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Tião Viana aparece em lista de governadores que receberam dinheiro da JBS para campanha, diz jornal

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Valores de 214 repasses constam nos 42 anexos apresentados pelos delatores envolvendo 28 partidos; delação da Odebrecht listou R$ 1,68 bi para 26 siglas

Sebastião Viana (PT), governador do Acre – Foto: Alexandre Lima/Arquivo

O jornal Estadão publicou neste domingo (21) reportagem onde são divulgados os nomes dos 16 governadores que teriam recebido dinheiro da empresa JBS para a campanha de 2014. O governador do Acre, Tião Viana (PT), aparece entre os supostos beneficiados com dinheiro, que de acordo com o delator Joesley Batista, era propina paga aos partidos políticos.

A JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, afirmou ter entregue R$ 1,4 bilhão em propinas nos 42 anexos de seu acordo de delação premiada. Os valores nominais de 214 pagamentos constam dos depoimentos e planilhas apresentados pelos delatores envolvendo 28 partidos. Em valores, o grupo concorre com a Odebrecht, cuja delação listou R$ 1,68 bilhão em repasses para 26 partidos.

Os repasses envolvendo a JBS podem ser maiores ainda se forem consideradas todas as doações eleitorais legais. O total relatado no anexos é mais que o triplo do que Joesley Batista havia admitido ter pago como propina – R$ 400 milhões – e mais do dobro do que afirmara Ricardo Saud, ex-diretor de relações institucionais da empresa (R$ 600 milhões).

Em seus pagamentos, a JBS é mais governista do que a Odebrecht. Segundo os relatos dos delatores, o grupo direcionou R$ 616 milhões a integrantes do PT (43,5% do total) e R$ 453 milhões para peemedebistas enquanto a Odebrecht havia reservado 25,4% de seus repasses para os petistas e 14,7% ao PMDB.

Em ambas delações, o PSDB – até 2016 na oposição – aparece em terceiro lugar como beneficiário de propinas. Do dinheiro da JBS, os tucanos ficaram com R$ 90 milhões (6,3% ), um pouco menos do que receberam da Odebrecht (8,9% do total).

Em quarto lugar na lista de repasses da JBS está o PSD, do ministro Gilberto Kassab, com 51,6 milhões (3,6 % do total). O PSD nasceu governista, durante a gestão de Dilma Rousseff (PT), e se mantém assim com Michel Temer (PMDB).

Os documentos revelam ainda que, em 2014, o grupo ajudou o PT e o PSDB a comprar os partidos que participaram das coligações que apoiaram as candidatura de Dilma Rousseff e Aécio Neves. Em uma anotação feita a mão por Saud consta uma lista de “partidos cooptados (parceiros) PT”.

A primeira sigla a aparecer é a do PR, ao lado da qual foi anotado o montante de R$ 34 milhões. A relação segue com PSD (R$ 43 milhões), PP (R$ 45 milhões), PMDB (R$ 129,2 milhões), PCdoB (R$ 13 milhões), PDT (R$ 4 milhões, PV/SP (R$ 1 milhão), PRB (R$ 2 milhões) e termina com o PROS, do então governador do Ceará, Cid Gomes, com R$ 10,5 milhões.

No caso do PSDB, o dinheiro para a compra dos partidos teria saído dos R$ 60 milhões que Joesley afirmou ter pago à candidatura de Aécio à Presidência em 2014. Segundo o depoimento de Saud aos procuradores, o tucano orientou que a propina fosse distribuída por meio de doações oficiais e pagamentos em espécie. O PTB teria sido cooptado por meio da entrega de R$ 20 milhões – R$ 17,95 milhões em doações oficiais e R$ 2,05 milhões em dinheiro. O Solidariedade teria sido arregimentado por meio do pagamento de R$ 15,2 milhões. O PMDB gaúcho teria recebido R$ 1,5 milhão, o DEM R$ 2 milhões e outros dez partidos repartiram R$ 4,4 milhões. O PSDB teria sido o destinatário de R$ 11 milhões.

Centro-oeste

O mapa das propinas da JBS revela uma concentração de pagamentos na região centro-oeste do País, onde estão muitos de seus interesses na área de energia e agronegócio. Para o ex-governador de Mato Grosso Sinval Barbosa (PMDB) o grupo relatou pagamentos que R$ 42,3 milhões. Outros R$ 13,3 milhões teriam sido pagos pelos irmãos Batista ao então secretário da Casa Civil de Barbosa, Pedro Nadaf.

No Mato Grosso do Sul, a JBS teria feito repasse aos três últimos governadores do Estado. Zeca do PT teria recebido R$ 3,1 milhões. Seu sucessor, André Puccinelli (PMDB), teria embolsado R$ 24,1 milhões, e o atual governador, Reinaldo Azambuja (PSDB) é citado como destinatário de R$ 28,4 milhões. O grupo teria feito ainda outros pagamentos que, somados, chegaram a R$ 30 milhões no Estado.

Com informações do Estadão

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Tem futebol ao vivo hoje? Confira a agenda de jogos desta terça (30)

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Terça-feira (30) terá jogos da Premier League e do Sauditão • Jose Breton/Pics Action/NurPhoto via Getty Images

O ano está quase acabando, mas o penúltimo dia de 2025 ainda reserva alguns jogos de futebol para ver na TV.

