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Bolsonaro é o 4º ex-presidente do Brasil preso. Relembre outros casos

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Além de Bolsonaro, outros 3 ex-presidentes foram presos desde o fim da ditadura, em 1985. Veja processos e circunstâncias de cada prisão

Quatro ex-presidentes da República foram presos desde a redemocratização do país, em 1985, com o fim da ditadura militar. O mais recente é Jair Bolsonaro (PL), que estava em prisão domiciliar e foi levado para o regime fechado na manhã deste sábado (22/11), por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Bolsonaro é investigado no Inquérito nº 4.995, que apura tentativas de coação e obstrução de Justiça no processo sobre a tentativa de golpe de Estado. Além disso, ele foi condenado, em setembro, a 27 anos e três meses de prisão no âmbito da Ação Penal nº 2.668.

Além de Bolsonaro, foram presos Fernando Collor, Michel Temer e Luiz Inácio Lula da Silva. A seguir, relembre cada caso, em ordem cronológica das prisões.

Lula

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva – VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

A primeira prisão de um ex-presidente após a redemocratização ocorreu com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 7 abril de 2018. O petista foi detido após condenação proferida no ano anterior pelo então juiz Sérgio Moro, à época responsável pelos processos da Operação Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba.

A sentença apontava que Lula teria recebido um triplex no Guarujá (SP) como propina da construtora OAS, em troca de favorecimento em contratos com a Petrobras. O petista sempre negou as acusações.

Lula se entregou no Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo (SP), e ficou preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba por 580 dias. Em novembro de 2019, o STF determinou sua soltura, entendendo que a execução da pena só poderia ocorrer após o trânsito em julgado.

Em 2023, Lula voltou à Presidência da República.

Michel Temer

Ex-presidente Michel Temer (MDB) – Agência Brasil

O segundo ex-presidente detido foi Michel Temer (MDB). Ele foi preso preventivamente em março de 2019, já no governo Bolsonaro. A ação fez parte da Operação Descontaminação, um desdobramento da Lava Jato que investigava suspeitas de corrupção, organização criminosa, lavagem de dinheiro, fraudes em licitações e cartel envolvendo a construção da usina nuclear Angra 3, no Rio de Janeiro.

A investigação teve como base, entre outros elementos, a delação do engenheiro José Antunes Sobrinho, que afirmou à Polícia Federal que Temer teria ciência do pagamento de R$ 1,1 milhão em propina.

O ex-presidente ficou quatro noites detido no prédio da PF, até ser solto por decisão do desembargador Antonio Ivan Athié, do TRF-2, que entendeu não haver fundamentos suficientes para a manutenção da prisão.

Fernando Collor

Brasília(DF), 25/03/2022 Com apresença do Presidente Bolsonaro. Governador Ibaneis Rocha assina acordo de regularização de terras com governo federal. Foto: Gustavo Moreno/ Metrópoles

O terceiro ex-presidente a ser preso foi Fernando Collor, às 4h de 24 de abril deste ano, em Maceió (AL). Ele se preparava para viajar a Brasília para cumprir voluntariamente a ordem judicial quando foi abordado. A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes.

Collor foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em processo relacionado a um esquema de desvios na BR Distribuidora. A pena fixada foi de 8 anos e 10 meses de reclusão, em regime inicial fechado.

Em maio, a defesa apresentou documentos que comprovavam que Collor enfrenta doenças graves, como Parkinson, apneia do sono severa e transtorno afetivo bipolar. Com base nessas informações, o STF autorizou que ele cumprisse a pena em prisão domiciliar, em caráter humanitário.

Jair Bolsonaro

Ex-presidente Jari Bolsonaro – HUGO BARRETO/METRÓPOLES@hugobarretophoto

O caso mais recente é o de Jair Bolsonaro, o quarto ex-presidente preso após 1985. Desde 4 de agosto, ele cumpre prisão domiciliar por decisão do ministro Alexandre de Moraes, no Inquérito nº4.995, que investiga tentativa de obstrução do julgamento sobre a tentativa de golpe. A medida foi decretada após o descumprimento de cautelares anteriormente impostas.

O filho dele, Eduardo Bolsonaro, e o blogueiro Paulo Figueiredo também fazem parte desse inquérito.

Bolsonaro também foi condenado, em setembro, a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado, no âmbito da Ação Penal nº 2.668. A decisão atribuiu ao ex-presidente participação em crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado, após perder as eleições de 2022.

