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Unidade Penitenciária de Senador Guiomard celebra a formatura de alunos do ensino regular
A representante da Secretaria de Estado de Educação, Márcia Fittipaldy, coordena a escola que funciona dentro do presídio de Senador Guiomard. Ela acompanhou cada etapa até a entrega do tão sonhado certificado dos alunos e disse que o momento é de comemoração

Onze detentos receberam certificado de conclusão do ensino médio. Foto: cedida
O governo do Acre, por meio do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), celebrou nesta terça-feira, 23, os resultados de um trabalho voltado para a educação, feito dentro dos presídios do Acre. Após um ano inteiro de dedicação e compromisso, tanto da equipe educacional quanto dos alunos, 11 detentos, que cumprem pena na Unidade Penitenciária de Senador Guiomard, concluíram com êxito o ensino fundamental.
Arthur Nascimento, diretor da Unidade, disse que ao todo, 95 presos estudam na Escola Veiga Cabral. Ele destacou que a educação é um direito de todos e, para o detento, uma ferramenta fundamental no processo de reinserção social.

Noventa e cinco presos estudam na Escola Veiga Cabral em Senador Guiomard. Foto: Zayra Amorim
A representante da Secretaria de Estado de Educação, Márcia Fittipaldy, coordena a escola que funciona dentro do presídio de Senador Guiomard. Ela acompanhou cada etapa até a entrega do tão sonhado certificado dos alunos e disse que o momento é de comemoração.
“Hoje é um dia de celebração, de encerramento do ano letivo, com muitas conquistas aqui na escola, porque nós temos onze alunos formando no ensino fundamental. Além disso, durante este ano nós conseguimos estruturar a escola, com ares-condicionados, bebedouros, banheiros nas salas de aula, e tudo isso é fruto de um trabalho sério e comprometido que temos feito dentro dos presídios.”
Para o detento D.S., que cumpre pena desde 2017, receber seu certificado de conclusão do ensino fundamental é um privilégio. “Eu tive o privilégio de estar concluindo o meu ensino fundamental. Quero agradecer primeiramente a Deus, depois eu quero agradecer a oportunidade ao estabelecimento penal, ao seu Mário, aos policiais penais e ao diretor do presídio por estarem sempre com a gente, porque pra gente que ganha essa oportunidade de estar se ressocializando através da educação, isso é muito importante, muito obrigado por esse voto de confiança.”

Detendo agradeceu a oportunidade recebida. Foto: cedida
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Nova lei federal torna obrigatória coleta de DNA de condenados a regime fechado e de investigados de crimes graves
Lei 15.295/2025 altera Lei de Execução Penal e de Identificação Criminal; perfil genético não poderá ser usado para fenotipagem e amostra será descartada após perícia

Nos casos de prisão em flagrante relacionados a esses crimes, a identificação criminal com coleta de DNA também será realizada. Foto: captada
O governo federal sancionou a Lei nº 15.295/2025, que torna obrigatória a coleta de DNA de pessoas condenadas a regime fechado e de investigados por crimes graves, como violência extrema, estupro, crimes contra crianças e atuação em organizações criminosas. A lei foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (23) e altera a Lei de Execução Penal e a Lei de Identificação Criminal.
A coleta será realizada por agente público treinado, de forma indolor, no momento do ingresso no presídio (para condenados a regime fechado) ou após o recebimento da denúncia (para investigados dos crimes listados). O material não poderá ser usado para fenotipagem genética(tentativa de prever características físicas) e a amostra biológica deverá ser descartada após a obtenção do perfil, mantendo-se apenas o necessário para eventual contraprova.
Nos casos de crimes hediondos, o processamento do DNA e a inclusão no banco de dados deverão ocorrer em até 30 dias, quando possível. A lei também prevê a obrigatoriedade da coleta em flagrantes dos crimes enquadrados.
A norma entra em vigor após 30 dias de sua publicação e busca fortalecer a investigação criminale a identificação de autores de crimes violentos e recorrentes, ampliando a base de dados genéticos para confronto com vestígios de cenas de crime. A medida atende a demandas de órgãos de segurança e do Ministério Público por modernização das ferramentas de perícia.
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Polícia Militar leva alegria do Natal a crianças de Sena Madureira com ação itinerante

O espírito natalino tomou conta das ruas de Sena Madureira, interior do Acre, nesta segunda-feira, 22, com a realização do projeto Natal Itinerante, promovido pela Polícia Militar do Acre (PMAC), por meio do 8º Batalhão. A ação solidária levou sorrisos, esperança e momentos de acolhimento a cerca de 400 crianças em situação de vulnerabilidade social no município.

