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Sobe para 25 o número de mortos em confronto nas favelas da Penha

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Mulher foi atingida por tiro dentro de casa em comunidade vizinha

Por Cristina Indio do Brasil

Dois suspeitos que estavam internados no Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV), na Penha, zona norte do Rio, morreram durante a madrugada de hoje (25). Um menor deu entrada, ontem, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do conjunto de favelas do Alemão, também na zona norte. De acordo com a direção da unidade, ele chegou morto ao local e o corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML).

Os três foram feridos ontem durante a operação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Federal (PF) na Vila Cruzeiro, no conjunto de favelas da Penha. Com as mortes dos suspeitos, subiu para 25 o número de pessoas que perderam a vida no confronto de criminosos e policiais, entre elas a Gabrielle Ferreira da Cunha, de 41 anos. A mulher foi atingida por um tiro dentro de casa na comunidade da Chatuba, vizinha a Vila Cruzeiro e que não fazia parte da operação realizada pelas polícias Militar, Rodoviária Federal e Federal na região.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, a direção do Hospital Getúlio Vargas informou que 28 pessoas foram encaminhadas à unidade. Do total, 21 chegaram mortas, duas morreram após atendimento, quatro foram internados (dois em estado grave e dois estáveis). O hospital destacou ainda que um homem foi transferido para a Unidade de Pronto Atendimento da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária.

Segundo a secretaria, os corpos estão sendo encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) da Secretaria de Estado de Polícia Civil. “Os familiares estão sendo acolhidos pela equipe médica, direção da unidade e humanização da Secretaria de Estado de Saúde. Toda assistência está sendo prestada.”

Polícia Militar

A PM continua hoje com o policiamento na região, que inclui as quatro Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) do Conjunto de favelas da Penha. A Secretaria de Estado de Polícia Militar (SEPM) informou ainda que, mesmo sob forte ataque armado por parte de criminosos, os policiais conseguiram estabilizar uma área onde havia um imóvel abandonado no Bairro 13, na Vila Cruzeiro. No local, com apoio de cães farejadores do Batalhão de Ações com Cães da PM, foram encontrados entorpecentes e armas.

Dentre os materiais apreendidos, estão 5.360 pinos de cocaína, mais de 4.000 unidades de maconha, 7.800 pedras de crack, mais de 130 bolas e tabletes embalados com tamanhos e quilos variados, além de 45 vidros de lança-perfume. A PM informou que também foram encontradas oito granadas, uma pistola, 16 carregadores de fuzis e pistolas e 13 munições calibre 380. “Não houve registro de presos ou feridos na ação. O material foi apresentado na 22ª DP (Penha)”, revelou.

Escolas

Nesta quarta-feira, segundo a Secretaria Municipal de Educação, por causa da instabilidade no território, 13 unidades escolares da região da Vila Cruzeiro estão fechadas. “É importante lembrar que a secretaria, em parceria com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, instituiu o Programa Acesso Mais Seguro em unidades localizadas em áreas de conflito”, afirmou.

O objetivo do programa é “mitigar riscos por meio de protocolos que são aplicados por professores, alunos e toda a comunidade escolar em situações de risco. Sempre que há uma situação de risco o protocolo é acionado”.

Saúde

As unidades municipais de saúde da região estão funcionando normalmente. Ontem, as cinco unidades de Atenção Primária que atendem o conjunto de favelas e proximidades funcionaram ao longo do dia para atendimento à população em consultas agendadas. “Apenas as atividades externas no território, como as visitas domiciliares, foram suspensas por segurança.”, completou.

Em uma postagem no seu perfil no Twitter, o governador do Rio, Cláudio Castro, defendeu a operação. “Quem aponta uma arma contra a polícia está apontando uma arma contra toda sociedade. Isso jamais vamos tolerar. Eu luto por um Rio de paz. Toda morte é lamentável, mas todos sabemos que nossas responsabilidades impõem que estejamos preparados para o confronto.”

Defensoria

Integrantes da Ouvidoria e do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ), acompanham desde ontem os desdobramentos da operação das forças de segurança. Eles estiveram no local apurando os relatos dos moradores. Na sequência, enviaram um ofício às autoridades relacionadas à operação, pedindo informações sobre as justificativas para a ocorrência da ação policial na comunidade.

A defensoria questiona os motivos excepcionais para a realização da operação, mesmo com a decisão do Supremo Tribunal Federal, na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635, conhecida como ADPF das Favelas, ação que proíbe operações policiais durante a pandemia, especialmente nos perímetros nos quais estejam localizadas escolas, creches, hospitais ou postos de saúde.

O órgão também solicitou o envio da cópia da ordem da missão, a indicação da autoridade que determinou e autorizou a operação, assim como as informações sobre as pessoas vitimadas, número do respectivo registro de óbito e cópia do boletim de ocorrência policial militar (BOPM).

