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45 anos: Embrapa Acre destaca tecnologias para setor produtivo

A Embrapa Acre possui um campo experimental com 1,2 mil hectares, com 220 hectares destinados à pesquisa agropecuária e 980 hectares de floresta primária para estudos de manejo de recursos madeireiros e não madeireiros, além de um escritório de transferência de tecnologias no Juruá, sediado em Cruzeiro do Sul.

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Os investimentos em pesquisas contribuíram para o aumento da produtividade e diversificação da produção agropecuária e para a melhoria do segmento agroindustrial, da atividade florestal e comercialização da produção local

Diva Gonçalves | Assessoria/Embrapa

Na sexta-feira, 16 de julho, a Embrapa Acre celebra 45 anos de atuação no Estado, com uma live que reúne colaboradores em geral, representantes de instituições parceiras, parlamentares e produtores rurais. O evento on-line contará com depoimentos de diferentes parceiros sobre como as tecnologias da Empresa têm contribuído para a melhoria do setor produtivo acreano, lançamento de publicações técnicas e destaque de tecnologias. Aberta ao público, a live será transmitida pelo canal da Embrapa no Youtube (https://www.youtube.com/watch?v=vSZB0gRRvJQ).

Criação em 1976 e transformada em Centro de Pesquisa com foco regional em 1992, a Embrapa Acre trabalha para gerar tecnologias e conhecimentos científicos para o uso sustentável dos recursos naturais, planejamento territorial estratégico do estado, desenvolvimento e adequação de sistemas de produção usuais na Amazônia e agregação de valor à produção agropecuária e florestal brasileira.

“Nessa trajetória de mais de quatro décadas, as tecnologias disponibilizadas têm permitido o aproveitamento racional de recursos florestais madeireiros e não madeireiros e dos solos da região, a recuperação de áreas degradadas e de preservação permanente, manutenção de reserva legal, o uso de práticas agrícolas conservacionistas e o planejamento de uso da terra, de acordo com aptidões regionais. Os investimentos em pesquisas contribuíram para o aumento da produtividade e diversificação da produção agropecuária e para a melhoria do segmento agroindustrial, da atividade florestal e comercialização da produção local”, pontua o Chefe-geral da instituição, Eufran Amaral.

Destaques

Além de abordar a contribuição das ações da Embrapa para o desenvolvimento do Acre, o evento comemorativo destacará a interação da pesquisa com produtores rurais de diferentes segmentos (agricultura familiar, pecuária, agroindústria e povos indígenas), que vão compartilhar experiências exitosas com as tecnologias da empresa.

Entre os destaques tecnológicos apresentados está o lançamento do Sistema de Produção de Maracujá, em formato online, que reúne conhecimentos técnicos sobre a cultura. O pesquisador Romeu de Carvalho Andrade, um dos autores da publicação, abordará os diferentes aspectos do sistema e particularidades da cultura.

“O maracujazeiro é uma planta que necessita de cuidados específicos para garantir bons resultados na produção. Procedimentos como o preparo do solo, adubação, podas, polinização manual, controle de pragas e doenças e uso da irrigação são importantes para o sucesso dos cultivos. Com o uso de técnicas adequadas é possível produzir o ano todo. A obra vai auxiliar produtores rurais, técnicos e extensionistas, concentrando em um só lugar informações essenciais para as diferentes etapas da produção comercial”, afirma.

Tecnologias para a sociedade

Ao longo de 45 anos a Embrapa entregou à sociedade uma gama de ativos tecnológicos que impulsionaram atividades produtivas e o desenvolvimento local e regional, possibilitaram ampliar a oferta de alimentos e contribuíram para gerar trabalho e renda no campo e na cidade. Entre essas tecnologias destacam-se diferentes cultivares de mandioca, abacaxi e maracujá adaptadas ao clima e solo da região, variedades de banana resistentes a doenças, cafés clonais, gramíneas resistentes ao encharcamento do solo e consórcios de pastagens com leguminosas entre outras tecnologias acessíveis a produtores rurais com diferentes perfis econômicos.

“No caso específico da pecuária, a adoção em larga escala de gramíneas adaptadas e de consórcio de pastagens com leguminosas, em especial o amendoim forrageiro, entre outras tecnologias recomendadas pela pesquisa, permitiu aumentar a capacidade de supor-te das pastagens de uma para até três Unidades Animal por hectare (UA/ha) em propriedades rurais da região”, diz o chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento, Jackson Rondinelli, que também enfatiza que esse resultado evitou a incorporação de novas áreas aos sistemas produtivos, contribuindo para a conservação da floresta.

As pesquisas da Embrapa também viabilizaram tecnologias que ajudaram a tornar o setor florestal mais produtivo e sustentável, incluindo o Modelo Digital de Exploração Florestal (Modeflora) e metodologias para uso de drones no inventário florestal, essenciais para viabilizar o Manejo 4.0, conceito que preconiza a automação da atividade, processo ainda em curso no País.

