Brasil
Quadrilha deixa 14 explosivos em Araçatuba e homem fica ferido ao se aproximar de bomba
Três pessoas morreram durante ataque de criminosos fortemente armados a bancos do centro da cidade na madrugada desta segunda-feira (30)
Rafaela Lara
Após os ataques a bancos durante a madrugada desta segunda-feira (30) em Araçatuba, no interior de São Paulo, os criminosos deixaram 14 explosivos espalhados em pontos da cidade. Agentes do Comando e Operações Especiais (COE) e do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) atuam para desativar os explosivos.
Segundo o capitão Alexandre Guedes, porta-voz da Polícia Militar (PM), duas bombas já foram desativadas pelas equipes. Um homem sofreu amputações ao se aproximar de um dos explosivos deixados pelos bandidos.
“Gate e COE tem grande conhecimento [de explosivos]. Agora, nossa preocupação maior é com os explosivos deixados na cidade. Não sabemos o tipo de acionamento, se pode ser acionado a distância ou por aproximação. Há uma varredura em andamento em 14 pontos em que foram deixados explosivos, que precisam ser neutralizados. Dois explosivos já foram [desmontados]”, disse Guedes.
Atualmente, cerca de 380 homens da PM estão em Araçatuba e nas proximidades. De acordo com informações da PM , três pessoas morreram, três ficaram feridas e duas foram presas – um dos criminosos está entre os mortos. Outro homem, segundo informações preliminares da PM, morreu após retornar ao local do ataque, no centro da cidade, para filmar a atuação do grupo.
As buscas pelos demais membros do grupo responsável pelos ataques continuam nesta manhã e contam com apoio do helicóptero Águia. A Santa Casa de Araçatuba informou, por meio de nota, que atende quatro homens feridos no ataque com idades entre 25 e 38 anos.
Nas redes sociais, há imagens que mostram o uso de reféns como “escudo humano” nos carros em movimento. A informação foi confirmada pela prefeitura da cidade.
Homem sofre amputação ao se aproximar de bomba
O porta-voz da PM pediu para que pessoas que encontrarem objetos estranhos em lugares da cidade acionem a Polícia Militar.
Durante a madrugada, um homem que se aproximou dos explosivos acabou sofrendo amputações e é atendido pela Santa Casa de Araçatuba.
Segundo nota do hospital, o homem sofreu “amputação traumática nos pés” e está no centro cirúrgico do local.

Quadrilha ataca bancos e faz reféns em Araçatuba, interior de São Paulo / Reprodução/CNN Brasil (30.ago.2021))
Uso de explosivos com infravermelho
Os responsáveis pelo ataque utilizaram explosivos com infravermelho, que foram espalhados em pontos estratégicos da região. Em uma das detonações, um ciclista foi atingido. Ainda não há informações sobre o estado de saúde dele.
As explosões também causaram queda de energia elétrica em parte da cidade. Segundo os Bombeiros, houve tentativa de assalto às agências do Banco do Brasil e Caixa Econômica, que ficam próximas uma da outra. A PM ainda não sabe informar se os criminosos conseguiram levar valores destes bancos.
A Rodovia Marechal Rondon, um dos acesso à cidade, foi fechada pelos criminosos para atrasar a chegada das equipes policiais.
Quatro veículos, incluindo um ônibus, foram incendiados: um do lado do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), dois na rodovia e um no Centro da cidade, próximo às agências bancárias.
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.









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