Acre
Sessão solene na Aleac celebra o Dia da Mulher Advogada
Na manhã desta segunda-feira (03), a Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) foi palco de uma sessão solene em homenagem ao Dia da Mulher Advogada, comemorado no dia 15 de maio. A solenidade, fruto de um requerimento apresentado pelo deputado Eduardo Ribeiro (PSDB), reuniu advogados, autoridades e convidados para celebrar e discutir a importância da presença feminina na advocacia.
O evento destacou as conquistas e desafios enfrentados pelas mulheres na profissão, além de ressaltar a necessidade de maior igualdade de gênero e reconhecimento no campo jurídico. A sessão solene foi aberta por Eduardo Ribeiro, que enfatizou a relevância da data e a importância de eventos como este para fortalecer a luta por equidade na advocacia.
Em seu discurso, Ribeiro saudou os presentes, incluindo deputados, advogados e servidores, destacando a importância das mulheres na advocacia. O parlamentar fez menção especial a várias figuras notáveis no campo jurídico, elogiando suas contribuições e trabalhos.
“É com muita honra que nós as recebemos nesta sessão solene em homenagem ao Dia da Mulher Advogada, comemorado em 15 de maio. Essa homenagem reflete o reconhecimento do valor e da importância das mulheres advogadas em nosso estado e na nossa sociedade”, enalteceu.
Durante a solenidade, as convidadas discursaram destacando suas experiências pessoais e profissionais, além de abordar temas como a inclusão de mulheres em cargos de liderança no setor jurídico, a importância do apoio mútuo entre advogadas e os desafios diários enfrentados pelas profissionais da área.
A presidente da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim) Thaís Moura, destacou a importância da valorização contínua da advocacia feminina no Brasil. Saudando as autoridades presentes, ela mencionou o compromisso do deputado Eduardo Ribeiro com a causa: “A realização dessa sessão solene aqui em homenagem à mulher advogada é um reflexo, um retrato de um mandato parlamentar que se preocupa com a advocacia brasileira”, disse.
Thais Moura também abordou os desafios específicos enfrentados pelas mulheres na advocacia, exemplificando com o caso de uma advogada no Pará que teve seu pedido de adiamento de audiência negado devido ao nascimento de seu filho. “Nós não suportamos mais nenhum tipo de desrespeito com relação ao nosso gênero, ” afirmou ela, reforçando a necessidade de reconhecimento e igualdade no exercício da profissão.
Em seguida, a presidente da Associação das Mulheres Juristas do Acre, doutora Tatiana Martins, destacou a persistente desigualdade de gênero no campo jurídico durante um evento recente. Ela ressaltou que, apesar das mulheres serem maioria na advocacia, “ainda somos minoria em vários aspectos”, como na propriedade territorial e nas remunerações, especialmente no estado do Acre. Tatiana Martins criticou ainda a lentidão das mudanças legislativas e o desdém com que as demandas femininas são frequentemente tratadas, afirmando que “tudo é jogado dentro da fala do mimimi”, o que impede um diálogo profundo sobre as desigualdades estruturais.
A doutora Alexandrina, presidente da Associação das Mulheres de Carreira Jurídica do Acre, expressou seu prazer em participar da solenidade. Ela destacou a independência e a nobreza da advocacia, uma profissão que exerce há 45 anos com muito respeito e sem arrependimentos, apesar das dificuldades enfrentadas. “Considero a advocacia a melhor profissão, porque ela é independente. Nós podemos estipular nosso horário para poder advogar. É um ofício que eu exerço há 45 anos, com muita honra e respeito”.
A doutora Patrícia Peixoto, presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/Ac, expressou sua gratidão e emoção ao participar da sessão. Ela destacou os avanços conquistados pelas advogadas, especialmente pela persistência das precursoras como a doutora Alexandrina, que enfrentaram grandes desafios para abrir caminho às gerações atuais. “Enfatizo a necessidade de valorizar as mulheres advogadas diariamente, respeitando suas competências e demandas profissionais, como o adiamento de audiências por motivos de maternidade. Sublinho ainda, a importância da união entre as advogadas para superar obstáculos e alcançar a verdadeira equidade na profissão”.
Já o presidente da OAB Acre, doutor Rodrigo Aiache, ressaltou a importância da paridade de gênero, afirmando que “todos os cargos são ocupados de maneira paritária, 50% de homens e 50% de mulheres,” e anunciou que “a próxima vaga de desembargador será preenchida por uma lista composta de forma igualitária.” Em uma reflexão pessoal, Aiache compartilhou histórias de mulheres fortes em sua vida, enfatizando que “a mulher tem que ser respeitada, que a mulher precisa ocupar espaço de poder.”
