira, corintiano monta casa “100% preta e branca” em SP

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Morador da pacata Salesópolis, Marcello Duque decorou a casa inteiramente com as cores do Corinthians e tem objetos do clube em todos os cômodos, de telefone a calça jeans do Timão

Conhecida pela tranquilidade e por ser a cidade onde nasce o rio Tietê, a pequena Salesópolis, na região metropolitana de São Paulo, tem entre seus 17 mil habitantes um torcedor que fez da própria casa um verdadeiro santuário do Corinthians.

Quem visita o produtor rural Marcello Vinícius Duque, de 52 anos, vê preto e branco de todos os lados. O símbolo do Corinthians está, por exemplo, no portão da casa, na porta da geladeira e no aparelho de telefone. Até mesmo animais de decoração, como uma tartaruga e um sapo, ganharam as cores do clube.

São tantos que Marcello não sabe ao certo quantos itens do Corinthians tem, mas calcula que há mais de 500, em uma casa que, como ele mesmo gosta de dizer, é 100% preta e branca.

Área externa tem símbolo do Corinthians e é toda preta e branca — Foto: Arquivo Pessoal/Marcello Duque

Área externa tem símbolo do Corinthians e é toda preta e branca — Foto: Arquivo Pessoal/Marcello Duque

Motivado por esse amor, ele confia em uma vitória corintiana sobre o Flamengo nesta quarta-feira, às 21h45, no Maracanã, e consequentemente na conquista do tetracampeonato da Copa do Brasil. O primeiro jogo da final, na última semana, em São Paulo, terminou 0 a 0.

– Eu comecei a fazer isso em 2000, quando o Corinthians foi campeão mundial no Rio de Janeiro, contra o Vasco. Eu já desenhei os portões, aí comecei a decorar a casa. Eu tinha muitos itens do Corinthians, então pensei: agora vou começar a decorar a minha casa, porque eu gosto das cores preta e branca. Fui fazendo aos poucos. De quatro em quatro anos, fui sempre incrementando alguma coisa, até chegar a 100% agora – disse Marcelo, que explicou que, no começo deste ano, a casa ainda estava “60% corintiana”.

Torcida começou após decepção

Marcello mora na “casa corintiana” desde 1996, mas a paixão pelo clube começou bem antes disso, curiosamente após uma decepção. O Corinthians vivia uma longa fila e não conquistava um título desde 1954. Em 1976, a equipe chegou à final do Campeonato Brasileiro, mas perdeu para o Internacional. O jejum teria um fim apenas em 1977, com a conquista do Campeonato Paulista.

– Em 1976, eu estava escutando o jogo no rádio com meu tio, que era da Gaviões da Fiel, e o Corinthians perdeu o título para o Internacional. Fiquei meio chateado de ver meu tio chorar. Aí começou eu, com seis anos, Corinthians, Corinthians, Corinthians…

– Então vem 1977, que foi aquela festa. Eu tinha sete anos. Aquilo ficou marcado na minha cabeça. Eu morava em Suzano, o Corinthians foi campeão, e eu, molequinho, saí na rua, à noite. Minha mãe me procurando e não me encontrava. Eu estava na festa do Corinthians, com sete anos de idade. Daquilo em diante, o Corinthians contagiou a gente.

Marcello (à esquerda) ao lado do tio, também corintiano — Foto: Arquivo Pessoal/Marcello Duque

De buzina a calça jeans do Timão

O amor de Marcello pelo Corinthians não se restringe à casa. Um exemplo disso é o carro dele, que tem uma buzina que toca o hino do clube.

– A buzina foi uma edição especial no estado de São Paulo. Um amigo meu comprou e me deu de presente. Foi uma edição assim: saiu e logo depois não teve mais. A buzina não tem valor, não tem preço que pague. Ela vale mais do que o carro – brinca o torcedor.

Telefone da casa de Marcello também é do Corinthians — Foto: Arquivo Pessoal/Marcello Duque

Além disso, não é preciso nem entrar na casa para perceber que ali mora um corintiano fanático. Quem passa pela rua vê dois portões brancos com o símbolo do Corinthians desenhado junto de um gavião. A porta de entrada também tem o escudo do clube. Para completar, a calçada difere-se da dos vizinhos e tem a cor preta.

