Cotidiano
Após 40 dias sem ver a filha por causa da Covid-19, cirurgião dentista se veste de dinossauro para reencontro no AC
Paulo Roberto trabalha em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e desde o decreto de isolamento social estava sem encontrar com a filha de cinco anos.

Após 40 dias sem ver a filha, cirurgião dentista se veste de dinossauro para reencontro — Foto: Arquivo pessoal
Por Iryá Rodrigues
Há mais de 40 dias sem encontros presenciais com a filha por causa da pandemia do novo coronavírus, o cirurgião dentista Paulo Roberto Pires, 35 anos, colocou fim ao distanciamento.
Ele achou uma alternativa diferente, mas que deixasse a filha feliz, ele, então, alugou um dinossauro inflável para poder abraçar a pequena Marina Diniz, de 5 anos, que adorou a alternativa do pai.
O reencontro dos dois ocorreu na tarde desta sexta-feira (1º), em Rio Branco, após uma amiga do cirurgião que viu a história de um médico que usou um dinossauro para encontrar a família, em São Paulo e sugeriu ao amigo que fizesse semelhante.
“Já recarreguei as baterias. Agora tenho mais energia para continuar”, comemorou o pai, que espera o fim da pandemia e todo esse sacrifício acabar.
Em vídeos do encontro, é possível ver os dois correndo, brincando e trocando abraços e o sentimento compartilhado pelo dois foi de alegria e diversão, conforme descreveu o pai.
O Paulo Roberto trabalha em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e desde que o governo do Acre decretou o isolamento social, ele, que é separado da mãe de Marina, decidiu em conjunto com ela, que para garantir a saúde da menina, ficaria afastado durante a quarentena.
Os dois conversavam virtualmente todos o dias. Mas, a saudade e a distância era um preço muito alto para pai e filha que sempre foram unidos e nunca tinham ficado longe um do outro por um período maior do que uma semana.
“Uma amiga me mandou um link com a história de um colega médico, que se fantasiou e disse que achou muito a minha cara, porque a história era muito parecida. Eu já sabia a história do Dino Acre, que é um rapaz tem o dinossauro inflável e mandei mensagem e pedi para alugar”, contou sobre a ideia.
Depois de alugar o dinossauro, o cirurgião fez toda a higienização e, então, correu ao encontro da filha.
“Fiz toda higienização, borrifação com álcool em toda a fantasia, para não correr risco e não tive nenhum tipo de contato físico, usei máscara, luva, tudo adequadamente higienizado para que pudesse dar um abraço nela que é o que mais estava me fazendo falta”, contou.
Encontro
O encontro durou pouco mais de uma hora. O Paulo Roberto mora no Portal Amazônia e a Marina no jardim Europa. Eles estavam longe mesmo morando tão perto, mas um dinossauro deu um empurrãozinho para fazer a alegria de pai e filha. Os dois, que já tinham chorado muito, estavam só alegria.
“Falo que a gente faz muita maluquice juntos, então, quando me viu de longe, ela disse: ‘olha o meu pai’. Mas, ainda meio desconfiada. Aí fou me aproximando e ela ainda deu um abraço com muito cuidado, mas, percebeu que era o papai mesmo e a gente passou uma hora e meia brincando, foi quando acabou a pilha de inflar o dinossauro”, relembrou.
O cirurgião vai ficar com a fantasia até o início da próxima semana e já garantiu mais encontros durante o final de semana porque saudade acumulada eles têm e muito.

Distância
Paulo Roberto disse que o maior período de tempo que ficou longe da filha tinha sido uma semana e que os dois estavam sempre juntos.
“Nunca, nunca na minha vida [tinha ficado tanto tempo longe]. É muito ruim, muito dolorido e a gente sofre muito porque somos muito apegados. Faço mestrado e ela vai comigo. Sempre que possível a gente está junto e ficar longe é muito difícil, tanto para mim quanto para ela”, relembrou.
O cirurgião contou que no início foi o período mais difícil até que os dois se adaptassem com a nova rotina.
“No começo, a gente se falava e ela chorava de um lado e eu do outro. Mas, a gente conseguiu conversar e ela foi entendendo a importância de a gente estar esse tempo separado que é uma prova de amor, na verdade”, complementou.

