Conecte-se conosco

Cotidiano

Butanvac, Versamune: o que se sabe sobre as novas vacinas contra a Covid-19

Publicado

em

Novos imunizantes foram anunciados pelo governo de São Paulo e pelo governo federal, respectivamente, na sexta-feira (26)

Ilustração de vacina contra Covid-19 desenvolvida no Brasil – Foto: MIGUEL NORONHA

Weslley Galzo

O governo de São Paulo, através do Instituto Butantan, e o governo federal, através do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTIC), anunciaram na sexta-feira (26) que estão desenvolvendo suas próprias vacinas contra o novo coronavírus: Butanvac e Versamune, respectivamente.

As iniciativas, no entanto, não estão necessariamente próximas de chegar à população. Ambos projetos dependem do crivo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que possam ser feitos os primeiros testes clínicos em humanos. Só depois destes resultados, e comprovada a eficácia, que a produção poderá começar.

Quando ficam prontas?

Em entrevista à CNN, o pesquisador e infectologista Júlio Croda, da Fiocruz, disse que o prazo anunciado pelo governador João Doria de início, em julho, da aplicação de 40 milhões de doses dificilmente será cumprido.

“Não é tão rápido que isso acontece. Apesar da capacidade de produção existir pelo Instituto Butantan, por usar tecnologia similar à vacina da gripe, a gente precisa de tempo desses estudos de fase 3 para evidenciar a eficácia da vacina, assim como foi feito com a Coronavac”, afirmou.

Já Helena Faccioli, CEO da Farmacore, indústria farmacêutica que participou do desenvolvimento da Versamune, afirma que a previsão é que os ensaios clínicos, em humanos, durem entre seis e nove meses.

Se a Anvisa liberar os ensaios clínicos, as empresas farão as primeiras duas fases de testes em cerca de 360 voluntários. O objetivo é avaliar se a vacina gera os anticorpos necessários e se não há efeitos colaterais graves.

Na sequência, vem a fase três, que deve contar com 20 mil a 30 mil voluntários e servirá para testar se o imunizante realmente vai oferecer a proteção necessária no dia a dia. A partir disso, ela espera que entre janeiro e fevereiro de 2022 a Anvisa já esteja analisando um pedido de uso emergencial da vacina. Se for aprovado, a distribuição pode ser feita imediatamente.

Como funcionam?

Faccioli explica que a Versamune tem a proteína S-1, que impede que o vírus se conecte às células do corpo, evitando a instalação da doença. Ainda que o vírus consiga se ligar à célula, o SARS-Cov-2 será combatido pelas células T ativadas por uma partícula nano lipídica também presente na vacina, – a grosso modo, é como uma partícula de gordura muito pequena.

Assim, a ação do imunizante se baseia na interação destes dois compostos. Se o trabalho da proteína S-1 falhar, as partículas nano lipídicas terão “treinado” as células T para o combate ao novo coronavírus, o que inclusive colabora para que pessoas que tenham contraído o vírus uma vez não passem por uma reinfecção.

Já a Butanvac usa o vetor viral da proteína Spike do coronavírus, que foi modificado geneticamente. Apesar da diferença em relação ao vírus da gripe, a produção será feita com os mesmos métodos utilizados pelo Butantan na vacina contra a influenza.

A principal mudança que este sistema de produção traz é a sua simplicidade em relação aos demais métodos utilizados no desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19, em geral mais tecnológicos e com necessidades especiais de armazenamento.

Quantas doses serão necessárias?

O diretor do Butantan, Dimas Covas, afirmou que a vacina Butanvac poderá imunizar a população com apenas uma dose. “É uma possibilidade. O fato de você ter uma melhor resposta imunológica permite utilizar apenas uma dose”.

No caso da Versamune, serão duas doses com intervalo de 21 dias entre elas. Até o momento, os testes foram conduzidos em camundongos, e a resposta imunológica foi muito satisfatória: 98% dos animais não foram infectados pelo vírus. Dos que desenvolveram a doença, nenhum morreu.