– Eu vejo muita molecada tirar foto, colocar no status do Facebook, do WhatsApp. Excursões que vêm para a usina, parque, às vezes param o ônibus aqui, e a molecada fica tirando foto. Às vezes eu quero entrar na garagem e tem até que esperar eles tirarem foto para poder entrar com meu carro, no meio do serviço. Mas ela virou um ponto turístico aqui em Salesópolis, a “casa do Corinthians”.

Porta da geladeira tem o desenho do símbolo corintiano — Foto: Arquivo Pessoal/Marcello Duque

Já os objetos corintianos são diversos e estão espalhados pela casa, que é toda decorada em preto e branco: esculturas, almofadas, copos, livros, bonecos, entre outros.

Marcello ainda tem centenas de peças de roupa relacionadas ao Corinthians, desde camisas de jogo, blusas de frio, relógios, um terno que ele adaptou com um pequeno distintivo e até mesmo uma calça jeans do clube.

– Os amigos que não são corintianos dão risada, tiram sarro, né? Mas quem é corintiano acha lindo. Só quem é anti-corintiano que não gosta. Eu gosto mesmo. Isso é amor, uma paixão, uma coisa de alma. Alma e coração.

O torcedor de Salesópolis tem três filhas e dois netos, que não moram na casa corintiana, mas que também torcem pelo clube. A namorada, Fernanda, chegou a duvidar de tamanha coleção no início, mas depois se surpreendeu.

– Quando ele falava para mim que era corintiano, que a casa dele era toda do Corinthians, que ele tinha um guarda-roupas repleto de camisas do Corinthians e todos os acessórios, eu ficava pensando: “Será que é verdade?”. Quando eu vim aqui e vi tudo isso, eu falei: “Realmente, ele faz parte do bando de loucos”.

Animais de decoração também levam as cores preta e branca — Foto: Arquivo Pessoal/Marcello Duque

Expectativas para a final

Nesta quarta-feira, o Corinthians vai em busca de seu quarto título de Copa do Brasil, após também ter vencido a competição em 1995, 2002 e 2009.

Depois do empate em 0 a 0 na Neo Química Arena, o Timão precisa vencer o Flamengo no Maracanã por qualquer placar para ficar com a taça. Em caso de novo empate, a decisão será nos pênaltis.

Marcello assistirá à final da sala, seu cantinho preferido da “casa corintiana” e que, claro, é 100% preto e branco.

– Estou acreditando. Corintiano renasce das cinzas, então vamos que vamos. Não vou poder ir para o Rio, mas vou acompanhar daqui, torcendo contra tudo e contra todos. Porque no primeiro jogo foi uma vergonha o que aconteceu. Aquela bola na mão, que o árbitro de vídeo disse que bateu na barriga. Então nós vamos ser campeões, contra tudo e contra todos.

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Chuva aumenta e Defesa Civil alerta para riscos na captação de água e navegação no Rio Acre

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O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando. Foto: captada 

Suene Almeida

Apesar de Rio Branco não registrar volumes extremos de chuva nos últimos dias, a Defesa Civil Municipal tem monitorado de perto o comportamento do Rio Acre e suas consequências para a capital. Em entrevista nesta sexta-feira (5), o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, detalhou a situação, chamou atenção para riscos menos aparentes e reforçou que o momento exige cautela.

Segundo Falcão, até a manhã de hoje o acumulado de chuva dentro do perímetro urbano estava em cerca de 18 milímetros. No entanto, o volume que atinge a cidade desde o início da tarde tende a alterar esse cenário.  “Daqui a pouco, quando a gente finalizar essa chuva aqui, vamos perceber que o que choveu hoje equivale praticamente à semana inteira”, explicou.

Ele reforça que, embora o índice acumulado não pareça alto dentro de Rio Branco, o quadro regional é mais preocupante. “Mesmo não tendo chovido muito na cidade, nós temos um acumulado na bacia de 250 a 300 milímetros só nesta primeira semana de dezembro, que nem terminou ainda. Ainda é sexta-feira.”

Oscilações do nível do Rio Acre preocupam

O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta, uma queda significativa em poucos dias. Apesar disso, Falcão esclarece que não há risco de enchente neste momento.

O alerta da Defesa Civil, porém, está focado em outro ponto, que é na presença de balseiros, grandes aglomerados de troncos e vegetação que descem com a correnteza e podem causar danos a estruturas e embarcações.

“Existe uma preocupação atual nossa em relação a essa oscilação de nível, que é a formação de balseiros. Esses balseiros colocam em risco a captação de água e a navegação, trazendo grandes possibilidades de acidentes”, afirmou o tenente-coronel.