Nesta terça-feira (30), seis partidas movimentam a 19ª rodada da Premier League. Destaque para o duelo do líder Arsenal contra o terceiro colocado Aston Villa, às 17h15 (de Brasília) — o confronto poderá ser acompanhado em tempo real no CNN Esportes.

Outra competição que também terá jogos nesta terça é o Campeonato Saudita, com três jogos.

Por fim, o penúltimo dia do ano ainda terá a partida de volta da final do Campeonato Tocantinense. Na ida, o Araguaína venceu o Tocantinópolis por 2 a 1. As equipes se enfrentam às 16h.

Agenda de jogos desta terça-feira (30)

Fonte: Conteúdo republicado de CNN NOTICIAS

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Denúncias contra comandante-geral da PM de Rondônia são formalizadas na Assembleia Legislativa

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Acusações envolvem suposta agressão contra mulher e irregularidades em abordagem da Lei Seca

Denúncias envolvendo o comandante-geral da Polícia Militar de Rondônia, coronel Regis Braguin, foram formalmente apresentadas no plenário da Assembleia Legislativa durante sessão extraordinária realizada nesta segunda-feira (29). As acusações, que até então circulavam nos bastidores políticos, incluem um registro policial por suposta agressão contra uma mulher e questionamentos sobre a conduta do oficial em uma abordagem da Lei Seca. As informações foram divulgadas pelo portal Tudo Rondônia.

O deputado estadual Ismael Crispin informou que a Casa recebeu denúncia formal apresentada anteriormente pelo vereador Fernando Silva durante audiência pública que discutia o reajuste salarial dos praças da Polícia Militar. Na ocasião, foi exibido um Boletim de Ocorrência que atribui ao comandante-geral envolvimento em um caso de agressão, documento que passou a integrar oficialmente o debate legislativo.

Além da denúncia de violência, Crispin destacou um auto de infração relacionado à Lei Seca, levantando questionamentos sobre a conduta do coronel ao ser abordado dirigindo um veículo cautelado, com despesas de combustível custeadas com recursos públicos. Segundo o parlamentar, os documentos, incluindo o Auto de Infração nº 251040001, foram encaminhados à Corregedoria da Polícia Militar, com pedido formal de apuração dos fatos.

As denúncias provocaram reação imediata no plenário. Uma declaração do deputado Eyder Brasil, que saiu em defesa do comandante ao afirmar que a suposta agressão teria ocorrido “no calor da emoção”, foi duramente contestada. As deputadas Ieda Chaves e Cláudia de Jesus repudiaram qualquer tentativa de relativizar denúncias de violência doméstica, destacando a gravidade das acusações e a necessidade de investigação rigorosa.

O vereador Fernando Silva, que é policial militar, tem denunciado publicamente o que classifica como perseguição do alto comando da corporação contra praças que cobram o cumprimento de acordos salariais. Ele responde a um Inquérito Policial Militar ao lado de outros policiais e afirma que o Boletim de Ocorrência apresentado reforça a necessidade de uma apuração independente.

Ao final da sessão, a deputada Cláudia de Jesus defendeu a apresentação de um requerimento coletivo solicitando a exoneração imediata do coronel Regis Braguin do comando da Polícia Militar de Rondônia. A deputada Ieda Chaves também se posicionou contra a permanência do oficial no cargo enquanto as denúncias são apuradas.

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Bolsonaro segue em observação e pode ter alta na quinta-feira

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro permanecerá em observação, por pelo menos 48 horas, após ter sido submetido a uma nova cirurgia nesta segunda-feira (29), em Brasília. A intervenção, concluída por volta das 15h, buscou tratar das crises de soluços persistentes do ex-presidente, por meio do bloqueio do nervo frênico esquerdo – responsável pelo controle do diafragma. No sábado (27), o mesmo procedimento foi feito do lado direito.

Em entrevista a jornalistas, médicos que acompanham o ex-presidente atualizaram seu quadro clínico, que foi classificado como estável. “A gente precisa de pelo menos de 48 horas para avaliação de resultados, complicações, etc. Esse tempo será aguardado, independente que qualquer coisa”, assegurou o cirurgião Cláudio Birolini.

“Ainda está prevista a realização de uma nova endoscopia digestiva alta, possivelmente amanhã [30] ou na quarta-feira [31]. A gente está trabalhando com a hipótese de que, se não houver novas intercorrências, ele fique aqui até, quinta-feira, dia 1º [de janeiro]”, acrescentou o médico.

Segundo o cardiologista Brasil Caiado, a crise de “soluços persistentes ou intratáveis”, como são chamados os episódios manifestados pelo ex-presidente, se referem a quadros extremamente raros, decorrentes de doenças do trato gastrointestinal e problemas no abdômen. O ex-presidente convive com os dois problemas. Além da cirurgia no nervo do diafragma, o tratamento consiste em controle de alimentação e medicação.

O ex-presidente também passou por uma crise de pressão alta nos últimos dias, que já foi controlada, segundo o médico.

Jair Bolsonaro está internado no Hospital DF Star, na capital federal, desde o dia 24 de dezembro. Ele foi submetido, no dia de Natal, a uma cirurgia de hérnia inguinal.

O ex-presidente foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a deixar a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação pela trama golpista.

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