A doutora Janete Mello de Albuquerque, Procuradora-Geral do Estado, que participou da sessão representando o governador Gladson Cameli, destacou a importância histórica do momento e a relevância das mulheres na advocacia. Janete expressou admiração pelas pioneiras que abriram caminho e refletiu sobre os desafios diários enfrentados pelas mulheres, tanto na profissão quanto na vida pessoal. “Há uma necessidade contínua de reafirmação e demonstração de competência pelas advogadas, lembrando que muitas vezes, elas precisam lidar com preconceitos e obstáculos adicionais em um ambiente predominantemente masculino”.
A vice-presidente da OAB/AC, Socorro Rodrigues, ressaltou a importância da homenagem às advogadas acreanas, celebrada no dia 15 de maio, data instituída pela Lei nº 393 em homenagem a Maria Roseli Fernandes Gomes da Mata, primeira advogada a se inscrever na OAB-AC. “Nós estamos aqui para homenagear todas as advogadas acreanas pelo dia que essa Casa Legislativa escolheu”, declarou ela, enfatizando a luta histórica das mulheres por direitos e igualdade.
Ela destacou ainda que “a presença feminina, com altivez e representatividade, pelo conhecimento e pelo empoderamento, desfaz aquela previsão de cotas que existia antigamente”. A vice-presidente também sublinhou o progresso significativo trazido por legislações como a Lei Maria da Penha, mas alertou que “há ainda muito o que transformar, notadamente, quando a participação da mulher no cenário político brasileiro está carente de lideranças femininas”.
Ao final da solenidade, Eduardo Ribeiro expressou seu agradecimento pela presença de todos e elogiou a organização do evento. Ele destacou a importância da Ordem dos Advogados do Brasil e mencionou diversos projetos de lei voltados à promoção dos direitos das mulheres. O deputado reconheceu a atuação das três deputadas presentes no parlamento e destacou outras mulheres em posições de destaque no Estado, como a procuradora-geral, a defensora pública-geral e a presidente do Tribunal de Justiça. Ele enfatizou a representatividade feminina no Plenário e reafirmou o compromisso da Aleac com a inclusão e valorização das mulheres.
Texto: Andressa Oliveira e Mircléia Magalhães
Fotos: Sérgio Vale
Fonte: Assembleia Legislativa do AC
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Acre
Justiça determina que governo do Acre nomeie 20 policiais penais em Sena Madureira
De acordo com o MPAC, há insuficiência grave de policiais penais na UPEM, o que impede o cumprimento mínimo da Lei de Execução Penal (LEP)

Para o MP, há direito subjetivo à nomeação dos aprovados dentro das vagas, conforme entendimento do STF (Tema 784). Foto: captada
Saimo Martins
A Vara Cível da Comarca de Sena Madureira determinou que o Governo do Acre convoque e nomeie, em até 30 dias, pelo menos 20 aprovados no concurso da Polícia Penal (Edital 001/2023 – SEAD/IAPEN) para atuarem na Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes (UPEM). A decisão, assinada pelo juiz Caique Cirano de Paula, atende a pedido de tutela de urgência ajuizado pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) em Ação Civil Pública.
A medida foi tomada após uma série de inspeções do Ministério Público, através do promotor Júlio César Medeiros, da Defensoria Pública e do próprio Judiciário apontarem um cenário crítico na unidade prisional, marcado por déficit de servidores, violações de direitos básicos e risco iminente à segurança.
Déficit de servidores e violações de direitos básicos
De acordo com o MPAC, há insuficiência grave de policiais penais na UPEM, o que impede o cumprimento mínimo da Lei de Execução Penal (LEP). Entre as violações identificadas estão a irregularidade no banho de sol — que chega a ocorrer apenas uma vez por mês — precariedade no fornecimento de água, problemas na qualidade da alimentação, ausência de equipe de saúde adequada e inexistência de Grupo de Intervenção, único caso no Estado.
Relatórios da Defensoria Pública e do Juízo da Execução Penal reforçaram a grave situação, caracterizada pelo Ministério Público como expressão local do Estado de Coisas Inconstitucional reconhecido pelo STF no sistema prisional brasileiro.
Concurso com vagas abertas e aprovados sem nomeação
O concurso da Polícia Penal previa 261 vagas, e 308 candidatos concluíram o curso de formação. No entanto, apenas 170 foram convocados até agora. Para o MP, há direito subjetivo à nomeação dos aprovados dentro das vagas, conforme entendimento do STF (Tema 784).