Além disso, foi questionado outro ponto importante da ADPF 635: a disponibilização de ambulâncias no local da operação, tendo em vista a alta probabilidade de confronto armado e vitimados nessas ocasiões.

Ouvidoria

A Ouvidoria da Defensoria e o Nudedh receberam relatos de moradores pedindo socorro, que demonstravam desespero, angústia e medo. A defensora do Nudedh, Maria Julia Miranda, afirmou que, ao chegarem cedo no local, constataram uma situação de conflagração e comoção social com fechamento das escolas, postos de saúde e comércio locais.

“Conversamos com os moradores, que estavam abalados com o grande número de mortos. Alguns corpos foram transportados por familiares e os vimos deixando a comunidade. A operação policial seguiu até o final da tarde, com elevado número de mortos e feridos. Entramos em contato com os controles interno e externo das polícias para tentar uma incursão para retiradas dos feridos, mas foi sem sucesso. O respaldo legal para a operação não foi informado de modo claro. Há elementos que indicam uso excessivo da força policial, resultando em um elevando número de mortes”, disse.

Para o ouvidor Guilherme Pimentel, esta é mais uma das “operações de caçada humana, que não resolvem nada do ponto de vista da segurança pública”. Pimentel acrescentou que as ações trazem mais problemas, uma vez que as famílias das vítimas ficam no fogo cruzado e se sentindo inseguras dentro das próprias casas. “Este tipo de operação, que não seria naturalizada nos bairros nobres da cidades, jamais poderia ser naturalizado dentro das favelas. O nosso foco agora é o acolhimento das famílias das vítimas e a garantia do acesso jurídico”, observou.

MPRJ

A 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) instaurou um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para apurar as circunstâncias das mortes. Segundo o órgão, o documento “determina que o comando do Bope envie, em um prazo máximo de dez dias, o procedimento de averiguação sumária dos fatos ocorridos durante a operação, ouvindo todos os policiais militares envolvidos e indicando os agentes responsáveis pelas mortes, além de esclarecer sobre a licitude de cada uma das ações letais”.

Para as informações da participação dos agentes federais na ação, o MPRJ expediu ofício ao Ministério Público Federal (MPF) para ciência dos fatos e a adoção das medidas cabíveis.

O órgão pediu ainda que o Departamento-Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil encaminhe informações sobre os inquéritos policiais instaurados para apurar os fatos. Além disso, a 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada enviou ofício à Delegacia de Homicídios, “recomendando que todas as armas dos policiais militares envolvidos na ação sejam apreendidas e enviadas para exame pericial, inclusive comparando com os projéteis que venham a ser retirados das vítimas”.

 

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Cássio define futuro e deixa o Corinthians após 12 anos; veja detalhes

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Cássio define futuro e deixa o Corinthians após 12 anos
ESTADÃO CONTEÚDO

Cássio define futuro e deixa o Corinthians após 12 anos

Fim de uma era! O goleiro Cássio acertou a sua saída do Corinthians . A definição aconteceu após uma reunião entre o jogador e a direção de futebol corintiana nesta sexta-feira. O goleiro tem um acordo encaminhado para reforçar o Cruzeiro .

Cássio tem 36 anos e tinha vínculo com o Corinthians até dezembro de 2024. No entanto, o desejo do clube era ter o goleiro no elenco até o fim de 2025. Já o Cruzeiro ofereceu um contrato válido por três anos, e a proposta agradou ao jogador, que quer jogar ao menos até os 40 anos.

Com isso, Cássio é o primeiro reforço da gestão de Pedro Lourenço no Cruzeiro e se une a Gabriel Grando, Anderson e Léo Aragão como os goleiros do elenco cruzeirense.

Últimos dias no Corinthians

A escolha de Cássio em deixar o Corinthians foi motivada principalmente pelo desgaste emocional. O último jogo do goleiro como titular ocorreu em 23 de abril, na derrota do alvinegro para o Argentinos Juniors, fora de casa, pela fase de grupos da Copa Sul-Americana.

Na ocasião, o goleiro comentou as críticas que recebia de parte da torcida e fez forte desabafo sobre o momento que vivia no clube. Após isso, o camisa 12 ficou no banco de reservas das últimas partidas e o goleiro Carlos Miguel assumiu a vaga de titular do time comandado pelo técnico António Oliveira.

O treinador, inclusive, comentou sobre o assunto na entrevista coletiva após a goleada diante do Argentinos Juniors na terça-feira, na Neo Química Arena. “É um grandíssimo goleiro, o maior ídolo da história do clube, e isso não se apaga. Vai ficar gravado nas páginas douradas do clube”, disse o técnico.

Cássio chegou ao Corinthians em 2012, fez 712 jogos pelo time e conquistou nove títulos: o Campeonato Paulista de 2013, 2017, 2018 e 2019, o Campeonato Brasileiro de 2015 e 2017, a Copa Libertadores de 2012, o Mundial de Clubes de 2012 e a Recopa Sul-Americana de 2013.