Ele explica que, mesmo sem perspectiva de transbordamento, o comportamento irregular do rio traz desafios que exigem vigilância constante. “A gente não está preocupado com o transbordamento, que não vai acontecer agora, mas estamos atentos às outras consequências que o nível do rio traz quando ele oscila dessa forma”, destacou.

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando, “Essas primeiras chuvas já mostram que a gente precisa ficar alerta. O momento é de atenção, não de pânico”, concluiu.

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Prefeito de Rio Branco anuncia pagamento do salário e 13º de servidores para o dia 19 de dezembro

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Tião Bocalom afirmou que os depósitos devem injetar cerca de R$ 80 milhões na economia local e destacou que a gestão mantém todos os pagamentos em dia

A confirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada na Praça da Revolução. Segundo o gestor, os dois pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia local. Foto: captada 

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, anunciou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (5) que o salário de dezembro e o 13º salário dos servidores municipais serão depositados no próximo dia 19. Segundo o gestor, os pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia da capital.

Bocalom destacou que a política da administração municipal é a de antecipar parte do 13º apenas mediante solicitação do servidor, prática que, de acordo com ele, é pouco comum.

— A grande maioria dos nossos trabalhadores deixa para receber tudo no final do ano, como foi pensado quando o 13º foi criado — afirmou.

O prefeito explicou ainda que adiantar o pagamento no meio do ano pode reduzir o impacto financeiro do benefício devido aos descontos obrigatórios, o que, em sua visão, “desvirtua” o propósito original da gratificação natalina. Ele também reafirmou o compromisso da gestão com a pontualidade nos pagamentos.

— Nunca atrasamos salários, férias ou qualquer outro direito. Fechamos o ano mais uma vez com tudo em ordem, pagando todos os nossos trabalhadores — completou Bocalom.

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Obra do viaduto Mamedio Bittar em Rio Branco é adiada para março de 2026

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Prefeitura culpa atraso na entrega de insumos vindos de outros estados; estrutura, orçada em R$ 24 milhões, estava prevista para dezembro de 2025

A prefeitura admitiu que não conseguirá entregar a obra ainda este ano e divulgou que a nova previsão é o primeiro trimestre de 2026. Foto: captada 

A Prefeitura de Rio Branco admitiu que não conseguirá entregar ainda este ano a construção do viaduto Mamedio Bittar, na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a gestão municipal adiou a conclusão da obra para março de 2026.

O novo prazo é o terceiro anunciado pela administração: inicialmente, a entrega estava prevista para outubro de 2025, depois foi adiada para dezembro e, agora, para o primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicosnecessários para a estrutura.

— Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores — justificou o município.

De acordo com a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e, após a conclusão do viaduto, ainda serão realizados serviços de acabamento. A prefeitura não informou se o custo inicial de R$ 24 milhões foi alterado.

O viaduto Mamedio Bittar é considerado essencial para desafogar o trânsito em uma das áreas de maior fluxo da capital acreana, especialmente nos horários de pico. A previsão atual é que a obra seja entregue totalmente concluída e dentro dos padrões de qualidade até março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicos necessários para a estrutura. Foto: captada 

Nota da Prefeitura de Rio Branco

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esclarece que o atraso na entrega do Elevado Mamedio Bittar ocorreu em razão de dificuldades no fornecimento dos insumos metálicos utilizados na obra.

O material é fabricado sob medida, de forma milimétrica, e adquirido junto a grandes siderúrgicas do sul do país, como a Usiminas e a Gerdau, que atendem não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Houve, portanto, atrasos na produção e na entrega dessas estruturas, o que impactou diretamente o cronograma da obra.

Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores.

Neste momento, os últimos vãos estão sendo concretados e os serviços de urbanismo já foram iniciados. Após a conclusão da estrutura, ainda serão executados os acabamentos do tabuleiro, passeios, laterais, pintura e toda a urbanização na parte inferior do elevado.

A Prefeitura reforça que não irá inaugurar a obra de forma inacabada. A previsão é de que o Elevado Mamedio Bittar seja entregue totalmente concluído e dentro dos padrões de qualidade no primeiro trimestre de 2026, mais precisamente até o mês de março.

Ainda segundo a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e que, após a conclusão do viaduto, ainda haverá serviços de acabamento. Foto: captada 

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