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Brasil

Após 2 filhos, mulher no AC cria marca para vender lingeries e quebrar padronização do corpo feminino

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Empresária apostou em ensaio com mulheres reais e sem retoques. Clícia Alves começou a empreender porque queria acompanhar mais de perto o desenvolvimento dos filhos.

Após dois filhos, mulher no AC cria marca para vender lingeries e quebrar padronização do corpo feminino — Foto: InStart/Divulgação

 Por Tácita Muniz, G1 AC — Ri Branco

Muito tem se falado sobre a padronização do corpo feminino, debate que tem avançado bastante, mas que ainda requer mudanças. A ânsia pelo corpo perfeito pode gerar, muitas vezes, consequências físicas e psicológicas em muitas mulheres.

E foi pensando nisso, na quebra dos padrões, que a empresária Clícia Alves, de 31 anos, decidiu usar mulheres reais e sem retoques em um ensaio para divulgar a sua marca de venda de lingeries.

Mãe de dois, ela conta que começou a empreender depois da maternidade. O filho mais velho tem 5 anos e o mais novo um. Depois do caçula, ela sentia necessidade de acompanhar mais de perto o crescimento dos filhos e foi então que decidiu criar uma loja virtual para vender peças íntimas.

Mas, ela precisava de um diferencial e focou na venda de lingeries de todos os tamanhos – do menor ao maior e, além de tudo, criou uma marca para tentar empoderar as mulheres, querendo quebrar, dentro do seu nicho, o conceito de corpo perfeito.

“Trabalhei 12 anos em empresa privada e também mexia com vendas em geral, entre elas, a venda de lingeries e vi que tinha público para isso. Com o tempo, fui recebendo o feedback das minhas clientes, que se queixavam que não conseguia achar números maiores que fossem bonitos. Brincavam que quando encontravam a peças íntimas maiores eram feitas para vovós”, relembra.

Amor próprio

Ao pensar no nome da sua loja, Clícia foi além. Ela queria uma marca que casasse com o conceito que sempre quis seguir que é, independe da numeração, deixar que a mulher se sinta bem e sexy com a escolha da peça íntima e, depois de muito pensar, nasceu a “Bem me Quero” há menos de um ano.

“Minhas clientes sempre falavam que gostavam das minhas peças, porque elas não seguiam um padrão, que não tinham só modelos bonitos em números pequenos, então, eu quis continuar nisso”, conta.

As vendas que antes eram esporádicas foram tomando forma de uma empresa. Mais do que isso, o empreendedorismo ajudou Clícia a lutar contra um início de uma depressão.

Porque, ao escolher sair do emprego para ficar mais perto dos filhos, ela se deparou com o impasse de muitas mães, que é o fato quererem acompanhar o desenvolvimento dos filhos, mas também terem a independência financeira.

“Ao mesmo tempo em que eu estava feliz por estar mais perto e poder acompanhar o desenvolvimento dos meus filhos, eu me sentia inútil. Sempre dizia que não nasci para ser só dona de casa. Então, a empresa mudou isso, hoje sou mulher, mãe, dona de casa e empreendedora”, conta.

Ensaio mostra mulheres reais e sem retoques de edição — Foto: Divulgação/InStart

Mulheres reais

O ensaio com modelos reais contou com a ajuda das amigas da empresária. Ela conta que sempre teve um ciclo grande de amizades e escolheu algumas amigas para representar a mulher comum, que tem estrias, celulites, talvez uma dobrinha na barriga, mas que tudo bem, continua sendo bonita e sexy.

“Eu não queria um ensaio em que minha cliente visse a peça e pensasse: ‘fica bem nela, mas não em mim’. Eu não queria modelos representando uma mulher sem imperfeições, uma mulher que não existe. Então, pedi que todas as fotos fossem feitas sem retoques, sem aquele ar de modelo perfeita que nos vendem nas revistas”, conta.

A empresária diz ainda que é preciso avançar e acordar para uma responsabilidade emocional. Segundo ela, o debate deve girar em torno das imperfeições, marcas no corpo que devem ser naturalizadas e aceitas.

“Queria mostrar uma pessoa que deu uma engordada a mais, que a barriga dá um dobrinha, que tem estria e que não tem problema nenhum. As mulheres têm que tirar o complexo de quererem ser perfeitas, não existe perfeição. A mulher tem que se amar do jeito que é”, enfatiza.

Mulheres falaram que ensaio mudou forma que elas viam o corpo — Foto: Divulgação/InStart

Autoestima

Para quem se viu nas fotos, sentiu o resultado na autoestima. Aos 25 anos, Luana Silva contou que depois da maternidade não se via mais como uma mulher atraente. A gravidez do filho, que hoje tem 2 anos, acabou mudando o corpo dela e também a forma de encarar o corpo.