O STF deve definir, nos próximos dias, o local onde ele começará a cumprir a pena.

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Vídeo mostra Antônia Lúcia invadindo Câmara e causando confusão com seguranças

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Deputada aparece em registro tentando entrar em salas da Câmara de Rio Preto da Eva e discutindo com funcionárias durante busca por uma vereadora.

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Sena Madureira registra 47 casos de estupro infantil em 2025; MPAC alerta para omissão de familiares

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Ministério Público do Acre destaca que omissão de familiares, especialmente de mães que protegem companheiros agressores, é crime e agrava a situação das vítimas; campanha educativa será lançada para estimular denúncias

O município de Sena Madureira registrou 47 casos de estupro infantil entre janeiro e novembro de 2025, segundo dados do Ministério Público do Acre (MPAC). Foto: captada 

O município de Sena Madureira registrou 47 casos de estupro infantil entre janeiro e novembro de 2025, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Acre (MPAC). Os números acenderam um alerta entre as autoridades, que intensificam ações de enfrentamento e convocam a população para colaborar.

De acordo com o MPAC, a participação da comunidade é fundamental para identificar abusadores e proteger crianças e adolescentes. O órgão destacou um ponto sensível nas investigações: a omissão de pais ou responsáveis, principalmente quando tentam proteger o cônjuge agressor.

“Em muitos casos, as mães escolhem apoiar o companheiro em vez de oferecer o suporte necessário à criança. Essa omissão também é crime e agrava ainda mais a situação da vítima”, alerta o Ministério Público.

Para fortalecer o combate aos abusos, a rede de proteção infantil do município — que reúne Conselho Tutelar, MPAC, Poder Judiciário e órgãos da administração pública — está desenvolvendo uma campanha educativa. A iniciativa visa conscientizar a população sobre a importância do cuidado, da vigilância e, principalmente, da denúncia.

Crítica do MPAC
  • Omissão familiar: Mães que apoiam companheiros agressores em vez de proteger crianças
  • Responsabilização: Omissão também configura crime
  • Participação social: Comunidade é fundamental para identificação de abusadores
Ações em curso
  • Campanha educativa: Rede de proteção (Conselho Tutelar, MP, Judiciário e administração pública)
  • Objetivos: Conscientização sobre cuidado, vigilância e denúncia
  • Foco: Proteção de crianças e adolescentes, principais vítimas

Os números expõem uma crise silenciosa no interior acreano, onde fatores culturais e a fragilidade das redes de proteção permitem a perpetuação de abusos sexuais contra crianças. A iniciativa busca romper o ciclo de violência e omissão que caracteriza muitos desses casos.

Os números acenderam alerta máximo entre as autoridades, que destacam um fator agravante: a omissão de pais ou responsáveis, especialmente quando tentam proteger o cônjuge agressor em detrimento da proteção da criança vítima. Foto: art

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PM de Sena Madureira apreende 12 armas, 7,4 kg de drogas e cumpre 12 mandados de prisão em novembro

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Balanço do 8º Batalhão registra 4.838 abordagens, 254 operações e 251 ações comunitárias no mês; veículo roubado foi recuperado

De acordo com o relatório, o batalhão realizou 4.838 abordagens, ampliando a presença policial nas ruas e reforçando ações preventivas. Foto: art

O 8º Batalhão da Polícia Militar divulgou nesta quinta-feira (4) o balanço operacional referente a novembro de 2025, com números que evidenciam a atuação no policiamento, combate ao crime e aproximação com a comunidade na região.

De acordo com o relatório, foram realizadas 4.838 abordagens, além de 254 operações voltadas ao enfrentamento da criminalidade e 251 ações comunitárias, que buscam fortalecer o vínculo entre a PM e a população.

As ações resultaram em:

  • 72 conduções à delegacia;

  • 12 mandados de prisão cumpridos;

  • 7,4 kg de drogas apreendidos;

  • 12 armas de fogo e 3 armas brancas recolhidas;

  • 1 veículo com registro de roubo ou furto recuperado.

A PM destacou que os números refletem o impacto direto no combate ao tráfico e a outros crimes, e reforçou o compromisso de ampliar a presença nas ruas e as ações de segurança no município e região. O balanço consolida uma atuação que integra repressão qualificada e iniciativas de prevenção e proximidade com a comunidade.

A PM também recuperou um veículo com registro de roubo ou furto. Foto: art

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