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Ameaçada por aluno, professora da Ufac deixa função presencial e cobra providências

A coordenadora do curso de Bacharelado em Nutrição da Universidade Federal do Acre (Ufac), professora Danila Torres de Araújo Frade Nogueira, comunicou oficialmente a adoção do regime de trabalho remoto para o exercício de suas funções na Coordenação, após ter sido alvo de ameaças, assédio e perseguição por um aluno da instituição.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 30, por meio de nota oficial publicada nas redes sociais do curso, e foi formalizada na 1ª Reunião Extraordinária do Colegiado do Curso, realizada na última sexta-feira, 27.
De acordo com o relato da docente, os episódios de violência começaram após o indeferimento de um pedido de segunda chamada de avaliação feito por um discente. O aluno teria reagido com uma ameaça direta: “Cuidado, eu sei por onde a senhora anda”, proferida dentro da instituição, no dia 3 de janeiro deste ano.
Diante da gravidade da ameaça, a professora registrou boletim de ocorrência e notificou formalmente a Universidade. O caso motivou a abertura de processo administrativo, que está, desde o dia 26 de maio, na Reitoria da Ufac, ainda sem deliberação final. Enquanto isso, segundo as informações, o estudante segue frequentando normalmente as dependências do curso.
Danila afirma que o mesmo discente teria descumprido os termos de uma suspensão preventiva, retornando indevidamente ao local e protagonizando novos episódios de conflito, incluindo ameaças a outros servidores, como a técnica administrativa Andréa Rodrigues. O caso resultou na abertura de outro processo administrativo em março, que permanece sem definição por parte da instituição.
Segundo a nota, há pelo menos quatro processos administrativos relacionados ao comportamento do estudante, com denúncias que incluem embriaguez, ameaças, coerção e comportamentos inapropriados, especialmente com mulheres. Alguns desses processos, conforme informado, estão paralisados há meses ou anos.
Mais recentemente, no dia 18 de maio, a coordenadora afirma ter recebido em seu telefone pessoal, fora do horário institucional, um vídeo enviado diretamente pelo mesmo discente, o que foi interpretado como nova tentativa de assédio e perseguição.
Em resposta, a docente solicitou a adoção de medidas imediatas, como: Restrição de acesso do aluno à Coordenação e Secretaria do Curso; Suspensão cautelar, com base no art. 143 da Lei nº 8.112/90; Apoio jurídico da Ufac junto ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal; Retomada dos processos administrativos atualmente paralisados.
Apesar da gravidade das denúncias, até o momento, a única providência efetiva relatada pela professora foi o envio de ofício à Polícia Federal, datado de 10 de junho.
Em sua nota, Danila também contextualiza o cenário alarmante da violência de gênero no estado do Acre. De janeiro de 2018 a junho de 2025, o estado registrou 81 feminicídios e 158 tentativas, segundo dados do Ministério Público Estadual.
A professora afirma que manterá o trabalho remoto enquanto não houver decisão institucional formal sobre os pedidos feitos. Caso não sejam garantidas condições mínimas de segurança para o exercício da função pública, ela declara que poderá renunciar ao cargo de coordenadora.
“Adicionalmente, informo que, caso a decisão institucional implique na continuidade do convívio com o referido discente sem as devidas medidas protetivas, optarei pelo meu desligamento/renúncia das funções de Coordenação do Curso de Nutrição”, escreveu.
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Polícia Civil detém suspeito pela morte do ativista cultural Moisés Alencastro em Rio Branco
A Polícia Civil do Acre (PC-AC) deteve um suspeito pela morte do ativista cultural, jornalista e colunista social Moisés Alencastro (foto), assassinado a facadas em seu apartamento, em Rio Branco. Durante a ação, os investigadores localizaram objetos pessoais da vítima na residência do suspeito, que teve o nome preservado para não comprometer o andamento das investigações.
A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que trabalha para concluir as oitivas até a manhã desta terça-feira, quando deverá se pronunciar oficialmente sobre o caso. Por enquanto, a Polícia Civil informou que não irá se manifestar para não interferir nas apurações.