“Eu digo que o ensaio foi um marco na minha autoestima depois da maternidade. Porque eu não gostava mais do que via, meu corpo mudou muito e também têm as coisas que a gente escuta. Quando olhei as fotos, vi que tudo o que eu pensava sobre o meu corpo era fruto de opiniões alheias e que não cabem a mim, só cabe a mim o amor próprio”, conta.

O primeiro momento para Luana foi de timidez, mas, depois ela conta que conseguiu se soltar e que amou o ensaio.

“Me senti bem, mesmo com as imperfeições e me aceitei quando vi as fotos. Eu acho que essa questão de autoestima devia ser trabalhada junto com o pré-natal”, brinca.

E depois do ensaio, ela revela que muitos pretendentes apareceram. Bem humorada, ela brinca: “tive que desativar o meu messenger.”

Daurilene Gadelha, de 46 anos, participou de um projeto como esse pela primeira vez. Ela disse que se sentiu surpresa com o convite, mas que acabou aceitando e se surpreendeu.

“Fiquei com vergonha, porque meu corpo não é mais o mesmo de quando eu era nova. Mas, acabei aceitando, fiz as fotos e amei muito. Pensei: ‘sou uma outra mulher’. Foi uma outra visão da que eu tinha de mim no dia a dia. A gente tem que colocar na cabeça que ainda podemos usar coisas bonitas, independente de nosso corpo”, finaliza.

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Brasil

Dólar opera em queda e fica abaixo de R$ 5,80, com tarifas de Trump no foco; Ibovespa oscila

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Foto: Murad Sezer/ Reuters

O dólar abriu a sessão desta quarta-feira (5) em queda, em um dia mais curto de negociações no Brasil por conta do feriado de Quarta-Feira de Cinzas. As negociações da moeda e do Ibovespa começaram apenas às 13h.

Com o feriado por aqui, as atenções ficam voltadas para o exterior, onde os mercados já estão na ativa. O destaque fica, mais uma vez, com os desdobramentos do “tarifaço” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Na última terça-feira (4), as tarifas de 25% sobre todos os produtos que chegam aos EUA do Canadá e do México entraram em vigor, assim como uma taxa adicional de 10% sobre todas as importações da China. Os países responderam com ameaças e novas tarifas em retaliação aos EUA, o que estressou os mercados globais.

Nesta quarta, porém, o Secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, disse em entrevista à Bloomberg TV que o país deve nunciar medidas de alívio nas tarifas para determinados setores e que as taxas podem se retiradas caso Canadá e México limitem a entrada de imigrantes ilegais nos EUA.

Com a leve mudança no tom das comunicações do governo americano, os mercados globais operam em terreno positivo, com maior otimismo dos investidores.

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera praticamente estável.

Dólar

Às 13h13, o dólar operava em queda de 2,03%, cotado em R$ 5,7963. Veja mais cotações.

Na última sexta-feira (28), a moeda americana teve alta de 1,50%%, cotada a R$ 5,9162.

Com o resultado, acumulou:

• alta de 3,24% na semana;
• avanço de 1,35% no mês; e
• perdas de 4,26% no ano.

Variação do dólar em 2025

Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa tinha alta de 0,11%, aos 122.936 pontos.

Na sexta, o índice teve baixa de 1,60%, aos 122.799 pontos.

Com o resultado, o Ibovespa acumulou:

• queda de 3,41% na semana;
• perdas de 2,64% no mês;
• alta de 2,09% no ano.

Variação do Ibovespa em 2025

O que está mexendo com os mercados?

 

Depois de um dia de quedas generalizadas nas bolsas internacionais por conta dos temores de guerra comercial entre EUA e os países contra os quais Trump impôs as primeiras tarifas de importação, o mercado opera com maior otimismo dos investidores, na expectativa por um tom menos duro do governo norte-americano.

 

Nesta quarta, o Secretário de Comércio dos EUA disse que um anúncio sobre tarifas sobre produtos do México e Canadá era esperado para mais tarde na quarta-feira, depois que ele falou com o Presidente Donald Trump, que está avaliando possíveis setores, como automóveis, que poderiam ver algum alívio potencial.

 

Além disso, Trump deve conversar com os líderes do Canadá e do México nos próximos dias ara tentar chegar a acordos sobre as tarifas.

 

Howard Lutnick também disse que tarifas recíprocas mais amplas ainda viriam em 2 de abril, mas de forma escalonada, com algumas sendo cobradas imediatamente e outras levando semanas ou meses antes de serem impostas.

 

A perspectiva de que os EUA podem ser mais flexíveis com a política tarifária agrada o mercado porque diminui a cautela com a possível pressão inflacionária decorrente das medidas.

