Cotidiano
Após cratera se abrir, ponte na entrada de Tarauacá está há mais de 4 meses parcialmente interditada
Em fevereiro deste ano, o Rio Tarauacá teve uma das piores enchentes da história e afetou cerca de 90% da cidade, atingindo 28 mil moradores
Moradores de Tarauacá temem ficar isolados ou que ocorra um acidente grave, devido à uma cratera que se formou na cabeceira da ponte na entrada da cidade após o aterro no local ceder.
Por conta da situação, a ponte está parcialmente interditada desde dezembro do ano passado, ou seja, funcionando apenas com uma das pistas. A informação foi confirmada pelo superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Carlos Moraes.
Moraes disse que existe um projeto para obra definitiva no local que aguarda aprovação na sede do órgão em Brasília. Segundo ele, desde que o Dnit reassumiu a manutenção da BR-364, em 2014, tem feito serviços paliativos no local para garantir o tráfego e segurança.
A professora Yonara Machado contou que desde que a ponte foi lançada, há cerca de 10 anos, todos os anos a cratera se abre após período de chuva e enchente e que o local é apenas aterrado com barro.
Em fevereiro deste ano, o Rio Tarauacá teve uma das piores enchentes da história e afetou cerca de 90% da cidade, atingindo 28 mil moradores. Devido à situação, a prefeitura decretou calamidade pública no dia 18 de fevereiro e no dia 22 daquele mês o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) reconheceu a situação de calamidade.
“Moro no bairro que fica antes da ponte, no Corcovado. Desde pequena, a gente atravessa de canoa para o outro lado. Esperamos muito tempo para sair essa ponte e agora estamos muito preocupados porque ela está praticamente caindo. Quando fizeram a ponte, deveriam ter estendido mais, mas como tinha que indenizar morador, resolveram encurtar. Daí, ficou muito próximo ao barranco do rio e logo após ser inaugurada começou a ter erosão. Agora, está bem deteriorada”, contou a moradora.
Ela lembra ainda que, antes da ponte, toda mercadoria que vinha de outros estados para a cidade de Tarauacá e também Cruzeiro do Sul e os demais municípios do Juruá, precisava ser transportada pelo rio, de canoa.
“A ponte, para nós, além de fazer com que parássemos de trafegar pelo rio, que era muito perigoso, ajudou muito nessa questão dos produtos. Se a ponte quebrar vai isolar Tarauacá e as demais cidades aqui e não vai passar mais mercadoria que vem de outros estados para suprir nossas necessidades. Já fomos várias vezes ao Dnit e a única coisa que fizeram foi isolar e sinalizar. Toda vez que o buraco fica grande, eles colocam sacos e sacos de areia, fazem aquele trabalho meia boca só para ir aguentando. Todo ano tem esse problema, mas esse ano está bem pior”, relatou.
Projeto para obra
O superintendente do Dnit explicou que a ponte foi construída em um local em que o Rio Tarauacá é muito instável, ou seja, ainda não teve o seu traçado definido. E que o projeto de implantação da ponte não previu essa instabilidade e alteração de traçado do rio. Por isso, segundo ele, logo depois que a ponte foi inaugurada, o rio começou “atacar” a cabeceira do lado direito.
“Quando o Dnit reassumiu a manutenção da BR-364, esse problema já estava extremamente crítico. Então, avaliamos tecnicamente qual era a melhor solução, ou fazer uma obra de contenção e retificação do curso d’água ou prolongar a ponte em 70 metros, de modo que essa variação do rio não atingisse a cabeceira. Fizemos os estudos técnicos e econômicos, e a solução do prolongamento se mostrou mais viável economicamente. Após esse estudo, iniciamos a elaboração do projeto, que já foi concluído há cerca de um ano, e agora está na iminência da aprovação em Brasília. Até então, estamos fazendo serviço de contenção e manutenção do tráfego”, afirmou Moraes.