Apoio a políticas públicas

Principal instituição de pesquisa do País, a Embrapa desempenha papel estratégico no desenvolvimento nacional. No contexto do Acre, a localização na Amazônia e em região de fronteira favorece o desenvolvimento de pesquisas mais focadas no uso sustentável de produtos da biodiversidade regional, trabalho baseado em temas prioritários para o setor produtivo e alinhado a demandas locais e regionais e que buscam viabilizar o apoio a políticas públicas em áreas convergentes com a atuação da Empresa.

Amaral explica que além de melhorar a produção no Estado, proporcionar melhor gestão do uso da terra, dos recursos naturais e melhoria da qualidade de vida dos produtores acreanos, os conhecimentos, tecnologias e informações geradas pela pesquisa científica também contribuíram para apoio à formulação e implementação de planos, diretrizes, projetos técnicos e ações gerenciais que compõem políticas públicas para os setores agropecuário, florestal e agroindustrial que visam ao aumento da produtividade das culturas e redução das queimadas na região. “Entre essas políticas destacam-se os Planos Agrícolas municipais, o Plano de Mitigação e Adaptação a Mudanças Climáticas, o Zoneamento Agrícola de Risco Climático para diferentes culturas e o Zoneamento Pedo-climático”, destaca.

Nesse processo, foi necessário a Embrapa se inserir em diferentes instâncias encarregadas de discutir e avaliar a formulação e execução de políticas públicas para desenvolvimento do estado, sempre em articulação com outras instituições de pesquisa, inovação e ensino. “Temos representantes no Fórum Permanente de Desenvolvimento do Acre, nas Câmara Técnicas do Agronegócio e de Tecnologia e Inovação, no Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural e Florestal e outros espaços de diálogo coletivo”, complementa Rondinelli.

Outro enfoque na trajetória da Embrapa Acre, de acordo com o gestor, é a construção de parcerias sólidas com o Governo do Estado e com os municípios, como forma de potencializar recursos e ampliar o alcance de resultados. Esse esforço institucional possibilitou a participação efetiva da Empresa na elaboração e execução de programas como o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), Florestas Plantadas, Manejo Florestal Sustentável, Fortalecimento de cadeias produtivas estratégicas para o Estado (grãos, café, mandioca, fruticultura e plantas aromáticas), Sistemas Agroflorestais e Apoio aos Povos Indígenas, entre outras ações.

Atuação na pandemia

Localizada no município de Rio Branco, a Embrapa Acre possui um campo experimental com 1,2 mil hectares, com 220 hectares destinados à pesquisa agropecuária e 980 hectares de floresta primária para estudos de manejo de recursos madeireiros e não madeireiros, além de um escritório de transferência de tecnologias no Juruá, sediado em Cruzeiro do Sul. Com uma ampla carteira de projetos.

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Idaf inicia campanha de recebimento itinerante de embalagens vazias de agrotóxicos no Acre

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O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), em parceria com a Associação das Revendas Agrícolas do Estado do Acre (Araac) e o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV), iniciou na última quinta-feira, 10, nos municípios de Brasileia e Xapuri, região do Alto Acre, a Campanha de Recebimento Itinerante de embalagens vazias de agrotóxicos.

A ação tem como objetivo promover a logística reversa dessas embalagens, com base no princípio da responsabilidade compartilhada entre agricultores, fabricantes, canais de distribuição e o poder público.

Produtores que realizarem a devolução das embalagens receberão um comprovante da entrega, que deve ser guardado por um período de um ano. Foto: Darisson Alencar/Idaf

Segundo Marcelo Machado, coordenador de Fiscalização de Agrotóxicos e Afins do Idaf, a iniciativa reforça o compromisso do setor agropecuário com a preservação ambiental e o uso responsável desses produtos:

“O Idaf tem ampliado suas ações educativas, e já é possível observar avanços significativos no volume de embalagens recolhidas. No entanto, ainda há desafios a serem superados no que diz respeito à conscientização por parte dos produtores. É fundamental que todos reconheçam seu papel e contribuam ativamente para o cumprimento dessa responsabilidade”, explica.

A devolução das embalagens de agrotóxicos é uma iniciativa essencial para a preservação do meio ambiente e da saúde dos produtores rurais, pois reduz significativamente os riscos de poluição e contaminação do solo, muitas vezes causados pelo descarte irregular dessas embalagens.

“Antes, os produtores precisavam se deslocar até a capital para entregar as embalagens na sede da Araac. Agora, com a campanha acontecendo diretamente nos municípios, a adesão aumentou de forma expressiva”, conforme relata Oscar de Almeida, Técnico em Defesa Agropecuária e Florestal do Idaf Unidade Xapuri.

Darisson Alencar, engenheiro agrônomo da unidade do Idaf em Brasileia, destaca o alcance regional da ação. “O recebimento itinerante foi retomado em 2022 e temos percebido uma crescente adesão por parte dos produtores. Em Brasileia, também recebemos agricultores de Epitaciolândia e Assis Brasil, o que demonstra a importância dessa campanha para toda a região.”

O Idaf orienta que serão aceitas apenas embalagens vazias de agrotóxicos, que passou pelo processo de tríplice lavagem, ou ainda embalagens que contenham sobras de produtos que não foram usados totalmente pelo produtor. Após a devolução, será emitido um comprovante, que deve ser guardado por no mínimo um ano, para fins de fiscalização.