O diretor da unidade informou que seriam necessários, no mínimo, 30 novos servidores, sendo 16 para formação do Grupo de Intervenção e 12 para reforçar a equipe educacional.
Decisão determina ações imediatas
Na decisão, o juiz afirma que não há violação ao princípio da separação dos poderes, uma vez que o Judiciário apenas determina o cumprimento de obrigações legais já previstas. O magistrado destacou a urgência diante do risco à integridade física de internos e servidores, além das violações massivas de direitos fundamentais.
Segundo ele, o Ofício nº 7.499/SMCRI00, expedido pelo Juízo da Execução Penal e que estabeleceu prazos curtos para regularização do banho de sol, atendimento em saúde e fornecimento de água potável, evidencia a gravidade da situação. O juiz ressaltou que a normalização dessas atividades depende diretamente de efetivo de segurança suficiente para garantir a movimentação dos presos e a ordem interna. Ele apontou que a privação crônica de banho de sol, a ausência de assistência à saúde e as falhas no fornecimento de água elevam o risco de instabilidade interna a níveis perigosos. A falta de um Grupo de Intervenção, conforme observou o Ministério Público, transforma a UPEM em uma “bomba-relógio”, ameaçando a segurança de servidores, internos e da população. O magistrado concluiu que, diante do histórico de violência, rebeliões e evasões no sistema prisional acreano, o Poder Judiciário, provocado pelo Ministério Público e apoiado em recente atuação da Defensoria Pública, não pode se omitir frente à evidente falha do Poder Executivo na implementação das políticas penitenciárias necessárias.
O Estado deverá adotar uma série de medidas no prazo de 30 dias, conforme determinação judicial. Entre elas está a nomeação de pelo menos 20 policiais penais aprovados e formados no concurso, para atuação imediata na Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes (UPEM). Também deverá ser criado e capacitado um Grupo de Intervenção, composto por no mínimo 16 policiais penais.
A decisão determina ainda que as vagas de estudo oferecidas aos internos sejam ampliadas de 40 para 80, além da obrigatoriedade de garantir banho de sol diário com duração mínima de duas horas, conforme prevê a Lei de Execução Penal (LEP). Outro ponto imposto é a regularização do fornecimento de água potável, que deverá ocorrer pelo menos três vezes ao dia, com horários fixos divulgados em todos os blocos da unidade.
O magistrado ainda determinou que o Estado realize a manutenção preventiva do sistema de bombeamento de água, assegurando uma reserva técnica para situações emergenciais. Em caso de descumprimento das medidas, foi fixada multa diária de R$ 10 mil, limitada a 30 dias.
“Realize a manutenção preventiva do sistema de bombeamento de água, a fim de garantir o fornecimento de água potável, no mínimo, três vezes ao dia aos internos, em horários fixos, com fixação do cronograma de liberação de água sendo afixado em todos os blocos, com manutenção de reserva técnica de água para situações emergenciais. Fixo, a título de astreintes, multa diária no montante de R$ 10.000,00 (dez mil reais), limitada a 30 (trinta) dias”, diz a decisão.
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Acre
Acre tem 152 obras federais paradas, com R$ 1,2 bilhão paralisados durante governo Lula, aponta TCU
Dados atualizados até abril de 2025 mostram que saúde e educação concentram maior número de obras interrompidas; causas das paralisações não são detalhadas no painel do tribunal

O Ministério das Cidades reúne 31 obras suspensas, impactando projetos de habitação e urbanização. O DNIT contabiliza 12 interrupções em frentes relacionadas à malha viária e logística estadual. Foto: captada
O Acre convive com 152 obras federais paralisadas, que somam cerca de R$ 1,2 bilhão em investimentos represados, segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU) atualizados até abril de 2025. As áreas de saúde e educação são as mais afetadas, com 50 e 32 obras interrompidas, respectivamente.
O levantamento, foi consultado na última quarta-feira (3), não detalha os motivos das paralisações, mas revela um cenário crítico para a infraestrutura e os serviços públicos no estado. No Ministério da Saúde, as obras paradas incluem unidades básicas, estruturas intermediárias e equipamentos que, se concluídos, ajudariam a desafogar o sistema hospitalar e ampliar o acesso à população.
Já o Ministério da Educação tem paralisadas 32 obras, como escolas, creches e outros equipamentos essenciais para regiões com carência de vagas e infraestrutura limitada.