São eficazes contra as variantes do novo coronavírus?

Butanvac é desenvolvida, segundo Covas, para garantir o combate da variante P1 do coronavírus, identificada pela primeira vez em Manaus. Além de neutralizar a variação brasileira do vírus, ele disse que o Butantan poderá adaptar o imunizante. “Na realidade, nós trabalhamos na versão P.1 da vacina, então quando entrar em produção será na versão P.1”, afirmou.

Coordenador da pesquisa da USP, Célio Lopes Silva diz que a Versamune também pode se modificar para combater as variantes do novo coronavírus.

Comentários

Continue lendo
Publicidade

Cotidiano

Joaquin Assaf bate recorde estadual absoluto nos 100 metros livres

Publicado

em

Foto arquivo pessoal: Joaquin ainda disputará três provas no Brasileiro

Joaquin Assaf(Miragina) bateu nesta quinta, 4, durante a disputa do Campeonato Brasileiro Júnior, no parque aquático do Flamengo, no Rio de Janeiro, o recorde estadual absoluto na prova dos 100 metros livres 54”18. A marca colocou o atleta acreano na 29ª colocação no torneio nacional.

“O Joaquin baixou 16 centésimos da sua marca e isso é um resultado expressivo. Poderia ter sido ainda melhor”, declarou o presidente da Federação Aquática do Estado do Acre (FAEA), professor Ricardo Sampaio.

50 borboleta

Joaquin Assaf disputa nesta sexta, 5, a prova dos 50 metros borboleta e a meta é novamente diminuir o tempo.

“A meta precisa ser baixar o tempo. É necessário realizar uma grande prova e esperar o resultado”, afirmou Ricardo Sampaio.

Comentários

Continue lendo

Cotidiano

Equipe da APA termina na última colocação na Copa de Acesso 2025

Publicado

em

Foto leofclemos.foto: Time acreano fechou a competição sem vitória

A equipe da Associação de Paratletas Acreanos(APA) terminou na última colocação na Copa de Acesso, competição promovida pela Confederação Brasileira de Basquetebol em Cadeira de Rodas(CBBC) em Niterói, no Rio de Janeiro.

O time acreano fez quatro jogos na primeira fase do torneio e foi derrotado pelas equipes do Coyotes, do Pará, Manaus, do Amazonas, Vida Ativa, de Rondônia, e Águia, do Amapá.

Atletas da Seleção

A APA fechou o evento nacional em 2024 na última posição e para 2025 contratou as atletas Gabriela Oliveira e Débora Costa, ambas da Seleção Brasileira, e mesmo com os reforços a equipe acreana não conseguiu vencer nenhuma partida.

ADESUL é campeã

A ADESUL, do Ceará, venceu o Coyotes, do Pará, por 58 a 49 e nesta quinta, 4, conquistou o título da Copa de Acesso.

Comentários

Continue lendo

Cotidiano

Finais do Campeonato Estadual começam em Epitaciolândia

Publicado

em

Foto Francisco Dinarte: Melhores equipes acreanas estarão em quadra na disputa do título

Começam nesta sexta, 5, a partir das 14 horas, no ginásio Wilson Pinheiro, em Epitaciolândia, as finais do Campeonato Estadual de Voleibol, no feminino e no masculino. O torneio terá representantes de todas as regiões do Estado.

“Iniciamos a competição com as disputas das fases regionais e, agora, chegamos no momento decisivo do torneio”, declarou o presidente da Federação Acreana de Voleibol (FEAV), professor João Petrolitano.

Grupos do feminino

A

AVQ

Jotas

Teles

Epitaciolândia

B

Tarauacá

Feijó

Cruzeiro do Sul

Mâncio Lima

Chaves do masculino

“A”

Feijó

Teles

Epitaciolândia

Tarauacá

“B”

Corpo

AVQ

Cruzeiro do Sul

Rodrigues Alves

Comentários

Continue lendo