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Fonte: Nacional

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Rio Grande do Sul pode voltar a ter fortes temporais na próxima semana

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O ministro extraordinário para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, alertou nesta sexta-feira (17) que o Rio Grande do Sul pode voltar a ser atingido por fortes temporais ao longo da próxima semana. Segundo ele, nas próximas terça, quarta e quinta-feira, pode chover entre 100 e 150 milímetros (mm), sobretudo na porção noroeste no estado e na região metropolitana de Porto Alegre.

“É muito provável que a gente volte a ter um outro pico de chuvas fortes na semana que vem”, disse Pimenta, durante entrevista coletiva. O ministro lembrou que, após a cheia de 1941, praticamente todos os municípios da região metropolitana de Porto Alegre são protegidos por um sistema de diques e casas de bomba. “São municípios em que parte da sua área está praticamente no nível do mar, no nível do rio. Sem os diques e sem o muro em Porto Alegre, a probabilidade e a possibilidade de inundação seriam muito grandes.”

“Ao longo do tempo, esses diques e casas de bomba passaram a ser de responsabilidade dos municípios. O que ocorreu nessa enchente? Primeiro, a cota para a qual esses diques foram construídos foi a da enchente de 1941. Como tivemos, em algumas regiões, uma inundação superior a 70% a mais do que em 1941, tivemos algumas situações em que a água passou por cima do dique. Tivemos outras situações em que houve rompimentos de dique e tivemos também uma capacidade de resposta do sistema de bombas que foi insuficiente.”

“Não é nosso objetivo aqui e agora entrar na análise disso. O fato é que foi insuficiente”, destacou. “Essa água entrou por cima do dique ou rompeu os diques e, mesmo com o rio baixando, ela não vai embora porque o dique ficou como proteção contrária. Virou uma piscina. Temos grandes piscinas na região metropolitana, especialmente Canoas, São Leopoldo e Porto Alegre. São as três regiões que temos a maior quantidade de pessoas que não podem voltar para casa e sequer temos condições, enquanto poder público, de saber se essas áreas poderão ou não voltar a ser local de moradia enquanto a água não baixar.”

Fonte: EBC GERAL

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Casamento à beira-mar: a união poética de Eduarda Sabá e Lúcio Henrique

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Casamento à beira-mar: a união poética de Eduarda Sabá e Lúcio Henrique
Emanuelly Fernandes

Casamento à beira-mar: a união poética de Eduarda Sabá e Lúcio Henrique

O casamento de Eduarda Sabá e Lúcio Henrique Ribeiro desdobrou-se em um cenário de sonhos na paradisíaca Praia dos Milagres , em Alagoas, neste último sábado (11). Um conto de amor tecido pelas mãos do destino, embalado pelas águas azuis do oceano nordestino.

Desde a chegada dos 180 convidados na quinta-feira (9), o clima de celebração pairava no ar. O Raizeiro dos Milagres, cenário do Welcome Party, foi palco de uma festa envolta em branco, enquanto os noivos, em seus trajes azuis, irradiavam alegria. O DJ Amaury acompanhado pela Banda Curtindo o Samba, foram os responsáveis por animar o primeiro dia.

Na sexta-feira, a alegria transbordou em um beach day na Praia do Marceneiro, onde amigos e familiares se reuniram para compartilhar risadas, brincadeiras e a felicidade de estarem juntos.

Welcome Party

Para Eduarda, o desejo de casar à beira-mar remonta à infância, um anseio alimentado por viagens e dias de sol compartilhados com Lúcio Henrique Ribeiro. A Capela dos Milagres revelou-se como o local perfeito, onde o azul do mar e a imponência da capela se uniram em um espetáculo de beleza.

“Desde pequena, meu sonho sempre foi casar na praia, então em 2022, antes mesmo de noivarmos, fomos na Capela dos Milagres, em São Miguel dos Milagres e foi simplesmente mágico! Nos apaixonamos pelo mar de um azul inigualável nas janelas, a imponência da Capela, tudo. Na hora nós dois sabíamos que casaríamos lá”, detalha a noiva.

O grande dia, sábado (11), testemunhou a união sagrada dos noivos, que trocaram votos e alianças sob o teto da Capela dos Milagres. Em meio aos entes queridos, o amor floresceu como as rosas em maio, um presente após a formatura de Eduarda em medicina. O mês, mesmo com suas chuvas iminentes, brindou-os com um dia de sol. “Deus nos abençoou com um dia de sol maravilhoso e um pôr do sol inesquecível”, relata Eduarda.

Os votos dos noivos emocionaram a todos os presentes.

Após a cerimônia, a festa ganhou vida ao som dos DJs Amaury, Bruninho e PV Mello, sob os cuidados do cerimonial de Mamá Omena e a decoração por João Curvelo. Os sabores foram uma sinfonia de deleite, com doces da Chef Mayanna Amorime e o bolo pela La Sucrée, por Lais Omena.

Confira mais cliques pelas lentes de Celso Junior:

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Fonte: Nacional

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