A pequena Marina aprovou a ideia do pai — Foto: Arquivo pessoal
Fantasia
A escolha da fantasia foi aleatória, segundo contou o pai. Ele disse que conhecia trabalho do dono do dinossauro e devido o material ser inflável, tornou a higienização mais fácil.
“A ideia era ter um encontro com proteção, poder abraçar ela e evitar ter algum risco. Então, foi ideal porque a gente consegue borrifar todo plástico da fantasia. Foi um contato com muita proteção e cuidado”, concluiu.
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Chuva aumenta e Defesa Civil alerta para riscos na captação de água e navegação no Rio Acre
O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando. Foto: captada
Suene Almeida
Apesar de Rio Branco não registrar volumes extremos de chuva nos últimos dias, a Defesa Civil Municipal tem monitorado de perto o comportamento do Rio Acre e suas consequências para a capital. Em entrevista nesta sexta-feira (5), o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, detalhou a situação, chamou atenção para riscos menos aparentes e reforçou que o momento exige cautela.
Segundo Falcão, até a manhã de hoje o acumulado de chuva dentro do perímetro urbano estava em cerca de 18 milímetros. No entanto, o volume que atinge a cidade desde o início da tarde tende a alterar esse cenário. “Daqui a pouco, quando a gente finalizar essa chuva aqui, vamos perceber que o que choveu hoje equivale praticamente à semana inteira”, explicou.
Ele reforça que, embora o índice acumulado não pareça alto dentro de Rio Branco, o quadro regional é mais preocupante. “Mesmo não tendo chovido muito na cidade, nós temos um acumulado na bacia de 250 a 300 milímetros só nesta primeira semana de dezembro, que nem terminou ainda. Ainda é sexta-feira.”
Oscilações do nível do Rio Acre preocupam
O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta, uma queda significativa em poucos dias. Apesar disso, Falcão esclarece que não há risco de enchente neste momento.
O alerta da Defesa Civil, porém, está focado em outro ponto, que é na presença de balseiros, grandes aglomerados de troncos e vegetação que descem com a correnteza e podem causar danos a estruturas e embarcações.
“Existe uma preocupação atual nossa em relação a essa oscilação de nível, que é a formação de balseiros. Esses balseiros colocam em risco a captação de água e a navegação, trazendo grandes possibilidades de acidentes”, afirmou o tenente-coronel.
Ele explica que, mesmo sem perspectiva de transbordamento, o comportamento irregular do rio traz desafios que exigem vigilância constante. “A gente não está preocupado com o transbordamento, que não vai acontecer agora, mas estamos atentos às outras consequências que o nível do rio traz quando ele oscila dessa forma”, destacou.
Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando, “Essas primeiras chuvas já mostram que a gente precisa ficar alerta. O momento é de atenção, não de pânico”, concluiu.
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Prefeito de Rio Branco anuncia pagamento do salário e 13º de servidores para o dia 19 de dezembro
Tião Bocalom afirmou que os depósitos devem injetar cerca de R$ 80 milhões na economia local e destacou que a gestão mantém todos os pagamentos em dia

A confirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada na Praça da Revolução. Segundo o gestor, os dois pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia local. Foto: captada
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, anunciou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (5) que o salário de dezembro e o 13º salário dos servidores municipais serão depositados no próximo dia 19. Segundo o gestor, os pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia da capital.
Bocalom destacou que a política da administração municipal é a de antecipar parte do 13º apenas mediante solicitação do servidor, prática que, de acordo com ele, é pouco comum.
— A grande maioria dos nossos trabalhadores deixa para receber tudo no final do ano, como foi pensado quando o 13º foi criado — afirmou.
O prefeito explicou ainda que adiantar o pagamento no meio do ano pode reduzir o impacto financeiro do benefício devido aos descontos obrigatórios, o que, em sua visão, “desvirtua” o propósito original da gratificação natalina. Ele também reafirmou o compromisso da gestão com a pontualidade nos pagamentos.
— Nunca atrasamos salários, férias ou qualquer outro direito. Fechamos o ano mais uma vez com tudo em ordem, pagando todos os nossos trabalhadores — completou Bocalom.
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Obra do viaduto Mamedio Bittar em Rio Branco é adiada para março de 2026
Prefeitura culpa atraso na entrega de insumos vindos de outros estados; estrutura, orçada em R$ 24 milhões, estava prevista para dezembro de 2025

A prefeitura admitiu que não conseguirá entregar a obra ainda este ano e divulgou que a nova previsão é o primeiro trimestre de 2026. Foto: captada
A Prefeitura de Rio Branco admitiu que não conseguirá entregar ainda este ano a construção do viaduto Mamedio Bittar, na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a gestão municipal adiou a conclusão da obra para março de 2026.
O novo prazo é o terceiro anunciado pela administração: inicialmente, a entrega estava prevista para outubro de 2025, depois foi adiada para dezembro e, agora, para o primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicosnecessários para a estrutura.
— Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores — justificou o município.
De acordo com a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e, após a conclusão do viaduto, ainda serão realizados serviços de acabamento. A prefeitura não informou se o custo inicial de R$ 24 milhões foi alterado.
O viaduto Mamedio Bittar é considerado essencial para desafogar o trânsito em uma das áreas de maior fluxo da capital acreana, especialmente nos horários de pico. A previsão atual é que a obra seja entregue totalmente concluída e dentro dos padrões de qualidade até março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicos necessários para a estrutura. Foto: captada
Nota da Prefeitura de Rio Branco
A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esclarece que o atraso na entrega do Elevado Mamedio Bittar ocorreu em razão de dificuldades no fornecimento dos insumos metálicos utilizados na obra.
O material é fabricado sob medida, de forma milimétrica, e adquirido junto a grandes siderúrgicas do sul do país, como a Usiminas e a Gerdau, que atendem não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Houve, portanto, atrasos na produção e na entrega dessas estruturas, o que impactou diretamente o cronograma da obra.
Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores.
Neste momento, os últimos vãos estão sendo concretados e os serviços de urbanismo já foram iniciados. Após a conclusão da estrutura, ainda serão executados os acabamentos do tabuleiro, passeios, laterais, pintura e toda a urbanização na parte inferior do elevado.
A Prefeitura reforça que não irá inaugurar a obra de forma inacabada. A previsão é de que o Elevado Mamedio Bittar seja entregue totalmente concluído e dentro dos padrões de qualidade no primeiro trimestre de 2026, mais precisamente até o mês de março.

Ainda segundo a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e que, após a conclusão do viaduto, ainda haverá serviços de acabamento. Foto: captada

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