Devolução correta das embalagens é uma obrigação legal. Foto: Darisson Alencar/Idaf

“O produtor precisa ter essa consciência e entender que é uma obrigação fazer a entrega das embalagens. Da mesma forma que cuido do meu rebanho, preciso cuidar do ambiente onde vivo. Por isso, todo ano venho fazer a minha parte”, afirmou o produtor rural, Antônio Albuquerque Lima.

A campanha segue até o final do ano, com pontos de recolhimento em sete municípios das diferentes regionais do estado. Todo material recolhido será encaminhado para a Unidade de Recebimento de Embalagens Vazias, em Rio Branco, gerenciada pela Araac, de onde será destinado posteriormente à reciclagem ou incineração em unidades especializadas.

Cronograma de Ações de Coleta

Horário: 08h às 12h – 13h às 17h

– Brasileia – 10/04/2025 (quinta-feira)

Local: BR-317, lado direito da saída para Assis Brasil

Referência: Pátio da loja Casa da Roça (próximo ao Frios Vilhena)

-Xapuri – 11/04/2025 (sexta-feira)

Local: Secretaria Municipal de Floresta, Agricultura e Pecuária

Endereço: Rua Luiz Ramos, nº 0331, bairro Pantanal, no Polo Moveleiro

-Acrelândia – 20/06/2025 (sexta-feira)

Local: Secretaria Municipal de Agricultura

Endereço: Av. Adenilson Rogério de Oliveira, ao lado da Subestação de energia

-Tarauacá – 09/07/2025 (quarta-feira)

Local: Rua Quintino Bocaiuva, nº 170

Referência: Anexo Laço de Ouro Agropecuária

-Cruzeiro do Sul – 11/07/2025 (sexta-feira)

Local: Agrobói – CZS

Endereço: Estrada da Variante, nº 500, bairro Miritizal 1

– Sena Madureira – 04/09/2025 (quinta-feira)

Local: Av. Brasil, nº 2154, bairro Triângulo

Referência: Anexo ao posto do Sisi, em frente ao Supermercado do Euzir

– Manoel Urbano – 05/09/2025 (sexta-feira)

Local: Rua Valéria Caldas Magalhães, Centro

Referência: Ao lado da Raça Agropecuária

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Polícia Militar prende monitorado com moto roubada e apreende arma no Belo Jardim

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Moto roubada é recuperada

Em ações distintas realizadas na tarde de sexta-feira, 11, equipes do 2º Batalhão da Polícia Militar prenderam um homem monitorado por tornozeleira eletrônica com uma motocicleta roubada e, em outra ocorrência, apreenderam uma arma de fogo no bairro Belo Jardim I, em Rio Branco (AC).

O primeiro caso ocorreu no residencial Rosalinda, nas proximidades da BR-364. Uma guarnição do Grupamento Tático foi informada sobre um assalto em andamento. Segundo relato de testemunhas, dois homens armados haviam rendido um cidadão e levado sua motocicleta Yamaha XTZ 150 sob ameaça de arma de fogo.

Com o auxílio do rastreador veicular instalado na moto, um dos policiais conseguiu localizar o veículo usando o próprio celular. As informações levaram os militares até o paradeiro de um dos suspeitos, que usava tornozeleira eletrônica. Com apoio do setor de monitoramento do Iapen, a guarnição chegou ao local onde o assaltante deveria estar, mas ele conseguiu fugir. No entanto, outro homem foi preso e reconhecido pelas vítimas. Ele foi conduzido à Delegacia de Flagrantes (Defla) e autuado por roubo qualificado.

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MPF acompanha processo de registro dos usos rituais da ayahuasca no Acre

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Foto: Getty Images

O Ministério Público Federal no Acre (MPF/AC) instaurou um procedimento administrativo para acompanhar as medidas adotadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) no processo de registro dos usos rituais da ayahuasca como patrimônio cultural imaterial no Estado do Acre.

A iniciativa, conduzida pelo procurador da República Luidgi Merlo Paiva dos Santos, tem validade inicial de um ano e visa garantir que o processo respeite os direitos dos povos indígenas, sobretudo quanto à realização da consulta prévia, livre e informada, conforme previsto na legislação brasileira e em tratados internacionais ratificados pelo Brasil.

O procedimento tem como base informações apresentadas na Ata nº 21/2025, durante reunião com o Departamento de Patrimônio Imaterial (DPI) do IPHAN e a Superintendência do órgão no Acre. Segundo o MPF, o IPHAN está analisando o plano de trabalho submetido para a realização da consulta, que será executada em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) por meio de um Termo de Execução Descentralizada (TED).

Ainda de acordo com o IPHAN, já há orçamento garantido para o início das atividades ainda em 2025.

Como diligência inicial, o MPF determinou o sobrestamento do processo por 60 dias, após os quais será expedido ofício ao Departamento de Patrimônio Imaterial solicitando informações atualizadas sobre o andamento do registro, incluindo os ajustes técnicos no plano de trabalho, a formalização do TED com a UnB e o cronograma das ações previstas para este ano.

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