Outros órgãos também aparecem com números expressivos: o Ministério das Cidades tem 31 obras suspensas (habitação e urbanização), e o DNIT contabiliza 12 paralisias que afetam a malha viária e a logística estadual. Completam a lista o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (11 obras), Ministério do Esporte (9), Funasa (3), Ministério da Agricultura e Pecuária (2), além do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos e o Ministério do Turismo, com 1 obra cada.
A falta de detalhamento sobre as causas — que podem incluir entraves administrativos, questões jurídicas, falhas de execução ou falta de repasse de recursos — dificulta a análise e a busca por soluções para retomar investimentos essenciais ao desenvolvimento do estado.

A leitura das informações revela que os setores de saúde e educação, pilares essenciais do atendimento direto à população, concentram o maior número de obras interrompidas no estado. Foto: captada
O Ministério da Educação, com 32 obras que incluem escolas, creches e outros equipamentos educacionais. A interrupção desses projetos impacta diretamente a expansão da oferta de ensino e o atendimento a crianças e jovens em regiões onde a carência por infraestrutura permanece elevada.
O levantamento do TCU também aponta paralisações em outras pastas relevantes. O Ministério das Cidades acumula 31 obras interrompidas, incluindo projetos de urbanização e habitação. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) aparece com 12 obras, afetando frentes ligadas à malha viária e logística do estado.
Distribuição por pasta ministerial
- Saúde: 50 obras paralisadas (unidades básicas, estruturas intermediárias)
- Educação: 32 obras (escolas, creches, equipamentos de suporte)
- Cidades: 31 obras (habitação e urbanização)
- DNIT: 12 obras (malha viária e logística)
- Integração Regional: 11 obras
- Esporte: 9 obras
Impactos diretos
- Saúde: Sistema hospitalar não é desafogado
- Educação: Déficit de vagas e infraestrutura permanece
- Logística: Transporte de insumos e atendimento a municípios isolados comprometido
Falta de transparência
- Causas: Painel não detalha motivos das paralisações
- Entraves: Dificuldade em identificar problemas administrativos, jurídicos ou financeiros
Apesar do impacto econômico e social gerado pela interrupção dos investimentos, o painel do TCU não detalha os motivos que levaram cada projeto à condição de paralisação, deixando abertas questões sobre problemas contratuais, falhas de execução, falta de repasses ou entraves administrativos.
As paralisações refletem um problema crônico na execução de obras públicas no Acre, estado historicamente dependente de investimentos federais. A falta de explicações oficiais sobre as causas das interrupções dificulta a busca por soluções e prolonga o sofrimento da população que aguarda por serviços essenciais.
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Acre
Prefeito de Rio Branco anuncia Natal com árvore maior, drone show e iluminação em LED em todas as regionais
Tião Bocalom apresentou as novidades do “Acender das Luzes do Natal de Vida, Esperança e Dignidade 2025” e garantiu decoração em bairros e programação cultural intensa, com Festival de Drones marcado para 20 de dezembro

Bocalom também adiantou que o município prepara atividades especiais para o Réveillon, mantendo o padrão dos anos anteriores. Foto: captada
O prefeito Tião Bocalom apresentou, em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (5) na Praça da Revolução, as principais novidades da decoração e programação natalina de Rio Branco para 2025. Com o tema “Natal de Vida, Esperança e Dignidade”, o evento trará iluminação em LED e uma árvore de Natal 4 metros maior que a do ano passado.
— Agora trabalhando com muito LED. A nossa árvore de Natal esse ano tem 4 metros a mais do que o ano passado. A população vai ver, vai ficar muito bonito — afirmou Bocalom.
A iluminação não se restringirá ao Centro: todas as dez regionais da cidade receberão itens decorativos reutilizados de anos anteriores, e avenidas importantes serão embelezadas com novos equipamentos. O prefeito relacionou o investimento ao espírito natalino e ao compromisso da gestão com a população.
A programação cultural prevê cantatas, corais locais, artistas regionais e, como ponto alto, o Festival de Drones, marcado para o dia 20 de dezembro.
— Eu prefiro gastar o dinheiro com o Festival de Drones, que tem o quê? 3, 4 anos que o mundo conheceu esse trabalho, do que gastar com um artista só que sempre está vindo aqui para o Acre levando o nosso dinheiro embora — declarou Bocalom.
As luzes natalinas permanecerão acesas até 10 de janeiro, e o município prepara também atividades especiais para o Réveillon. Sobre o transporte público durante o período festivo, o prefeito adiantou que a gestão divulgará em breve os detalhes para garantir mobilidade e segurança.















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