O caso está sendo conduzido pelo delegado Alcino Júnior, coordenador da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que trabalha com duas principais linhas de investigação: a primeira aponta para crime motivado por homofobia; a segunda considera a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte).
A perícia do Instituto Médico Legal (IML) realizada no apartamento da vítima e no veículo abandonado na estrada do Quixadá, encontrado com os pneus furados e o porta-malas aberto, pode ser determinante para esclarecer a dinâmica do crime. Dentro do carro, foram encontrados alguns pertences pessoais de Moisés.
Segundo o delegado, o estado em que o veículo foi localizado reforça, até o momento, a hipótese de latrocínio. “O modus operandi indica que o homicídio ocorreu primeiro e, em seguida, o autor teria se aproveitado da situação para subtrair os bens da vítima”, afirmou.
Os peritos não encontraram sinais de arrombamento no apartamento, o que indica que Moisés provavelmente conhecia o autor do crime. Vizinhos relataram à polícia que viram o carro da vítima deixando o estacionamento do condomínio por volta das 21h. O motorista, em atitude apressada, teria batido duas vezes no portão antes de fugir em rumo ignorado.
O corpo de Moisés Alencastro foi encontrado ao lado da cama, com diversas perfurações provocadas por faca, dentro do apartamento localizado no Condomínio Nehine, no bairro Morada do Sol.
A Polícia Civil recolheu material biológico e outros vestígios tanto no local do crime quanto no veículo abandonado em uma estrada vicinal na parte alta do bairro São Francisco. Exames genéticos e papiloscópicos foram realizados para auxiliar na reconstituição dos fatos e na identificação da autoria.
“Agora estamos buscando novas pistas no veículo abandonado na zona rural para esclarecer completamente o caso”, afirmou o delegado Sandro Martins.
As investigações seguem em andamento.
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Prefeitura Municipal de Assis Brasil – AVISO DE LICITAÇÃO
Estado do Acre
Prefeitura Municipal de Assis Brasil
Comissão Permanente de Licitação
AVISO DE LICITAÇÃO
PREGÃO PRESENCIAL Nº 013/2025
OBJETO: “Contratação destinada a fornecer material de consumo, higiene, limpeza, descartável e utensílios domésticos. Visando atender as necessidades da Secretaria Municipal de Administração, no âmbito da Prefeitura Municipal de Assis Brasil”
Origem: Secretaria Municipal de Saúde.
Data da Abertura: 15.01.2026 as 09:00h
Retirada do Edital: 23/12/2025 à 14/01/2026
Local De Retirada: site do TCE: https://externo.tceac.tc.br/portaldaslicitacoes/menu/ e e-mail: [email protected] e no site da Prefeitura Municipal de Assis Brasil – Ac www.assisbrasil.ac.gov.br
Horário: de Segunda – Feira à Quinta – Feira das 07:00 às 12:00 horas e de Sexta – Feira das 07:00 às 13:00 horas.
Assis Brasil -AC, 22 de dezembro de 2025.
Willian Azevedo Bandeira
Pregoeiro PMAB
DECRETO Nº022/2025
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Homem é encontrado morto com sinais de espancamento em Assis Brasil; polícia investiga execução por “disciplina” de facção
Corpo de Erivaldo Pereira, o “Badinha”, foi localizado no bairro Cascata; moradores relatam que vítima teria sido punida por suposta série de furtos na cidade

Informações apuradas no local, a Polícia Militar foi chamada até a Rua Otília Marinho de Amorim, onde constatou que a vítima já não apresentava sinais vitais. O cenário indicava sinais evidentes de violência extrema. Foto: cedida
Um homem identificado como Erivaldo Pereira, conhecido como “Badinha”, foi encontrado morto na noite deste domingo (21) no município de Assis Brasil, interior do Acre. O corpo apresentava sinais de violência extrema e foi localizado no bairro Cascata, na Rua Otília Marinho de Amorim, após moradores acionarem a Polícia Militar.
De acordo com relatos preliminares de testemunhas, a vítima teria sido submetida a uma ação conhecida como “disciplina” — termo usado por facções criminosas para punições brutais. A suposta motivação seria uma sequência de furtos atribuídos a Erivaldo na cidade, mas a polícia reforça que todas as linhas de investigação estão em aberto.
A análise inicial do local indicou que a morte pode ter sido resultado de fortes pancadas no tórax e abdômen, compatíveis com espancamento. O corpo foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML), que irá determinar a causa oficial do óbito.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que busca apurar as circunstâncias da morte e confirmar ou descartar a possível ligação com ações de grupos criminosos na região de fronteira.



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