A iniciativa foi encerrada com uma apresentação na Praça 25 de Setembro. Foto: cedida
Vestidos a caráter e acompanhados do Papai Noel militar, os policiais percorreram os principais bairros da cidade ao som de canções natalinas. Durante o trajeto, foram distribuídos presentes e gestos de carinho, transformando o dia em uma experiência marcante para as crianças e suas famílias. A iniciativa foi encerrada com uma apresentação na Praça 25 de Setembro, reunindo a comunidade em um clima de celebração, alegria e união.
O capitão Fábio Diniz, comandante do 8º Batalhão, destacou que a ação vai além da entrega de lembranças. “Esse tipo de iniciativa aproxima a Polícia Militar da comunidade e fortalece laços de confiança. O Natal Itinerante é uma forma de mostrar que a polícia também está presente para cuidar, acolher e compartilhar momentos de alegria, especialmente com as crianças, que representam o futuro da nossa sociedade”, afirmou.
O Natal Itinerante foi possível graças à colaboração de policiais militares, empresários locais e amigos da instituição, reforçando que a solidariedade e o cuidado com o próximo são valores capazes de transformar realidades e fortalecer o espírito comunitário, sobretudo neste período natalino.

Foto: cedida

Foto: cedida
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Caso Moisés Alencastro: polícia diz que autor do crime era conhecido da vítima
Veículo do ativista cultural foi encontrado abandonado na Estrada do Quixadá na tarde de segunda (22), com pneus furados e porta-malas aberto. Perícia retornou ao local do crime nesta terça (23) em Rio Branco

De acordo com o diretor do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), Sandro Martins, o trabalho pericial precisou ser complementado com o retorno das equipes ao local do crime e ao veículo encontrado. Foto: arquivo
As investigações preliminares em torno da morte do ativista cultural e servidor do Ministério Público do Acre (MP-AC) apontam que Moisés Alencastro, de 59 anos, pode ter sido vítima de um assassinato e não de um latrocínio, roubo seguido de morte, hipótese esta cogitada inicialmente pela Polícia Civil.
O corpo da vítima foi encontrado dentro do apartamento onde morava no bairro Morada do Sol, na capital acreana, na noite da última segunda-feira (22), com perfurações de faca. O carro dele, por sua vez, foi visto abandonado na tarde do mesmo dia na Estrada do Quixadá.
Na manhã desta terça-feira (23), a perícia retornou ao local para fazer um levantamento mais minucioso à luz do dia. O veículo estava com os pneus furados e o porta-malas aberto com alguns objetos pessoais da vítima.

Carro do servidor público foi levado para frente da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic). Foto: Júnior Andrade/Rede Amazônica Acre
Ainda segundo Alcino, entre os objetos roubados estão o carro e o telefone celular da vítima, além de outros itens ainda em levantamento. O celular de Moisés ainda não foi localizado. No entanto, ele ressaltou que o roubo não foi o motivador principal do crime.
“Latrocínio é quando se mata para roubar. Aqui, a dinâmica indica que a morte ocorreu primeiro e, depois, houve o aproveitamento da situação para levar os bens”, pontuou.
O delegado também informou que não há indícios de arrombamento no apartamento onde o corpo foi encontrado, o que reforça a linha de investigação de que a vítima conhecia o autor do crime.
“Não houve arrombamento. A entrada foi normal. Tudo indica que quem estava no imóvel tinha acesso consensual, ou seja, é alguém conhecido da vítima”, concluiu.

Carro de Moisés Alencastro foi encontrado na Estrada do Quixadá, em Rio Branco, e passa por perícia. Foto: Júnior Andrade/Rede Amazônica
Perícia
De acordo com o diretor do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), Sandro Martins, o trabalho pericial precisou ser complementado com o retorno das equipes ao local do crime e ao veículo encontrado.
Sandro destacou ainda que foram coletados vestígios biológicos e materiais, que passarão por análise técnica, incluindo exames genéticos e papiloscópicos, a fim de auxiliar na reconstituição da dinâmica do crime e na identificação de uma possível autoria.
“Na noite de ontem [22], a perícia esteve no local para o levantamento inicial, mas, por se tratar de um trabalho que exige melhor visibilidade, a equipe retornou hoje pela manhã para um exame mais minucioso. Agora, os peritos também fazem a análise do veículo para identificar vestígios que possam contribuir para a elucidação do caso”, explicou.
O caso
Moisés foi visto pela última vez no domingo (21). Após perderem contato com ele, amigos e colegas passaram a tentar localizá-lo.
O sinal do serviço de nuvem do celular, compartilhado com uma amiga, indicou localização no bairro Eldorado, o que levantou suspeitas. Diante da ausência de resposta, o MP-AC autorizou o arrombamento da porta do apartamento.
O corpo foi encontrado deitado sobre a cama na noite de segunda-feira (22). O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou o óbito. A área foi isolada pela Polícia Militar, e o corpo recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML). O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A morte de Moisés gerou comoção. Amigos, colegas de trabalho e representantes da cultura local prestaram homenagens nas redes sociais, destacaram a atuação dele no serviço público e a contribuição para a vida cultural do estado.
O governador do Acre, Gladson Camelí, lamentou a morte e afirmou que Moisés “era uma pessoa muito querida na sociedade acreana, conhecido por sua alegria e espontaneidade e parte deixando um legado na cultura do estado e no colunismo social, bem como no serviço público”.

Moisés Alencastro foi encontrado morto nesta segunda-feira (22) no apartamento onde morava. Foto: Arquivo pessoal

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