A obra para aumentar a extensão da ponte em 70 metros tem uma previsão para ser concluída dentro de um ano. De acordo com o superintendente, a expectativa é que o projeto seja aprovado em até um mês para que seja possível iniciar o processo de licitação para a manutenção definitiva no local.
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Casos de Covid-19 aumentam nas regiões Norte e Nordeste
A atualização destaca haver tendência de aumento dos casos de SRAG por covid-19 em nove estados, todos nas regiões Norte ou Nordeste: Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia, Tocantins, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe
Pelo menos 287 pessoas morreram por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causada por Covid-19 apenas neste mês de janeiro, no Brasil. O total de casos graves com diagnóstico confirmado da doença se aproxima de 900. Os dados são do Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e se referem às notificações feitas ao Ministério da Saúde até o dia 25 de janeiro.
O termo síndrome respiratória aguda grave se refere ao agravamento de sintomas gripais com o comprometimento da função pulmonar. A maioria dos casos acontece após uma infecção viral. Por enquanto, quase 52% dos casos registrado este ano, com resultado positivo para algum vírus, foram provocados por Covid-19. Mas o coronavírus causou 78,7% das infecções que levaram a óbito.
Os dados dessa última atualização reforçam um alerta que já têm sido feito há algumas semanas sobre o aumento das infecções pelo coronavírus. O boletim, inclusive, considera a possibilidade de que uma nova variante mais transmissível possa estar se espalhando.
A atualização destaca haver tendência de aumento dos casos de SRAG por covid-19 em nove estados, todos nas regiões Norte ou Nordeste: Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia, Tocantins, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. A incidência de casos graves é maior entre as crianças pequenas e os idosos, e a mortalidade ocorre majoritariamente em idosos. Mas o levantamento alerta que no Amazonas e em Rondônia tem sido observado um aumento de SRAG também entre jovens e adultos.
De acordo com a pesquisadora Tatiana Portela, as recomendações de praxe permanecem: “Em caso de sintomas gripais, o ideal é ficar em casa em isolamento, evitando transmitir esse vírus para outras pessoas, mas, se não for possível fazer esse isolamento, o recomendado é sair de casa utilizando uma boa máscara. E claro, é muito importante que todas as pessoas estejam em dia com a vacinação contra a covid-19.”
O esquema atual de vacinação no Sistema Único de Saúde (SUS) preconiza duas ou três doses (a depender do imunizante) para todas as crianças de 6 meses a menos de 5 anos. Além disso, idosos e pessoas imunocomprometidas devem receber uma nova dose a cada seis meses. Já as grávidas devem receber uma dose durante a gestação, e as pessoas que fazem parte de algum grupo vulnerável, como indígenas e quilombolas e pessoas com deficiência ou comorbidade, devem tomar um reforço anual.
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Polícia faz duas apreensões de drogas e prende cinco pessoas em Tarauacá
Os três homens foram presos na ação, eles foram levados para a delegacia juntamente com todo o material apreendido, para os devidos procedimentos legais
Duas apreensões de drogas foram realizadas pela Polícia Militar nesta quinta-feira, 30, em Tarauacá e cinco pessoas foram presos, sendo quatro por tráfico. Uma indígena foi detida ao ser flagrado comprando droga.
A primeira apreensão aconteceu na rua Lauriete Borges, bairro Triângulo, quando a PM percebeu uma movimentação estranha em um estabelecimento comercial. Um homem que estava no local demonstrou nervosismo ao notar a presença policial e tentou se esconder nos fundos, onde foi flagrado escondendo entorpecentes.
No total, três homens foram presos na ação e admitiram estar envolvidos na venda de drogas há cerca de um ano na região. Eles foram levados para a delegacia juntamente com todo o material apreendido, para os devidos procedimentos legais.
Já na rua Benjamin Constant, a Polícia Militar, por meio do Serviço de Inteligência, prendeu em flagrante Rafael Vasconcelos de Melo, por tráfico de pedra de crack e oxidado. Segundo a PM, ele já tem diversas passagens por furtos, roubos e tráfico. Uma indígena que estaria comprando drogas do traficante também foi presa.
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