 

Taxas maiores aos produtos que chegam aos EUA tendem a elevar os preços dos insumos e produtos no país, encarecendo a produção de diversas cadeias produtivas e os preços para o consumidor final — movimento que pode pressionar a inflação americana.

 

Uma inflação maior nos EUA pode levar o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a elevar suas taxas de juros.

 

Isso aumentaria, também, a rentabilidade dos títulos públicos do país, considerados os mais seguros do mundo, o que leva investidores a retirarem seu dinheiro de ativos de risco e migrarem para esses títulos, influenciando o preço do dólar e, consequentemente, a inflação em todo o mundo.

 

O ‘tarifaço’ de Trump

 

Nesta terça, entraram em vigor as tarifas de 25% que Trump impôs sobre todas as importações que chegam do México e do Canadá aos EUA, além de tarifas adicionais de 10% sobre tudo que vem da China.

 

As taxas sobre México e Canadá foram adiadas por 30 dias, mas o presidente norte-americano afirmou que o início da tarifação é consequência da contínua entrada de drogas provenientes dos países taxados nos EUA.

 

“Não podemos permitir que esse flagelo (a entrada de drogas) continue prejudicando os EUA. Portanto, até que ele pare ou seja seriamente limitado, as tarifas propostas programadas para entrar em vigor no dia 4 de março entrarão, de fato, em vigor, conforme programado”, disse Trump. “Da mesma forma, será cobrada da China uma tarifa adicional de 10% nessa data”.

 

Além das taxas sobre os três países, Trump também já anunciou uma série de outras medidas e semelhantes, como:

 

• tarifas de 25% para todas as importações de aço e alumínio que chegam aos EUA, a partir de 12 de março;
• a cobrança de tarifas recíprocas a países que cobram taxas de importação de produtos americanos, a partir de 2 de abril;
• a promessa mais recente, feita nesta segunda-feira (3), de impor tarifas de importação a todos os produtos agrícolas que chegam ao país também a partir de 2 de abril.

A alternativa para que não haja a cobrança das taxas, segundo Trump, é que “as empresas se mudem para os EUA”

Como resposta ao tarifaço, que começa afetando China, México e Canadá, estes três países foram os primeiros a anunciar novas taxas contra os EUA.

O Canadá foi o mais rápido a reagir e anunciou uma medida de retaliação ainda nesta segunda-feira. Em comunicado, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, afirmou que o país iria impor tarifas de 25% sobre US$ 107 bilhões em produtos dos EUA. Segundo Trudeau, parte das medidas entraria em vigor já nesta terça-feira (4), enquanto o restante passaria a valer em um prazo de 21 dias.

“Nossas tarifas permanecerão em vigor até que a ação comercial dos EUA seja retirada e, caso as tarifas dos EUA não cessem, estamos em discussões ativas e contínuas com províncias e territórios para buscar diversas medidas não tarifárias”, acrescentou o primeiro-ministro canadense.
Depois, foi a vez da China. Pequim não apenas impôs novas taxas de 10% a 15% sobre as exportações agrícolas dos EUA, como também anunciou novas restrições de exportação e investimento a 25 empresas dos EUA, afirmando “motivos de segurança nacional”.

Segundo o governo chinês, produtos como frango, trigo, milho e algodão dos EUA terão uma taxa adicional de 15%, enquanto soja, sorgo, carne suína, carne bovina, produtos aquáticos, frutas, vegetais e laticínios sofrerão uma tarifa extra de 10%. As medidas passam a valer em 10 de março.

Nesse caso, a expectativa é que as novas taxas impostas pela China afetem cerca de US$ 21 bilhões em exportações de produtos agrícolas e alimentícios norte-americanos, deixando as duas maiores economias do mundo um passo mais perto de uma guerra comercial total.

O país já tinha anunciado tarifas de 15% para carvão e gás natural liquefeito (GNL) e taxas de 10% para petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns automóveis dos EUA em fevereiro, também em retaliação às medidas de Trump.

“Tentar exercer pressão extrema sobre a China é um erro de cálculo e um engano”, afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Pequim em uma entrevista coletiva, acrescentando que a China nunca sucumbiu à intimidação ou à coerção.

A China ainda afirmou que vai investigar alguns produtores norte-americanos de um tipo de fibra óptica por burlarem medidas antidumping, além de ter suspendido as licenças de importação de três exportadores norte-americanos e interrompido embarques de madeira serrada vindos dos EUA.

Pequim também adicionou 15 empresas norte-americanas à sua lista de controle de exportação, que proíbe empresas chinesas de fornecer tecnologias de uso duplo a empresas dos EUA, e colocou 10 empresas norte-americanas em sua Lista de Entidades Não Confiáveis ​​por venderem armas para Taiwan. A China reivindica o país como seu próprio território, embora a ilha autônoma rejeite isso.

Por fim, veio o México. Nesta terça-feira, a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum condenou as tarifas impostas pelos EUA e prometeu uma retaliação aos norte-americanos.

Segundo a chefe de Estado mexicana, não há justificativa para que os EUA imponham as taxas de 25% sobre as importações do México, destacando que o país colaborou com o vizinho norte-americano em questões de migração, segurança e combate ao tráfico de drogas.

“Não há razão, fundamento ou justificativa para apoiar esta decisão que afetará nosso povo e nossas nações. Ninguém ganha com esta decisão”, disse Sheinbaum em entrevista a jornalistas, afirmando que daria detalhes sobre a resposta do México às tarifas no próximo domingo (9).

 

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Homem ameaça jovens com motossera durante brincadeiras de Carnaval na Bolívia

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Excessos na folia levaram a incidentes graves; homem reagiu após ser molhado e atingido por tinta por adolescentes

Enquanto a folia é uma tradição celebrada por muitos, casos como esse destacam a necessidade de bom senso e responsabilidade para evitar conflitos e situações de risco. Foto: captada 

Os excessos do Carnaval resultaram em uma cena de tensão em Riberalta nesta terça-feira de folia. Um homem, armado com uma motossera, ameaçou um grupo de jovens que brincavam na rua, jogando água, tinta, lama e espuma em transeuntes. A situação, que lembra cenas de filmes de suspense, foi registrada e viralizou nas redes sociais.

O homem, visivelmente irritado, reagiu de forma agressiva após ser atingido pelas brincadeiras dos adolescentes. “Se me molharem, eu parto em dois”, ameaçou, enquanto empunhava a motossera. Em um tom amedrontador, ele ainda afirmou: “Não mexa comigo, eu não estou brincando”, em uma cena que remete ao clássico filme “O Massacre da Serra Elétrica”.

Os jovens, assustados com a reação, interromperam as brincadeiras e se afastaram do local. A situação chamou a atenção de moradores, que relataram preocupação com os excessos cometidos durante o Carnaval, tanto por parte dos foliões quanto daqueles que reagem de forma violenta.

O incidente serve como um alerta para os limites das brincadeiras de Carnaval e a importância de respeitar o espaço e a vontade das pessoas. Enquanto a folia é uma tradição celebrada por muitos, casos como esse destacam a necessidade de bom senso e responsabilidade para evitar conflitos e situações de risco.

As autoridades locais foram informadas sobre o ocorrido, e a população espera que medidas sejam tomadas para garantir a segurança e a harmonia durante os festejos.

Veja vídeo com Kike Navala:

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The Economist rebaixa o Brasil para 57º lugar no ranking mundial de democracia

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Além disso, 62% dos brasileiros dizem que não expressam suas opiniões sobre os problemas que o País enfrenta, ficando atrás apenas de El Salvador e bem acima da média regional de 44%

O ranking de democracia da The Economist é liderado pela Noruega, seguido pela Nova Zelândia e Suécia. Coreia do Norte, de uma lista de 167 países. Foto: assessoria 

O Brasil caiu seis posições no ranking global de democracia (Democracy Index) de 2024, elaborado pela empresa de inteligência da The Economist, ficando agora no 57º lugar.

No capítulo dedicado ao Brasil, intitulado ‘democracia brasileira em risco’, o estudo afirma que a polarização política aumentou na última década e gerenciar o impacto das plataformas de mídia social na democracia brasileira tem sido problemático, o que levou a Suprema Corte a “passar do limite”.

O documento diz que a questão chegou ao auge em agosto de 2024, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou o bloqueio à empresa de mídia social X porque representava uma “ameaça direta à integridade do processo democrático” antes das eleições locais nacionais de outubro de 2024.

“Restringir o acesso a uma grande plataforma de mídia social dessa forma por várias semanas não tem paralelo entre países democráticos. A censura de um grupo de usuários ultrapassou os limites do que pode ser considerado restrições razoáveis à liberdade de expressão, especialmente no meio de uma campanha eleitoral”, argumenta o texto. E acrescenta: “Tornar certos discursos ilegais, com base em definições vagas, é um exemplo de politização do judiciário”.

Na sequência, a The Economist cita um levantamento do Latinobarómetro de 2023 sobre liberdade de expressão que apontou que 64% dos brasileiros afirmaram que ela “é mal garantida ou não é garantida”, porcentual que estaria acima da média regional de 45%.

Além disso, 62% dos brasileiros dizem que não expressam suas opiniões sobre os problemas que o País enfrenta, ficando atrás apenas de El Salvador e bem acima da média regional de 44%.

O ranking de democracia da The Economist é liderado pela Noruega, seguido pela Nova Zelândia e Suécia. Coreia do Norte, Mianmar e Afeganistão ocupam as três últimas posições, de uma lista de 167 países.

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